Leão da Madrugada

Pernambucano 2012: Santa Cruz 1 x 3 Sport. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Inegavelmente, o bloco rubro-negro antecipou o carnaval pernambucano.

Popular como sempre, o Clássico das Multidões em um Arruda repleto, na noite desta quinta-feira, terminou com uma grande festa da torcida do Sport, que viu o time jogar com uma organização tática impressionante e impôs ao Santa Cruz a primeira derrota em seu estádio nesta temporada, 3 x 1. Público exato? Apenas 45.109 pessoas…

De última hora, o técnico Zé Teodoro teve que contornar dois sérios desfalques, o goleiro Tiago Cardoso e o meia Weslley, que realizaram exames à tarde e foram vetados.

Apesar disso, Zé Teodoro ousou ao escalar um quarteto ofensivo, com Luciano Henrique e Carlinhos Bala no meio-campo e Dênis Marques e Flávio Caça-Rato no ataque.

Já Mazola não improvisou nas alas desta vez, com Renê e Moacir na esquerda e na direita, respectivamente. Na frente, não titubeou ao escalar o recém-regularizado Jael. Para travar o ímpeto coral, três volantes em campo.

Mesmo com o viés ofensivo dos rivais, o clássico foi truncado no primeiro tempo. Excesso de reclamação, muitas faltas, seis amarelos e pouquíssimas chances de gols.

Luciano Henrique, de fora da área, com a bola raspando o travessão de Magrão, foi o único bom momento propriamente dito do Santa. Além disso, apenas a alegria na arquibancada coral a cada desarme de Everton Sena em Marcelinho.

O camisa 10, novamente tendo bastante trabalho para armar, devido à marcação, foi ajudado pela qualidade no passe de Marquinhos. Enfim, um Sport organizado.

Na primeira chance, Jael perdeu um gol feito. Aos 43, num jogo sem graça até ali, Marquinhos cruzou e Jheimy, bem nervoso em campo, cabeceou firme, abrindo o placar.

Na etapa final, Zé Teodoro mexeu mal na estrutura, colocando Sandro Manoel e preterindo mais uma vez o volante Léo. Bala, apagadíssimo, saiu.

O Sport seguia bem taticamente e criando as melhores chances. Ditava o ritmo.

O Santa praticamente não finalizou dentro da área. Magrão só acompanhava. O Sport, nos cinco primeiros minutos, teve duas chances, com Marcelinho e Jael.

O segundo gol saiu aos 22. Após cruzamento na área, uma ironia. Everton Sena cortou mal. Acabou servindo como passe para Marcelinho, que finalizou sem pena.

Milton Júnior, ao concluir um contragolpe nos minutos finais, chegou a decretar a goleada. Nos descontos, André Oliveira cabeceou para marcar o gol de honra tricolor.

Não adiantou muito. O Recife se preparou mesmo para o Leão da Madrugada…

Pernambucano 2012: Santa Cruz 1 x 3 Sport. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Um apito ferveu o clássico

Pernambucano 2012: Náutico 2x2 Santa Cruz. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Da geladeira para o clássico? Pois é. O árbitro Emerson Sobral acaba como personagem principal do Clássico das Emoções, nos Aflitos.

Da pior forma possível. Não foi por falta de aviso, viu FPF? Não mesmo. Veja aqui.

Náutico 2 x 2 Santa Cruz, um confronto aguerrido e marcado pelo “quinteto do apito”, que conseguiu deixar os dois rivais indignados ao fim da partida, neste sábado.

Lances pra lá de discutíveis, 14 cartões amarelos, critério confuso. Bronca.

Houve espaço para “futebol”, claro. Como o esporte prega as suas ironias dia sim e o outro também, coube ao atacante Flávio Caça-Rato abrir o placar. Há três dias atrás, o cartaz coral para ele era de protesto (relembre aqui).

Antes, foi preciso conter o Náutico, que teve dez minutos de pura pressão, com três chances incríveis, com Diego Bispo, Souza e Eduardo Ramos.

Até ali, o jogo “era” do Timbu. Tanto que Souza conduzia a bola na meia-lua, aos 11 minutos, quando foi derrubado. Porém, o árbitro Emerson Sobral marcou impedimento, ao considerar que ele havia tocado a bola – o que não pareceu, na visão do blog.

Enquanto os alvirrubros reclamavam, os tricolores deram sequência e armaram uma jogada mortal, puxada por Carlinhos Bala, sempre instigado nos clássicos. Ele tocou para Flávio Caça-Rato. De contestado a “Caça-Timbu” em um chute, Santa 1 x 0.

Apesar do golpe, o Alvirrubro seguia melhor em campo, criando e obtendo faltas próximas à área. O meia Cascata, mais avançado, empatou o jogo aos 24 minutos, com uma finta na grande área e a conclusão com um chute forte.

A partir daí, com a marcação alvirrubra mais apertada, o Santa passou usar a bola área. E bem. Aos 40, Gideão defendeu em cima da linha uma cabeçada de Léo.

Na etapa final, Zé Teodoro ousou ao colocar Luciano Henrique no lugar de Anderson Pedra. A marcação do time ficaria comprometida? Mas o ataque foi municiado…

O resultado foi prático: gol. Aos 14 minutos, Luciano Henrique desempatou após jogada individual pela direita. Bateu cruzado e Elicarlos desviou para as próprias redes.

Os dois times continuaram batalhando, até que a arbitragem voltou a aparecer. Aos 49 minutos, Emerson Sobral enxergou uma penalidade de Leandro Souza em Souza. Só ele.

Souza cobrou com categoria e empatou. Terminou o jogo como artilheiro, 5 gols.

Com a confusão armada nos Aflitos, resta saber o destino de Emerson Sobral. Depois do Polo Sul, é a vez do Polo Norte? Talvez, canto algum. O quadro local segue prestigiado…

E olhe que desta vez a lambança foi vista ao vivo na televisão em 36 países…

Pernambucano 2012: Náutico 2x2 Santa Cruz. Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco

As primeiras vaias de Zé

Pernambucano 2012: Santa Cruz 0x0 Central. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Vaias no Arruda. Volume nas alturas.

Em alguns cantos do Mundão, um pouco mais, com o coro de “burro, burro!“.

Foi uma noite indigesta para Zé Teodoro, algo raro.

Na verdade, foi algo inédito para o treinador, há mais de um ano no Tricolor, acumulando título estadual e acesso à Série C.

As mudanças na equipe nas últimas partidas, com substituições pouco eficientes e atletas preteridos no banco de reservas, como o volante Léo, acabaram tirando a paciência da torcida. Taticamente, o time não agradava.

As vitórias em casa neste ano estavam evitando as manifestações. Mas o time seguia inconstante em campo. Sufocando o adversário em um jogo, apagadíssimo em outro.

O limite, portanto, seria alcançado no primeiro tropeço em casa. Fato que ocorreu na noite desta quarta-feira, diante de 25.274 torcedores.

Um empate em 0 x 0 com o Central. Vazio no placar com a Patativa, capengando…

Os corais chegaram a ficar em vantagem numérica em campo, com a expulsão do zagueiro Ricardo aos 22 minutos do segundo tempo.

Porém, o que poderia ter instigado a equipe para a vitória resultou em um futebol pouco articulado, com o ataque inoperante, mais uma vez.

Bala, Luciano Henrique, Caça-Rato. Média baixa. E olhe que o time caruaruense ainda acertou a trave nos minutos finais e teve um pênalti não assinalado.

Aí, foi a senha para a revolta geral da torcida, até porque em três dias as emoções vão acontecer no primeiro clássico para os tricolores.

Há pressão no Arruda. E isso pode ser positivo. Com mudanças objetivas…

Pernambucano 2012: Santa Cruz 0x0 Central. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

 

O berro no Chapadão, o tropeço no Sertão

Pernambucano 2012: Araripina 2x0 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Foi o terceiro jogo coral no Sertão nesta temporada. Foi, também, o terceiro jogo do Araripina diante em um grande clube do Recife em seu reduto.

Com experiência suficiente para as situações distintas, Santa Cruz e Araripina fizeram uma boa partida no Chapadão do Araripe, neste sábado. Melhor para o Bode.

O céu ainda estava claro quando Vanderlei marcou o seu terceiro gol no Estadual.

Marcelo Pitbull cruzou na entrada da área e o experiente centroavante de 33 anos ganhou a disputa para Leandro Souza (1,89m x 1,87m) e cabeceou com categoria.

A festa da torcida do Bode, aos cinco minutos, quase parou aos dez.

Branquinho foi derrubado na área. Pênalti claro. Mas, assim como havia acontecido na rodada anterior, o meia Weslley voltou a desperdiçar uma cobrança.

Bateu forte, mas quase no meio do gol. Em cima do goleiro.

Quem se consagrou no lance foi Léo, de 22 anos. Terceiro na posição no Araripina, ele acabou escalado para a partida de última hora.

Mesmo sendo o goleiro mais baixinho do elenco (1,85m), Léo teve uma ótima atuação, com muita elasticidade e agilidade. Compensou a marcação insegura da equipe.

Com essa análise, nota-se que o Tricolor pressionou bastante. O time não se abateu e criou várias chances. Flávio Caça-Rato perdeu as duas principais no primeiro tempo.

Na etapa final, Carlinhos Bala voltou a vestir a camisa coral após seis anos. Entrou aos 13 minutos, mas completamente fora de ritmo. Quem não entrou foi Léo, o coral…

De cabeça, Leandro Souza e Branquinho ainda acertaram o travessão. O que não impediu o Santa de sair derrotado pela segunda vez no Sertão, por 2 x 0.

Sim, pois o Bode articulou com eficiência um contragolpe aos 43 minutos, terminando com o chutaço de Cristóvão. Ao Araripina, o primeiro berro em 2012. Merecido.

Pernambucano 2012: Araripina 2x0 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Sinal vermelho para as vitórias

Pernambucano 2012: Santa Cruz 2x0 Ypiranga. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press

As três vitórias conquistadas pelo Santa Cruz nas quatro primeiras rodadas do Estadual tiveram como fato em comum o melhor futebol no segundo tempo.

Nos três triunfos, curiosamente, o domínio coral no placar acabou consumado após a expulsão de um jogador adversário.

Na estreia, contra o Belo Jardim, o zagueiro Laerson recebeu o vermelho aos 41 minutos. O Calango havia acabado de abrir o placar. A virada veio com dois pênaltis.

Contra o Serra Talhada, apesar da boa reação e apresentação, o jogo seguia 2 x 2 no Pereirão, quando o volante Elton deixou a partida, aos 4 minutos da etapa final.

Na noite desta quarta-feira, contra o Ypiranga, mesmo com as várias chances criadas, o Santa ia esbarrando no goleiro Geday, ágil e com otima atuação até então.

O placar seguia em branco, incluindo aí uma penalidade desperdiçada por Weslley.

Aos 39 minutos de jogo, mais uma vez o confronto ficou 11 x 10. Júlio fora.

Não se discute aqui a atuação dos árbitros, mas o volume de jogo dos corais somente com a vantagem numérica nessas partidas. Ou a vantagem ocorreu devido ao volume?

Independentemente da interpretação, aconteceu mais uma vez no Arruda.

Com dois belos gols no comecinho do segundo tempo, através de Léo e Renatinho, o Santa venceu por 2 x 0, para a felicidade da multidão presente, com 24.525 torcedores.

Considerando os três resultados positivos na temporada, o Tricolor atuou 141 minutos com um jogador a mais e 129 em condições de igualdade.

É óbvio que a Cobra Coral vem mostrando raça e tem qualidade técnica suficiente para manter a atual campanha e ir até além, em busca da liderença da competição.

No entanto, é possível analisar que a equipe comandada por Zé Teodoro ainda não enfrentou uma situação plenamente adversa, considerando adversários mais qualificados, algo que deverá acontecer bastante este ano, no Estadual e na Série C…

Na única vez em que isso ocorreu em 2012, diante do Salgueiro, os tricolores saíram de campo derrotados. Nesse dia, jogaram com um a menos.

Pernambucano 2012: Santa Cruz 2 x 0 Ypiranga. Foto:Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

63% de posse de bola para o verdadeiro campeão

Pernambucano 2012: Serra Talhada 2x4 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Os campeões pernambucanos de 2011 se enfrentaram pela primeira vez.

Da primeira divisão, o Santa Cruz. Da segunda divisão, o Serra Talhada.

No estádio Pereirão, tomado por 5.036 torcedores, a Laranja Mecânica bem que tentou voltar a surpreender na competição.

Contudo, as ações do Cangaceiro duraram apenas dez minutos.

Tudo bem que foi um início a 200 km/h, marcando um gol de cabeça com Caio logo aos 4 minutos e outro com Emercino, de pênalti, seis minutos depois.

A partir daí, um domínio absoluto dos corais e Lampião não teve vez no Sertão…

O Santa apertou a marcação, com Memo mais recuado, e, mesmo sem os principais reforços em campo, criou bastante, com Weslley e Anderson Pedra.

Nos 80 minutos seguintes, quatro gols e inúmeras oportunidades despediçadas. Forçando no jogo aéreo e nos chutes de fora da área, o Tricolor mostrou força.

Ainda no primeiro tempo, Flávio Caça-Rato e Eduardo Arroz empataram, dando tranquilidade para uma reorganização tática no intervalo.

O trabalho acabou facilitado no começo da etapa final com a expulsão de Elton, deixando o adversário com um a menos em campo.

Apesar da superioridade numérica e do melhor futebol, o Santa precisou ter muita paciência para virar a partida. O gol saiu somente aos 30 minutos, com Weslley.

No fim, o volante Léo, que acabara de entrar, marcou um belo gol, 4 x 2.

Vitória do verdadeiro campeão de 2011, com 63% de posse de bola neste domingo. Essa porcentagem era um desejo antigo do técnico Zé Teodoro.

Aconteceu, Zé. Pelo menos uma vez…

Pernambucano 2012: Serra Talhada 2x4 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Salgueiro faz história em casa, 40 anos depois

Pernambucano 2012: Salgueiro 2x0 Santa Cruz. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Em 2 de julho de 1972, a inauguração de um estádio acanhado. Um campo murado.

Amistoso entre Botafogo e Náutico, com vitória carioca por 3 x 1.

A 500 quilômetros do Recife, o município de Salgueiro parecia até mais distante, devido à precariedade no acesso viário.

Quatro décadas depois, a reinauguração da praça esportiva, o Salgueirão.

O local chegou a passar por uma leve ampliação e recebeu um público de 5.715 pessoas em 2009. Agora, sofreu uma profunda transformação.

Na verdade, foi reconstruído. Teve a capacidade elevada para 10.360 lugares.

Neste 18 de janeiro de 2012, a reabertura, com Salgueiro x Santa, pelo Estadual, diante 8.158 pessoas. De cara, o maior público da história do Sertão pernambucano.

Se tem alguém que merecia a honra do primeiro gol oficial, esse é Fabrício Ceará. O atacante de estilo trombador pode até ter a sua qualidade técnica questionada, mas o faro de gol existe. Na última Série B, por exemplo, marcou 9 gols.

Nesta noite, aos 28 minutos do 1º tempo, após falta cobrada por Élvis, Fabrício cabeceou para a história. Na etapa final, Élvis acertou outra falta, direto para o gol.

No pioneiro jogo do novo Cornélio de Barros, Carcará 2 x 0. Os corais foram coadjuvantes na festa, sem sequer agredir o adversário. E nem tão precavidos assim…

Esse mesmo estádio receberá mais bons jogos. Inclusive Salgueiro x Santa, pela Série C.

Pernambucano 2012: Salgueiro 2x0 Santa Cruz. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Hora de se reapresentar para fazer tudo de novo, e melhor

Sono do guarda espanhol

Após o triplo acesso no Campeonato Brasileiro e a uma merecida folga, os elencos dos grandes clubes do Recife já têm as datas das reapresentações para 2012.

26/12/2011 – Sport

27/12/2011 – Náutico

02/01/2012 – Santa Cruz

A abertura do Campeonato Pernambucano será em 15 de janeiro.

Portanto, o Rubro-negro teve um mês de férias e terá 19 dias até a estreia, mas com pausa de reveillon, enquanto o Alvirrubro terá um dia a mais de paralisação e 18 dias até a primeira rodada, também com o intervalo nas festividades de fim de ano.

O caso do Tricolor, porém, foi operacional. Ao todo, serão 41 dias sem atividade e apenas 12 para treinamentos… Colocaram na “conta” da Infraero, pela falta de voos.

De que forma esse período pode colaborar de fato para a competição?

O regulamento com a longa fase classificatória de 22 rodadas reduz os danos físicos e técnicos de uma pré-temporada mais enxuta?

Você concorda com a data estipulada pelo seu clube?

Um ano de validade para Zé Teodoro, Waldemar e Mazola

Enfim, os técnicos do três grandes clubes de Pernambuco renovaram os respectivos contratos. Todos eles pelo período de um ano. Confira as manchetes dos sites oficiais.

Zé Teodoro renovou contrato com o Santa por mais um ano

Waldemar Lemos renova por mais 1 ano com o Náutico

Mazola Júnior renova por um ano

O primeiro a chegar a um acordo foi o rubro-negro, Mazola, apenas quatro dias após o fim da Série B, em 30 de novembro. Um dia depois foi a vez do alvirrubro Waldemar Lemos. Após 26 longos dias de negociação, Zé Teodoro acertou em 16 de novembro.

Qual deles tem a maior chance de se manter o cargo até janeiro de 2013?

Vale lembrar que a última vez em que todos os comandantes do Trio de Ferro foram os mesmos no início da temporada seguinte foi em 1961 (veja aqui)

Zé Teodoro assina contra para comandar o Santa Cruz em 2012. Foto: Jamil Gomes, Santa Cruz/divulgação

Único a trabalhar durante toda a temporada na capital pernambucana, Zé Teodoro comandou o Santa Cruz em três competições, Estadual, Copa do Brasil e Série D.

Ao todo, incluindo 4 amistosos, foram 49 jogos, com 27 vitórias, 11 empates e 11 derrotas. Aproveitamento de 62,5%. Marcou 72 gols (1,46 por jogo) e sofreu 45 (0,91).

No Tricolor, tornou tradicional a formação compacta na defesa para os contragolpes. Conquistou com todos os méritos o Pernambucano e ainda foi vice da 4ª divisão.

Ele tem o respaldo absoluto do grupo e da diretoria. Para 2012, a dificuldade financeira deve continuar existindo. Porém, é inegável que Zé começará o trabalho com uma base, além da tranquilidade de já estar garantido em uma divisão nacional.

Subir para a Série B é o principal objetivo, já externado pelo técnico.

Waldemar Lemos segue no comando do Náutico em 2012. Foto: Élcio Mendonça, Náutico/divulgação

Assumindo o Náutico após o Estadual, Waldemar Lemos trabalhou em 38 partidas, todas elas pela Série B, com 17 vitórias, 13 empates e 8 derrotas. Aproveitamento de 56,1%. Marcou 51 gols (1,34 por jogo) e sofreu 41 (1,07).

Soube aproveitar bem os Aflitos, impondo sempre uma blitz nesses jogos. Invicto em casa, acabou o ano como vice da Segundona, igualando a campanha de 1988.

A sua permanência foi atrelada à sua exigência por uma melhora na infraestrutura do clube. Como a própria cúpula timbu diz, Waldemar será uma espécie de “gerente” da parte estrutural, com foco absoluto na modernização do CT.

Acabar com o jejum de títulos estaduais, desde 2004, é a prioridade – inclusive do futuro presidente, Paulo Wanderley -, ao lado da permanência na elite do Brasileiro.

Mazola, técnico do Sport. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Com duas passagens no mesmo ano, o ex-interino Mazola Júnior comandou o Sport em 16 partidas, com 8 vitórias, 3 empates e 5 derrotas. O seu aproveitamento foi de 56,2%. O Leão marcou 34 gols (2,12 por jogo) e sofreu 21 (1,31).

O padrão de jogo na equipe que alcançou o acesso à Série A foi baseado na motivação e confiança extra. Só assim para reverter uma probabilidade de acesso de apenas 9%.

Efetivado, Mazola terá em 2012, pela primeira vez em sua carreira, a missão de montar um elenco profissional. E trata-se de um plantel de R$ 1,5 milhão por mês. Aproveitando o caixa do clube, o técnico conta com o apoio do superintendente Cícero Souza.

Uma boa campanha no Brasileirão, para apagar a péssima imagem deixada pela lanterna em 2009, é vital. Para Mazola, porém, uma grande campanha no Pernambucano torna-se esse essencial para evitar, mais uma vez, a especulação de técnicos mais renomados.

Arrudazo com a dor de apenas um dia

Série D 2011: Santa Cruz 0x2 Tupi. Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco

Primeiro com Alan, aos 35 minutos do segundo tempo.

Depois com Henrique, logo depois, aos 37.

Gols que silenciaram.

Em um Arruda abarrotado, com mais de 54 mil tricolores, o Tupi voltou a derrotar o Santa Cruz, dessa vez por 2 x 0, e conquistou o título da terceira edição da Série D.

O time mineiro de Juiz de Fora foi realmente melhor em campo, como já havia sido no jogo de ida da final. Neste domingo, administrou a vantagem.

Contou, também, com a atuação afobada da Cobra Coral, que cansou de alçar bolas na área, sem sucesso. Só fez consagrar a defesa adversária.

O ataque foi novamente inoperante, como em boa parte da campanha no Nacional.

Enfim, uma vitória justa do Tupi, campeão brasileiro, com um Arrudazo daqueles.

Ao Tricolor, campeão pernambucano desta temporada, a lamentação pela perda do ainda inédito troféu nacional deve durar até a segunda-feira. E só.

Depois, é preciso mirar o futuro, uma vez que a caminhada será longa até um centenário em grande estilo, como desejam os torcedores, com o time na elite, em 2014.

Há muito trabalho pela frente, novos problemas para contornar e uma nova divisão a superar. Em 2011, as metas fora alcançadas, iniciando a reconstrução coral.

Sobre a Série D, é simples resumir…

O time foi vice-campeão brasileiro. A torcida, no entanto, foi campeã.

Série D 2011: Santa Cruz 0x2 Tupi. Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco