Confira as principais orientações do Inep para o exame

Confira as principais orientações do Inep para o exame

A poucos dias para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, os participantes, além de aproveitar essa reta final para revisar os conteúdos, devem se certificar como funcionam os critérios estabelecidos no edital do exame e que devem ser seguidos por todos os que farão a prova.

Diferentemente dos outros anos e em decorrência da pandemia da Covid-19, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) adotou um conjunto de medidas preventivas para garantir uma aplicação segura para os 5,7 milhões de inscritos. Por isso, será obrigatório o uso de máscaras de proteção facial durante toda a aplicação.

O participante que não utilizar a máscara cobrindo totalmente o nariz e a boca, desde sua entrada até sua saída do local de provas, ou recusar-se, sem justificativa, a respeitar os protocolos de proteção contra a Covid-19, a qualquer momento, será eliminado do exame. A exceção são casos previstos na Lei n.º 14.019, de 2020. Só será permitida a retirada da máscara para alimentação ou ingestão de líquidos. O participante poderá levar mais de uma máscara para troca ao longo do dia.

A higienização das mãos com álcool em gel, próprio ou fornecido pelo Inep, será obrigatória antes da entrada em sala de provas. Recipientes de álcool ficarão disponíveis durante toda a aplicação. A ida ao banheiro será permitida desde que seja respeitada a distância prevista nos protocolos. A revista eletrônica nos locais de provas, com detector de metais, também respeitará os protocolos de prevenção.

No dia da prova, a única caneta aceita para preencher o cartão-resposta é a esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente. Nenhum outro tipo será permitido permanecer sobre a mesa dos inscritos. Qualquer outro tipo de caneta, ou ainda lápis e lapiseira, deverá ser guardado dentro da embalagem porta-objetos fornecida pelo aplicador, devidamente lacrada e acomodada embaixo da cadeira dos participantes.

Documentos — É importante lembrar que é obrigatório apresentar via original de documento oficial de identificação com foto para a realização das provas. Os participantes poderão apresentar cédulas de identidade expedidas por instituições, como secretarias de Segurança Pública, polícias Militar e Federal ou pelas Forças Armadas. Também será aceita a identidade expedida pelo Ministério da Justiça para estrangeiros, inclusive no caso dos reconhecidos como refugiados, conforme a Lei n.º 9.474, de 22 de julho de 1997, que trata, dentre outras questões, do Estatuto dos Refugiados.

A Carteira de Registro Nacional Migratório, prevista na Lei de Migração (n.º 13.445), de 24 de maio de 2017, também está entre a documentação válida para identificação, assim como o Documento Provisório de Registro Nacional Migratório, do qual trata o Decreto n.º 9.277, de 5 de fevereiro de 2018. A identificação fornecida por ordens ou conselhos de classes e que, por lei, tenha validade como documento de identidade também poderá ser utilizada para identificar o participante.

Além disso, o passaporte e  a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) — de acordo com a Lei n.º 9.503, de 23 de setembro de 1997 — também são válidos, assim como a Carteira de Trabalho e Previdência Social (impressa e expedida após 27 de janeiro de 1997).

Cartão de Confirmação de Inscrição — Apesar de não ser obrigatório, o Inep recomenda que o participante leve o Cartão de Confirmação de Inscrição nos dias de aplicação. O documento contém número de inscrição, data, hora e local do exame e registra que o inscrito deve contar com determinado atendimento especializado, assim como tratamento pelo nome social, caso essas solicitações tenham sido feitas e aprovadas. O documento está disponível na Página do Participante.

Horário — Os portões dos locais de aplicação serão abertos mais cedo, às 11h30 (horário de Brasília). Assim, o participante terá até 1 hora e 30 minutos para acessar o local de prova. Essa é uma das medidas de segurança adotadas pelo Inep em decorrência da pandemia de COVID-19 para garantir uma aplicação segura para os 5.783.357 inscritos.

Confira abaixo algumas orientações para o Enem 2020:

  • Uso de máscaras de proteção facial durante toda a aplicação será obrigatório.
  • É obrigatória a apresentação de via original de documento oficial de identificação com foto para a realização das provas. Confira a lista completa no edital.
  • A única caneta aceita é a esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente.
  • Guardar, antes de entrar na sala de provas, em envelope porta-objetos, a Declaração de Comparecimento impressa, o telefone celular e quaisquer outros equipamentos eletrônicos desligados, além de outros pertences não permitidos.
  • Manter os aparelhos eletrônicos como celular, tablet, pulseiras e relógios inteligentes com todos os aplicativos, funções e sistemas desativados e desligados, incluindo alarmes, no envelope porta-objetos lacrado e identificado, desde o ingresso na sala de provas até a saída definitiva do local de provas.
  • Manter, debaixo da carteira, o envelope porta-objetos, lacrado e identificado, desde o ingresso na sala de provas até a saída definitiva do local de provas.
  • Iniciar as provas somente após a autorização do aplicador, ler e conferir todas as instruções contidas na capa do caderno de questões, no cartão-resposta, na folha de redação, na folha de rascunho e nos demais documentos do exame.

Confira o edital do Enem 2020 impresso

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Acesse o Perguntas Frequentes do Enem

 

Ipem-PE faz alerta sobre compra de material escolar

Ipem-PE faz alerta sobre compra de material escolar

Com a chegada do período de compra do material escolar, o Instituto de Pesos e Medidas do Pernambuco (Ipem-PE) faz um alerta aos pais e responsáveis para que fiquem atentos na hora da compra dos itens. É fundamental observar se os produtos possuem o Selo de Identificação da Conformidade, que atesta que eles atendem requisitos de segurança previstos nos regulamentos do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

De acordo com o presidente do Ipem-PE, Adriano Martins, a presença do Selo da Conformidade do Inmetro nos artigos escolares tem o objetivo de evitar acidentes que possam colocar em risco a segurança de crianças. “Para receber o selo, os produtos têm que ser aprovados nos testes químicos, mecânicos, toxicológicos e biológicos, aos quais são submetidos. O selo do Inmetro indica que os produtos foram aprovados nos testes e não oferecem riscos à segurança das crianças se utilizados de acordo com as recomendações da faixa etária e com as instruções de uso”, explica Martins.

O Ipem-PE já iniciou em todo o estado, junto aos postos de revenda e fabricantes, a coleta de materiais escolares como cadernos, cola branca, giz, massas para modelar, corretivos líquidos, tintas guache, papel A-4 para testes no laboratório do Instituto. Um dos objetivos é verificar questões formais desses produtos, a fim de garantir que o consumidor está adquirindo exatamente aquilo que está pagando. De acordo com a gerente de Pré-embalados do Ipem-PE, Cleide Costa, a ação visa também verificar se a quantidade declarada na embalagem pelos fabricantes corresponde à quantidade real.

Confira o que observar na compra do material escolar:

– O Selo de Identificação da Conformidade deve ser afixado na embalagem ou diretamente no produto.

– No caso de material vendido a granel, como lápis, borrachas, apontadores ou canetas, a embalagem expositora com o selo do Inmetro deve estar próxima ao produto

– Não compre artigos escolares em comércio informal, pois não há garantia de procedência. Tais produtos podem não atender às condições mínimas de segurança.

– Guarde a nota fiscal. Ela é sua comprovação de origem do produto.

– Caso encontre produtos sem o selo no mercado formal denuncie à Ouvidoria do Ipem-PE: 0800 081 1526, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, ou pelo site do Ipem.

– Em casos de acidentes de consumo envolvendo um artigo escolar ou qualquer outro produto ou serviço, relate ao Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidentes de Consumo – Sinmac.

Confira a lista dos produtos regulamentados pelo Inmetro:

Apontador, Borracha e ponteira de borracha
Caneta esferográfica/roller/gel
Caneta hidrográfica (hidrocor)
Giz de cera
Lápis (preto ou grafite)
Lápis de cor
Lapiseira
Marcador de texto
Cola (líquida ou sólida)
Corretor adesivo
Corretor em tinta
Compasso
Curva francesa
Esquadro
Normógrafo
Régua
Transferidor
Estojo
Massa de modelar
Massa plástica
Merendeira/lancheira com ou sem seus acessórios
Pasta com aba elástica
Tesoura de ponta redonda
Tinta (guache, nanquim, pintura a dedo plástica, aquarela)

Aplicadores e estudantes se dividem entre a obrigação e o medo

Aplicadores e estudantes se dividem entre a obrigação e o medo

Por Estado de Minas

O governo federal anunciou ontem a manutenção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enemnas datas previstas, mas a prova está mais do que nunca na corda bamba. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) enviou pedido de adiamento ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, devido aos riscos de proliferação da Covid-19. “Apesar dos jovens terem menor risco de desenvolver formas graves e tampouco estar prevista a vacinação da população com menos de 18 anos, o aumento da circulação do vírus nesta população pode ocasionar elevação da transmissão nos grupos mais vulneráveis”, diz a carta assinada pelo presidente do Conass, Carlos Lula (secretário do Maranhão).

Batalha para suspender o exame também prossegue na Justiça. Se em São Paulo a Justiça Federal deu o sinal verde para a aplicação a partir deste domingo (17/1), em Minas Gerais, a queda de braço travada com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) está apenas começando. Se deferido, mandado de segurança coletivo com pedido de liminar protocolado ontem na 21ª Vara Federal Cível, em Belo Horizonte, pode adiar a avaliação apenas em território mineiro ou se estender para todo o Brasil. Enquanto as batalhas judiciais se acirram, aplicadores e estudantes se dividem entre a obrigação e o medo, diante de um protocolo sanitário que causa desconfiança.

A ação foi elaborada pelo gabinete da vereadora Duda Salabert e impetrada pelo seu partido, o PDT. A ofensiva mineira ocorreu no dia em que o Inep anunciava decisão favorável da 12ª Vara Cível Federal de São Paulo de manter os próximos dois domingos do Enem, em resposta à ação movida pela Defensoria Pública da União (DPU), que solicitou o adiamento do exame, alegando avanço da pandemia de coronavírus no país. Agora, o futuro de 5,6 milhões de brasileiros e 568 mil mineiros que confirmaram participação na prova impressa caminha lado a lado com a ação judicial movida no Tribunal Regional Federal de Minas também em razão da crise sanitária.
Mandado pede a suspensão das provas nos próximos dias 17 e 24 em nível estadual e nacional. Sendo assim, é possível adiamento só em Minas, com posterior reaplicação, ou em todo o país. Nas alegações, a equipe jurídica responsável pelo mandado traz como fundamentação o fato de Minas Gerais ainda ter vigente decreto de calamidade pública, além do decreto do prefeito Alexandre Kalil (PSD) que fechou novamente a cidade, permitindo o funcionamento apenas de serviços essenciais. O documento anexou ainda boletins epidemiológicos.
“Analisando a portaria que adiou o Enem pela primeira vez, apesar de ser ato discricionário, ou seja, o presidente do Inep pode, de acordo com a oportunidade e conveniência, escolher a data, quando ele motiva esse adiamento via Portaria 54, esse motivo se torna determinante”, afirma a chefe de gabinete da vereadora e advogada Clarissa Cotrim. “Ou seja, a realização da prova vai depender de que esses motivos continuem sendo respeitados. Em outras palavras, como ele disse que estava sendo adiado por conta da emergência na saúde pública e isso não mudou, o Enem tem que ser adiado novamente”, defende.
O mestre Francisco Borges, consultor de políticas educacionais da Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT), de São Paulo, acredita que haverá outros manifestos ou ações contra a manutenção das provas. “Pelo risco, até o STF (Supremo Tribunal Federal) deveria promover uma discussão sobre o tema. O MEC (Ministério da Educação) deveria pensar ações que incluem verdadeiramente e não colocam em risco seus cidadãos”, defende. Para ele, a aplicação das provas este mês “é um grande erro”. “O Inep não se baseou em dados científicos para fazer o adiamento, pois a data prevista originalmente seria a mais adequada quando se trata de fluxo epidêmico. O fim de novembro foi o vale de contaminação decorrente das ações de isolamento. Agora, ele não ouve a ciência, a mídia nem a população, pondo em risco milhões de jovens e três a quatro vezes mais pessoas ao considerarmos os familiares. A gestão pública está expondo a população a desafios nunca tão grandes e visíveis. Falta de competência ou de total desvalorização do cidadão.”

Do lado de quem tem compromisso marcado, a insegurança é a bola da vez. Uma aplicadora que pediu anonimato não sabe se os protocolos de biossegurança anunciado serão suficientes. “Estou torcendo para que seja adiado. Não estava tão insegura como ando agora com a propagação do vírus. Estou realmente com medo, mas aceitei aplicar desde o ano passado”, conta.
A orientação aos aplicadores é clara: três trocas de máscaras serão exigidas deles em cada dia do exame. “Todos os colaboradores deverão higienizar as mãos antes da abertura dos portões para receber os participantes, e já deverão ter efetuado a primeira troca de máscara às 11h30”, diz uma das instruções do manual do chefe de sala e do aplicador, ao qual o Estado de Minas teve acesso. O horário de abertura dos portões, antes marcado para 12h, foi antecipado para as 11h30. A segunda troca está marcada para as 14h30 e a terceira, para as 17h30. Mas, o Inep não está fornecendo o equipamento de proteção individual, que é de responsabilidades dos próprios aplicadores. O governo se encarregou apenas do álcool em gel.
Também não está prevista a medição de temperatura dos candidatos ao ganharem os locais de prova. Chama atenção ainda o modo de organização de mesas e cadeiras. Em vez de simplesmente “condenar” assentos indicando a proibição de sentar, o Inep preferiu desafiar a capacidade física dos espaços. No item Preparação do local de aplicação, o segundo tópico orienta: “utilizar a lista de presença para verificar a quantidade de carteiras da sala de aplicação a serem organizadas, com espaço frontal e lateral de dois metros entre elas, para respeitar as regras de distanciamento social e evitar tentativas de ‘cola’. Deslocar as carteiras que sobrarem para o fundo da sala ou para outro espaço disponível do local de aplicação onde elas permaneçam protegidas contra danos”. Ou seja, as salas estarão com 50% das cadeiras ocupadas e as outras 50% encostadas. “Em salas com 30 alunos normalmente, em que as cadeiras ficam bem próximas, vamos ter que esticar as salas para conseguir distância de 2 metros entre cada participante”, relata a aplicadora.

Temores

Se quem aplica está inseguro, não diferente é a situação dos protagonistas do Enem: os estudantes. O adolescente Dirrieh Gonzaga Ulhôa, de 17 anos, se divide entre a vontade de fazer a prova e a análise de critérios sanitários.“É uma situação muito difícil. É o maior processo seletivo do país, haverá grandes deslocamentos”, pondera o jovem, que acabou de se formar no ensino médio no Colégio Olimpo, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. No último fim de semana, ele fez o vestibular da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), em Ribeirão Preto (SP). Ficou em isolamento na semana anterior à prova e nesta também. Mês passado, já havia passado pela maratona da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).  “Em ambas, as cadeiras da frente, de trás e dos lados ficaram vazias para garantir o distanciamento”, conta.

Médico recomenda isolamento

Isolar-se e evitar aglomerações antes e depois do teste, além de usar máscaras o tempo todo são alguns dos protocolos obrigatórios para quem fará o Enem, segundo o infectologista Carlos Starling, integrante do Comitê de Enfrentamento à COVID-19 em Belo Horizonte. Do ponto de vista médico e sanitário, ele é enfático: “Há um grande risco neste momento em qualquer tipo de aglomeração”.

Tentando fazer o “meio de campo” entre incerteza e a confiança, professores e familiares assumem papel fundamental, de acordo com a coordenadora da área de redação da Rede Chromos de Ensino, Janiny Nominato. “Acredito que tenhamos que confiar nas instituições. A explosão de casos de COVID-19 preocupa os alunos, por isso, apoio da área pedagógica, professores e familiares é muito importante nessa reta final para tranquilizar os candidatos”, diz.
A diretora pedagógica do Coleguium Rede de Ensino, Alessandra Dias, acredita que foi acertada a decisão de manter o Enem, confiando nas medidas de segurança que, para ela, serão suficientes “desde que candidatos e todos os envolvidos sigam rigorosamente todos os protocolos”. “O cenário de incerteza se desfaz ao ser autorizado o exame. Agora, o estudante precisa se concentrar para estar com todos os materiais necessários e permitidos, bem como os novos equipamentos de segurança, que serão obrigatórios. Eles precisam rememorar todo o esforço empenhado ao longo de 2020 para terem a certeza que se prepararam e podem colher os resultados no momento da prova.”
O Inep foi procurado para detalhar os protocolos de segurança e informar se houve aumento da quantidade de locais de provas e de aplicadores, mas não respondeu até o fechamento desta edição. Em nota, informa que os protocolos foram definidos em conjunto com as empresas contratadas para a aplicação do exame, com base nas principais diretrizes do Ministério da Saúde e de outros órgãos e entidades de referência. Acrescentou que estão sendo destinados R$ 64 milhões às medidas de prevenção contra a Covid-19, incluindo aquisições de equipamentos de proteção individual, álcool em gel e mais locais de aplicação de prova.
Confira as medidas de segurança para as provas:
» Máscaras
Será proibida a entrada e a permanência nos locais de aplicação sem máscara. Quem se recusar, injustificadamente, será eliminado do exame (exceto casos previstos em lei). As máscaras serão verificadas pelos fiscais.
» Higienização
Será necessária a higienização das mãos com álcool em gel antes de entrar na sala de provas. No banheiro, mãos deverão ser lavadas com água e sabão antes e depois do uso.
 
» Lanches
A vistoria de lanches e a revista eletrônica com detector de metais também deverão respeitar os protocolos de prevenção. Só será permitida retirada da máscara para alimentação ou ingestão de líquidos.
 
» Salas de prova
Os espaços serão higienizados antes de cada dia de aplicação do exame e organizados para garantir distanciamento social. Aplicadores devem possibilitar o máximo de ventilação natural e aeração dos ambientes. Está prevista a ocupação de aproximadamente 50% da capacidade máxima de cada sala.
 
» Distanciamento
Deverá ser respeitado em procedimentos como ida ao banheiro e vistoria de materiais e lanches.
» Grupos de risco
Idosos, gestantes e pessoas com comorbidades, doenças respiratórias ou que afetam a imunidade ficarão em salas com até 25% da capacidade máxima. Esses participantes foram previamente identificados na base de inscritos e, assim, alocados nas salas especiais.
 
» Participantes com doenças infectocontagiosas
Pessoas acometidas ou com sintomas de COVID-19 e outras doenças infectocontagiosas não devem comparecer aos locais de aplicação. A condição deverá ser comunicada, por meio da Página do Participante, antes da aplicação do exame.
 
Fonte: Inep/MEC
Defensoria Pública da União entra com recurso pelo adiamento do Enem

Defensoria Pública da União entra com recurso pelo adiamento do Enem

Por Correio Braziliense

Nessa terça-feira (12), a Defensoria Pública da União (DPU) entrou com recurso contra decisão que negou o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O indeferimento, desta manhã, da Ação Civil Pública que também tem como autor o Ministério Público Federal (MPF), repercutiu entre entidades educacionais e divide opiniões.

“O contexto geral, em todo o país, é de agravamento da pandemia, com uma segunda onda que está no seu pico e crescendo. Diante desse quadro, que assola todo o país, não há motivos para deixar às autoridades locais a definição sobre a possibilidade de realização de um exame que é nacional”, considerou o defensor público federal João Paulo Dorini.

A decisão da juíza Marisa Cláudia Gonçalves Cucio deixa a cargo das autoridades locais definir a aplicação ou o adiamento do exame. Nesses casos, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) ficará obrigado à reaplicação do exame diante da situação específica. Cidades em lockdown, por exemplo, poderiam optar por autorizar ou não a prova.

Uma das cidades que atualmente está sob lockdown é Belo Horizonte (MG). Procurada pela reportagem, a prefeitura do município afirmou que as provas do Enem serão realizadas em Belo Horizonte conforme calendário determinado pelo governo federal e pelo Inep. “A Prefeitura de Belo Horizonte só é responsável pelo transporte público e pelo trânsito nas imediações dos locais de prova”, pontuou.

Entidades estudantis

A presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Rozana Barroso, ressaltou que a entidade, junto à União Nacional dos Estudantes (UNE), entrará com agravo. “Achamos que é muito preocupante jogar a responsabilidade para cidades e estados brasileiros. Nós acreditamos que, diferentemente do que diz a decisão, o Inep não tem sido claro sobre as medidas de segurança que vai tomar na aplicação da prova”, observa.

Em entrevista à CNN Brasil nessa terça, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, confirmou a realização das provas e se referiu aos estudantes que pedem o adiamento como “uma minoria barulhenta”. Rozana Barroso considera essa uma prova de que o governo tem como inimigo a educação.

“Não defendemos o cancelamento do Enem, mas, sim, a realização dele em uma data que seja possível ter menor desigualdade de preparo e mais segurança”, ressaltou o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Iago Montalvão. Ele considera necessário pensar um calendário letivo que contemple a aplicação do Enem e a inscrição para programas federais sem que isso prejudique os estudantes.

Iago destaca que não houve qualquer diálogo dos estudantes com o MEC. “Ao notar o aumento no número de casos com a segunda onda, reivindicamos um diálogo para pensar uma nova data e também, antes disso, um grupo de trabalho, para pensar estrategicamente a aplicação do exame em segurança, mas não houve resposta do MEC”, afirmou.

Conheça os critérios de correção da redação do Enem

Conheça os critérios de correção da redação do Enem

Por Agência Brasil

No domingo (17), milhões de estudantes de todo o país farão a primeira prova da edição impressa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. Além de responder às questões objetivas de linguagens e ciências humanas, os participantes farão a prova de redação, a única parte subjetiva do exame. Com critérios específicos de correção, a redação pode ser o diferencial na nota dos estudantes. 

“A primeira coisa é que a prova não vai ter grandes mudanças na redação”, diz o professor e fundador do Laboratório de Redação, Adriano Chan. Na prova, os estudantes devem, a partir do tema proposto e dos textos motivadores – que não podem ser copiados – escrever um texto em prosa do tipo dissertativo-argumentativo. Os participantes devem defender uma tese, ou seja, uma opinião a respeito do tema proposto, apoiada em argumentos consistentes. Devem também elaborar uma proposta de intervenção social para o problema apresentado no desenvolvimento do texto.

“É um equívoco o aluno acreditar que precisa saber bem do tema. Tem que saber ler bem o que está na proposta, identificar os desafios que estão na proposta em relação ao tema principal. Isso é muito importante. Não é achar qualquer problema, mas um problema dentro do universo proposto e relacionar esse desafio com o conteúdo adquirido e aprendido”, afirma Chan.

“A estrutura não muda, o que vai alterar é a argumentação que o estudante vai ter que construir em função do tema. Eu acredito que quando o aluno conhece bem a estrutura da redação, o tema que vier ele vai conseguir fazer”, diz a professora Tatiana Nunes Câmara, de língua portuguesa e produção textual do Colégio Mopi.

Para os professores, os estudantes devem, na reta final para a aplicação do exame, treinar a escrita, em papel, como será feito no dia da prova, usando máscara de proteção facial, item obrigatório este ano por causa da pandemia do novo coronavírus. “[Com as aulas sendo realizadas de forma remota], geralmente o estudante tem de entregar a redação digitada e não está treinando a questão do exercício motor de escrever a redação. É importante que o aluno faça o treino da escrita no papel, até para que não seja pego de surpresa em relação ao tempo”.

“Escrever de máscara é diferente. Recomendo treinar a redação de máscara, contando o tempo”, acrescenta Tatiana. “Seria interessante agora revistar as redações que fizeram e foram corrigidas pelos professores, para que possam dar uma olhada na estrutura e nas orientações. Acho que também vale a pena observar temas que as pessoas têm falado ou assuntos que estão mais em voga, fazer uma espécie de retomada desses enfoques temáticos”, sugere.

Correção

Para ajudar no preparo para a prova, os estudantes podem acessar a cartilha da redação do Enem 2020, divulgada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Na cartilha, estão detalhados os critérios de correção da redação e como é feita essa correção. Estão disponíveis também exemplos de redação que tiraram a nota máxima, nota 1 mil, na edição do Enem de 2019.

Este ano, o Inep divulgou também, de forma inédita, as apostilas de capacitação dos corretores de redação, elaboradas para a edição de 2019. Assim, é possível saber o que os corretores levam em consideração na hora de atribuir notas às provas.

As redações do Enem são avaliadas em cinco competências, cada uma vale 200 pontos: demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa; compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa; selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação; e elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

Cada prova passa por dois corretores. Caso haja uma diferença de mais de 100 pontos em relação à nota total da prova ou de mais de 80 pontos em relação a alguma das competências, o texto passa, então, por um terceiro corretor. Se a diferença persistir, a prova é avaliada por uma banca composta por três professores, que atribuirá a nota final do participante.

Motivos para a nota zero

Para participar de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece vagas em instituições públicas de ensino superior, e o Programa Universidade para Todos (ProUni), que concede bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior, é necessário não ter tirado zero na redação. A redação receberá nota zero se apresentar uma das características a seguir:

• fuga total ao tema;

• não obediência ao tipo dissertativo-argumentativo;

• extensão de até sete linhas manuscritas, qualquer que seja o conteúdo, ou extensão de até dez linhas escritas no sistema Braille;

• cópia de texto(s) da Prova de Redação e/ou do Caderno de Questões sem que haja pelo menos oito linhas de produção própria do participante;

• impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação, em qualquer parte da folha de redação;

• números ou sinais gráficos sem função clara em qualquer parte do texto ou da folha de redação;

• parte deliberadamente desconectada do tema proposto;

• assinatura, nome, iniciais, apelido, codinome ou rubrica fora do local devidamente designado para a assinatura do participante;

• texto predominante ou integralmente escrito em língua estrangeira;

• folha de redação em branco, mesmo que haja texto escrito na folha de rascunho; e

• texto ilegível, que impossibilite sua leitura por dois avaliadores independentes.

Veja os temas das redações de anos anteriores: 

Enem 2009: O indivíduo frente à ética nacional

Enem 2010: O trabalho na construção da dignidade humana

Enem 2011:  Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado

Enem 2012: O movimento imigratório para o Brasil no século XXI

Enem 2013:  Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil

Enem 2014: Publicidade infantil em questão no Brasil

Enem 2015: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

Enem 2016: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil e Caminhos para combater o racismo no Brasil – Neste ano houve duas aplicações regulares do exame.

Enem 2017: Desafios para formação educacional de surdos no Brasil

Enem 2018: Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet

Enem 2019: Democratização do acesso ao cinema no Brasil

Enem 2020

Ao todo, cerca de 5,8 milhões de estudantes estão inscritos no exame. O Enem 2020 terá uma versão impressa, nos dias 17 e 24 de janeiro, e uma digital, realizada de forma piloto para 96 mil candidatos, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

As medidas de segurança adotadas em relação à pandemia do novo coronavírus serão as mesmas tanto no Enem impresso quanto no digital. Haverá, por exemplo, um número reduzido de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

Quem for diagnosticado com covid-19, ou apresentar sintomas dessa ou de outras doenças infectocontagiosas até a data do exame, não deverá comparecer ao local de prova e sim entrar em contato com o Inep pela Página do Participante, ou pelo telefone 0800-616161, e terá direito a fazer a prova na data de reaplicação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro.