Recife inicia matrículas para novos estudantes da rede nesta terça

Recife inicia matrículas para novos estudantes da rede nesta terça

Nesta terça-feira (12), a Secretaria de Educação do Recife inicia o processo de matrícula para estudantes novatos da rede municipal de ensino. Para o ano letivo de 2021, estão sendo ofertadas 19.196 vagas e os estudantes que desejem ingressar nas escolas, creches e creches-escolas podem reservar suas vagas até o dia 26 de janeiro pela internet. Atualmente, a rede atende mais de 90 mil estudantes nas 319 unidades escolares.

As vagas contemplam turmas de educação infantil, ensino fundamental e educação de jovens, adultos e idosos (EJA). Todo o processo de cadastro de vagas será realizado exclusivamente pela internet e dividido em quatro etapas: identificação do responsável; dados do estudante; ano e unidade de ensino desejada; e verificação dos dados. Os responsáveis ou estudantes maiores de 18 anos que realizaram o pré-cadastro em dezembro do ano passado, terão seus dados automaticamente preenchidos, devendo inserir apenas o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e a data de nascimento.

Ao finalizar o cadastro, a vaga já estará reservada, mas o responsável pelo estudante deverá comparecer à escola ou creche informada para confirmar e efetivar a matrícula. Esta etapa ocorrerá no período de 1º a 10 de fevereiro e o responsável deverá estar munido da documentação necessária: comprovante de reserva de matrícula (ou o número de protocolo gerado no ato da reserva); cópias de certidão de nascimento (ou casamento); carteira de vacinação; cartão do SUS; comprovante de residência; e duas fotos 3×4.

Para facilitar o acesso à internet dos interessados, a Secretaria de Educação do Recife colocou à disposição da população 50 pontos de apoio para a matrícula online nas 36 escolas municipais de Anos Finais do Ensino Fundamental e 14 Unidades de Tecnologia na Educação (Utecs). Os endereços estão disponíveis no site da Prefeitura do Recife. Para mais informações, os estudantes e responsáveis podem ligar para o 0800-200-6565. O atendimento é das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira, a partir desta terça.

Cartão de inscrição da Escola de Aplicação da UPE já está disponível

Cartão de inscrição da Escola de Aplicação da UPE já está disponível

A Comissão Permanente de Concursos Acadêmicos da Universidade de Pernambuco (CPCA/UPE) disponibilizou, nesta segunda-feira (11), os cartões de inscrição para os candidatos que farão as provas das Escolas de Aplicação, que serão realizadas no dia 22 de janeiro. São disponibilizadas 332 vagas no total, sendo 252 vagas para o sexto ano do ensino fundamental e 80 vagas para a primeira série do ensino médio.

Os alunos devem acessar o site da UPE, usar o e-mail e a senha cadastrados e imprimir o documento. Além de verificar seu local de prova, os alunos terão acesso, juntamente com os cartões de inscrição, aos protocolos de biossegurança que devem ser seguidos, sob pena de exclusão do processo seletivo.

Ao acessar a página, o candidato deve clicar no quadrado “Processo seletivo das Escolas de Aplicação”, de cor rosa. Depois, clicar na barra azul “Acesse aqui para realizar e acompanhar a sua inscrição no Processo Seletivo das Escolas de Aplicação”. Por último, clicar na barra verde “Acompanhar inscrição”. Em caso de dúvidas, maiores informações podem ser obtidas através dos telefones (81) 3183-3660 e 3183-3791.

De acordo com os protocolos de biossegurança da UPE, todos os prédios serão sanitizados antes e após a realização das provas. Não será permitida aglomeração. O uso de máscara facial é obrigatório e será disponibilizado álcool em gel a 70% para higienização das mãos. Os candidatos poderão levar água, sucos, doces e lanches devidamente acondicionados, além de máscaras extras e recipiente de álcool em gel a 70% para uso pessoal.

As provas para ingresso nas quatro Escolas de Aplicação da UPE acontecerão no dia 22 deste mês no horário da manhã. Os prédios serão abertos às 7h30 e fechados às 9h, com início da aplicação do exame às 9h15. A UPE está utilizando 18 prédios nas cidades do Recife, Nazaré da Mata, Garanhuns e Petrolina. Ao todo, são 2.664 candidatos.

Os desafios da reta final para o “Enem da pandemia”

Os desafios da reta final para o “Enem da pandemia”

Por Felipe Pessoa/Diario de Pernambuco

Ansiedade, expectativas, insegurança… Estas são palavras já presentes no cotidiano de quem pretende concorrer a uma vaga em universidades e faculdades. Com a pandemia, que mudou drasticamente a dinâmica de diversos setores da sociedade, incluindo a educação, incertezas ganharam força. Mesmo assim, 5,8 milhões de estudantes se inscreveram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 e se preparam para fazer as provas do certame a partir do próximo domingo. A Covid-19 não foi obstáculo suficiente para desencorajar os feras de Pernambuco, que são 315.693 nesta edição, uma aumento de 14,6% em comparação aos 275.327 de 2019. Além da versão impressa, o Enem digital será aplicado pela primeira vez.

Em um contexto incomum, muitos estudantes tiveram que aprender a conviver com as limitações impostas pela pandemia. Yasmin Mariana, 19, aluna da rede estadual, viu em 2020 um ano complicado para focar nos estudos. “Perdi uma pessoa querida para a Covid-19, meu padrasto perdeu o emprego e minha mãe engravidou. Temos três crianças em casa. Então foi tudo uma correria, um cansaço enorme o tempo todo”, diz. Durante a preparação, a estudante não conseguiu acompanhar boa parte das aulas, realizadas remotamente. “Eu só tenho celular para estudar, aí ficou difícil”, afirma.

A ausência de aulas presenciais foi um complicador para Marina Pedrosa, 17. “Acredito que consegui me adaptar o máximo possível ao modelo remoto, mas senti falta da interação com meus amigos e professores pessoalmente, o que às vezes me deixava desmotivada”, diz a aluna, que estuda na rede privada.

A professora de linguagens do Colégio Núcleo e doutora em letras pela UFPE, Rita Kramer, lembra das adaptações necessárias ao longo do ano. “Saber como o conhecimento está chegando ao estudante já é um desafio quando estamos perto dele, e online isso se acentua. Mas com a realização de um enorme número de atividades e o estímulo à interação, conseguimos trazer os estudantes para o engajamento que desejávamos”, conta.

O estudante Phillipe Joseph, 18, da rede particular, classifica os meses de pandemia como “um processo de luta contra distrações” no qual conseguiu manter o foco nos estudos. “A partir das experiências com os simulados, eu entendi o que eu devo fazer na prova e o que não devo”, revela.

De olho em uma vaga no curso de medicina, Fernando Pessoa, 17, também estudante de escola privada, afirma que teve que trabalhar duro para manter o foco nas aulas e atividades, mas ressalta que os exercícios que realizou ajudaram a treinar a concentração. Ele optou por fazer a prova digital, que será aplicada para 101,1 mil feras, de maneira experimental. “Na hora das provas, eu particularmente não tenho problemas de concentração isso devido ao treino. O colégio proporcionou muitos simulados e através dos resultados que obtive estou me sentindo confiante para o dia da prova”, conta.

Já a Maria Eduarda Ferreira, 17, da rede estadual, teve dificuldades em casa. “Eu tinha a necessidade de ouvir música para me concentrar nos estudos e nos simulados. Mas como não posso ter esse privilégio no Enem, vou tentar buscar meu foco de outra maneira”, afirma.

Confiança

Alguns estudantes encontraram novas maneiras de se sentirem mais seguros com os conteúdos. Depois de meses tentando manter a rotina de preparação, Pedro Augusto, 16, candidato a uma vaga no curso de direito, teve que montar uma estratégia para não se prejudicar no exame, mesmo com as incertezas do calendário de aulas da rede pública. “Pretendo manter o foco me acalmando, porque (a prova) será um momento bem mais complicado do quejá é normalmente”, revela.

Para a professora Rita Kramer, o autocontrole é fundamental para que os estudantes obtenham um bom resultado no exame. “Num momento como esse, tão decisivo da vida, é normal ficar ansioso, mas alimentar pensamentos assim pode atrapalhar a construção feita o ano todo. Por isso, é preciso ter muita calma e atenção para ler a prova com cautela”, afirma. “Cada um deve conhecer bem seus limites e buscar lidar com eles para ter o seu melhor desempenho. Não há uma fórmula única.”

Família

Professor de redação do Colégio Núcleo, Anderson Ferreira destaca que a participação da família, principalmente no contexto atual, é muito importante para os alunos. “As instituições precisam estar em comunhão com as famílias, para que todo mundo acompanhe, conduza e apoie de perto”, explica.

Um Enem, duas modalidades

  • Pela primeira vez desde que foi criado, em 1998, o Enem vai ser realizado em duas categorias: presencial e remota
  • Em ambos os formatos, os estudantes terão dois finais de semana para responder às questões
  • No primeiro dia serão aplicadas 45 questões de linguagens e códigos, a redação e 45 perguntas de ciências humanas
  • No segundo dia haverá 45 perguntas de ciências da natureza e 45 questões de matemáticade
  • As provas da modalidade impressa serão nos dias 17 e 24 de janeiro
  • Os portões serão fechados às 13h, com o exame começando às 13h30
  • As avaliações digitais acontecem nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro
MEC publica portaria com diretrizes gerais para educação básica

MEC publica portaria com diretrizes gerais para educação básica

Por Agência Brasil

O Ministério da Educação (MEC) publicou hoje (11), no Diário Oficial da União (DOU), uma portaria com diretrizes gerais para a implementação do novo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). O texto especifica alguns pontos de outra portaria a pasta, publicada em maio de 2020, que determinou que o Saeb será anual e que os resultados do exame também poderão ser usados para ingresso no ensino superior.

O Saeb é um conjunto de instrumentos que permite a produção e a disseminação de evidências, estatísticas, avaliações, exames e estudos a respeito da qualidade das etapas que compõem a educação básica, que engloba a Educação Infantil, o Ensino Fundamental obrigatório de nove anos e o Ensino Médio.

Atualmente a avaliação é aplicada de dois em dois anos a estudantes dos 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio. A portaria publicada em maio, diz que, a partir de 2021, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) passará a avaliar os estudantes todos os anos, a partir do 2º ano do ensino fundamental até o final do ensino médio.

Entre outros pontos, a portaria publicada nesta segunda-feira diz que deverão ser formulados novos objetivos para a avaliação dos estudantes do Ensino Médio, que ocorrerá de maneira seriada e será um exame alternativo de ingresso ao ensino superior.

O texto também diz que a Educação Infantil (de 0 a 5 anos) será avaliada a cada dois anos exclusivamente pela aplicação de questionários eletrônicos de natureza não cognitiva.

De acordo com a portaria, o Inep também deve realizar em parceria com estados e municípios, um Saeb censitário, anual e para as quatro áreas do conhecimento da educação básica; ampliar de forma gradativa a população de referência da avaliação e das condições de acessibilidade dos testes e dos questionários, com progressiva aplicação eletrônica dos exames.

As alterações visam ajustar o Saeb às mudanças na Base Nacional Comum Curricular  observadas as Diretrizes Curriculares Nacionais, na Política Nacional de Alfabetização e o novo Ensino Médio.

O Inep deverá formar uma comissão especial, formada por representantes do órgão, do MEC, do Conselho Nacional de Secretários de Educação, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, além de pesquisadores para assessorar “técnica e pedagogicamente na formulação dos instrumentos de avaliação e na progressiva ampliação da população de referência do Saeb.”

Enem terá regras para evitar contágio pelo novo coronavírus

Enem terá regras para evitar contágio pelo novo coronavírus

Por Agência Brasil

Os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 devem estar atentos às regras para evitar o contágio pelo novo coronavírus. As medidas que devem ser adotadas tanto na aplicação do Enem impresso quanto do Enem digital estão previstas nos editais dos exames, e o descumprimento poderá levar inclusive à eliminação dos candidatos.

A máscara de proteção facial será item obrigatório nesta edição do Enem. Além de precisar apresentar um documento oficial original com foto e de ter uma caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, quem não estiver de máscara não poderá fazer a prova.

Dentro de sala, os estudantes deverão permanecer com a máscara durante toda a realização do exame. O edital prevê que a máscara deve ser usada da maneira correta, cobrindo o nariz e a boca. Caso isso não seja feito, o participante será eliminado. Os candidatos poderão levar máscaras para trocar durante a aplicação, seguindo a recomendação de especialistas da área de saúde.

O equipamento de proteção poderá ser retirado apenas para a identificação dos participantes, para comer e beber. Toda vez que retirarem a máscara, os participantes não devem tocar na parte frontal dela, e devem, em seguida, higienizar as mãos com álcool em gel próprio ou fornecido pelo aplicador. As mãos devem ser higienizadas também quando os participantes forem ao banheiro e no decorrer do exame.

Outra regra é o distanciamento social. As salas, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), estarão dispostas de forma a assegurar a distância entre os participantes.

Quem for diagnosticado com covid-19 ou apresentar sintomas da doença, ou de outra infectocontagiosa até a realização do exame deve comunicar o Inep pela Página do Participante e pelo telefone 0800 616161. Esses candidatos terão direito de participar da reaplicação do Enem nos dias 23 e 24 de fevereiro.

Pandemia

A realização das provas em um momento de aumento de dos casos e das mortes por covid-19 em todo o país preocupa professores, estudantes, autoridades e especialistas. “É um risco grande mobilizar milhões de pessoas em um momento desses”, diz o professor titular de epidemiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Roberto Medronho. Em todo o país, cerca de 5,8 milhões de estudantes estão inscritos para fazer o Enem, de acordo com o Inep.

Segundo Medronho, as medidas anunciadas ajudam a controlar a transmissão, mas não há um cenário completamente seguro. “Garantia não há. O ideal é suspender o exame. Mas, posso dizer que vai minimizar de forma razoável o risco”, diz.

De acordo com Medronho, os participantes podem também se proteger evitando aglomerações nos portões do local exame, mantendo um distanciamento de pelo menos 1,5 metro das pessoas ao redor, mesmo antes de entrar na prova. Devem também, mesmo que não seja obrigatório, levar máscaras para trocar ao longo do exame. “Recomendo que levem duas máscaras e que na metade da prova troque pela máscara nova. Com isso, estarão protegendo a si mesmos e protegendo os colegas”, orienta.

Pedidos de adiamento

Com o agravamento da pandemia, surgiu nas redes sociais um novo movimento pedindo o adiamento do Enem. O Brasil bateu a marca de 200 mil pessoas mortas pela covid-19. O número diário de óbitos ultrapassou a marca de 1 mil por dia.

Na sexta-feira (8), a Defensoria Pública da União apresentou novo pedido de tutela de urgência para o adiamento das provas do Enem. As provas, de acordo com o pedido, devem ser adiadas “até que possa ser feito de maneira segura, ou ao menos enquanto a situação não esteja tão periclitante quanto agora”.

Mais de 40 entidades científicas, entre elas a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped) e Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), assinaram nota conjunta pedindo também o adiamento das provas. “É necessário adiar o Enem e é urgente que secretarias estaduais de Educação coordenem planejamentos para garantir as condições pedagógicas e sanitárias para que todos os estudantes participem do Enem. Esse exame existe para incidir na redução das desigualdades do acesso ao ensino superior e não pode servir para ampliar desigualdades ou, o que é inaceitável, se tornar espaço vetor de uma pandemia”, diz a nota.

Inep

Inep decidiu manter o exame, para garantir que os estudantes tenham acesso ao ensino superior e possam continuar a formação. Em entrevista à Agência Brasil, o presidente do Inep, Alexandre Lopes, afirmou que a autarquia preparou-se para fazer o exame em um contexto de pandemia. “Temos a segurança [de] que a prova deve ser feita e que as condições de aplicação são adequadas, são as que precisam ser tomadas.”

O Enem 2020 será aplicado na versão impressa nos dias 17 e 24 de janeiro e, na versão digital, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.