por Anamaria Nascimento | dez 7, 2020 | ENEM
Uma das grandes novidades do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 é a implementação do Enem Digital. Nesse sábado (5), foi realizada a live de abertura da capacitação dos colaboradores que irão atuar na aplicação do novo formato do exame. Aproximadamente 30 mil colaboradores, entre eles, coordenadores estaduais, municipais, coordenadores de local, supervisores e auxiliares de tecnologia, receberão capacitação, que será realizada de maneira remota. As lives começam na próxima terça-feira, 8 de dezembro.
A abertura contou com a participação do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes; do diretor de Gestão e Planejamento, Murillo Gameiro; da coordenadora-geral de Desenvolvimento da Aplicação, Andréia Gonçalves; do coordenador de Assuntos Institucionais da Fundação Cesgranrio, Gabriel Lima; e do diretor de Tecnologia da Fundação Cesgranrio, Carlos Henrique Nogueira.
As provas do Enem Digital acontecem nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021. Esta será a primeira aplicação digital do exame, que conta com aproximadamente 97 mil inscrições confirmadas. Alexandre Lopes destacou a importância da participação dos colaboradores durante a capacitação. “O Enem Digital é uma novidade para todos. Este é o momento para esclarecer todas as dúvidas que envolvam a logística no dia do exame”, ressaltou o presidente do Inep.
Com o tema “Enem como indutor de transformação social. Colaborador, qual é o seu papel?”, a capacitação vai abordar desde a organização dos materiais e entrada dos participantes nos dias do exame até a logística dos laboratórios de cada localidade. Em tempos de pandemia, a segurança será reforçada. “Este foi um ano atípico. Aos poucos, vamos migrar todo o Enem para a versão digital. Por ser uma novidade tanto para quem vai fazer quanto para os colaboradores, esta capacitação é fundamental para garantir segurança e tranquilidade aos participantes no dia do exame”, destacou Murillo Gameiro.
A estrutura da prova será igual à da versão impressa e, no caso da redação, será realizada da mesma forma que no Enem impresso, redigida manualmente. Andréia Gonçalves destacou que todos os computadores terão uma cabine de proteção e que todo o material administrativo, como ficha de ocorrências, termo de eliminação e relatório de aplicação, será preenchido por meio de um aplicativo. “Nosso objetivo é padronizar esses procedimentos para que todos os participantes sejam tratados com isonomia”, afirmou a coordenadora.
O diretor de Tecnologia e Disseminação de Informações Educacionais do Inep, Camilo Mussi, encaminhou uma mensagem durante a abertura, reforçando a atuação de todos os colaboradores no dia do exame. “Estamos iniciando uma história. Os colaboradores estão na ponta. São eles que estarão à frente com os participantes. Por isso, é muito importante a participação de todos nesta fase que antecede a aplicação”.
O Enem Digital acontecerá em todos os estados e no Distrito Federal, nos municípios definidos pelo edital, com número respectivo de vagas. Nesta edição, apenas os estudantes concluintes do ensino médio, ou que já terminaram a etapa em anos anteriores, e não precisam de recurso de acessibilidade participarão das provas.
Para o coordenador de Assuntos Institucionais da Fundação Cesgranrio, Gabriel Lima, “o Enem Digital é resultado de um trabalho prévio. Nos preparamos nos últimos oito anos para este momento. Nosso objetivo é garantir uma aplicação segura e acessível para todos os participantes do Enem”, afirmou.
por Anamaria Nascimento | dez 7, 2020 | Notícias
Por Agência Brasil
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, se reuniu na última sexta-feira (4) com entidades representativas de instituições de ensino superior para tratar sobre a Portaria 1.030/2020, que define como será o retorno das aulas presenciais no sistema federal de ensino a partir de janeiro do ano que vem. O encontro aconteceu por videoconferência.
O sistema federal é composto pelas universidades federais, pelos institutos federais, pelo Colégio Pedro II, pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), Instituto Benjamin Constant (IBC) e pelas universidades e faculdades privadas.
A portaria, publicada nesta semana, foi criticada pelas universidades federais, movimentos estudantis, sindicatos de docentes e outras entidades ligadas à educação. Durante a reunião desta sexta-feira (4), Ribeiro acolheu as sugestões e observações dos dirigentes e se comprometeu, “na maior brevidade possível”, a se pronunciar novamente sobre o assunto.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a portaria visa dar garantia jurídica e previsibilidade às instituições, professores e alunos, normatizando o retorno presencial das aulas, já que autoriza as aulas remotas, que expiram em 31 de dezembro de 2020.
“[Durante a reunião] O ministro fez um breve relato dos objetivos da portaria que trata do retorno às aulas presenciais, da importância de observar os protocolos de segurança, da preservação dos grupos de risco e de particularidades locais ou regionais. Destacou ainda que diversos outros países estão retomando o ensino presencial e o Brasil não pode ficar para trás”, informou o MEC sobre a reunião, em comunicado.
Entidades
O presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Jadir José Pela, reiterou o posicionamento da entidade pela revogação da portaria. Em nota, a entidade destacou que as atividades da rede continuam acontecendo desde o início da pandemia, via ensino remoto, “garantindo o acesso e a educação de qualidade à sua comunidade acadêmica”.
Jadir defendeu ainda a autonomia universitária, a biossegurança em tempos de pandemia da covid-19, bem como investimentos adequados para a área da educação, “de maneira a promover uma retomada segura dos trabalhos”.
“Segundo o presidente do Conif, o retorno às atividades presenciais na Rede Federal se dará quando forem asseguradas as condições sanitárias para tal, com base nas comprovações científicas e recomendações dos órgãos de saúde, tais como a Organização Mundial da Saúde (OMS), como forma de preservar a vida e saúde da população”, diz a nota do conselho.
A entidade pediu ainda a homologação do Parecer nº 15/20 do Conselho Nacional de Educação (CNE/CP), que trata sobre as diretrizes a serem adotadas durante o estado de calamidade pública pela pandemia da covid-19, e a extensão do prazo dado no Artigo 31. De acordo com o referido artigo, as atividades escolares e acadêmicas não presenciais poderão ser aplicadas até 31 de dezembro de 2021.
A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica é composta pelos institutos federais (IFs), centros federais de Educação Tecnológica (Cefets) e Colégio Pedro II.
O presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior, Celso Niskier, também defendeu que o MEC homologue o parecer. Segundo ele, o ministro Milton Ribeiro se mostrou favorável às sugestões apresentadas, exceto ao Artigo 31 do parecer, pois dá um prazo muito longo para a continuidade das aulas remotas.
Flexibilidade
De acordo com Niskier, que também representou o Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular (Fórum), o setor privado quer voltar gradualmente às atividades presenciais, mas com uma flexibilização para que isso seja feito com segurança.
“Defendi que a portaria seja aprimorada para que fique mais claro a flexibilidade para utilização de atividade remotas, em complemento do protocolo sanitário, para que as instituições tenham autonomia de decidir a melhor forma de atender a essa volta para o presencial”, disse à Agência Brasil, explicando que as atividades remotas são importantes para estudantes de grupos de risco ou para a eventual necessidade de rodízio de alunos.
por Anamaria Nascimento | dez 7, 2020 | Notícias
Por Agência Brasil
O Brasil levou quatro medalhas de ouro e uma de bronze na 12ª Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA) que, pela primeira vez, ocorreu em formato virtual, por causa da pandemia do novo coronavírus.
A competição foi realizada entre os dias 16 e 30 de novembro, sob organização do Equador, e o resultado foi anunciado no último dia 4. “Foi um sucesso mais uma vez para a equipe brasileira, a mais premiada”, disse o coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), professor João Batista Canalle. Ele acredita que os prêmios estimulem outros estudantes brasileiros a participar de eventos do tipo.
Os estudantes Beatriz Rodrigues de Freitas (Colégio Farias Brito – CE), Bismark Mesquita do Nascimento (EEM Gov. Adauto Bezerra – CE), Eduardo Henrique Camargo de Toledo (Oficina do Estudante – SP) e Vítor Eduardo Costa Santos (Colégio Leonardo da Vinci – SP) ficaram com a medalha de ouro, enquanto Gustavo Sobreira Barroso (Colégio Antares – CE) ficou com a medalha de bronze. O Brasil sagrou-se campeão também com Vítor Eduardo Costa Santos, na melhor prova teórica individual, além da equipe de Bismark Mesquita do Nascimento, vencedora da melhor prova teórica de grupo.
A equipe brasileira foi liderada pelo professor Júlio Klafke, do Colégio Objetivo de São Paulo, e co-liderada pelo professor Eugênio Reis, do Observatório Nacional, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), com a ajuda dos professores João Batista Garcia Canalle, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e Thiago Paulin, do Colégio Etapa, de São Paulo.
A competição teve quatro provas, sendo uma teórica individual, uma teórica de grupo multinacional, uma prova observacional e uma prova simulada de foguetes multinacional. Todas foram realizadas virtualmente, com os estudantes monitorados o tempo todo através das câmeras de seus celulares ou computadores. Participaram estudantes de dez países (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guatemala, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai), além de líderes e observadores de outras seis nações (Argentina, Chile, Costa Rica, El Salvador, México e República Dominicana).
Seleção
Os candidatos brasileiros que disputam a OLAA são convocados por meio das pontuações obtidas na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica do ano anterior. Os cinco estudantes que disputaram a OLAA 2020 foram selecionados depois de passarem por provas e testes em treinamentos online nos meses que antecederam a competição.
Fundada na capital do Uruguai, Montevidéu, a OLAA acontece desde 2009 e é coordenada por astrônomos de vários países. Já a OBA é coordenada por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A OBA é disputada por alunos dos ensinos fundamental e médio. Em 2019, 883.811 estudantes dos ensinos fundamental e médio de 9.957 escolas públicas e particulares de todos os estados do país participaram da 22ª OBA. A olimpíada ainda contou com o auxílio de mais de 61.969 professores. Foram distribuídas 49.648 medalhas entre os participantes dos quatros níveis da OBA, sendo 14.844 de ouro, 14.964 de prata e 19.840 de bronze.
OBA 2020
O coordenador da OBA disse que a disputa deste ano deveria ter sido feita em maio mas, com a pandemia, foi postergada e as provas acabaram ocorrendo nos dias 12 e 13 de novembro, também de forma online. Segundo Canalle, a situação ficou bem complicada, principalmente nas escolas públicas. “Boa parte [dos alunos] nem mesmo tem acesso a tecnologias como notebook, celular, internet e essas coisas todas. Há uma desmotivação muito grande por parte dos alunos, de forma geral, em ter aula remota”.
De qualquer modo, a OBA 2020 registrou 440 mil inscritos, dos quais 203 mil efetivamente realizaram as provas, disponibilizada em uma plataforma contratada para essa finalidade. Os dados, então, foram transportados para a plataforma da OBA. O processo ainda não foi concluído.
Os organizadores estão fazendo as conferências necessárias e o resultado será divulgado na próxima semana. A OBA vai distribuir 50 mil medalhas de ouro, prata e bronze aos participantes da competição, conforme o nível de cada aluno.
por Anamaria Nascimento | dez 4, 2020 | Vestibular
A segunda etapa do Vestibular 2021 do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) acontece nas próximas terça (8) e quarta-feira (9), das 8h às 12h. Serão aplicadas provas dissertativas de matemática, física e química, com 10 questões cada, além de uma redação de 20 a 28 linhas. No Recife, as provas do ITA acontecem no Colégio Núcleo Jaqueira, na Avenida Rui Barbosa, Zona Norte da cidade.
Para participar das provas, o candidato deverá imprimir o Cartão de Identificação para a 2ª fase, onde consta o endereço e sala onde fará o exame. A relação dos candidatos habilitados e classificados no exame de escolaridade para a terceira fase (inspeção de saúde) será disponibilizada no dia 22 de dezembro, a partir das 10h, no site do instituto.
O ITA faz parte do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), localizado em São José dos Campos (SP), a 85 km de São Paulo, e a 320 km do Rio de Janeiro. Para Vestibular 2021, o ITA aprovou um aumento de 25% na quantidade de vagas para os seis cursos de graduação em engenharia. O número liberado para novos alunos é de 150 vagas, 31 delas voltadas aos optantes pela carreira militar, no quadro de Oficial Engenheiro e as demais para os não optantes.
Confira:
Prova (1ª Fase)
Gabarito dos Testes
Candidatos Classificados para a 2ª Fase
Notas e Classificação dos Candidatos Habilitados para a 2ª Fase
por Anamaria Nascimento | dez 4, 2020 | ENEM
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 será um marco na luta pela acessibilidade e a inclusão no Brasil. Há 20 anos, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) implementava, pela primeira vez, medidas para atender pessoas com deficiência. Desde então, o Enem conta com recursos, como provas em braile e ampliada, auxílio para leitura e transcrição, além de oferecer, entre outros suportes, tradutor-intérprete em Língua Brasileira de Sinais (Libras). As ações fazem parte da Política de Acessibilidade e Inclusão do Inep e se somam aos princípios do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado nesta quinta-feira, 3 de dezembro.
A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para dar visibilidade à luta contra estereótipos e preconceitos, além de ressaltar a importância da inclusão e promover o combate ao capacitismo — discriminação e preconceito social contra pessoas com alguma deficiência. Há duas décadas, o Enem é um dos instrumentos da educação brasileira para a promoção desses valores, em conformidade também com o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei n.º 13.146/2015).
Em 2017, participantes surdos e deficientes auditivos do exame passaram a contar com novos auxílios de acessibilidade, como a videoprova em Libras. Desde então, a oferta dessa modalidade de prova é direcionada à comunidade surda que tem Libras como primeira língua. Vale ressaltar que 52.598 inscritos no Enem 2020 solicitaram, em geral, algum tipo de atendimento especializado. Ao todo, 1.353 declararam ser surdos e 2.487 informaram possuir deficiência auditiva.
Plataforma – Em 2018, o Inep disponibilizou a Plataforma Videoprova em Libras, na qual a modalidade de prova pode ser acessada em interface similar à adotada na aplicação. Os vídeos ainda contêm os enunciados e as opções de respostas, permitindo que surdos e deficientes auditivos estudem no mesmo formato acessível em que eles são aplicados. Dessa forma, os participantes podem se preparar melhor, inclusive com a possibilidade de assistir aos vídeos das questões e conferir o gabarito.
Enem em Libras – Ao longo da história do Enem, o atendimento às diferentes necessidades dos participantes tem sido uma preocupação do Inep. A iniciativa do Enem em Libras marca o esforço da autarquia para garantir que editais, provas, cartilhas, campanhas e demais materiais de seus exames e avaliações sejam acessíveis.
Novidades – Reafirmando o compromisso do Inep com a acessibilidade, entre as novidades que serão implementadas no Enem 2020 está a disponibilização de leitor de tela para participantes com cegueira, surdocegueira, baixa visão ou visão monocular, além de três guias-intérpretes para atendimento ao participante surdocego. Autistas e surdocegos terão banca especial para correção de suas provas. Além disso, o participante que escrever sua redação em braile terá suas provas corrigidas no Sistema Braile.
Acessibilidade e inclusão – O Inep oferece atendimento e recursos de acessibilidade em todos os exames e avaliações aplicados pela autarquia. Os suportes oferecidos fazem parte da Política de Acessibilidade e Inclusão do instituto, que visa a abranger o maior número possível de interessados na execução dos exames elaborados pela instituição. O objetivo é proporcionar acesso aos programas educacionais brasileiros, promovendo equidade.
Enem – Realizado anualmente pelo Inep desde 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar ao final da educação básica. A estrutura do exame conta com uma redação e 45 questões em cada prova das quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias. O Enem 2020 está marcado para os dias 17 e 24 de janeiro de 2021 (versão impressa) e 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021 (versão digital).
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