O Movimento Educar apresentou live com comentários sobre o segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo (24), em transmissão ao vivo pelo YouTube Diario de Pernambuco TV.
A repórter Anamaria Nascimento entrevistou um time de professores do Colégio Núcleo, para abordar as questões das provas de Ciências da Natureza e de Matemática. Participaram do bate-papo os professores Gilton Lyra, Betânia Mello, Ricardo Lobo, Alan Barros, Isaac Soares, Rogério Andrade, Valdemar Santos e Fernando Sánchez.
O segundo dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aconteceu neste domingo (24). Foram 45 questões de ciências da natureza (biologia, física e química) e 45 questões de matemática, feitas em cinco horas de prova.
O Enem 2020 tem uma versão impressa, que começou a ser aplicada no último domingo (17) e terminou neste domingo, e uma digital realizada de forma piloto para 96 mil candidatos, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.
As medidas de segurança adotadas em relação à pandemia do novo coronavírus são as mesmas tanto no Enem impresso quanto no digital. Haverá, por exemplo, um número reduzido de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.
Confira, na íntegra, a prova do segundo dia do Enem 2020 impresso:
Neste domingo (24), aconteceu o segundo, e último, dia do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) 2020. A avaliação encerrou a rodada de provas com uma abstenção de 55,3% no Brasil e 52,2% em Pernambuco, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A ausência neste segundo domingo foi maior do que a do primeiro dia de prova (17), que teve 51,5% de faltas, batendo, novamente, o recorde de abstenção no exame.
Por conta da pandemia, diversos protocolos de segurança foram sugeridos para evitar o aumento de casos da Covid-19 entre os participantes da prova. A máscara foi obrigatória durante todo o período do exame e o álcool em gel foi recomendado para todos. Outra medida foi aumentar o número de prédios da prova em cerca de 84%, assim a quantidade de pessoas em cada sala ficou menor. A edição do Enem em Pernambuco contou com 584 prédios, e a de 2020 teve 1.076 locais de aplicação de prova.
A prova de hoje contou com 90 questões, 45 de matemática e 45 de ciências da natureza. Docentes do Colégio Núcleo comentaram sobre a prova de hoje. Para o professor de química, Gilton Lyra, a prova foi muito boa. “Hoje fomos contemplados com uma avaliação muitíssimo bem feita”, destacou. O professor também afirmou que o Enem foi fácil para “quem sabia” e dominava o conteúdo. Para Gilton, a prova teve uma sensibilidade para o momento de pandemia. “Foi justa e sem perder o grau de dificuldade comparada com os anos anteriores”, comentou.
“Em um ano tão difícil, os elaboradores agraciaram quem se dedicou”, concordou Betânia Melo, professora de química. “Essa prova teve questões que foram realmente de interpretação, não fácil, mas pelo texto e pelo conhecimento dava para responder”, ponderou a professora. “Interpretação aliada ao conhecimento do conteúdo”, completou Gilton.“Eu achei uma prova altamente justa diante do que nós vivenciamos, beneficiou o aluno que não desistiu e não colocou a pandemia como escudo para a aprendizagem”, afirmou Betânia.
“A sensação é de dever cumprido”, comentou o professor de biologia Ricardo Lobo, que esteve presente na prova e afirmou que é um exame muito cansativo. “É uma prova que cansa bastante, não é brincadeira fazer 90 questões, não é uma coisa simplória, por isso eu queria salientar a importância dos simulados para essa preparação mental e física”, comentou. Segundo o professor, os alunos do Núcleo fizeram simulados em vários finais de semana, tendo até questões que caíram de maneira similar na prova do Enem. Quanto à pandemia, Ricardo afirmou a segurança que sentiu em seu local de prova. “O local que eu fiz estava muito tranquilo, salas tranquilas, janelas abertas e todos de máscara”, comentou.
Outro professor de biologia, Alan Barros, comentou sobre a dinamicidade da prova nesta edição. “Cada vez mais a gente percebe que não há mais tempo para compartimentar o conteúdo”, destacou. “A gente chega ao final do Enem com essa sensação de tranquilidade”, disse.
A prova de física também recebeu comentários semelhantes. O professor Rogério Andrade ressaltou a importância não só do conteúdo estudado, mas também da habilidade de cada estudante de interpretar. “Não é uma prova de conteúdos, é de habilidades e competência, não se estuda isso, se desenvolve, claro que está atrelado aos conteúdos”, comentou.
Rogério também ressaltou a importância de um equilíbrio emocional bem estruturado para a realização do exame. “Precisa ter uma compreensão ampliada do desenvolvimento do que foi estudado”, concluiu. O professor também afirmou ter usado conteúdos do cotidiano, reportados no Diario, para a formulação de algumas de suas questões para o simulado.
O professor Isaac Soares concordou sobre a importância dos simulados, além de elogiar o conteúdo da prova. “O Enem foi muito justo, percorreu pelo edital dos conteúdos, dando prioridade aos alunos que se prepararam”, destacou. O professor comentou que não é o momento de olhar gabarito. “Vira a chave, foca no SSA e bola para frente, se você não vai fazer seriado, vai descansar, o ano não foi fácil.”
“Aquela sensação de que a prova foi a nossa cara, isso é algo sensacional”, comentou o professor de matemática Valdemar Santos. Para o docente, não houve nenhuma surpresa em relação aos assuntos. “Tenho certeza que os alunos gostaram bastante da prova”, comentou. O professor Fernando Sanchez, também de matemática, concordou com os colegas de outras matérias e afirmou a felicidade com o conteúdo aplicado. “Foi uma prova excelente”, ressaltou. “O fator decisivo foi a questão da interpretação do texto, tinha que ler o texto todo”, comentou. “Hoje a prova do Enem exige uma aplicação do dia-a-dia, não é mais aquela prova engessada”, concluiu.
A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) dá início amanhã (25) ao ano letivo 2020/2021, que representa a retomada do semestre regular suspenso no dia 16 de março de 2020, devido à pandemia da Covid-19. A UFPE volta a ofertar as disciplinas dos cursos de acordo com a Resolução nº 23/2020, que garante a retomada do semestre regular do ano letivo 2020 e, principalmente, o início do ano letivo 2021. A Resolução nº 23/2020 possibilita que os cursos ofertem, em sua maioria, disciplinas remotas e, de forma excepcional, disciplinas práticas presenciais ou híbridas.
Neste semestre, todos os estudantes vão poder cursar as disciplinas obrigatórias e eletivas ofertadas pelos cursos, de acordo com o Projeto Pedagógico Curricular (PPC) de cada curso, e avançar em seus períodos curriculares. Desta forma, os estudantes e docentes participarão regularmente do semestre, o que garante a periodicidade da oferta.
A pró-reitora de Graduação, Magna do Carmo Silva, explica as diferenças entre o semestre 2020.3, iniciado em agosto e encerrado em dezembro de 2020, e o 2020.1, que iniciou em março e se encerra em maio deste ano. “O semestre 2020.3 foi um semestre suplementar e tinha como característica a participação de forma opcional por parte dos estudantes, por meio de ofertas pelos cursos de disciplinas remotas. Além disso, os docentes podiam escolher se iriam ou não participar. Tratava-se de um semestre excepcional”, explica.
Magna avalia que o semestre 2020.3, além de ter representado, para muitos alunos, a finalização do curso no contexto de pandemia, significou, principalmente, a continuidade de atividades pelos estudantes e seu avanço em termos curriculares, o que lhes permitiu cursar períodos subsequentes ainda em 2020.3 ou agora em 2020.1. “A avaliação da Prograd é positiva em todos os aspectos, principalmente, porque 20.556 estudantes concluíram com êxito as disciplinas nas quais estavam matriculados e podem, agora em 2020.1, cursar componentes mais avançados e, assim, antecipar disciplinas de períodos posteriores. Se não tivéssemos ofertado o semestre suplementar, esses estudantes não teriam avançado em seus estudos e no currículo de seu curso”, conclui.
No semestre 2020.1, a estimativa é de uma oferta regular de disciplinas. A Universidade, atualmente, tem 30.352 estudantes vinculados aos cursos de graduação presencial. Todos os estudantes vão efetuar a matrícula ou o trancamento do semestre, neste último caso sem ônus. “As disciplinas ofertadas, de acordo com a Resolução nº 23/2020, pressupõem a retomada do semestre. Quando for uma disciplina nova, a oferta será nova. Em linhas gerais, os cursos vão iniciar as disciplinas observando a configuração de que podem ter estudantes novos nas turmas, pois tivemos um fluxo de estudantes entre os períodos devido à oferta de 2020.3, o que permitiu que os estudantes avançassem em seus períodos”, explica a pró-reitora.
COMPONENTES CURRICULARES
O levantamento da oferta feita pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), no dia 21 deste mês, computa um total de 4.084 componentes curriculares ofertados para o semestre 2020.1. Dentre esses componentes, 324 indicam algum grau de presencialidade (7,93%). Esses componentes foram aprovados pelos colegiados de cursos e pelos conselhos de centros, conforme prevê a Resolução nº 23/2020. Alguns componentes presenciais podem ainda, no entanto, ser alterados para remoto a qualquer momento, de acordo com a decisão dos cursos e/ou centros acadêmicos.
A UFPE oferta neste semestre, 132 disciplinas práticas de forma híbrida, cuja parte teórica será ministrada de forma remota e a parte prática será presencial; e 116 disciplinas que se configuram como práticas profissionais e serão ofertadas de forma presencial, prioritariamente, fora do espaço físico da UFPE. Além disso, vão se ofertadas 76 disciplinas práticas 100% presenciais (eletivas e obrigatórias). Todas as atividades presenciais serão realizadas em laboratórios, clínicas e outros espaços externos (hospitais, quadras, espaços livres no campus, dentre outros). Serão observados os cuidados de biossegurança (distanciamento, uso de máscaras etc.), além de formação de subturmas e rodízio entre os estudantes, dentre outros protocolos.
No semestre 2020.3, a universidade ofertou 102.188 vagas, das quais 75.402 foram ocupadas. Foram ofertadas 1.684 disciplinas obrigatórias e 986 disciplinas eletivas, o que totalizou 2.670 disciplinas no geral. Para operacionalizar essa oferta, a UFPE criou 131 novos componentes letivos, desmembrou 33 componentes teórico-práticos em 66 novos componentes equivalentes (33 teóricos e 33 práticos) e retirou pré-requisitos de 20 disciplinas e os correquisitos de outras 19. Participaram do semestre 1.946 docentes em 2.900 turmas.
SEMESTRE SUPLEMENTAR
Dentre os 25.085 estudantes matriculados em 2020.3, 156 estudantes trancaram o semestre e 6.291 estudantes desistiram de algumas das disciplinas nas quais estavam matriculados. Em termos de continuidade, 20.556 estudantes obtiveram sucesso em 2020.3, sendo aprovados nas disciplinas e concluindo com êxito o semestre. Apenas 3.030 estudantes foram reprovados em alguma disciplina. Vão se formar, em 2020, 783 estudantes que cursaram seu último período em 2020.3 e outros ainda se formam até março de 2021.
Começa nesta terça-feira (26) o período de inscrições para o processo seletivo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O programa realizado pelo Ministério da Educação (MEC) tem como objetivo financiar cursos de graduação em instituições de ensino superior privado que aderiram ao programa federal, respeitando os critérios de seleção do Fundo. Ao longo de 2021, a expectativa é que o Ministério da Educação (MEC) oferte 93 mil vagas para universitários fecharem contratos no Fies. As inscrições seguem até o dia 29 de janeiro e são feitas exclusivamente pelo site do programa.
De acordo com o edital, os interessados em participar da edição 2021 devem atender aos seguintes requisitos: ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010 (nesta primeira seleção a nota do Enem 2020 ainda não poderá ser usada para pleitear o financiamento); ter atingido, no mínimo, 450 pontos de média nas questões de múltipla escolha e 400 pontos na redação; ter renda familiar mensal por pessoa de até três salários mínimos. Outra novidade nesta edição de 2021 é que o estudante que desejar pedir transferência de faculdade precisará ter alcançado a nota de corte do curso que pretende estudar.
Já no P-Fies, modalidade de financiamento ofertada por instituições financeiras privadas, entre elas o Pravaler, os novos critérios, a partir desta edição de 2021, não incluem mais limitações em relação a renda familiar bruta do candidato, anteriormente até cinco salários mínimos, além da não obrigatoriedade de apresentar a nota do Enem. Nesta modalidade também não haverá janela para inscrição, permitindo que o candidato opte pelo financiamento durante todo o ano.
“A pandemia trouxe mais um desafio para as famílias. Muitas delas tiveram a renda reduzida, além do desemprego de membros que contribuíram na renda média familiar. O financiamento, seja no Fies, P-Fies ou modalidades 100% privadas, é uma importante alternativa como auxílio para os jovens conseguirem bancar os estudos e para ajudar na inclusão de mais pessoas no ensino superior no país”, avalia Pedro Maciel, gerente de produtos do Pravaler.
Atualmente, o Fies tem duas categorias:
Fies: A primeira oferece vagas com juro zero para estudantes com renda mensal familiar de um a três salários mínimos. O aluno começará a pagar as mensalidades conforme o limite de sua renda, o que poderá diminuir consideravelmente os encargos. Neste ano terão duas chamadas para o programa.
P-Fies: A segunda tem juros variáveis, financiada com combinação de recursos dos Fundos Constitucionais e de Desenvolvimento e de recursos de bancos privados e instituições financeiras, como o Pravaler, participantes do programa. Apesar na cobrança de juros, os encargos são baixos.
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