por Anamaria Nascimento | out 20, 2020 | Notícias
Por Agência Brasil
Estudantes de universidades públicas federais e de cursos presenciais têm os melhores desempenhos em avaliações que medem a qualidade dos cursos de educação superior no país, de acordo com os resultados divulgados nesta terça-feira (20) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Entre os cursos que entraram na avaliação, estão medicina, enfermagem e engenharias.
Os resultados são do chamado Conceito Enade, calculado com base no desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2019. A cada ano, um conjunto diferente de cursos é avaliado. No ano passado, foram os cursos das áreas de ciências agrárias, ciências da saúde e áreas afins; engenharias e arquitetura e urbanismo; e os cursos superiores de tecnologia nas áreas de ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, militar e de segurança.
Levando em consideração o desempenho dos estudantes nas provas, os cursos são classificados seguindo uma escala de 1 a 5. O conceito 3 é uma espécie de média. Aqueles que tiveram um desempenho menor que a maioria recebem conceitos 1 ou 2. Já os que obtiveram desempenho superior, recebem os conceitos 4 ou 5.
Conceitos
Entre as federais, 46% dos cursos ofertados conseguiram conceito 4 e 24,1%, conceito 5, que é o mais alto. Já entre as instituições privadas com fins lucrativos, aquelas que concentram o maior número de estudantes matriculados que fizeram a avaliação, 11% dos cursos obtiveram conceito 4 e 1,4%, conceito 5. A maior porcentagem dos cursos em instituições privadas com fins lucrativos obteve conceito 2, ou seja, “abaixo da média”, 40,9%.
Em números, de acordo com o Inep, considerando todas as instituições de ensino avaliadas, públicas e privadas, foram quase 144 mil estudantes se formando em cursos com desempenhos 1 ou 2 no país em 2019.
Os cursos presenciais também obtiveram melhores desempenhos que os cursos a distância. Entre os presenciais, no total, considerando todas as instituições de ensino, 20,7% obtiveram conceito 4 e 6,3%, conceito 5. No ensino a distância, 10,7% alcançaram conceito 4 e 6%, conceito 5. Cerca da metade desses cursos ficou “abaixo da média”, 46% com conceito 2 e 5,3%, com conceito 1.
Os cursos a distância são, no entanto, minoria entre os avaliados em 2019. De acordo com o Inep, a educação a distância representa apenas 2% dos cursos participantes.
Evolução
O Inep divulgou também os resultados do Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD). Esse indicador considera, além do Enade, o desempenho dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A meta é avaliar o quanto os estudantes progrediram no curso de ensino superior, verificando como entraram e como deixaram a faculdade.
Por esse indicador, as universidades federais seguem com as maiores porcentagens entre os cursos com os maiores conceitos, concentrando, no conceito 4, 21% dos cursos que oferecem e no 5, 6,2%. Mas, a diferença cai em relação às privadas com fins lucrativos – 14,1% ficaram com conceito 4 e 4,5%, conceito 5.
Na educação presencial, 16,7% alcançaram conceito 4 e 4,8%, conceito 5. Já na modalidade a distância, 14,3%, conseguiram conceito 4 e 3,1%, conceito 5.
O Enade é um exame feito por estudantes – ao final dos cursos de graduação – para avaliar conhecimentos, competências e habilidades desenvolvidas ao longo do curso.
A prova é composta de 40 questões, divididas em formação geral, que avalia aspectos da formação profissional relativas a atuação ética, competente e comprometida com a sociedade em que vive, e componente específico, voltada para as competências, habilidades e objeto de conhecimento de cada uma das áreas de conhecimento avaliadas.
por Anamaria Nascimento | out 18, 2020 | Notícias
Por Agência Brasil
Pesquisa com professores que lecionam em 26 estados e no Distrito Federal, em 118 cidades brasileiras, mostra que 82,4% deles se sentem extremamente ou muito confiantes com relação ao seu preparo técnico para o ensino online, enquanto, no início da pandemia do novo coronavírus, 52,9% se sentiam totalmente despreparados, ou muito pouco preparados tecnicamente, quando as aulas virtuais se iniciaram em março, como forma de evitar a disseminação do vírus.
Com relação ao tempo de preparo das aulas, 96,6% dos professores relataram impacto, o que certamente contribuiu para o desgaste físico e emocional, enquanto 3,4% disseram que não tiveram prejuízos. Já com relação à duração de tempo de aula, 76.6% afirmaram que o tempo de preparação sofreu impacto e 23,1% responderam não ter tido influência na duração de tempo de aula.
A pesquisa foi realizada pela International School e contou com o apoio do edc Collab – Educational Development Centre, plataforma colaborativa co-criada em 2019 por professores de todo o país.
Aos mais de 300 professores indagados na pesquisa, 49,5% têm atuação direta na educação infantil, 63,40% no fundamental e 11,70% no ensino médio. Dados colhidos na pesquisa mostraram o tipo de dispositivos utilizados pelo professor nas aulas online, sendo 19,7% desktop com internet, 83,7% laptop com internet, 45,5% celular com internet e 7% tablet com internet. Cerca de 66.8% disseram não compartilhar esses mesmos dispositivos com algum membro da família e 33.2% afirmaram o contrário. A pesquisa foi realizada em agosto deste ano, e contou com 325 participantes.
Saúde mental dos professores
De acordo com a pesquisa, 91,7% confessaram ter procurado ajuda psicológica durante esse período e 8,3% não buscaram plataformas de aconselhamento de saúde mental. Quando perguntados o quão se sentem preparados emocionalmente desde o início da pandemia até os dias atuais, o cenário é positivo. Entre os entrevistados, 64,6% relataram que no início das aulas remotas se sentiam totalmente ou muito inseguros emocionalmente, ao passo que, hoje, a percepção é outra: 58,5% se sentem muito ou totalmente confiantes, um dado que surpreendeu positivamente.
“A área da educação foi uma das mais afetadas nesse contexto, e para os professores, o peso é ainda maior: as expectativas depositadas foram enormes, pois esperava-se que eles resolvessem todas as questões educacionais, ajudando alunos a continuar aprendendo como antes – em um contexto totalmente diferente – e sem terem tido, na maioria dos casos, a oportunidade de receber formação adequada prévia para iniciar as aulas remotamente”, comentou a gerente do Educational Development Centre da International School, Catarina Pontes.
Diante dos obstáculos da profissão, esse sentimento tem mudado e sido positivo, opina Catarina. “Esses números nos mostram que, apesar de a situação estar longe de ser ideal, nossos camaleões estão superando as dificuldades outra vez e, também, ilustram a importância da formação dos docentes”.
Com relação às escolas oferecerem alguma formação extra neste período, 46.2% dos respondentes disseram que não receberam e 53.8% – confirmaram que foi oferecida. Já com relação a se haviam feito algum outro curso fora do colégio de atuação, 31.1% afirmaram que não buscaram e 68.9% responderam que aderiram a outros estudos de aperfeiçoamento neste período. Já no quesito desenvolvimento profissional 17,2% não se aprimoraram durante esse tempo, enquanto 82.8% sentiram necessidade de recorrer a essas ferramentas.
por Anamaria Nascimento | out 18, 2020 | ENEM
Interessados em atuar como elaboradores e revisores de itens do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) têm até as 23h59 (horário de Brasília) deste domingo (18) para se cadastrar no processo seletivo realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). As inscrições devem ser feitas pelo sistema do Banco Nacional de Itens (BNI).
Pode se inscrever todo e qualquer professor da rede pública que preencha os requisitos previstos nos editais que subsidiam a seletiva. É necessário comprovar a formação acadêmica ou continuada, além das experiências como docente e a prática em elaboração e revisão de itens. Para isso, o profissional deve apresentar diploma ou certificado (frente e verso) ou declaração de conclusão de curso na área de interesse. Vale destacar que só serão aceitas as inscrições que estiverem com a documentação anexada, conforme as exigências do edital, com a inserção da frente e do verso dos arquivos de documentos.
No caso de colaboradores cadastrados anteriormente no BNI, é importante conferir se a documentação anexada no momento do cadastro está de acordo com a especificação. Se este não for o caso, o cadastro deve ser atualizado com a inserção correta dos arquivos. As atas de defesa de mestrado ou doutorado com aprovação também podem ser utilizadas como documentos comprobatórios – nos parâmetros dos editais da seleção –, desde que a defesa tenha ocorrido até 6 meses após a conclusão do curso. Em caso de dúvidas relacionadas à inscrição, o candidato pode enviar e-mail para o endereço bni.enem@inep.gov.br.
Experiência – Entre os documentos aceitos pelo Inep para comprovação de experiência como docente estão o ato de nomeação que informe o cargo, o nível de ensino e a modalidade em que assumiu a função, além da data de admissão; e o contrato na carteira de trabalho, de acordo com o estabelecido nos editais. Contracheques não serão considerados na análise como comprovação de experiência em ensino.
Classificação – Após o cadastro e o envio da documentação por meio do sistema, o Inep estabelecerá a classificação dos candidatos de acordo com a pontuação obtida a partir da conferência dos documentos comprobatórios dos requisitos complementares. A classificação tem a função de determinar a ordem em que os colaboradores selecionados por perfil serão convocados para as capacitações, conforme as necessidades da autarquia. A condição de colaborador credenciado será atribuída somente aos candidatos que, ao final do processo, obtiverem frequência de 100% e aproveitamento mínimo nas atividades de capacitação.
Banco de itens – Os professores selecionados farão parte do Banco de Colaboradores do Banco Nacional de Itens (BC-BNI) e deverão atuar na elaboração e na revisão pedagógica de itens em áreas específicas, como artes, letras – português ou linguística, língua inglesa, língua espanhola, educação física, matemática, física, química, biologia, história, geografia, sociologia e filosofia. Os candidatos não poderão se cadastrar para mais de um perfil. O Sistema BNI também não permitirá a conclusão do cadastro dos colaboradores que não possuírem os requisitos mínimos previstos nos editais ou dos interessados que não preencherem todas as etapas da inscrição.
Remuneração – As remunerações ocorrerão por meio do Auxílio de Avaliação Educacional (AAE), nos termos da Lei n.º 11.507, de 20 de julho 2007, regulamentada pelo Decreto n.º 6.092, de 24 de abril 2007, e pela Portaria Inep n.º 372, de 8 de maio de 2017. O pagamento será depositado na conta corrente cadastrada do colaborador.
Acesse o edital e a retificação do edital
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por Anamaria Nascimento | out 18, 2020 | Notícias
Por Agência Brasil
Em tempos de pandemia, a foto do formando com o diploma na mão é tirada na sala de casa. Se a cena parece “comum” nos dias de hoje, o retrato tirado pelo estudante Iury Moraes, este semestre, mostra o contrário.
Primeiro estudante surdocego a se formar na Universidade de Brasília (UnB), Iury ultrapassou inúmeros desafios para exibir, orgulhoso, o “canudo” na mão.
O jovem de 26 anos nasceu com catarata e surdez profunda congênita e ingressou no curso de Letras, em 2016. Ele também foi o primeiro estudante surdocego a entrar na instituição.
Com ajuda da mãe, Elemregina Moraes, Iury conta que sempre estudou em escolas públicas em Brasília, com colegas com e sem deficiência, surdos e cegos ouvintes.
Para ele, ter pessoas com deficiência estudando em escolas regulares força as instituições a promoverem políticas de acessibilidade e inclusão.
A diretora do Instituto de Letras da UnB, Rosana Rigota, relata que os desafios foram muitos – para ele e para a universidade.
Iury se formou em licenciatura em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e português como segunda língua. Cerca de 30 surdos, três deles surdocegos, estudam atualmente no Instituto de Letras da UnB.
Segundo a presidente do Grupo Brasil de Apoio ao Surdocego e ao Múltiplo Deficiente Sensorial, Cláudia Sofia Pereira, há pelo menos 7 mil estudantes com essa deficiência no Brasil.
Iury não pretende parar. Dar aulas, fazer mestrado e doutorado estão nos planos do jovem. Perguntado se, diante das dificuldades, pensou alguma vez em desistir, ele foi categórico: “nunca”.
por Anamaria Nascimento | out 16, 2020 | Notícias
As aulas e atividades presenciais nas escolas da rede estadual retornarão na próxima quarta-feira (21), para os alunos do terceiro ano do ensino médio. A Secretaria de Educação e Esportes, considerando a decisão interlocutória do desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), José Ivo de Paula Guimarães, e as negociações com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe) para a volta das atividades escolares.
Nesta primeira etapa, retornarão apenas os estudantes do terceiro ano, pois eles estão em seu último ano na educação básica e em preparação para o Enem, SSA/UPE e outros vestibulares. No dia 27 de outubro, as escolas poderão retomar as atividades presenciais com os estudantes do segundo ano. Na semana seguinte, na terça-feira, 3 de novembro, estarão autorizadas as aulas presenciais alunos do primeiro ano, do ensino técnico concomitante e subsequente e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
O retorno dos estudantes é opcional e no caso dos menores de idade, a decisão de voltar à escola caberá aos pais ou responsáveis. Não irão retornar os estudantes, professores e demais profissionais da educação com fatores de risco, como maiores de 60 anos.
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