17/07/1994

Avião que trouxe a delegaçã campeão mundial de volta ao Brasil, em 1994

Onde você estava há exatamente 15 anos?

Muita gente não lembra nem o que comeu ontem. Mas todos recordam perfeitamente onde estavam em 17 de julho de 1994.

Eu tinha 12 anos. Começava aos poucos a frequentar os estádios de futebol do Recife, a alimentar a minha paixão clubística.

Acompanhado do meu irmão mais novo, Carlo, fui ao extinto Hotel Quatro Rodas, onde estavam hospedados dois amigos nossos, os irmãos Júnior e Fernando, que moravam em Belo Horizonte e passavam as férias com os pais em Pernambuco. Lá, dezenas de hóspedes se vestiam de amarelo.

Todos contavam as horas para ver uma conquista perdida no tempo aqui no Brasil. Eram 24 anos sem a taça da Copa do Mundo. Não mais a Taça Jules Rimet, conquistada em definitivo pela Seleção Brasileira em 1970, mas a nova Taça Fifa.

Como moleque que era (de fato), passei o dia batendo uma bolinha, nadando, jogando ping-pong, Street Fighter II e o que mais tivesse no salão de jogos.

À tarde, todos pararam tudo. Até os gringos do hotel. Sem exceção. Todo mundo na frente da TV, para assistir ao Brasil x Itália que os nossos pais e avós viram, em 1970 e 1982. Agora era a “nossa” vez de ver a história ser escrita ao vivo.

Foram 120 minutos de um jogo parelho, sem gols. Sol escaldante em Pasadena, cidade onde foi realizada a final da Copa do Mundo daquele ano. E sol também em Olinda, ali, na orla de Casa Caiada.

Disputa de pênaltis… Acho que foi a primeira que vi uma na vida. E logo valendo a felicidade de todo um país. Partiu Baggio, bateu… 😎

Quando começou a histórica narração de Galvão Bueno, eu já estava abraçado com meu irmão e com meus amigos. Na frente da televisão. Lembro vagamente de até ter sido xingado porque estava “cobrindo” a imagem. Sem problema.

Nada de cerveja. Na comemoração, refrigerante e pizza até chegar o sono.

Aquele domingo terminou com a volta para casa, me sentindo tão herói quanto os jogadores. Esta era a sensação da torcida mesmo, de que todos ajudaram no tetra. Eu “ajudei”. Os jogadores sabem disso. Tanto que desembarcaram no Recife para agradecer… E eu também estava naquele dia em Boa Viagem

Você lembra como foi o seu 17 de julho de 1994…?

3 Replies to “17/07/1994”

  1. Lembro-me que tinha apenas seis anos de idade, e como filha de jogador, estava fantasiada dos pés (isso incluia chuteira) à cabeça (chapeuzinho…). Mas apesar da pouca idade, sabia a escalação decorada, e já tinha até palpite de quem seriam os gols da vitória. Todos os nossos vizinhos se reuniram na sala de minha casa e formamos a torcida mais organizada do lugar. Recordo que não ouvi os gritos de Galvão Bueno, devido a gritaria geral que havia se instalado na casa. Esta data foi marcante em minha vida, pois foi a partir desse momento que decidi qual seria a paixão de minha vida: O FUTEBOL.

  2. Pingback: A minha Copa do Mundo – Parte I « Yougol

  3. Cássio, lembro que há 15 anos atrás , por volta dessa hora, estava preparando meu videocassete para gravar a final da Copa de 94. Copa vencida por uma seleção criticada mas que fez o que outras ,ditas superiores, não fizeram. Essa copa, certamente foi mais especial que a de 2002.

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