O pioneiro encontro nacional da CBF para a categoria de base, com Náutico e Sport

1º Encontro das Categorias de Base. Crédito: CBF

Um encontro nacional para debater o trabalho de base no futebol nacional. A partir dessa ideia, a CBF irá promover o 1º Encontro Técnico de Categorias de Base do Brasil. Ao todo, o evento idealizado por Alexandre Gallo contará com 26 clubes, o que corresponde a todos os times que o treinador das categorias menores da Seleção visitou durante os sete meses a serviço da confederação.

Objetivo: “Debater a formação de jogadores, trocar experiências sobre o desenvolvimento do futebol de base, questões táticas, técnicas e, principalmente, estreitar as relações entre os clubes e a CBF”.

Que também entre na pauta do evento em São Paulo, em 2 setembro, a declaração de Carlos Alberto Parreira, coordenador-técnico da seleção principal, que revelou em uma entrevista à rádio a sugestão para que sejam convocados apenas atletas de base de clubes do Sudeste e do Sul, mais estruturados.

Dos clubes convidados para o evento, dois são pernambucanos. Náutico e Sport, ambos com centros de treinamento em reformas milionárias.

Alvirrubros e rubro-negros irão enviar quatro representantes cada, sendo um coordenador, um técnico, um preparador físico e um preparador de goleiros. Todos da base. À margem dos rivais neste quesito, o Santa Cruz ficará de fora.

Entre os demais times, três agremiações de laboratório, criadas apenas para a revelação de atletas, o Desportivo Brasil, o Red Bull e o Audax (veja aqui).

O fato é que o trabalho de base segue como um dos principais vetores econômicos para a formação de boas equipes e reforço no caixa…

A décima quarta classificação da elite nacional em 2013

Classificação da Série A 2013, na 14ª rodada. Crédito: Superesportes

A oitava derrota em doze jogos gerou mais uma demissão no comando técnico do Náutico. O revés diante do Criciúma, que manteve o time na lanterna, custou o cargo de Zé Teodoro, que já havia assumido o lugar de Silas. Agora é a vez de Jorginho, que terá que elevar o aproveitamento do Timbu, de 22%.

Foram seis empates nos dez jogos da 14ª rodada da Série A. O último deles aconteceu no complemento da rodada, nesta quinta, com o 3 x 3 entre Botafogo e Inter, no Maracanã. O resultado deixou o time carioca isolado na liderança. Porém, vencia até os 48 minutos do segundo tempo.

A 15ª rodada do representante pernambucano
17/08 – Náutico x Flumiense (18h30)

Jogos no estado pela elite: 4 vitórias alvirrubras, 3 empates e 6 derrotas.

Quatro partidas foram adiadas pela CBF: Náutico x São Paulo, Internacional x Santos, Santos x Náutico e Atlético-MG x Ponte Preta.

No clássico internacional, árbitro do quadro local

Árbitro Sandro Meira Ricci em ação em Pernambuco. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Se algum torcedor esperava um árbitro estrangeiro para apitar o clássico entre Sport e Náutico na Ilha do Retiro, pela Copa Sul-americana, o anúncio do trio de arbitragem, nesta quinta, deve ter surpreendido…

O mineiro Sandro Meira Ricci, de 38 anos e com o emblema da Fifa, irá comandar a primeira partida, auxiliado por outros dois nomes brasileiros da Fifa.

Ricci, vale lembrar, deixou a federação do Distrito Federal para integrar o quadro da FPF. Irá apitar o Clássico dos Clássicos pela quinta vez.

25/03/2012 – Náutico 0 x 0 Sport (Estadual)
29/04/2012 – Sport 0 x 0 Náutico (Estadual)
26/08/2012 – Sport 0 x 0 Náutico (Série A)
17/03/2013 – Sport 2 x 1 Náutico (Estadual)

A assessoria da federação pernambucana de futebol informa que em torneios da Conmebol não é preciso realizar sorteios. Logo…

Qual é a sua opinião sobre a escala da partida do próximo dia 20, na Ilha?

Escala de arbitragem na Copa Sul-americana 2013. Crédito: Conmebol

O clube mais popular da Sul-americana

Facebook da Copa Sul-americana

A Conmebol lançou uma enquete na sua página oficial no facebook dedicada à Copa Sul-americana de 2013 para “apontar o clube mais popular do torneio”.

Os 47 times dos dez países filiados à entidade estão presentes na enquete.

A votação é separada por país. No Brasil, portanto, são nove opções. Obviamente, é possível votar em um representante pernambucano…

Náutico ou Sport. Para participar, clique aqui.

“¡Buscamos al clube más popular de la Sudamericana! Si tu club es, o fue, uno de los 47 clasificados, vota”

A enquete na Copa Sul-americana é a “primeira fase” da votação. Os dois primeiros de cada país irão se classificar à enquete geral.

Na final entrarão Flamengo, Corinthians, Boca Juniors, Bolívar, Universitario, Alianza Lima, Caracas, Deporivo Táchira, Olimpia e Nacional.

São Paulo, Náutico, Coritiba, Ponte Preta, Bahia, Portuguesa, Criciúma, Vitória e Sport, os representantes brasileiros na Copa Sul-americana 2013.

Nova geração de latinhas rubro-negras, alvirrubras e tricolores

Latas de cerveja (Brahma) de Sport, Náutico e Santa Cruz. Crédito: Youtube/Ambev

Os grandes clubes pernambucanos licenciaram as suas marcas junto à Ambev para a produção de séries de latas de cerveja personalizadas.

A linha “Lata Torcedora”, de 2013, acaba de ser divulgada, com 17 clubes brasileiros, entre eles Sport, Náutico e Santa Cruz. No Nordeste, apenas Bahia e Vitória também fizeram parte do pacote.

As novas latas, de 350ml e 473ml, terão uma nova coleção em 2014.

A campanha de marketing da Brahma substitui a versão de 2012 da cerveja, batizada como “Brasil, Melhor futebol do mundo”.

Latas de Sport, Náutico e Santa Cruz. Crédito: Brahma

Esse triênio etílico acabou com um hiato local que vinha desde 2000, na última série licenciada do trio recifense, através do “Kaiser Clube”.

Qual foi a latinha mais bonita, na sua opinião?

Atualmente, uma lei estadual impede o consumo de cerveja dentro dos estádios. Fora, é possível até um golinho com um layout personalizado do seu time…

Latas da Kaiser personalizadas de Sport, Náutico e Santa Cruz em 2000

Novo técnico alvirrubro definido numa reunião relâmpago via WhatsApp

WhatsApp

O técnico Zé Teodoro foi demitido do Náutico às 22h30.

A decisão da diretoria alvirrubra saiu uma hora após a derrota em Criciúma.

Em seguida, conversas objetivas, articulações, vetos, divagações…

Tudo via WhatsApp, o serviço de mensagens online para smartphones, através de um grupo fechado com membros do enorme colegiado do clube.

Os nomes de Leão e Dado Cavalcanti surgiram em pequenos textos nos iPhones. No fim da reunião virtual, a decisão do presidente, Paulo Wanderley.

Exatamente às 23h45. Em aproximadamente 75 minutos, um novo nome.

Jorginho, paulista de 48 anos, ex-Bahia. Pela primeira vez no futebol pernambucano. Um novo treinador e uma novíssima forma de contratação.

Integrar as novas tecnologias ao desenvolvimento do esporte é algo importante. Em casos pioneiros, é sempre surpreendente.

E o Náutico não cresceu em Santa Catarina. Já está passando da hora

Série A 2013, 14ª rodada: Criciúma 3 x 0 Náutico. Foto: FERNANDO RIBEIRO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A hora certa está passando do ponto e o Náutico não está crescendo. Não mais.

A evolução vislumbrada na vitória sobre o Internacional tornou-se opaca nas três apresentações seguintes. Ofensivamente, o time segue confuso. O centroavante Olivera é uma figura quase nula. Não recebe uma bola sequer.

Acaba saindo de sua posição para tentar algo. Ou seja, mexe na estrutura tática da equipe, que, por sinal, ainda busca uma identidade.

Seguindo o perfil do técnico Zé Teodoro – em seu sétimo jogo pelo clube-, o meio-campo tem como prioridade a marcação.

Com Tiago Real e Maikon Leite a equipe ganhou mais velocidade. Contudo, uma marcação mais apertada trava a dupla. Vem ocorrendo em sequência.

Apesar dos problemas, e não são poucos em uma dura Série A, uma vitória bastaria para injetar confiança num grupo.

Contra o Criciúma, também em situação crítica na tabela, o Náutico teria, em tese, a sua chance de pontuar fora de casa. O semblante dos jogadores alvirrubros no intervalo deixava claro que o ciclo técnico parecia perto do fim.

Arrasado no primeiro tempo, o time sofreu três gols, de falta, num chute rasteiro e de cabeça. Até ali eram 12 finalizações catarinenses e 5 pernambucanas.

A conversa no intervalo, certamente num nível forte e necessário de cobrança, quase acordou o Náutico, que se empenhou mais na etapa final.

O estrago já estava feito, com outra goleada sofrida, 3 x 0. Em 36 pontos possíveis o time somou 8, com o pífio índice de 22%. Para o time crescer na hora certa, o discurso talvez tenha que ser dito por outro comandante…

Atualização: Zé Teodoro acabou demitido logo após a partida.

Série A 2013, 14ª rodada: Criciúma 3 x 0 Náutico. Foto: FERNANDO RIBEIRO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A arte de não promover um grande jogo

Copa Sul-americana. Foto: Conmebol/divulgação

Um inédito clássico pernambucano pela Copa Sul-americana.

O apelo histórico de um jogo assim demandava uma atenção bem maior. Em relação à organização, segurança, marketing, rentabilidade etc.

Faz vinte dias que a partida entre alvirrubros e rubro-negros está marcada. Desde 25 de julho. As datas oficiais saíram em 9 de agosto.

Entre os clubes, no entanto, nenhuma ação foi lançada até o momento.

No Náutico, houve uma movimentação no departamento de marketing ao garantir a pré-vaga, ainda em 2012. No Sport, uma nota no site e só.

Agora, a divulgação é zero, sem banners nos sites ou comerciais na tevê.

A Federação Pernambucana de Futebol, entidade que deveria se mostrar interessada em realizar a disputa, teve como primeiro ato a tentativa de desmarcar o jogo, por motivos ainda mal explicados.

Para um torcedor menos atento, é bem difícil imaginar que falta menos de uma semana para o confronto internacional, paralelo ao Campeonato Brasileiro.

Há a expectativa de arrecadação acima de R$ 1,2 milhão. Mas, até aqui, nada de informações sobre os preços dos ingressos e a quantidade de bilhetes para os visitantes. Num torneio bem organizado, isso seria prioridade.

Complica ainda mais os horários atípicos em clássicos locais. As duas partidas vão acontecer à noite, no meio de semana. Na Ilha, dia 20, o apito inicial será às 19h30. Certamente, no horário de pico do já asfixiado trânsito da capital.

É provável que muitos torcedores cheguem atrasados. Isso deve aumentar, claro, o tempo do plano de segurança em relação ao acesso das torcidas rivais.

No jogo de volta, no dia 28, a Arena Pernambuco terá o seu primeiro clássico recifense, mas numa agenda ingrata: 21h50. Considerando que a disputa pode ir para os pênaltis, é possível que as torcidas deixem o estádio de meia-noite.

Neste horário, a rede metroviária terá que contar com um esquema especial – fato ocorrido no Maior Show do Mundo, no mesmo local, por exemplo.

Até o momento, porém, as autoridades do estado não reveleram o plano de transporte de alvirrubros e rubro-negros via metrô. Isso, aliás,  já deveria existir desde a concepção da arena, em janeiro de 2009.

Sem surpresa, tudo isso será contornado até a próxima terça-feira. Às pressas, como de praxe, sem a preocupação com o público consumidor.

Sobre como tratá-lo de forma adequada, antes, durante e depois do jogo, sobre como incentivá-lo às ações especiais da partida, com o estímulo a novos sócios, ingressos e produtos diferenciados…

O jogo será histórico, sem dúvida. Infelizmente, está sendo tratado à revelia.

A relação extraoficial de dirigentes e torcidas organizadas

Presidente de Náutico (Paulo Wanderley), Santa Cruz (Antônio Luiz Neto) e Sport (Luciano Bivar), com símbolos de Fanáutico, Inferno Coral e Torcida Jovem

A relação das torcidas organizadas com as direções dos clubes de futebol é quase umbilical. As primeiras aglomerações organizadas de torcedores surgiram em Pernambuco na década de 1970, num cenário completamente diferente, inclusive pela estrutura de comunicação da época.

Acredite, as torcidas dividiam o mesmo espaço nas arquibancadas. O objetivo era cantar mais alto, levar mais sacos de papel picado e bandeiras.

É difícil precisar o momento exato em que essas torcidas ganharam um poder além da conta, mas foi nos anos 1990. Um fenômeno de norte a sul. Ganharam espaços nos estádios, salas nas sedes dos clubes, caminho livre.

Foram ganhando dinheiro com produtos de suas próprias marcas, elevando o status entre os torcedores, sobretudo os mais jovens, em busca de uma identidade. E os gritos do clube foram abafados pela autoexaltação.

Aos poucos, 50 viraram 500, que viraram 5 mil e hoje são 50 mil.

No Recife não foi diferente. Disputas internas acabaram os grupos menores, incorporados à Fanáutico (20 mil), Inferno Coral (80 mil) e Torcida Jovem (90 mil). Uma massa humana assim, num processo democrático, pode ser utilizada de inúmeras formas. Nos jogos, determina a pressão ou apoio a um jogador ou dirigente na arquibancada. Nas eleições, uma conta exata de votos.

Conscientes disso, os diretores locais abraçaram as organizadas, alheios aos problemas causados pelas mesmas, responsáveis por 800 crimes em cinco anos, segundo o Ministério Público. Brigas, roubos, depredação etc.

Tudo via uma contrapartida extraoficial, de apoio financeiro por apoio maciço nas urnas, com mensalidades quitadas faltando poucos dias para o pleito.

Contudo, no palanque o tom até de presidentes é de apoio à presença das uniformizadas nas partidas, dentro e fora de casa. Tratam casos de violência como pontuais, por mais que a sensação seja onipresente em relação aos episódios envolvendo os supostos integrantes dessas facções.

Vestir uma camisa ou colocar um boné de uma organizada pode até gerar o apoio segmentado de parte da torcida a um dirigente.

Na maioria do público, o ato não parece ser encarado da melhor forma.

Os dirigentes também sabem disso. Mas enquanto isso não influenciar nas urnas, dentro e fora dos clubes, não deverá fazer muita diferença…

Camisa especial no futebol, a partir de 50 partidas no clube

Camisas especiais de Náutico (Elicarlos/150 e Derley/150), Santa Cruz (Dênis Marques/50 e Tiago Cardoso/100) e Sport (Magrão/400 e Tobi/200). Fotos: Roberto Ramos e Alexandre Barbosa/DP/D.A Press, Jamil Gomes/Santa Cruz e twitter.com/sportrecife

Há alguns anos surgiu nos clubes pernambucanos o costume de homenagear atletas que completassem 100 partidas oficiais pela equipe. Um número considerável, alcançado em pelo menos dois anos, devido à pouca regularidade no esporte no país. Aos poucos, a ideia, atrelada às ações de marketing, ganhou inúmeras versões, quase sempre com variações de 50 em 50 jogos.

Nos atuais elencos no Recife, o goleiro e tricampeão estadual Tiago Cardoso chegou a 100 partidas no Arruda. No mesmo dia, o volante Tobi completou 200 partidas com no Leão – contudo, está longe de ser o atleta com mais jogos pelo clube. Derley, entre idas e vindas, já passou de 150 partidas no Timbu.

Na sua opinião, o seu clube deveria estabelecer um critério em relação à quantidade de partidas para promover uma camisa especial? Comente.

Tiago Cardoso (goleiro): 100 jogos no Santa Cruz entre 13/01/2011 e 10/08/2013.
Dênis Marques também já recebeu uma camisa, pelos 50 jogos, em 2013.

Recordista: Givanildo Oliveira (volante), com 599 partidas de 1969 a 1979.

O goleiro Tiago Cardoso recebe uma camisa especial pelos 100 jogos no Santa Cruz. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz/Assessoria

Derley (volante): 150 jogos no Náutico entre 14/09/2008 e 25/05/2012.
No time atual, Elicarlos também passou de 150 partidas, em 2012.

Recordista: Kuki (atacante), com 386 partidas de 2001 a 2010.

Derley e sua camisa especial pelos 150 jogos no Náutico. Foto: Alexandre Barbosa/DP/D.A Press

Magrão (goleiro): 400 jogos no Sport entre 27/05/2005 e 30/08/2012.
Tobi foi o último a receber uma camisa especial, pelos 200 jogos, em 2013.

Recordista: Bria (zagueiro), com 556 partidas de 1949 a 1961.

Goleiro Magrão com a camisa especial pelos 400 jogos no Sport. Foto: twitter.com/sportrecife