Desnível entre presença na arquibancada e arrecadação no borderô estadual

Maiores arrecadações nos campeonatos estaduais de 2013. Crédito: Pluri Consultoria

Os rankings de público e arrecadação dos campeonatos estaduais deste ano apresentam grandes diferenças nas colocações entre os torneios, o que indica um claro desnível no preço dos ingressos, conforme estudo da Pluri Consultoria.

Na média de público, o Pernambucano ocupou o terceiro lugar no futebol brasileiro em 2013. Mais gente, mais renda. Certo? Teoricamente. O preço do ingresso nessas bandas e o valor pago pelo governo no Todos com a Nota deixaram o Estadual na oitava colocação entre as melhores arrecadações.

A Bahia viu o processo inverso, com uma média de apenas 3.155 torcedores e uma renda média de R$ 86 mil, a terceira maior. Resultado direito da abertura da Arena Fonte Nova, com os clássicos entre Bahia e Vitória e os jogos regulares.

Nas duas listas, os 25 campeonatos estaduais de 2013 com dados oficiais. A federação de Roraima não forneceu os números do borderô, público e renda, enquanto o certame do Amapá será disputado apenas no segundo semestre.

Média de público dos campeonatos estaduais de 2013. Crédito: Pluri Consultoria

Sem reforços e sem técnico, Alvirrubro supera o Fla fora de casa e deixa o Z4

Série A 2013, 4ª rodada: Flamengo x Náutico. Foto: CRISTIANO ANDUJAR/FUTURA PRESS

Sem técnico e ainda sem os reforços prometidos, o Timbu viajou a Florianópolis. Na rota do Brasileirão, o Flamengo, perambulando pelo país até que o Maracanã seja liberado pela Fifa. A confiança alvirrubra estava num nível bastante baixo.

Ofensivamente, vinha sendo pouco eficaz. Na defesa, sustos a todo momento. Na arquibancada, pressão contrária. Interinamente comandado por Levi Gomes, no entanto, o Náutico surpreendeu na noite desta quarta-feira.

O time entrou mordendo o adversário, aplicado. Se lá na frente continuava pecando, na zaga, João Felipe e William Alves, nomes que chegaram há pouco, se apresentavam de forma segura. No gol, Gideão reassumiu o lugar de Felipe.

Com raras exceções, como a chance desperdiçada no primeiro tempo por Jones Carioca, foi o ataque carioca contra a defesa pernambucana. Sem afobação e consciente de sua limitação, o Náutico trabalhou bem para pontuar fora de casa, algo pra lá de necessário, sobretudo após os tropeços em casa.

Se o empate já configurava uma recuperação, a vitória não só tirou o time da lanterna como da zona de rebaixamento, alcançando o 15º lugar. Aos 36 minutos do segundo tempo, o estreante Hugo fez boa jogada pela esquerda e cruzou para Rogério concluir de primeira. Sem erro, 1 x 0.

No domingo, novo compromisso fora de casa, diante do Coritiba. Depois, a pausa obrigatória para a Copa das Confederações. Até lá, novo técnico e reforços. Não dá para caminhar apenas na base da raça.

Série A 2013, 4ª rodada: Flamengo x Náutico. Foto: CRISTIANO ANDUJAR/FUTURA PRESS

Os piores uniformes do futebol pernambucano

Camisas do Santa Cruz (1993), Náutico (anos 90) e Sport (anos 90). Crédito: Manula Galo/Picasa

O lançamento da nova coleção de uniformes de um clube de futebol já se tornou um evento tradicional na agenda da agremiação a cada temporada.

Expectativa sobre o design, preço, modelos contratadas para o desfile etc.

Naturalmente, nem sempre as camisas agradam. Algumas pecam pelo exagero, pela concepção nada atrelada à tradição do time, pelo non sense. Encalhadas no mercado e pelo avesso da história diante da torcida.

Aqui, alguns exemplos nas últimas duas décadas de uniformes pouco ortodoxos nos grandes clubes do estado e também nos times pequenos.

Íntegra: Santa Cruz, Náutico e Sport.

Na Cobral Coral, a inesquecível “camisa eletrocardiograma” produzida pela CCS em 1993. No Alvirrubro, a Kyalami abusou das listras, além do estatuto. Em uma camisa do Sport no fim da década de 1990 a Topper tentou desenhar um leão…

Camisas de Santa Cruz (2001), Náutico (2013) e Sport (1999). Crédito: Manula Galo/Picasa e camisasdosport.blogspot.com.br

O Tricolor teve ainda a enorme cruz no uniforme de 2000, numa mistura de camisa de treino e padrão titular. No Náutico, este ano, a Penalty tentou esbanjar modernidade com faixas assimétricas e um vazio no ombro esquerdo.

Quanto ao Sport, de novo via Topper, o que dizer deste padrão praticamente inspirado no rival? Durou pouco tempo nas lojas, pois a camisa foi recolhida. Nesse cenário de camisas bizarras, espaço para as peças das fabricantes Rota do Mar (Sete de Setembro), Sport (Íbis) e CCS (Vitória). Haja criatividade.

Aqui foram apresentadas modelos entre os dois primeiros padrões oficiais dos clubes, pois nas camisas extras é comum o uso de cores alternativas.

Qual é a camisa mais feia que você já viu no seu clube? Comente.

Camisas de Sete de Setembro (2010), Íbis (anos 90) e Vitória (anos 90). Crédito: Manula Galo/Picasa

Torcidas uniformizadas liberadas no Recife, mais uma vez

Camisas das uniformizadas Inferno Coral, Torcida Jovem e Fanáutico

As torcidas organizadas estão de volta aos jogos de futebol na capital. Em uma audiência no Juizado Especial do Torcedor, Torcida Jovem, Inferno Coral e Fanáutico, acompanhadas de seus advogados, conseguiram nesta segunda um termo de conciliação. Para isso, “ajudou” o fato de a FPF não ter enviado um representante para a audiência. A proibição vigorava desde 20 de fevereiro.

Camisas, bandeiras e baterias foram liberadas para a festa. Que o ônus não seja o de sempre nessas decisões, com o aumento da violência.

A notícia da liberação foi logo repercutida nas páginas das três organizadas no facebook. Impressiona a quantidade de seguidores de cada uma. São 7.475 alvirrubros, 30.378 tricolores e 62.731 rubro-negros. Mais de 100 mil pessoas…

Na prática, vários integrantes das três maiores organizadas do estado continuavam presentes nas partidas no Recife, com os gritos de guerra e aglomerações em setores característicos dos estádios, como a geral da Ilha, no lado esquerdo das cabines, e atrás das barras no Arruda e nos Aflitos, no lado direito. Inclusive com escolta policial, fato comum nas uniformizadas

Nos últimos dez anos foram inúmeras proibições após brigas dentro e fora dos estádios, tiros e confusões em ônibus. As determinações da justiça sempre foram de curto prazo, como agora. Qual é a sua opinião o termo de conciliação?

Decisão liberando as torcidas organizadas no Recife em 3 de junho de 2013

A despedida do Timbu

Charge do Diario de Pernambuco em 03 de junho de 2013. Arte: Jarbas/DP/D.A Press

Foram 96 anos atuando no campo na Avenida Rosa e Silva.

De 1917 a 2013.

O estádio é mais velho que o próprio mascote. O Timbu surgiu em 1934.

Na despedida, após tanto tempo de casa, um futebol ingrato do Náutico, nos traços de Jarbas Domingos, no Diario de Pernambuco desta segunda.

Campeonatos estaduais cada vez mais esvaziados, arenas à parte

Média de público dos campeonatos estaduais de 2013. Crédito: Pluri Consultoria

Em tempos de modernas arenas no país, com a polêmica elitização do público e projeções sobre o aumento na média de assistência nas arquibancadas, é um choque notar a realidade do futebol brasileiro, com o pífio índice registrado nos campeonatos estaduais desta temporada.

Em 2013, as 25 competições com dados oficiais das federações registraram uma média de apenas 2.526 pagantes, com uma queda de 9,4% em relação ao ano passado. Ao todo foram 6,2 milhões de torcedores em 2.467 partidas. Isso corresponde a uma redução de 868 mil pessoas nos jogos locais.

A maior queda na média aconteceu justamente em Pernambuco, segundo o estudo da Pluri Consultoria. Líder disparado nos últimos anos, o Estadual caiu de 9,1 mil para 5,3 mil pessoas a cada partida, ou 42% a menos. Perdeu o posto de maior índice do país, feito usado inclusive em publicidade (veja aqui).

8, o número de campeonatos que tiveram uma elevação na média de público.

14, a quantidade de competições cuja média passou de 1.000 pessoas.

83%, o aumento na média de público do certame do Distrito Federal, potencializada pela final, na abertura do Mané Garrincha, com 22 mil pessoas.

1 milhão, marca alcançada pelo campeonato paulista, o único a ultrapassar esta barreira de torcedores.

11.675, o total de pagantes no campeonato rondoniense, o menor.

Apenas o estado de Roraima não forneceu os dados sobre o borderô. Enquanto isso, o torneio do Amapá começará apenas no segundo semestre.

Últimas imagens e reações nos Aflitos

Time-lapse, gols e reações da torcida no último jogo oficial dos Aflitos, numa videorreportagem produzida por Brenno Costa e Daniel Leal, do Superesportes.

Náutico 2 x 2 Portuguesa, em 2 de junho de 2013, com 15.014 pessoas presentes na 1.763ª apresentação alvirrubra em Rosa e Silva.

A terceira classificação da elite nacional em 2013

Classificação da Série A 2013, na 3ª rodada. Crédito: Superesportes

A tarde de domingo foi reservada para a Seleção Brasileira, com 57 mil pessoas no Maracanã. Assim, a terceira rodada da Série A toda à 18h30. O Alvirrubro anotou o último gol da noite, aos 47 minutos do segundo tempo. Tento que valeu um potinho. E evitou uma distância maior para deixar o Z4. O time pernambucano ocupa a lanterna pela segunda rodada seguida.

A tabela do Brasileirão segue com a defasagem de duas partidas, ambas da segunda rodada, reageandadas por causa da Libertadores. Os jogos Portuguesa x Flu e Galo x Grêmio foram remarcados para o dia 12 de junho.

A 4ª rodada do representante pernambucano
05/06 – Flamengo x Náutico (22h)

Jogos fora do Recife pela elite: nenhuma vitória timbu, 2 empates e 10 derrotas.

Desempenho sofrível e empate na última lembrança alvirrubra dos Aflitos

Série A 2013, 3ª rodada: Náutico x Portuguesa. Foto: Paulo Paiva/DP.D.A Press

Foi a 1.763ª apresentação do Náutico nos Aflitos desde 1917. É muito tempo jogando lá nas bandas de Rosa e Silva. Numa ordem de grandeza, foram mais de 158 mil minutos de bola rolando no velho Eládio de Barros Carvalhos, um estádio que passou por inúmeras transformações. Em 1939, 1950, 1996, 2002.

Neste 2 de junho de 2013 ocorreu o epílogo alvirrubro. Se não houver surpresas, o Timbu só jogará como mandante a partir de agora na Arena Pernambuco. A torcida vermelha e branca atendeu ao apelo de um jogo tão importante e marcou boa presença nas arquibancadas, com 15 mil pessoas.

A esperança era assistir in loco à recuperação na Série A diante da Portuguesa. Os primeiros momentos neste Brasileirão têm sido constrangedores. Desta vez, mais vontade em campo, ao menos. O atacante Rogério, batalhando quase só, abriu o placar escorando de cabeça um cruzamento de Jones Carioca.

Jones, atacante bastante contestado, ainda acertaria o travessão. Vinha bem, mas acabou substituído por Rodrigo Souto, quando Silas enxergou a melhora do adversário, já com o placar empatando e pressionado a meta de Felipe.

No segundo tempo o jogo continuou encardido, fraco tecnicamente. O que já não era bom piorou com a cobrança de falta de Ferdinando, com um desvio maroto. Nos descontos, Marcus Vinícius evitou um vexame histórico, 2 x 2.

No último ato dos Aflitos, o primeiro pontinho no Brasileirão. É pouco, até porque o time, numa visível crise técnica, terá dois jogos longe do Recife. Em julho inicia um novo ciclo, na Arena Pernambuco. Precisa mudar até lá.

História nos Aflitos, em 96 anos de bola rolando:

1.764 jogos, 1.138 vitórias, 334 empates e 292 derrotas.

Série A 2013, 3ª rodada: Náutico x Portuguesa. Foto: Paulo Paiva/DP.D.A Press

Aquecimento para os 90 minutos de futebol

Os vestiários dos principais estádios de futebol do Recife contam com espaços exclusivos para o aquecimento dos atletas, em gramados artificiais. A Arena Pernambuco inaugurou um local amplo, no padrão da Copa do Mundo, obviamente. Confira o espaço do time mandante no novo estádio e também nos palcos mais tradicionais da cidade, Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro. Vale ressaltar que o único vestiário com a mesma infraestrutura para o visitante é o da arena.

Arena Pernambuco

Vestiário da Arena Pernambuco. Foto: Site Oficial do Náutico

Aflitos

Vestiário dos Aflitos. Foto: Site Oficial do Náutico

Arruda

Vestiário do Arruda. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz

Ilha do Retiro

Vestiário da Ilha do Retiro. Crédito: Sport/divulgação