Pernambucano em 2 linhas – 5ª/2013

5ª rodada do 2º turno do Pernambucano 2013: Náutico 3x0 Belo Jardim (Bernardo Dantas), Sport 2x0 Porto (Ricardo Fernandes) e Santa Cruz 2x0 Central (Ricardo Fernandes), com fotos do DP/D.A Press

Pela primeira vez neste Estadual os três grandes clubes do Recife jogaram em casa. Seguindo à risca a nova determinação de segurança, um jogo por dia, com o roteiro incluindo sábado, domingo e segunda-feira.

Sem surpresas, o trio de ferro venceu, sem sofrer gols. Assim, Náutico, Sport e Santa consolidaram o G4, abrindo uma margem e deixando o óbvio mais uma vez, com apenas uma vaga aberta. Algum favorito no interior?

Foram 14 gols na quinta rodada da fase principal do #PE2013, com média de 2,33 por jogo. No geral são 170 tentos em 66 partidas, com índice de 2,57.

Na artilharia, Elton. Disparado. O atacante ainda não passou em branco no turno, anotando mais duas vezes. No total, doze gols em dez partidas.

Náutico 3 x 0 Belo Jardim – De novo, Elton e Rogério. Timbu abriu a rodada garantindo de cara a liderança, sem maiores problemas diante do Calango.

Sport 2 x 0 Porto – Jogo morno na Ilha, ainda em crise, time, torcida e presidente. Mesmo assim, um triunfo importante para elevar o Leão ao G4.

Salgueiro 1 x 2 Chã Grande – Virada incrível da Raposa nos minutos finais. Perdia até os 41 minutos do segundo tempo. Jaime e Jhulliam marcaram.

Ypiranga 2 x 1 Serra Talhada – De virada, com gols de Diogo e Danúbio, a Máquina virou o placar e se meteu n G4, surpreendendo, já na mesta do torneio.

Petrolina 1 x 0 Pesqueira – Gol solitário da Fera, no último lance da partida. Julinho mandou para as redes aos 47 do 2º tempo. Deixou o clube na briga.

Santa Cruz 2 x 0 Central – Coletivamente melhor em relação a outras partidas, o Santa acabou vencendo com dois gols de um nome da base: Maranhão.

Confira a tabela da competição clicando aqui.

Destaque da rodada: Ataque timbu, com 22 gols em apenas 5 rodadas.

Carcaça da rodada: Torcida do Sport, com média bem abaixo de seu histórico.

Classificação do Pernambucano 2013 na 5ª rodada do 2º turno. Crédito: Superesportes

Cerveja liberada parcialmente no futebol carioca. Medida no foco pernambucano

Latas de Sport, Náutico e Santa Cruz. Crédito: Brahma

Não faz muito tempo e o discurso era quase unânime sobre o foco da violência no futebol. A bebida alcoólica seria o ponto de partida de tudo.

Há quatro anos, um movimento nacional resultou na proibição da venda e consumo de bebidas alcoólicas nos estádios nos principais centros.

Veto com leis estaduais e decisões das respectivas federações locais. Em Pernambuco a medida aconteceu em 24 de março de 2009, com o decreto oficializado na assinatura do governador sobre o projeto de lei nº 932/2009, de autoria de Alberto Feitosa, após a Lei Seca iniciada pelo Juizado do Torcedor.

O tempo passou e os números da violência não corresponderam à expectativa de redução com o veto à cerveja. Já a receita dos clubes diminuiu neste setor.

Os problemas, ainda vigentes, se mostraram bem mais complexos.

A proximidade da liberação da cerveja nos torneios oficiais da Fifa no país, em 2013 e 2014, só aumentou a pressão pela revogação das leis estaduais.

O Rio de Janeiro deu o primeiro passo, ainda que de forma adaptada, numa resolução da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).

A venda começa a duas horas antes do jogo, sendo suspensa a quinze minutos do pontapé inicial. Retorna só no intervalo. Nada de venda após a partida.

Será este o caminho a ser seguido por Pernambuco? Aqui, vale lembrar, o ato está referendado como lei estadual. Trata-se de um processo mais trabalhoso.

Certamente, o ato carioca deve respingar no futebol local…

Espanha x Uruguai a caminho do maior efetivo policial do futebol pernambucano

Polícia Militar. Foto: Jaqueline Maia/Diario de Pernambuco

O maior efetivo já empregado em uma partida de futebol no estado foi na finalíssima do Campeonato Pernambucano de 2011.

No Arruda, repleto com 62.243 torcedores, o Clássico das Multidões foi vistoriado por 1.608 policiais dentro do estádio e no entorno.

Antes, a marca pertencia ao jogo Brasil x Paraguai, pelas Eliminatórias, em 2009, com 1.600 homens numa partida que reuniu 56 mil pessoas no Mundão.

Em junho, esses dados deverão ficar bem para trás. A Fifa confirmou o efetivo policial necessário para os jogos da Copa das Confederações no país. Cada partida terá entre 2.500 e 3.000 policiais.

Detalhe: nos torneios da Fifa as polícias civil e militar operam fora das arenas. Dentro, a ação é comandada pelos stewards, uma segurança privada já em treinamento. Em 2014 serão cerca de 50 mil nos doze estádios do Mundial.

Na Arena Pernambuco, portanto, é possível que o jogo Espanha x Uruguai, primeira grande partida do estádio, tenha a carga máxima (veja aqui).

Considerando a lotação de 46.214 lugares, a média de segurança nos arredores do estádio em São Lourenço será de um policial para cada quinze pessoas.

Na supracitada decisão do Pernambucano, levando em conta as áreas interna e externa, esse índice foi de um para cada 39. Diferença enorme.

De fato, o padrão de segurança será algo nunca antes visto por essas bandas…

O primeiro ano sem Ricardo Teixeira na presidência da CBF. Evoluímos?

Ricardo Teixeira, presidente da CBF de 1989 a 2012. Foto: CBf/divulgação

Aniversário de Olinda e Recife à parte, o dia 12 de março ficará celebrado no futebol nacional com a data em que Ricardo Teixeira renunciou à presidência da CBF, após 23 anos quase intermináveis no poder.

Pressionado por seguidas denúncias de corrupção, o dirigente acabou passando a bola e embarcou para Miami, onde segue a vida tranquila.

Assim, o futebol brasileiro, agora sob o comando de José Maria Marin, chega a um ano sem o dirigente que marcou época, sem que isso tenha sido positivo.

Vale um balanço desta primeira temporada pós-Teixeira. A organização mudou? O regime ficou mais claro? A estrutura dos campeonatos nacionais progrediu? A Seleção Brasileira está mais bem cuidada? Entre outras inúmeras perguntas no rol de atividade inerentes à confederação. Vamos à enquete.

Um ano após a renúncia de Ricardo Teixeira da presidência da CBF, como você avalia a entidade agora?

  • Sport - Na mesma (28%, 353 Votes)
  • Náutico - Na mesma (16%, 195 Votes)
  • Náutico - Melhorou (13%, 166 Votes)
  • Santa Cruz - Na mesma (13%, 159 Votes)
  • Sport - Piorou (11%, 137 Votes)
  • Sport - Melhorou (8%, 105 Votes)
  • Santa Cruz - Melhorou (5%, 62 Votes)
  • Santa Cruz - Piorou (4%, 44 Votes)
  • Náutico - Piorou (2%, 28 Votes)

Total Voters: 1.248

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Rotina ofensiva do Alvirrubro e esboço de confiança na defesa

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 3x0 Belo Jardim. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press

Na rotina alvirrubra neste ano, o ataque funciona de forma plena. A dupla de atacantes ajuda na marcação e define bem, balançando as redes.  Em mais uma goleada neste turno, desta vez no 3 x 0 aplicado sobre o Belo Jardim, Elton chegou a incríveis doze gols em dez jogos na competição.

Elton segue disparado na artilharia, seguido por Rogério, que comemorou mais um gol nesta volta ao time, em ótima fase. No resultado positivo construído sem aceleração máxima em Rosa e Silva, na noite deste sábado, com pouco menos de oito mil torcedores, valeu também o bom rendimento da defesa.

Ponto mais preocupante do Timbu – teoricamente seria a falta de Kieza, mas até aqui não comprometeu -, a zaga chegou a dois jogos sem ser vazada. Parece pouco, sobretudo em um torneio estadual, mas era algo bastante necessário.

As vaias ao goleiro Felipe e as constantes trocas de zagueiros deixaram o setor pressionado neste início de temporada. Essa pressão ainda não foi dissipada, mas o volume ofensivo do líder do campeonato, com a impressionante marca de 22 gols em 5 jogos no turno principal, mudou o foco da torcida alvirrubra.

Até mesmo porque nos Aflitos há a esperança depositada em dois atletas que devem compor a formação titular, com qualidade técnica suficiente para ajudar a turma lá atrás, Rodrigo Souto e Martinez – este ainda articulando na frente. Neste Pernambucano de tiro curto, o encaixe tático será decisivo.

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 3x0 Belo Jardim. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press

As manchetes esportivas do Diario de Pernambuco, pero no mucho

Capas do Diario de Pernambuco em 2013, nem sempre com esportes na manchete

Das 68 capas do Diario de Pernambuco até o momento, em 2013, dez delas tiveram na manchete uma relação direta com a editoria de esportes.

Destas, cinco não relataram resultados de jogos dos grandes clubes, histórias de superação ou novidades sobre o contexto esportivo.

Foram cinco capas misturando fraude, tentativa de homicídio, briga de torcidas organizadas, comissão a lobistas…

Uma impressionante sequência de fatos que nos leva a pensar que a disputa saudável, sobretudo, vem sendo deixada de lado. Definitivamente, o futebol pernambucano ainda não engrenou nesta temporada.

Não dentro das quatro linhas.

O que ainda falta acontecer de ruim este ano? Faltam mais 297 capas…

Estadual caminha para ser o mais vazio na era do Todos com a Nota

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport 1x1 Pesqueira. Foto: Daniel Leal/DP/D.A Press

A média de público do campeonato estadual segue em baixa nesta temporada. Na Ilha do Retiro, no único jogo no Recife nesta rodada, foram apenas 9.423 torcedores. Ou seja, em duas partidas em casa o Leão não colocou sequer dez mil pessoas numa apresentação. No geral, o borderô contabiliza 305.651 torcedores em 60 jogos, com uma média de 5.094 pessoas.

A última vez na qual o certame registrou um número tão ruim foi em 2007, com 4.509. Curiosamente, aquela foi única edição sem ingressos subsidiados desde 1998, considerando o Todos com a Nota e o Futebol Solidário. Portanto, nessa nova fase do TCN, sob o governo de Eduardo Campos, vivemos a pior edição nas arquibancadas. Confira todas as médias desde 1990 aqui.

Em relação à arrecadação bruta o montante beira os dois milhões. Em dados exatos, R$ 1.977.469, com o baixo índice de R$ 32.957.

Confira as cinco maiores médias de público do Pernambucano de 2013.

1º) Santa Cruz (2 jogos como mandante)
Total: 25.757
Média: 12.878
Contra intermediários (2) – T: 25.757 / M: 12.878

2º) Salgueiro (2 jogos como mandante)
Total: 17.710
Média: 8.855

3º) Sport (2 jogos como mandante)
Total: 16.524
Média: 8.262
Contra intermediários (2) – T: 16.524 / M: 8.262

4º) Náutico (6 jogos como mandante)
Total: 42.721
Média: 7.120
Contra intermediários (6) – T: 42.721 / M: 7.120

5º) Central (6 jogos como mandante)
Total: 40.627
Média: 6.771

Dados da FPF. Confira os dados do Campeonato das Mutidões de 2012 aqui.

Dicas do misterioso jogo de abertura da Arena Pernambuco, com o Timbu

Arena Pernambuco em março de 2013. Foto: Eduardo Martino/Odebrecht

Há uma certeza sobre o jogo inaugural da Arena Pernambuco. De contato assinado com o consócio, o Náutico estará presente na pioneira partida.  Não, não será em 14 de abril de 2013, data oficial para a abertura do estádio.

Na prática, o primeiro evento, que poderá ter a presença da presidente da república Dilma Rousseff, será uma tarde de visitação ao empreendimento. Para o futebol propriamente dito, com limitação de público sobre os 46.214 lugares, são três datas possíveis no mês de maio.

Dias 12, 19 e 26. Três domingos. Um deles está reservado para a final do Estadual, caso a decisão chegue ao terceiro jogo, com prevê o regulamento.

Se o Náutico alcançar a final, surge a chance da decisão ser levada para a arena, ainda que não seja a ideia inicial. Palavras do secretário do Comitê Gestor de Planejamento Urbano, Silvio Bompastor.

Se a final não for um clássico, algo raríssimo no futebol local, a chance cresce bastante. Considerando uma decisão óbvia, envolvendo dois dos três grandes clubes, haveria de ter uma longa reunião para liberar a partida.

Nem o governo do estado nem o consórcio se mostram muito animados com a abertura do estádio logo com um clássico, sobretudo após as polêmicas aberturas do Mineirão, com Cruzeiro x Atlético-MG, e Castelão, com uma rodada dupla reunindo Ceará e Fortaleza.

O dia 26 de maio é o único dia reservado e confirmado para um evento-teste da Fifa antes da Copa das Confederações. Até lá, um amistoso então? Apenas 30 mil ingressos? Com o Náutico, provavelmente. O mistério está perto do fim.

A partir do dia 27 de maio a arena ficará sob controle da Fifa e só voltará ao traçado ordinário do consórcio após o Festival dos Campeões…

Arena Pernambuco em março de 2013. Foto: Eduardo Martino/Odebrecht

Ranking dos pênaltis e dos cartões vermelhos (4)

Pernambucan 2013, 2º turno: Serra Talhada 2x2 Belo Jardim. Crédito: Rede Globo/reprodução

Foram quatro pênaltis na quarta rodada do Campeonato Pernambucano, a noite com mais faltas marcadas na grande área até aqui. Três penalidades no mesmo estádio, o Pereirão, em Serra Talhada, sendo para o time da casa e um para o Belo Jardim. No fim, empate. No Lacerdão, Joelson cobrou mais um, colocando o Porto na “liderança”. Desta vez, converteu.

Vale lembrar que os dados são apenas do segundo turno, com os doze clubes.

Pênaltis a favor (12)
3 pênaltis – Porto
2 pênaltis – Sport, Náutico e Serra Talhada
1 pênalti – Ypiranga, Petrolina e Belo Jardim
Nenhum pênalti – Santa Cruz, Central, Chã Grande, Pesqueira e Salgueiro

Pênaltis cometidos
2 pênaltis – Salgueiro, Ypiranga, Serra Talhada, Belo Jardim e Petrolina
1 pênalti – Porto e Chã Grande
Nenhum pênalti – Sport, Náutico, Santa Cruz, Pesqueira, Central

Observações
Sport desperdiçou 1 penalidade
Porto perdeu 1 pênalti
Serra Talhada defendeu 1 cobrança
Salgueiro defendeu 1 cobrança

Cartões vermelhos (só para os grandes)

1º) Náutico – 1 adversário expulso; nenhum cartão vermelho
2º) Santa Cruz – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
3º) Sport – nenhum adversário expulso, 1 cartão vermelho

Confira as edições anteriores dos rankings: 2009, 2010, 2011 e 2012.

Pernambucano em 2 linhas – 4ª/2013

4ª rodada do 2º turno do Pernambucano 2013: Salgueiro 0x4 Náutico (Paulo Paiva), Ypiranga 0x2 Santa Cruz (Ricardo Fernandes) e Sport 1x1 Pesqueira (Helder Tavares), com fotos do DP/D.A Press

Mais uma rodada sem uma atuação plena dos grandes clubes do estado. Como nas três anteriores, a 4ª rodada do Pernambucano também registrou um tropeço da capital. Na própria capital, aliás, com o empate do Sport. No interior, a terceira goleada alvirrubra nesta fase. Líder.

O G4 do Pernambucano de 2013 segue bem disputado (por baixo?). Ao todo foram 17 gols na quarta rodada da fase principal do #PE2013, com média de 2,83 por jogo. No geral são 156 tentos em 60 partidas, com índice de 2,6. Na artilharia, Elton. Dois gols no primeiro turno e oito no segundo. Dez ao todo.

Sport 1 x 1 Pesqueira – Mais uma vez o Leão se enroscou num duelo contra uma equipe menor. Desta vez, tropeçou em casa, com mais vaias ao time.

Ypiranga 0 x 2 Santa Cruz – Krauss passou em branco nesta noite para a Máquina. Do outro lado, a dupla foi forte, funcionando em 25 minutos. Decisiva.

Porto 2 x 1 Petrolina – Sem dúvida, o Gavião é a maior surpresa do turno. No primeiro só havia feito um gol. Com gols de Joelson, pegou o elevador até o G4.

Serra Talhada 2 x 2 Belo Jardim – Uma partida com três pênaltis marcados. O Cangaceiro perdeu uma chance daquelas de se manter em 2º lugar.

Chã Grande 1 x 1 Central – Após o bom primeiro turno, a Patativa acumula tropeços nesta fase e vê comprometida a campanha até a semi do Estadual.

Salgueiro 0 x 4 Náutico – Chocolate timbu no Sertão, chegando a incríveis 19 gols no turno, com média de quase cinco por jogo. Arrumando a defesa, dispara.

Confira a tabela da competição clicando aqui.    

Destaque da rodada: Elton. Marcou nos quatro jogos do turno. Até de bike.

Carcaça da rodada: Vadão. Após o tropeço, alegou que seguia “invicto” na Ilha.

Classificação do Pernambucano 2013 na 4ª rodada do 2º turno. Crédito: Superesportes