Clube dos 24

Garagem

Não se trata de uma ampliação do quadro de filiados da agremiação que reúne os principais clubes de futebol do país.

A ideia, ainda em caráter preliminar, pode ser aplicada em Pernambuco.

A nova gestão da Federação Pernambucana de Futebol, que tomou posse nesta sexta-feira, pretende implantar na segunda divisão a mesma estrutura da Série A1.

Portanto, com os mesmos 12 clubes e o mesmo regulamento (fase classificatória, semifinal e final) nos dois degraus profissionais do Estadual.

“Ainda não definimos nem mesmo a primeira divisão, que precisa ser votada, mas a ideia é essa mesma, de igualar as duas séries, construindo uma estrutura única.”

Declaração do presidente da FPF, Evandro Carvalho, clamando por modernidade.

Pernambuco chegou a contar com uma 3ª divisão, entre 2000 e 2002, mas a falta de interessados – e estrutura – acabou limitando a organização em dois níveis.

Neste ano, a segundona só teve nove times, com a eliminação de várias equipes antes da abertura por causa do não cumprimento dos prazos exigidos pela entidade.

Assim, a partir de agora, os 24 clubes profissionais das duas divisões terão obrigações específicas. Uma delas, para a turma de baixo, é a de participar sempre do torneio.

Com os 12 clubes da Série A1 deste ano e os 9 da Série A2, sobrariam, então, somente três vagas nessa nova composição.

Quem sabe a ideia não acaba com a proliferação de times de prefeitura (veja aqui)?

Depois que lotar as 24 vagas não será fácil encontrar uma brecha…

A amaldiçoada Taça Zumbi

Zumbi

Pode-se afirmar que a fórmula do Estadual do ano que vem foi o último ato de Carlos Alberto Oliveira como presidente da FPF.

No domingo passado, quando acompanhava a delegação coral em João Pessoa, ele recebeu um e-mail com um documento de 29 páginas com o esboço da competição.

Ele imprimiu o arquivo e fez todas as correções a mão, rabiscando com uma caneta.

Ajustes em alguns capítulos e exigência de clareza no texto em outros artigos.

No bojo, o regulamento do Pernambucano de 2012 foi aprovado pelo mandatário.

No entanto, algo havia tirado a paciência do dirigente durante toda a leitura.

Uma tal “Taça Zumbi”, escrita em negrito e presente em boa parte do regulamento, relacionada aos quadrangulares do rebaixamento, na segunda fase da competição.

Leu uma, duas, três vezes… Taça Zumbi…

Carlos Alberto não se conteve e ligou na hora para o amigo e secretário-geral da federação, João Caixero, para tirar aquela dúvida.

“Que nome é esse? Quem disse que vai ser Taça Zumbi?”

“O nome foi apenas para dar um exemplo, Carlos Alberto, pois 13 de maio (data da final) é o dia de Zumbi (Lei Áurea, de fato). Era só para deixar um nome no troféu”.

“Pode falar para tirar logo do papel. Esse troféu vai ser uma homenagem a alguém e eu ainda vou escolher. A um Zumbi é que não vai ser!”

Ainda que o troféu, o substituto da Taça do Interior, receba outro nome, a verdade é que a denominação “Zumbi” se encaixa perfeitamente para o quadrangular da morte…

Química pernambucana para 2012

Química

Oficialmente, a decisão será apenas em 6 de outubro, no Conselho Arbitral. Porém, a fórmula do Campeonato Pernambucano de 2012 já está definida pela FPF.

Inclusive, as datas do torneio, entre 11 de janeiro e 13 de maio.

Serão 12 clubes, com apenas dois rebaixados – evitando, assim, a redução do número de participantes para 2013 – e com o formato deste ano, incluindo semifinal e final.

No entanto, o regulamento está repleto de ajustes, do desempate no mata-mata ao rebaixamento, passando pelo critério das duas vagas à Série D. Confira.

Semifinal e final
Ao contrário das últimas duas edições, os melhores colocados na etapa classificatória terão vantagem no desempate na fase decisiva. Em caso de igualdade nos pontos e no saldo de gols após o confronto em ida e volta, a vaga ficará para o dono de melhor campanha na 1ª fase. Assim, está extinta a disputa de pênaltis.

Rebaixamento
Em vez da queda dos dois piores times após as 22 rodadas da 1ª fase, agora os oito eliminados serão divididos em dois grupos de quatro, se enfrentando nas respectivas chaves, em ida e volta. Após as seis rodadas, serão rebaixados os dois piores, independentemente dos grupos e considerando a somente a pontuação desta fase.

Classificação final
Os 12 lugares serão definidos de acordo com a posição no mata-mata decisivo e dos quadrangulares do rebaixamento. Ou seja, o pior time do mata-mata, obviamente, será o 4º lugar. Já o 5º lugar, por exemplo, será o melhor time da fase contra o rebaixamento, mesmo que essa equipe tenha terminado a primeira fase na última colocação.

Série D
As vagas serão decididas já na fase classificatória. Porém, caso o campeão pernambucano não tenha sido um dos dois melhores times sem vaga garantida no Brasileiro, a agremiação ficará com a vaga do segundo time previamente classificado à 4ª divisão. Outro dado importante: caso o clube que conquiste a vaga na Série D seja posteriormente rebaixado no quadrangular da “morte”, ele irá, sim, disputar o Nacional.

O que você achou do novo regulamento do Estadual? Comente!

Dia Alvirrubro com bullying

Algum rubro-negro mexeu no site do Náutico, na página dedicada aos novos sócios…

Abaixo, o print screen. E olhe que a página ficou até com uma versão pior (veja aqui).

Rivalidade à parte, os clubes locais precisa tomar cada vez mais cuidado com ações deste tipo, que isso vêm se tornando algo comum nos últimos tempos.

Site do Náutico

A cor da federação

 

Na sede da FPF, um paralelo entre idade e cores…

Muito se discute sobre a idade do sobrinho de Carlos Alberto Oliveira, o universitário Davi, de 22 anos, candidato ao posto de 1º vice-presidente executivo da entidade.

De fato, não parece lógico dispor um cargo tão importante para alguém que está apenas começando, ainda mais pelo fato de postular a função devido ao sobrenome.

Porém, há quem esteja bem preocupado é com outro aspecto.

Em entrevista ao blog, o presidente timbu, Berillo Júnior, fez uma observação interessante sobre a nova cúpula da Federação Pernambucana de Futebol.

“A composição da FPF é importantíssima e precisa de gente com experiência. Com 22 anos, não tem como exigir muita experiência desse rapaz (Davi). Mas, além disso, a FPF não pode ser composta só por rubro-negros, só com um time. Isso não existe. É salutar que tenha alvirrubros e tricolores na mesa também.”

Evandro Carvalho, novo mandatário, e Davi Oliveira torcem pelo Sport, diga-se.

O dirigente, então, foi questionado se de alguma forma isso se aplicava a Carlos Alberto. Berillo, porém, disse que a gestão passada não interferiu na divisão das conquistas.

“Carlos Alberto tinha um jeito próprio, mas foi muito honesto. A superioridade do Sport no período foi por causa do dinheiro do Clube do 13, só. Antes, era equilibrado”.

O blog fez um levantamento com a divisão de títulos estaduais considerando as três gestões mais longas da história da entidade, incluindo a última. Confira aqui.

Oficialmente, as cores da FPF são azul e branco. Nada de rubro-negro, alvirrubro ou tricolor. Qualquer semelhança com as ilustrações é mera coincidência…

EBC. Cumpra-se. Publique-se

FPF

Os despachos oficiais voltaram a ser realizados.

A assinatura de Evandro Barros Carvalho, apenas com as suas iniciais, já está presente nos documentos da FPF, apesar do aviso da assessoria da federação de que a posse do dirigente será somente nesta sexta-feira, às 15h30, na sede da entidade.

Até agora, é verdade, foram apenas decisões administrativas, como nota oficial e convocação em caráter extraordinário de uma assembleia geral, em 12 de setembro.

De qualquer forma, a assinatura acima estará presente em todos os ofícios da Federação Pernambucana de Futebol de agora em diante.

De cara, a decisão de nomear os três vice-presidentes executivos evitando uma polêmica logo no início da gestão, sem desgaste, sem paternalismo.

A partir de agora, muita atenção nos documentos expedidos na sede na Boa Vista.

Campeonato do X

Classificação da Série B de 2011 após 20 rodadas

No gráfico disponibilizado pelo site oficial do Sport é possível ver a evolução rodada a rodada da Série B deste ano.

Acima, então, um comparativo entre os rivais centenários do Recife, após 20 rodadas.

Entre a 10ª e 15ª rodadas, alvirrubros e rubro-negros se revezaram na briga particular na tabela, com um “X” na linha histórica das posições de forma consecutiva.

Após seis inversões na classificação, o Náutico cavou a sua vaga no G4. Segue fixo.

Essa Segundona ainda reserva mais algum X para os rivais?

Vale ressaltar que isso não está associado diretamente ao acesso de ambos para a elite nacional. Os dois poderão se classificar (ou não) sem que a ordem seja modificada.

Eternizado na história limoeirense e pernambucana

Busto de Carlos Alberto Oliveira. Foto: Rodolfo Bourbon/Diario de Pernambuco

Chegou a hora do último adeus a Carlos Alberto Oliveira. Com uma personalidade forte, o dirigente deixou frases polêmicas durante a sua longa gestão à frente da FPF.

A cada entrevista, a certeza de que a conversa com o presidente da FPF, natural de Limoeiro, resultaria em algo marcante, base para debates.

Confira algumas dessas declarações, proferidas nas últimas três temporadas.

“Você é incompetente. Você não sabe fazer futebol. Você pegou um time de R$ 300 mil do Santa Cruz e que deu três pisas no seu time de 2 x 0. Aprenda a fazer futebol ou saia disso. Me respeite. Deixe de ser moleque”

Resposta ao diretor do Sport, Wanderson Lacerda, que, após a abertura da final do Estadual deste ano, insinuou que a FPF estava “conseguindo tirar o hexa do Sport”.

Não vou poupar ninguém. Quem estiver na frente vai ser atropelado. Um dos dois vai se dar mal. É preciso ter responsabilidade nessa história e eu estou indignado. Já organizei 16 campeonatos e nunca houve isso

Irritado com a denúncia feita pelo Náutico antes do segundo jogo da semifinal do Estadual deste ano, na qual o Sport teria tentado subornar Eduardo Ramos.

“Não tenho tempo para perder com esse assunto não”

Sobre a insatisfação dos dirigentes da Cabense, que durante o Pernambucano de 2011 se sentiram perseguidos pela arbitragem.

“Criem o campeonato de vocês”

Dando uma “sugestão” à imprensa, no final de 2010, após ouvir críticas sobre o regulamento do Pernambucano deste ano, além do calendário apertado.

“Fazer o quê? Mudei fórmula de campeonato, mudei tabela, arrumei briga com o Sport, Justiça, e eles (o Santa Cruz) não ganham nada. Só se eu der o campeonato direto para eles”

Ao ser questionado sobre o que poderia fazer para ajudar o Santa Cruz. A frase foi dita durante o Estadual do ano passado.

“O campeonato é meu. Eu mudo se eu quiser”

Em 2009, sobre as mudanças em relação ao confuso Estadual de 2008, quando subiu o número de clubes de 10 para 12, beneficiando Centro Limoeirense e Petrolina.

Leia uma das entrevistas de maior repercussão feita pela blog com o dirigente aqui.

Batalhinha dos Aflitos

Série B 2011: Náutico x Portuguesa. Foto: Náutico/divulgação

Assim que o árbitro Gutemberg de Paula Fonseca encerrou o jogo nos Aflitos, na noite desta terça-feira, uma certa frase rendeu bastante no microblog Twitter.

Por sinal, foi o título deste post.

Ironia que remete, obviamente, ao jogo de 2005 contra o Grêmio, também na Série B.

Desta vez, um jogo duríssimo, com cara de revanche. Na estreia, o Náutico havia sido goleado pela Portugusa por 4 x 0. O Timbu evoluiu desde então e subiu na classificação.

Saiu da lanterna na primeira rodada para uma consolidada 3ª colocação.

Então, nos Aflitos, diante de 16.548 torcedores, uma verdadeira panela de pressão. O Alvirrubro criou as suas chances no primeiro tempo, assim como a lúcida Lusa. Dessa vez, Kieza e Edno não decidiram.

No fim do primeiro tempo, o lance que decidiu a história do jogo.

Ferdinando derrubou Kieza e recebeu, merecidamente, o segundo cartão amarelo. Foi expulso. Em seguida, por reclamação, Marcelo Cordeiro também ganhou o vermelho.

Em dois minutos, o Náutico via surgir uma chance claríssima para derrubar o perigoso ponteiro, com cinco vitórias como visitante e só uma derrota longe do Canindé.

E foram 49 minutos de vantagem no segundo tempo, incluindo os acréscimos, com o Náutico martelando o adversário, completamente fechado pelo técnuico Jorginho.

A cada gol perdido, mãos na cabeça na lotada arquibancada em Rosa e Silva.

Kieza, Rogério, Philip e Eduardo Ramos perderam as melhores oportunidades.

O empate sem gols acabou não saindo do placar. Um 0 x 0 frustrante.

Em dois jogos seguidos contra os melhores, Ponte e Lusa, dois empates nos quais a vitória pernambucana esteve muito perto. Pelo contexto, foi, sim, uma batalhinha.

Nada que mude o foco de um time a quatro pontos do 5º lugar, firme no G4. Menos mal.

Série B 2011: Náutico x Portuguesa. Foto: Náutico/divulgação