Imerso numa crise técnica, o Náutico foi ao Beira-Rio sem grandes pretensões. Enfrentaria o Inter, o maior favorito da Série B, vindo de vitória e com o novo treinador, Guto Ferreira. Jogar com o mínimo de organização defensiva era o que se esperava, em busca algum pontinho. No intervalo, isso até acontecia. Num primeiro tempo no qual o colorado largou melhor, tendo um gol mal anulado e outro bem assinalado, ambos com Carlos, o timbu conseguiu estabilizar a pressão. Para o jogo, o meio-campo havia sido reforçado por Waldemar Lemos. A bronca era nas laterias, com Manoel e David sendo envolvidos. Ainda assim, com 43% de posse, o visitante começou a oferecer perigo através de Erick, arisco. O atacante deu dois ótimos passes para o estreante Vinicius, que aproveitou o segundo, aos 44 minutos.
A história do jogo sofre enorme transformação na etapa complementar, tendo como protagonista o árbitro Paulo Roberto Alves. Em 18 minutos, o paranaense marcou três pênaltis para o mandante. Pottker e D’Alessandro converteram e Tiago Cardoso defendeu a 3ª cobrança, de Cirino. Embora, na visão do blog, as marcações tenham sido corretas, disciplinarmente o juiz atrapalhou. Não por acaso, dois alvirrubros foram expulsos, Nirley (em péssima atuação, com duas penalidades cometidas) e Darlan.
Acuado pelas marcações – dificilmente algum time ignoraria-, o Timbu limitou-se ao seu campo, mesmo com o placar já desfavorável. No finzinho, Iago, também estreante, recebeu um lançamento e tocou na saída de Danilo Fernandes, 3 x 2. Haveria um último suspiro? Foi encerrado no minuto seguindo, em novo pênalti, esse questionável, de Tiago Cardoso. E olhe que o goleiro pegou outra cobrança! Deu nem tempo de projetar uma última bola na área, pois Cirino marcou o quarto gol com a defesa pernambucana desarmada, 4 x 2. Sobrou reclamação após o apito final..