Uma vida dedicada à história

Livro do Náutico 1909-1969Carlos Celso Cordeiro. Pernambucano de Tabira, 66 anos. Morador do Recife.

Um alvirrubro fanático, da época do hexa. Mas, sobretudo, um apaixonado pelo futebol pernambucano. Um abnegado em resgatar a história do nosso futebol, perdido nas páginas amareladas dos jornais da capital.

Pesquisador nato, Carlos Celso sempre colecionou todos os dados possíveis sobre os resultados dos times do Recife. Primeiro em cadernos, depois no seu computador. E assim, mesmo sem apoio, passou a publicar livros em série sobre Náutico, Sport e Santa.

O primeiro, em 1996, com um levantamento estatístico de todos os jogos do Timbu entre 1909 e 1969 (foto). Depois foram mais dois volumes, até 1999. Os dois rivais também têm três livros com as partidas até 1999.

Saíram ainda, com esforço, o livro dos 100 anos do Clássico dos Clássicos, a história do Estadual (dois volumes) e o retrospecto dos atacantes alvirrubros Bita e Kuki.

Agora, chega o 5º livro no período de um ano. O 15º da carreira, com o 4º volume da história do Náutico, compilando resultados de 2000 a 2009, com destaque para os três títulos pernambucanos do Timbu na década vigente. Colaborador do blog, Carlos Celso escreveu a série Futebol Pernambucano – Ano Zero, dividida em seis capítulos.

Confira a série: Parte 1, Parte 2, Parte 3, Parte 4, Parte 5 e Parte 6.

A bola não puniu

Hulk

Um dia após assumir a liderança isolada da Série A, comandando o Fluminense, o técnico Muricy Ramalho foi chamado para uma reunião com a cúpula da CBF, ali mesmo no Rio de Janeiro, num clube de golfe na Barra da Tijuca.

Tema: convite para assumir a missão de conduzir a Seleção Brasileira até a Copa do Mundo de 2014. A missão de ganhar o hexa no dia 13 de julho de 2014, no Maracanã.

Será que ele toparia essa “bronca”?

O paulista disse sim nesta sexta-feira e será o 78° técnico da Seleção desde 1914.

“A bola pune”. É o que costuma dizer Muricy quando um time vacila durante a partida. Desta vez, a bola foi o prêmio, pelo histórico vencedor. Digno de outra frase famosa de sua autoria: “Isso aqui é trabalho, meu filho!”

Aos 54 anos, o treinador chega ao auge de uma carreira que começou de fato em 1994, quando comandou o expressinho do São Paulo na conquista da extinta Copa Conmebol, à somba do técnico principal do Tricolor Paulista, o mestre Telê Santana.

Para ser efetivado mesmo, teria que esperar um pouco. Foi em 1996, no próprio clube. Não deu certo. Aí, começou a rodar o país em busca de espaço.

Sem medo de errar, é possível afirmar que o primeiro grande trabalho de Muricy foi no Náutico, em 2001. Assumiu um clube completamente endividado, com uma folha que não poderia passar dos R$ 200 mil e na Série B, ao contrário dos rivais, que estavam na elite nacional. Fora o jejum de 11 anos sem títulos e o temor de ver o hexa do Sport.

Muricy atropelou tudo isso. Ganhou o Pernambucano. Um não. Dois! Um bicampeonato histórico para o Alvirrbro, no início da Era Kuki. Tamanha dedicação o transformou em conselheiro vitalício do clube. No meio desta passagem, ele ainda arrumou tempo para treinar o Santa Cruz no Brasileirão.

Depois, ganhou o Paulista com o modesto São Caetano, reergueu o Internacional e finalmente voltou a ter uma chance no seu São Paulo.

Ganhou “apenas” três vezes o Campeonato Brasileiro: 2006, 2007 e 2008. Sempre com a mesma postura séria, mas competente. Muricy realmente consegue montar boas equipes, eficientes. Se ele será conseguirá trazer o futebol arte à Canarinha é outra conversa, mas o time será agressivo. Fato.

“Faz uns 20 anos que estou com. É muita sorte para um cara só. Fica em casa para ver se a sorte vai te ajudar. Tem que trabalhar”

Prepara-se, pois essa ironia vai dominar a Seleção Brasileira agora.

Gol pela vida

Enchente em Barreiros/PE (21/06/2010). Foto: Alcione Ferreira/DP

A causa é nobre.

Um jogo para arrecadar donativos para as vítimas das enchentes que castigaram Pernambuco, atingindo 68 municípios. Mais de 82 mil pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas durante a tragédia, já considerada como um tsunami de água doce.

O domingo, reservado para o futebol, não terá nenhum jogo profissional no Recife. Com a data vaga, um jogo beneficente foi marcado para os Aflitos, às 17h. O amistoso “Campeões de mãos dadas por Pernambuco” foi anunciado nesta quarta.

A entrada? Um quilo de alimento ou material de higiene pessoal.

Em campo, muitos craques. Inclusive cinco campeões mundiais de 1994.

Amigos de Juninho Pernambucano
Magrão, Albérico, Givaldo, Lúcio Surubim, Adriano, Sandro, Dário, Zé Carlos, Toninho Cerezo, Alexandre Gallo, Zé do Carmo, Ataíde, Juninho Pernambucano, Nildo, Ciro, Kuki, Leonardo, entre outros.

Amigos de Ricardo Rocha
Do time do tetracampeonato: Ricardo Rocha, Jorginho, Márcio Santos, Viola e Paulo Sérgio. Demais ex-craques: Ricardo Pinto, Mauro Galvão, Gonçalves, Amaral, Robert, Ailton, João Paulo etc.

Vale a pena ir aos Aflitos… Além solidariedade, o nível técnico realmente será dos melhores. Alguma ideia para escalar as equipes?!

Copa baseada em projetos utópicos

Arenas lançadas no Recife no século XXI. Arte: Diario de Pernambuco

Brasil x Ucrânia, Cidade da Copa

Abertura da Copa do Mundo de 2014. Domingo, céu nublado no Recife. Coisa rara num mês marcado pelas pancadas de chuva. Mesmo com algumas avenidas alagadas, o clima na capital pernambucana é de festa. O aguardado primeiro jogo do Mundial vai acontecer às 17h, a dezenove quilômetros do Marco Zero, na recém-inaugurada Cidade da Copa, diante de 46.214 torcedores.

Ao redor da arena o visual é espetacular, com canhões de luzes amarelas e verdes apontando para a cobertura de policarbonato, dando vida ao estádio. Cores que condizem com a presença no gramado da Seleção Brasileira, a anfitriã, pronta para enfrentar a Ucrânia. Enquanto Neymar e Ganso lutam para furar a muralha ucraniana, uma multidão de repórteres tem o aporte do centro de imprensa ao lado do estádio mais caro da Copa. A suada vitória brasileira acaba sendo transmitida em 3D em sinal aberto para algumas cidades do Brasil.

Argentina x Gana, Arena do Sport

Dia seguinte. Chega a vez da estreia dos hermanos argentinos. Após 15 dias de isolamento em um resort no litoral sul de Pernambuco, o time que idolatra Maradona encara Gana na arena do Sport. Estádio que um dia abrigou a Ilha do Retiro, sede do único jogo da Copa do Mundo de 1950 no Nordeste. A chuva fina na arena não mudou a marra de El Diez, que adotou mais uma vez a postura de “Poderoso Chefão”, de terno bem apertado e gravata.

Com um forte esquema de segurança, e sob os olhares de alguns integrantes da Torcida Jovem, a torcida argentina invadiu o estádio, comprovando a expectativa de que a hinchada de Buenos Aires seria mesmo o maior contingente de gringos no país. Com muito barulho e centenas de faixas nas arquibancadas, a Argentina vence por 2 x 0. Após oito anos, Lionel Messi voltou a marcar um gol no Mundial.

Itália x Suécia, Arena Recife

Na mesma tarde, mas em Engenho Uchôa, a Itália dava largada ao temível grupo da morte, contra a Suécia, que não disputava a Copa desde 2006. O estádio do Náutico foi o último a ser entregue pelo comitê organizador, porém, recebeu elogios da Fifa pela estética ousada, a única comparada ao Mundial da África do Sul. Em campo, uma Azzurra renovada. Mesmo assim, os jogadores, muitos deles desconhecidos do grande público, foram bastante assediados pelas tietes pernambucanas em frente ao hotel cinco estrelas na Avenida Boa Viagem.

Em campo, o time recuperou a péssima imagem deixada pela prematura eliminação anterior e venceu a Suécia por 2 x 1. Na saída da partida, muitas torcedoras suecas foram “consoladas” pelos pernambucanos de plantão. E a primeira fase do Mundial seguiu com dois ou três jogos diários no estado.

Holanda x Uruguai, Arena Recife-Olinda

Uma das partidas mais aguardadas acabou acontecendo apenas na última rodada do Grupo F, entre a atual vice-campeã Holanda e o Uruguai, que perdeu a emocionante semifinal de 2010 justamente para a Laranja Mecânica. Como não foi escolhida como cabeça-de-chave, a Celeste Olímpica acabou na mesma chave do algoz, numa dessas ironias do mundo da bola. O jogo foi marcado para a Arena Recife-Olinda, a poucos metros da Cidade Patrimônio, tão marcada pela cultura holandesa. E o que dizer dos uruguaios, cujo consulado fica no próprio Sítio Histórico?

Aos 35 anos, o Bola de Ouro da Celeste, o meia Diego Forlán, não apresentara o mesmo futebol até então, mas num lampejo de genialidade, acertou um chutaço de fora da área e empatou o jogo aos 44 minutos do segundo tempo, com a cara da garra charrúa. O resultado classificou os dois países para a fase seguinte. Com a paz selada entre as duas torcidas, a festa aconteceu logo depois, pertinho dali, no Alto da Sé.

Brasil x Espanha, Arena Coral

Mesmo com alguns problemas no sistema de transporte, com a capacidade insuficiente do Corredor Norte-Sul e o excesso de passageiros transitando no Aeroporto Internacional dos Guararapes, apontado antes da competição como um dos cinco melhores do mundo, o Mundial seguiu dentro dos padrões da Fifa, chegando à mesma nota 9 dada ao país-sede quatro anos atrás. No último dia, o duelo que deveria ter acontecido na África do Sul: Brasil x Espanha. A Fúria e o passo final para consagrar a geração de Iniesta e Xavi contra a Seleção e a chance de apagar de vez o Maracanazo. Ou seria Arrudazo? Final da Copa de 2014, 13 de julho, na Arena Coral.

Foi o mais polêmico de todos os projetos. O estádio tricolor chegou a ser vetado pelo secretário geral da Fifa, Jerome Valcke, por causa dos problemas estruturais e as apertadas vias de acesso. Mas Pernambuco não abriu mão do Arruda e costurou a entrada do estádio, o único com capacidade para receber a finalíssima do 20º Mundial. Um dia histórico no Recife, um “Galo da Madrugada” nas ruas em pleno inverno.

A torcida caminhou desde os principais pontos de concentração, como Encruzilhada, Campo Grande e Casa Amarela. Como todos os 68.500 bilhetes foram vendidos cerca de um ano antes (sendo 40% deles para os estrangeiros), uma multidão de 30 mil pessoas se concentrou no Fifa Fan Fest no Recife Antigo. A decisão acabou às 22h. Soberano em campo, o Brasil ganhou a sexta estrela. Em uma Copa 100% pernambucana.

Ao todo, os cinco estádios custariam R$ 1,692 bilhão, com 235.514 assentos. Acredite se quiser, mas esse texto fictício também está no Diario (veja aqui).

Clube do 3D

Clube dos 13

O futuro está chegando ao Clube dos 13, fundado em 11 de julho de 1987.

No novo hotsite da entidade, um sistema de navegação com abas em 3D. Versões em português e inglês (confira AQUI).

No texto sobre o Sport, o clube é descrito pela sua estrutura (“a maior do N/NE”). O Leão também “teria” dois centros de treinamento bem equipados. Na  verdade, tem apenas um, o de Paratibe, que ainda está longe de ser considerado de ponta. O outro, de Igarassu, já foi vendido.

Você já deve ter se perguntado: e o título brasileiro de 1987? A primeira estrela dourada do Leão não é citada no texto do clube, que fala da supremacia em Pernambuco e da vitória na Copa do Brasil de 2008. 

Mas na mesma página é possível encontrar a relação de campeões brasileiros entre 1971 e 2009… De forma surpreendente, o Clube dos 13 respeitou a posição da CBF, colocando o Sport como o único campeão de 1987.

É… Após duas décadas, o futuro (moralização) parece mesmo estar chegando à entidade que congrega os maiores times do país. Neste ano, a assembleia geral deve votar sobre o aumento de filiados, para 40. O dobro.

Náutico e Santa Cruz aguardam ansiosos por este futuro, que, caso seja aprovado, fará parte do futebol brasileiro a partir de setembro de 2011. Alvirubros e tricolores, preparem-se para o mosaico 3D.

Um dia para a história…

Clube dos 13

Rio de Janeiro, 20 de julho de 2010.

Esta data pode se tornar emblemática para o futebol pernambucano.

Nesta terça-feira, o presidente do Sport, Silvio Guimarães, deixa a rivalidade de lado para se reunir na sede flamenguista da Gávea com outros sete mandatários, de Atlético-MG, Atlético-PR, Flamengo, Fluminense, Internacional, Palmeiras e São Paulo.

Reunião do Clube dos 13.

Na pauta do encontro, a negociação por novas cotas pela transmissão da TV, a moribunda Timemania e a reforma do sistema de reeleição para a presidência. Ainda resta um, vital para a continuidade da associação: a entrada de novos filiados.

Em abril deste ano foi lançada a ideia de aumentar o número de clubes de 20 para até 40 sócios. Entre eles, Náutico e Santa Cruz, à margem desse grupo milionário.

Por causa da atual situação na Série D, o Tricolor corre por fora. Porém, o Alvirrubro aparece com boas chances de receber um convite. Nos bastidores, a articulação timbu já ocorre há quase dois anos, como revelou o blog (veja AQUI).

Apesar de não ter obtido sucesso mesmo durante os três anos em que disputou a elite nacional, o Náutico tem neste aumento significativo a sua maior esperança.

A diretoria timbu já não esconde a animação. André Campos, principal cacique do clube e presidente do Conselho Deliberativo, já mandou o seu recado (dica?) no Twitter:

Existe uma grande possibilidade do Náutico entrar para o Clube dos 13. Aguardem

A tuitada foi escrita na segunda-feira (veja o perfil dele AQUI).

Como o próprio Silvio Guimarães já se posicionou de forma favorável sobre o possível ingresso dos rivais, é bom ficar de olho nesta reunião em solo carioca. Nela pode acontecer, quem sabe, o ponto de partida para a mudança. E que mudança! Filiado desde junho de 1997, o Sport já recebeu cerca de R$ 100 milhões da entidade…

Ao rubro-negro:
Você é a favor da entrada dos rivais no Clube dos 13?

Ao alvirrubro e ao tricolor:
A possível entrada na associação seria suficiente para mudar o clube?

Cansa, Santa Cruz

Mick Jagger

“Eu assumo toda a responsabilidade. Nós temos condições de reverter isso.”

Brasão.

O atacante chegou a acertar o travessão do CSA neste domingo.

A partida já estava nos minutos finais no Arruda, com quase 20 mil torcedores. Todos eles com a mesma esperança dos últimos quatro anos. Quatro!

Mas, de forma cruel, o destino do Santa Cruz parece ser sempre o mesmo…

Os tricolores lamentaram bastante o gol perdido pelo seu principal atacante. Foi a terceira bola na trave do time coral na partida.

Enquanto a torcida ainda pensava frases com o início “E se…”, o time alagoano, que integra a segunda divisão em seu estado e só foi admitido na Série D após várias desistências, encaixou um contra-ataque.

De Felipe Heleno para Everlan. De Everlan para as redes…

Santa Cruz 0 x 1 CSA.

Aos 41 minutos do segundo tempo. Como reagir? Desta vez não dava mais.

São apenas seis jogos nesta primeira fase da Série D. É um tiro curtíssimo, que o próprio Tricolor conhece, pois foi eliminado logo nesta etapa na última temporada.

Brasão pode até assumir a responsabilidade. Dado também, assim como Jackson, Fernando Bezerra Coelho… Todos. Mas cansa perder tanto. Cansa, Santa Cruz…

Abraçando a liderança

Série B-2010: América/MG 1 x 2 Náutico. Crédito: Marcelo Sant'Anna/D.A. Press

Até onde vai esse time do Náutico?

Até onde é possível sonhar com essa liderança na Série B?

Ficar com uma das quatro vagas para a elite do próximo Brasileirão é o objetivo principal. Indiscutível.

Em um campeonato de 38 rodadas, o número de jogos até agora (nove) corresponde a quase 25% de toda a campanha na Segundona. Ainda está longe do fim, é claro. Mas, paralelamente a isso, o time alvirrubro vem numa regularidade impressionante.

Vem ganhando nos Aflitos. Longe de Rosa e Silva, o Timbu tem somado pontos importantes. Foi goleado pelo São Caetano, mas o resultado pode ser encarado como um acidente de percurso, pois nas outras três partidas foram três vitórias.

Neste sábado, o time foi até Sete Lagoas, a 72 quilômetros de Belo Horizonte, e venceu o América Mineiro por 2 x 1, jogando cerca de 25 minutos com um a menos.

O Náutico chegou a 20 pontos. É o líder isolado do Brasileiro da Série B. Algumas lacunas técnicas do elenco (lateral-direita e ataque) deverão ser preenchidas em breve, deixando o grupo do técnico Alexandre Gallo mais sólido e competitivo.

Daí, o motivo para as duas perguntas no início do post.

O que o torcedor timbu pode esperar dessa equipe até o fim da temporada?

Aos alvirrubros, fica o desejo de fincar raízes na liderança da Série B. Abraçar de vez esse primeiro lugar até o dia 27 de novembro, na 38ª e última rodada da competição, contra o Santo André, no ABC Paulista.

Junto ao acesso, o primeiro título nacional. Ainda é cedo para se pensar nisso?

Não em sonho…

O bandeirão não será nosso

Média de público do Nordestão

Clássico das Emoções nos Aflitos, neste sábado. Alvirrubros e tricolores voltavam a se enfrentar após a semifinal do Pernambucano. Naquela ocasião, Carlinhos Bala deu a vitória ao Náutico, também nos Aflitos, e classificou o Timbu para a decisão.

O título pernambucano não veio e tempo passou. Bala nem está mais em Rosa e Silva. Aproveitando o time misto do rival, o Santa Cruz buscava sair da sina de empates no Campeonato do Nordeste. Não saiu. O clássico terminou empatado em 1 x 1.

Um jogo oficial em um torneio regional. O público? Apenas 2.238 torcedores. Eu não lembro de outro público tão pequeno em um clássico no Recife em um jogo de profissionais. É uma pena. No Arruda, o Santa não tem feito muito diferente. Os dois clubes seguem entre os últimos na média de público do regional (gráfico).

O Santa Cruz tem apenas a 11ª média, enquanto o Náutico está em 13º lugar. O vencedor do prêmio Torcida Mais Fanática, promovido pela TV Esporte Interativo, vai ganhar o maior bandeirão do Nordeste (veja AQUI). Mas não deverá ser nosso…

Voltando à realidade

NordestãoO Nordestão chegará à sua 10ª rodada na véspera da final da Copa do Mundo de 2010. Data do primeiro clássico pernambucano na reedição do campeonato regional.

Clássico das Emoções, no sábado, nos Aflitos.

Você sabia? Muita gente estava por fora.

O Náutico jogará com o seu expressinho. Um time ainda mais esfacelado, já que o técnico Alexandre Gallo convocou cinco atletas para o time principal, que volta à Série B.

O Santa Cruz, único time do estado realmente focado na competição, tenta se firmar na parte de cima da classificação, em busca de uma das quatro vagas à semifinal.

Antes do duelo local, tricolores e alvirrubros vão enfrentar, na noite desta quarta-feira, Ceará e Fluminense de Feira de Santana, respectivamente. Aperitivo para o clássico. Até porque está chegando a hora de esquecer a Copa do Mundo…

A paixão clubística volta a ser prioridade. Então, um clássico para agitar!

Por mais que o Nordestão não esteja tão agitado assim…