Os alvirrubros nunca vão esquecer essa data. O estádios dos Aflitos estava superlotado, com mais de 23 mil pessoas. Contra o tradicional Grêmio, uma vitória bastava para o Náutico garantir a vaga.
Mesmo com dois pênaltis a favor (desperdiçados) e diante de um adversário que teve quatro jogadores expulsos, o Náutico conseguiu perder o jogo. Gol de Anderson, aos 61 minutos do segundo tempo. Sim, pois o jogou ficou parado por mais de 15. Polícia Militar em campo, briga… Batalha.
Derrota história do Timbu. No lado gaúcho, a vitória rendeu até DVD: “A Batalha dos Aflitos”. Naquele ano, o Náutico não “quis” subir. É a única explicação.
Em tempo: o Santa Cruz já comemorava o título da Série B no Arruda, a menos de 3 quilômetros de distância. O empate ou vitória timbu ajudavam. O gol de Anderson levou a taça para Porto Alegre.
Náutico: 33 jogos, 16 vitórias, 3 empates e 14 derrotas; 54 GP e 47 GC.
Após o polêmico Brasileirão de 1987, o Náutico foi um dos oito clubes que sobraram na transição de 32 times para 24 na Primeirona de 1988. Seria a estreia do acesso e descenso. Jogando a Série B (chamada na época de Divisão Especial), o Alvirrubro fez uma excelente campanha, garantindo o acesso ao lado da Inter de Limeira.
No quadrangular de 1988, confusão. A fase decisiva também contou com Ponte Preta e Americano/RJ. Na foto acima (arquivo do Diario), a vitória timbu sobre o time do Rio no Arruda, por 2 x 1. Augusto e Júnior Guimarães marcaram os gols do Alvirrubo.
No fim, Inter em 1º com 12 pontos e Náutico e Ponte com 11… O time de Campinas havia vencido 3 jogos, contra 2 do Timbu. A Ponte entrou na Justiça, mas a CBF definiu como critério o número de vitórias em toda a competição. Náutico 15 x 12 Ponte.
Depois, o time pernambucno disputou o título com a Internacional em apenas uma partida, realizada no interior paulista. Diante de 12.325 torcedores, o Alvirrubo, que tinha como destaque o meia Nivaldo, foi derrotado por 2 x 1. Ficou com o vice.
Náutico: 29 jogos, 15 vitórias, 8 empates e 6 derrotas; 39 GP e 27 GC.
Começa o Brasileiro da Série B de 2010, com quatro jogos à noite.
E logo na data famosa… Diga-se de passagem que são dois dias especiais: “terças e sextas”. A cara da Segundona nacional há um bom tempo.
Finalistas do Pernambucano há dois dias, os rivais centenários voltam à disputa. Estiveram lá pela última vez em 2006. Subiram juntos. Em 2009, caíram juntos.
Desde então, a 2ª divisão tornou-se uma competição viável. Neste ano, o valor do campeonato está sendo negociado entre R$ 35 mi e R$ 40 milhões.
Paralelamente a isso, os clubes negociam a entrada no Clube dos 13, que deverá aumentar o seu quadro de sócios de 20 para 40 agremiações. Política, política…
…e receita. Mais do que essa cota de TV um pouco mais generosa, a Série B oferece 4 vagas para a elite nacional de 2011. Serão 38 rodadas até de 5 de dezembro.
Sport, campeão em 1990 e vice em 2006. Náutico, vice-campeão em 1988. Nesse ano, até o 4º lugar é suficiente para voltar à Série A. O Olimpo do nosso futebol.
As primeiras das muitas batalhas serão no Recife (Timbu x Coritiba) e em Brasília (Brasiliense x Leão). Foco total na prioridade da temporada.
A odisseia de Sport, Náutico e Kratos… 😈
Qual é a chance pernambucana na Segundona-2010? Participe da enquete!
O Corinthians investiu pesado para a temporada de 2010. Ano marcante.
A folha mensal do elenco do Timão chegou a inacreditáveis R$ 7 milhões. Convertendo em dólares: R$ 3,8 milhões. É dinheiro demais.
Estrelas também! Reunir Ronaldo e Roberto Carlos num time não é pra qualquer um.
Mas os títulos não apareceram. Paulista, Libertadores… E até o carnaval paulista!
Obsessão do clube, a Libertadores se tornou um martírio. Com esse fracasso, o Corinthians junta-se ao “seleto” clube de grandes times que se deram mal no aniversário de 100 anos.
Flamengo de 1995, com Romário e Edmundo, levando gol de barriga no Fla-Flu decisivo do Carioca… Atlético-MG de 2008, levando de 5 x 0 do rival Cruzeiro na final regional… E, obviamente, o Sport de 2005, que quase caiu para a 3ª divisão. Saiba mais sobre esses tropeços históricos AQUI.
A noite do gigante. A noite da soberania. Em uma Ilha do Retiro repleta, ensandecida como nos velhos tempos, o Sport reverteu algo que era difícil. Algo que, no domingo, parecia impossível. O Timbu chegou a abrir 3 x 0 nos Aflitos. Um placar para reduzir as esperanças a pó. Valente, o Leão marcou dois gols e levou a decisão para a sua casa. Para o seu caldeirão. Que ferveu como nunca! O Rubro-negro aniquilou o sonho alvirrubro de dar uma volta olímpica na Ilha. Pelo contrário. O que a torcida timbu viu foi a comemoração do pentacampeonato pernambucano leonino.
A comemoração não: a coroação. Mais do que nunca, Pernambuco tem rei: o Leão da Ilha. E justamente com o magro 1 x 0 que era necessário, com um gol do novo herói, Leandrão. Agora, o Sport está a um passo de quebrar a exclusividade do hexa do Náutico. Na final, o Leão confirmou a melhor campanha da competição, com o melhor ataque (54 gols), a melhor defesa (21) e o artilheiro (Ciro, com 13 gols). Absoluto. E, acima de tudo, justo.
A tradicional fachada da Ilha do Retiro será modificada mais uma vez. Sai o número 38 para dar lugar ao 39, a quantidade de títulos pernambucanos do clube. Mas, apesar desses números, foi uma conquista duríssima, valorizada pelo adversário.
Surpresa – Em campo, o Leão surpreendeu, dando o troco no Náutico de Gallo. O treino secreto comandado por Givanildo Oliveira na véspera da final serviu para mudar a formação da equipe, saindo do tradicionalíssimo 3-5-2 para o 4-4-2. Atacar era preciso. Apesar da chuva que insistiu em cair durante toda a partida, todos os fanáticos rubro-negros vão lembrar desta final como um jogo quente do começo ao fim.
Com apenas três minutos Carlinhos Bala já havia recebido o amarelo por simular um pênalti – que existiu. Do outro lado, Zé Antônio já tinha cabeceado para o gol, com perigo. Foi um duelo truncado, como toda “boa final” que se preze. O Alvirrubro, novamente com um quarteto ofensivo, tentava encaixar contra-ataques. No Rubro-negro, excesso de bolas na área. Mas não é que uma delas deu certo? Aos 28 minutos, Ciro foi lançado. O atacante girou rápido e bateu no cantinho do goleiro timbu, que espalmou. Na frente de Leandrão, que apareceu como herói, empurrando a bola para as redes. Chutou para entrar na história.
Valentia – Para isso, seria necessário suportar a pressão no segundo tempo. Experiente e mostrando o raro faro de títulos, o técnico Givanildo Oliveira armou um sistema defensivo eficiente. O volante Tobi, improvisado na zaga, ganhou quase todos os lances. Atuação de campeão. Paralelamente a isso, o nervosismo tomava conta da torcida. E dos próprios jogadores leoninos, esgotados fisicamente. Cãibras, lesões, cansaço. Um a um, eles foram saindo. Saíram Isael, André Luiz e até o atacante Ciro, um guerreiro em campo.
No fim, o zagueiro César, que substituiu Ciro, perdeu uma chance inacreditável. Impossível não pensar naquele momento: “Vai fazer falta…”. Não fez. Mesmo com as expulsões (merecidas) dos volantes Daniel Paulista e Zé Antônio, a vitória foi assegurada. Na raça. Uma vitória com a cara rubro-negra. Com a cara de um legítimo pentacampeão. O Recife amanhece com o rugido do Leão. Mais uma vez.
Os 32.000 bilhetes colocados à venda para a final do Pernambucano, na Ilha do Retiro, já foram vendidos. No estádio, serão 25.600 rubro-negros e 6.400 alvirrubros.
E fora da casa leonina? Difícil mensurar. Provavelmente, milhões.
A grande maioria espalhada na Região Metropolitana do Recife. Colada na TV, que vai passar o jogão ao vivo, ou mesmo no velho e bom radinho de pilha. No interior, o sinal chegará em boa parte dos municípios. Basta não sintonizar na parabólica…
Fora de Pernambuco, porém, a coisa muda. Aí, com a ajuda inestimável da internet.
Já existem as opções tradicionais, como lance a lance (texto) e webradio, com alguns segundos de delay, mas fiel à partida. Mas e para assistir de fato a final centenária?
O site mandrake retransmite boa parte dos canais de televisão do mundo. A grande maioria sem autorização. Por isso, é comum a transmissão do evento parar no meio e aparecer a mensagem “o canal foi retirado do ar por motivo de direito autoral”. Paciência.
Ainda assim, alguns abnegados continuam a campanha (já que é preciso que alguém retransmita o canal, ligando o computador na televisão), pois a web-tv infelizmente ainda não é uma realidade.
E acabam ajudando torcedores em outros estados e até mesmo do exterior. A audiência das semifinais, com direito à chat, chegou a mais de 1.000 pessoas conectadas!
Nesta noite não será diferente. Somente em Brasília existem 2 grupos rivais (no campo) que vão utilizar tal artifício: Confraria Timbu Corado e Leões do Cerrado.
Para achar o canal…? Aí, só fazendo uma busca dentro do site Justin.Tv. Difícil? Talvez.
Jornais, rádios e TVs já pensavam em ampliar as suas coberturas nesta terça-feira. Último treino para rubro-negros e alvirrubros.
Véspera da decisão mais imprevisível de Pernambuco nos últimos anos.
Mas não será possível. 😯
O (quase) sempre pragmático Givanildo mudou o script. Nada de campo auxiliar ou Ilha. O treino do Sport será no isolado Centro de Treinamento de Paratibe, com clima de interior.
Tática que já vinha sendo adotada pelo alvirrubro Gallo. Mas que falhou na sexta-feira, já que o treinamento ocorreu nos Aflitos. Os jornalistas, então, acabaram subindo nos prédios vizinhos (o mesmo ocorreria no Sport).
Para não correr risco, o técnico do Náutico agendou o seu derradeiro trabalho tático para o cada vez mais organizado CT da Guabiraba.
Ambos serão à tarde. A imprensa só terá acesso às 17h, no fim, quando não tiver muito o que mostrar. As entrevistas serão mastigadas, repletas de mistério. No máximo, declarações de confiança. Plano tático? Esqueça.
Por isso, o blog entra na “investigação” das escalações para a decisão do Estadual.
Rubro-negro: Ricardinho e André Luiz entram mesmo nas vagas dos suspensos meia Eduardo Ramos e ala-esquerdo Dutra, respectivamente? Nenhuma surpresa?
Alvirrubro: o jovem Eduardo Eré substituirá Derley no lado direito? Zé Carlos, expulso, terá a sua lateral esquerda ocupada por Tinga, reforçando a marcação?
Pela primeira vez, a decisão do Pernambucano será acompanhada ao vivo pelo microblog que mais cresce na internet. E de maneira oficial, tanto pelo Sport quanto pelo Náutico.
Além de informações com links para os sites oficiais, as contas dos rivais centenários vêm convocando as respectivas torcidas para o jogão da Ilha do Retiro, na noite desta quarta-feira.
No caso dos rubro-negros, há uma promoção para adquirir ingressos. No lado alvirrubro, uma força para a campanha Vermelho de luta, que vem embalando a torcida.
Como a ferramenta é relativamente “nova” para os brasileiros, os dois clubes ainda estão elaborando um estilo. O do Sport é, curiosamente, mais cômico, com o uso até de emoticons (\o/ simboliza um torcedor vibrando). O do Náutico é mais sério.
Abaixo, os links com os dados atualizados das contas adversárias até a publicação deste post (não é preciso fazer login para acessá-los).
Leão = @sportrecifepe. Cadastrado em 19/01/2010. Conta com 3.171 seguidores e já enviou 1.576 mensagens. Principal jogador no Twitter: Ciro (@c11ro).
Timbu = @nauticope. Cadastrado em 29/05/2009. Conta com 846 seguidores e já enviou 896 mensagens. Principal jogador no Twitter: Carlinhos Bala (@bala3812).
Por enquanto, ainda não houve qualquer contato entre os perfis dos clubes no Twitter. O Clássico dos Clássicos virtual, mas acessível até em um celular…
Com um time muito rápido, 3 atacantes e um endiabrado Carlinhos Bala um pouco mais atrás, mas completando o quarteto ofensivo, o Náutico fez uma excelente partida neste domingo.
Até os 10 minutos do 2º tempo, a atuação alvirrubra era irretocável. Diante do rival centenário, o Timbu acabara de marcar pela terceira vez. Gols de Rodrigo Dantas, Bruno Meneghel e Bala, que era mesmo coroado ali como Rei de Pernambuco. Gols em jogadas rápidas, com troca de passes, deixando a zaga rubro-negra comendo poeira.
Uma vantagem para aniquilar o adversário. Abrir 3 x 0 numa decisão com direito ao gol qualificado fora de casa no regulamento era o sonho da torcida do Náutico, que fez a sua parte com a campanha Vermelho de luta nos Aflitos.
Enquanto isso, um Sport confuso no ataque e nada eficiente na defesa. Um sistema tático travado. No fim do 1º tempo, o time ainda perdeu o meia Eduardo Ramos de maneira infantil. No mesmo lance, Zé Carlos também tomou o vermelho. Na balança, pesou mais para Ilha, que não terá o seu articulador na segunda partida.
Com a vitória por 3 x 0, o Timbu seguiu criando. Jogando bem. Podia ter feito mais! Se tivesse feito 4 ou 5 gols não seria exagero. Magrão ainda salvou o Leão 2 vezes.
Lá na frente, com faltas esporádicas, a reviravolta da final que já estava 99% decidida. Em duas cobranças de falta ruins, o Sport marcou 2 gols. Primeiro com Zé Antônio e depois com Tobi. Aos 21 e aos 26 minutos. Cinco minutos eternos.
No fim do jogaço deste domingo ainda houve pressão dos dois lados. Tensão dois 2 lados. E mais suspensões dos dois lados. O alvirrubro Derley e o rubro-negro Dutra receberam o terceiro amarelo e estão fora. Mais dois destaques fora…
Náutico 3 x 2 Sport. Cinco gols numa decisão. Placar suficiente para transformar a finalíssima na Ilha do Retiro, na próxima quarta-feira, no jogo mais imprevisível dos últimos tempos em Pernambuco.
O Alvirrubro e a importante vantagem do empate. Ainda mais em um jogo tão parelho. O Rubro-negro podendo fazer 1 x 0 ou 2 x 1 para reverter algo que era quase irreversível.
Eram 16 anos sem um Clássico dos Clássicos na final.
10h30 – Praia, piscina? Feijoada na casa do tio? Tanto faz.
13h30 – A primeira “lembrança” de que haverá clássico.
14h – Contato com os amigos, para articular a ida ao jogo. Camisa do clube separada, ingresso na mão (melhor comprar antes…), chave do carro (ou o cartão VEM) etc.
15h/16h – Um dia todos os caminhos levaram até Roma. Na tarde deste domingo, no Recife, os caminhos levarão até o estádio dos Aflitos. Ou então para os bares da cidade, com telas de LCD de 40 polegadas. Ou quem sabe ainda para a casa de parentes e vizinhos. Há quem queira torcer sozinho, com as suas figas. O Clássico dos Clássicos vai passar ao vivo na TV…
15h50 – Saberemos, finalmente, as escalações de Sport e Náutico. Leandrão ou Ricardinho (3-5-2 ou 3-6-1)? O volante Nílson no lugar do meia Dinda, com marcação individual em Eduardo Ramos? A conferir.
Uma certeza: 11 x 11, devidamente escalados e numerados.
16h – Salvo alguma exceção, o árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique (da Fifa) irá autorizar o início do jogão. Da primeira final.
16h47 – Final do primeiro tempo (já com os descontos). Festa de um lado. Silêncio do outro. Qual lado festeja? Não importa. As gozações já estão 50% garantidas.
18h – Seguindo a mesma regra da exceção, a partida acaba. Para evitar confusão, a Polícia Militar irá liberar primeiro a torcida derrotada.
18h15 – Buzinaço na cidade. Título estadual encaminhado? A vitória que importa.
(Mas se o clássico for empate? Se isso acontecer, marque um horário na sua agenda na próxima quarta-feira, na Ilha do Retiro)