O secreto Ricardo Xavier em três atos

Site do São Caetano

Ricardo Xavier mostrou mais uma vez o bom futebol.

Foram 9 gols no Pernambucano, ajudando o Náutico a terminar a fase de classificação em primeiro lugar. Chegou a ser cogitado como o craque da competição.

Acabou se machucando e deixou o clube.

Acertou com o São Caetano, longe da pressão da torcida.

Pronto para um recomeço, vinha brigando pela titularidade do time do ABC Paulista.

Na noite desta terça-feira, encarnou as atuações de sua passagem em Rosa e Silva.

Marcou uma, duas, três vezes. Hat-trick.

Poder de fogo suficiente para aniquilar o Salgueiro por 3 x 1, em uma briga direta contra o rebaixamento. O jogo chegou a estar empatado em 1 x 1, quando Tamandaré desperdiçou uma penalidade para os sertanejos.

Sinal de que nem a sorte vem ajudando… Já com o terceiro técnico, Barbieri.

Depois, do outro lado, o próprio Ricardo Xavier também cobrou uma penalidade.

Melhor tecnicamente, o centroavante não vacilou diante do Carcará. Se antes ele não estava nem mesmo na página do Azulão na web, agora já deve ser o destaque.

Uma mensagem para o novo presidente

Sede da Federação Pernambucana de Futebol. Foto: FPF/divulgação

Um novo capítulo começa a ser escrito, ainda sob o olhar incrédulo do torcedor…

Em uma solenidade fechada na tradicional sede da FPF, no bairro da Boa Vista, o advogado Evandro Barros Carvalho vai tomar posse nesta quinta-feira, de forma oficial, como o novo presidente da entidade que comanda o futebol pernambucano.

Ele ficará no poder de 1º de setembro de 2011 até 31 de dezembro de 2015.

São mais de quatro anos de gestão pela frente, em uma organização de 93 filiados e R$ 2,8 milhões de patrimônio líquido, registrando lucro nos últimos anos.

Evandro será o 31º mandatário da federação, cuja história começou em 16 de junho de 1915, ainda com o nome Liga Sportiva Pernambucana.

Até então primeiro vice-presidente executivo, ele chega à principal cadeira do futebol local – profissional, amador e feminino – com uma enorme responsabilidade, entre elas a de substituir Carlos Alberto Oliveira, cuja liderança era geral entre os clubes e ligas.

Então, este post é um espaço aberto para o torcedor… Portanto, participe. Opine!

O que você espera do novo presidente da FPF? Qual deve ser a principal atitude?

Qual mudança deve ser feita na estrutura do futebol pernambucano?

O que você que acha pode ser mantido em relação à gestão anterior?

A costura da primeira homenagem

Estátua de Rocky, na Philadelphia.

Durante a entrega do Troféu Lance Final, destinado aos melhores jogadores do Campeonato Pernambucano deste ano, em 16 de maio, Carlos Alberto Oliveira subiu no palco para revelar o nome oficial do troféu do Estadual de 2012.

“Como forma de agradecimento a essa empresa amiga, correta, leal do futebol pernambucano, quero anunciar que o nome do troféu do próximo campeonato será Troféu Globo Nordeste.”

Agora, a cúpula da FPF estuda modificar a denominação da taça de campeão da próxima competição para “Troféu Carlos Alberto Oliveira”.

Ainda abatido, o secretário-geral da FPF, João Caixero, que também era amigo pessoal do dirigente, afirmou ao blog que a ideia já está sendo considerada.

“Carlos Alberto deu esse compromisso, divulgando o nome do troféu, mas a ausência dele nos move ao interesse de fazer uma homenagem. Vamos rever com a diretoria da FPF quando a vontade dele será cumprida (2012 ou 2013). Com a concordância da Globo, faríamos uma importante homenagem póstuma no próximo ano.”

Desde a notícia sobre o falecimento do mandatário, alguns torcedores chegaram a sugerir o nome de Carlos Alberto para a futura Arena Pernambuco. Por questões contratuais com o consórcio, porém, isso é basicamente impossível.

Mas tal homenagem já foi feita, em escala menor. Em Surubim, o campo local com capacidade para 4 mil pessoas chama-se Estádio Municipal Carlos Alberto Oliveira.

Até 1999, o nome era “Roberto Rivelino”, mas, após uma ajuda da FPF na ampliação da arquibancada, a nova denominação acabou sendo aprovada pela população.

Dez clubes em 2014, a meta possível

Camisa

Um novo presidente. Uma nova gestão.

Uma nova forma de enxergar o futebol pernambucano.

A princípio, nem melhor nem pior, mas diferente, podendo gerar, de cara, uma mudança importante em um futuro breve.

Em entrevista nesta segunda-feira, Evandro Carvalho revelou ao Diario ser favorável ao Estadual com dez clubes, algo que Carlos Alberto Oliveira sempre rechaçou.

Mais. O novo presidente da FPF afirmou que em 2008, quando o torneio foi inchado com mais dois clubes, estava viajando a trabalho, numa ação do seu escritório de advocacia.

Ou seja: não participou do processo que modificou a composição do Estadual.

Agora, aguarda a chegada do relatório sobre o Campeonato Pernambucano de 2011, encomendado por Carlos Alberto Oliveira há alguns meses.

O documento trata, inclusive, sobre a mudança do número de clubes, relacionando o tema com o custo-benefício. Um campeonato mais enxuto a caminho?

Para 2012, após dois anos com a mesma fórmula, o regulamento da competição já poderia ser modificado, seguindo as normas do Estatuto do Torcedor.

Porém, para evitar atrito com os clubes do interior, a medida sequer foi cogitada.

No entanto, em 2013 o campeonato poderá ter, sim, quatro clubes rebaixados e apenas dois times promovidos da Série A2, totalizando 10 participantes na edição de 2014.

Títulos fatiados por mandatos

Pizza

Os torcedores costumam associar o sucesso (ou fracasso) do seu clube com o “time” do presidente da respectiva federação estadual de futebol.

É bom informar que o novo presidente da FPF, Evandro Carvalho, é torcedor do Sport.

Vamos, então, a um balanço do passado da entidade.

As três gestões mais longas da história da Federação Pernambucana de Futebol pertencem a Rubem Moreira (1955/1982), Carlos Alberto Oliveira (1995/2011) e Fred Oliveira (1985/1994), respectivamente.

Considerando apenas os períodos, eis uma lista de campeões pernambucanos nesses mandatos, abaixo. Vale lembrar que Rubem Moreira era torcedor do Santa Cruz, enquanto os irmãos Oliveira eram Náutico (Fred) e Sport (Carlos Alberto).

Ao todo, foram 30 presidentes. O último título estadual fora do Trio de Ferro teve Alfredo Jorge da Silva Ramos como mandatário da FPF, em 1944, com o América.

Entre parênteses, a porcentagem de títulos em relação à gestão.

Sport
SportRubem Moreira – 10 (35,7%)
Carlos Alberto Oliveira – 11 (64,8%)
Fred Oliveira – 4 (40%)

Santa Cruz
Santa CruzRubem Moreira – 10 (35,7%)
Carlos Alberto Oliveira – 3 (17,6%)
Fred Oliveira – 4 (40%)

Náutico
NáuticoRubem Moreira – 8 (28,6%)
Carlos Alberto Oliveira – 3 (17,6%)
Fred Oliveira – 2 (20%)

O novo presidente da FPF

Evandro Carvalho, novo presidente da FPF. Foto: Celso Ishigami

Começa uma nova gestão, ainda nebulosa.

Com uma estrutura complexa, dotada de três vice-presidências executivas, secretário-geral e núcleo de futebol profissional, quem seria, de fato e de direito, o sucessor de Carlos Alberto Oliveira à frente da Federação Pernambucana de Futebol?

De acordo com o estatuto da entidade, a vaga pertence ao advogado Evandro Barros Carvalho, primeiro vice-presidente executivo da FPF.

Assume de forma imediata o comando de 93 filiados, entre clubes e ligas municipais.

Durante todo o tempo à frente da FPF, Carlos Alberto Oliveira sempre evitou falara sobre o possível sucessor. Aos poucos, começava a pensar um nome para 2015.

Infelizmente, não houve tempo para isso.

Evandro Carvalho assume o cargo até 2015, com longos quatro anos de gestão.

O dirigente, um ex-delegado de 54 anos e torcedor do Sport, diz que só vai falar sobre as suas futuras diretrizes nesta quarta-feira, após o sepultamento de Carlos Alberto.

Certamente, vai pensar bastante. Até mesmo se irá topar tamanha responsabilidade.

De qualquer forma, eis o novo homem-forte do futebol do estado.

O fim da segunda era do futebol pernambucano

Carlos Alberto Oliveira. Foto: Jaqueline Maia/Diario de Pernambuco

Ele foi empossado presidente aos 52 anos, no distante ano de 1995, no lugar do irmão.

Só deixaria a cadeira em dezembro de 2015, duas décadas depois, aos 73 anos.

A foto de Jaqueline Maia deixa claro todo o tempo à frente da Federação Pernambucana de Futebol, com um dirigente já consumido pelo cansaço de cinco mandatos, pelas inúmeras brigas, confusões e estilo de confronto, em prol do estado, sob sua ótica.

Bateu de frente até mesmo com a CBF, durante boa parte de sua gestão, até retomar a amizade com Ricardo Teixeira em 2009.

Na manhã desta segunda-feira, aos 69 anos, bem antes de seu desejo de comandar o futebol pernambucano no centenário da FPF, em 2015, Carlos Alberto Oliveira faleceu.

Vítima de um infarto fulminante.

Chega ao fim a segunda maior era de um dirigente na presidência da federação, com 16 anos, abaixo apenas de Rubem Moreira, com intermináveis 27 anos, entre 1955 e 1982.

Com Carlos Alberto, Pernambuco viveu, indiscutivelmente, altos e baixos.

Do Estadual com estádios cada vez mais vazios nos anos 90 ao Pernambucano recordista de público, mas dependente de subsídios do governo do estado.

Do torneio radicado apenas no Grande Recife a uma competição que desbravou todo o interior, chegando até o Sertão do São Francisco.

Uma história com regulamentos feitos sob medida para tentar nivelar velhos rivais nos campeonatos (apesar do abismo entre eles), passando por cima de critérios técnicos.

De inchaços em competições que asfixiaram o calendário futebolístico de Pernambuco.

De torneios transmitidos apenas pelo rádio, sem receita alguma para os clubes, à geração da TV ao vivo, incluindo pacotes modernos como o pay-per-view.

Transformou a FPF em uma entidade rica, com patrimônio de R$ 2,8 milhões, valor suficiente para bancar torneios de várias categorias, como infantil, juvenil, Copa do Interior, amador e feminino. Por outro lado, viu ao mesmo tempo a gangorra dos clubes profissionais nas divisões nacionais, saindo da Série A e pisando até na D.

Foram 14 anos sem jogos da Seleção no Recife por causa de discussões de ego. No meio disso, a vitória do estado como subsede do Mundial de 2014. Apoiou o projeto.

Enfim, altos e baixos. Ditadura para uns, gestão firme para outros.

Polêmicas e divergências de opinião à parte, o futebol pernambucano está de luto.

Limite da rivalidade recifense

Diplomacia: Rabin, Clinton e Arafat

Ultimamente, os três grandes clubes pernambucanos têm protagonizado cenas curiosas, relacionadas à rivalidade. É time treinando no centro de treinamento do rival, de graça, outro cedendo o estádio, o terceiro liberando jogador sem custo algum… Mas o que o torcedor acha disso tudo? Participe da nova enquete do blog.

Vale lembrar que nos anos 1950/1960 (na Ilha) e 1970/1980 (no Arruda), era comum ver os três times jogando no mesmo local, assim como o empréstimo de atletas apenas para torneios nacionais. Já o CT é algo mais moderno mesmo…

Analise a diplomacia do seu clube.

Qual é a sua opinião sobre a relação com clubes rivais envolvendo transação de jogador a custo zero e empréstimo de centro de treinamento e estádio?

  • Sport - contra (37%, 230 Votes)
  • Sport - a favor (19%, 117 Votes)
  • Náutico - a favor (14%, 90 Votes)
  • Santa Cruz - a favor (13%, 84 Votes)
  • Náutico - contra (9%, 58 Votes)
  • Santa Cruz - contra (7%, 45 Votes)

Total Voters: 623

Carregando ... Carregando ...

Sem multidão, sem futebol e só com um ponto

Série D 2011: Santa Cruz/RN x Santa Cruz/PE. Foto: Alessandro Assunção/ON/D.A Press

João Pessoa mais uma vez na rota dos recifenses corais.

Em vez de 16 mil torcedores, tomando conta do estádio Almeidão, um público mais modesto atravessou a BR-101, com 4.129 pessoas.

Ainda assim, foi uma assistência razoável no estado vizinho.

Os 12 mil torcedores a menos em relação à estreia na Série D são proporcionais ao futebol apresentado neste domingo, diante do xará do Rio Grande do Norte.

Partida fraquíssima, digna da Série D em seu contexto absoluto.

Os tricolores do Arruda podem até apontar o gramado como vilão, mas o time esteve preso em campo, sem criatividade alguma.

E olhe que os comandados de Zé Teodoro jogaram mais de 30 minutos com um a mais.

O empate em 0 x 0 entre as duas versões do Santa Cruz deixou o grupo 3 da 4ª divisão ainda mais embolado, uma vez que o Porto surpreendeu e venceu o líder Alecrim.

Faltam três partidas, duas delas no Arruda, certamente lotado.

A 1ª fase parecia fácil para o atual campeão pernambucano, mas o desempenho até aqui serve de alerta para um torneio cuja vaga está longe de ser “garantida”.

A Cobral Coral deverá avançar, mas é preciso uma multidão, bom futebol e três pontos.

Série D 2011: Santa Cruz/RN x Santa Cruz/PE. Foto: Alessandro Assunção/ON/D.A Press