Todos com a Nota, nem todos no TCN e R$ 7 milhões no caixa

Todos com a Nota

Como acontece desde 1998, o governo do estado vai subsidiar parte dos ingressos dos clubes pernambucanos no Campeonato Brasileiro.

Abaixo, os valores acordados para a campanha Todos com a Nota visando o Nacional de 2012, em todas as suas divisões. No entanto, segue uma pendência…

O Santa Cruz não aceitou o valor do bilhete abaixo dos dois rivais na elite (veja aqui).

Os valores devem ser diferentes de acordo com a divisão? Comente.

Ao todo, o governo estadual poderá gastar até R$ 7.024.000 apenas no Brasileiro…

Série A – Valor pago pelo governo por bilhete: R$ 13

Sport e Náutico
Ingressos do TCN: 8 mil (cada)
Renda por jogo: R$ 104 mil
Total nas 19 partidas: R$ 1,976 milhão

Série C – Valor pago pelo governo por bilhete: R$ 8

Santa Cruz
Ingressos do TCN: 20 mil
Renda por jogo: R$ 160 mil
Total: R$ 1,44 milhão (1ª fase, 9 partidas) ou R$ 1,92 milhão (até a final, 12)

Salgueiro
Ingressos do TCN: 8 mil
Renda por jogo: R$ 64 mil
Total: R$ 576 mil (1ª fase, 9 partidas) ou R$ 768 mil (até a final, 12)

Série D – Valor pago pelo governo por bilhete: R$ 6

Ypiranga e Petrolina
Ingressos do TCN: 4 mil (cada)
Renda por jogo: R$ 24 mil
Total: R$ 96 mil (1ª fase, 4 partidas) ou R$ 192 mil (até a final, 8 )

Bastidores da contratação de Zé Teodoro

Pernambucano 2012, final: Sport 2 x 3 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Comandante coral nas duas conquistas estaduais, o técnico Zé Teodoro por muito pouco não foi contratado pelo Santa Cruz.

Em entrevista ao Superesportes, o presidente Antônio Luiz Neto revelou os bastidores daquela negociação, que mudaria para sempre a história do clube.

No início da atual gestão no Arruda, oito nomes foram estudados para a função técnica. No Dia D, todas as sugestões foram avaliadas em uma longa reunião.

Nome por nome, com os trabalhos realizados, perfil, metas estipuladas etc.

Entre eles, estava o de Zé Teodoro.

Pois justamante na apresentação de Zé, com a maioria da diretoria tricolor rechaçando a opção a princípio, o mandatário acabou disperso, numa conversa paralela.

“Avaliamos todos os nomes, mas me descuidei no nome de Zé. Quando voltei a atenção para a mesa, com quase todos contrários ao nome, o de Zé já tinha passado”.

Em casa, Antônio Luiz Neto refletiu. Ponderou sobre Zé Teodoro, campeão estadual com o Alvirrubro em 2004, no Arruda, logo contra o Santinha.

Pois o dirigente acabou ligando no dia seguinte para Sandro Barbosa, hoje assistente-técnico, mas então na função de gerente.

“Pedi para Sandro falar mais sobre aquele nome. Sandro o indicou e aceitei a opção.”

Faltava, no entanto, conversar com o próprio Zé Teodoro, numa ligação interurbana Recife-Goiânia. Foi uma conversa franca, sobre sobre valores e objetivos.

“Coloquei logo para o técnico que seria preciso utilizar a nossa base, que vinha com bons nomes, e que ele buscasse atletas que quisessem crescer, mesmo na Série D. Não era fácil. Zé Teodoro perguntou o valor da folha do elenco e eu disse que não passaria de R$ 140 mil, pois o clube estava sem dinheiro. Ainda está, na verdade”.

O conversa continuou, até que chegou a proposta salarial para o próprio técnico.

“Não adiantava nem negociar. Ofereci a Zé o valor máximo que poderíamos pagar, que era R$ 25 mil. Ele escutou atentamente e devolveu: ‘abra seu coração, presidente.'”

Nessa última parte, o presidente não conteve a gargalhada ao relembrar o papo.

“Só disse uma coisa: ‘Zé, meu coração já está todo aberto'”.

O valor não subiu, mas Zé Teodoro topou o desafio. Ganhou o Estadual. Dois, por sinal.

Pernambucano 2011, final: Santa Cruz 0x1 Sport. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

O surpreendente custo-benefício de DM9

Pernambucano 2012, final: Sport 2x3 Santa Cruz. Foto: Paulo Paiva/ Diario de Pernambucano

Dênis Marques ficou 600 dias sem jogar futebol.

Na prática, havia abandonado o esporte. Desestimulado.

Nesta temporada, houve o convite do Santa Cruz, que topou fazer uma aposta no atacante, que havia brilhado pela última vez há cinco anos.

O condicionamento físico do jogador partiu do zero. Tanto que a sua estreia acabou ocorrendo apenas na 8ª rodada do campeonato estadual.

Acabou como campeão, como artilheiro isolado. Marcou 15 gols em 16 jogos. No post, o gol do título e o primeiro gol com a camisa coral.

Na Copa do Brasil, ele balançou a rede uma vez em duas partidas. Portanto, nos quatro primeiros meses do ano, 16 gols em 18 jogos, com a ótima média de 0,88.

Como veio de forma condicionada para o Recife, o seu salário foi baixo em relação ao padrão do futebol de alto nível no país. No contra-cheque, R$ 15 mil.

Será que algum torcedor coral (ou adversário) imaginava um custo benefício desse?

Ganhou R$ 60 mil e marcou 16 gols. Cada tento do jogador “custou” 3.750 reais.

Naturalmente, a conta aumentará a partir de agora. Propostas surgiram, dentro e fora do estado, algo comum no mercado. Cabe ao Tricolor o esforço para manter o seu centroavante rumo à caminhada na Série C, o principal objetivo do ano.

Um amistoso festivo pelo título, no dia 20 de maio, no Arruda, é o primeiro passo da campanha “Fica DM9”, com o objetivo de angariar recursos.

Os corais querem valorizar o novo ídolo. E esse já é um passo importante…

Pernambucano 2012: Santa Cruz 3 x 1 Porto. Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco

A futura fonte de receita na web está nas redes sociais

Facebook do Sport, 100 mil pessoas

Há exatamente um ano, o blog fez um levantamento sobre os sites oficiais dos três grandes clubes do Recife. Chegou a hora de atualizar os dados, até mesmo porque todos os rivais lançaram novas versões (layouts) das respectivas páginas na web.

Além disso, o post também vai mensurar o aumento do trio nas principais redes sociais, pois trata-se de um dos principais canais de comunicação clube/torcedor na atualidade.

Tanto no Facebook (46 milhões) quanto no Twitter (33 milhões), o Brasil está em segundo lugar no planeta no número de usuários, atrás apenas dos Estados Unidos…

O Sport chegou nesta terça à expressiva marca de 100.000 pessoas no Facebook, um número 17 vezes maior que há uma temporada. Hoje, há uma equipe profissional só para isso. Alvirrubros e tricolores garantem que o Facebook é o novo passo a partir de agora.

No Brasil, os dois clubes mais populares na rede de Mark Zuckerberg são Flamengo e Corinthians, numa disputa apertadíssima: 2.239.865 x 2.231.538. No mundo, o Barcelona é o líder, com 28,8 milhões. Depois vem o rival Real Madrid, com 26,2 milhões.

Voltando ao canal tradicional, o site oficial, vale registrar a mudança na página coral, com a perda do status “oficial” do Coralnet, de 2011, para o domínio santacruzfc-pe.

Abaixo, os dados de maio de 2012 e de maio de 2011, entre parênteses. O número de pageviews deste ano ainda não foi divulgado pelos clubes.

www.sportrecife.com.br
Acessos/mês: 520 mil pageviews (1,4 milhão)
Layout: 2011 e 2012
Noticias/mês: 162 (130)
Twitter (@sportrecife): 96.651 seguidores (25.987)
Equipe: 5 funcionários
Facebook (sportclubedorecife): 100.000 torcedores (5.699)

www.santacruzfc-pe.com.br
Acessos/mês: (3 milhões de pageviews)
Layout: 2011 e 2012
Noticias/mês: 102 (145)
Twitter (@scfc_oficial): 9.755 seguidores (2.803)
Equipe: 5 funcionários
Facebook (scfcoficial): 5.190 torcedores (2.347)

www.nautico-pe.com.br
Acessos/mês: 192 mil pageviews (240.000)
Layout: 2011 e 2012
Notícias/mês: 77 (66)
Twitter (@nauticope): 11.943 seguidores (5.956)
Equipe: 2 funcionários
Facebook (nauticope): 12.990 torcedores (2.566)

Layout dos sites em 2012:

Sites oficiais de Santa Cruz, Náutico e Sport em maio de 2012

Layout dos sites em 2011:

Sites oficiais de Santa Cruz, Náutico e Sport em maio de 2011

Milhões de preocupações nas dívidas dos clubes do Recife

Liseu...

Houve um tempo em que os clubes do Recife eram superavitários, acredite. Gestões sem tanto zelo fiscal acabaram mudando o cenário, de forma quase irreversível

Em outubro de 2009, por exemplo, as dívidas dos três grandes times do estado chegavam a R$ 210 milhões. Um assombro. A maior era a do Sport, de 120 milhões. Depois, Santa (R$ 60 mi) e Náutico (R$ 30 mi). Três anos depois, alvirrubros e tricolores aumentaram os seus débitos. Enquanto isso, a planilha rubro-negra não vem a público.

A diretoria coral acaba de apresentar o seu balanço de 2011 ao Conselho Deliberativo. Na prestação de contas, a dívida é de R$ 69.775.334, considerando o passivo circulante e o passivo não circulante, com dívidas de curto, médio e longo prazo (veja aqui).

As dívidas trabalhistas do Arruda, um problema crônico nos times, estão em 23,8 milhões, um pouco menor que há três anos, quando era de 25 milhões de reais.

O Náutico também apresentou recentemente o seu balanço com a movimentação do ano passado. No caso timbu, um déficit de R$ 62.442.207, o dobro do que se dizia há três anos. Mas que caiu dois milhões em relação a 2010. Já as reclamações no Tribunal Regional do Trabalho seguem no mesmo patamar, em R$ 17,7 milhões (veja aqui).

Mesmo na Série D, a receita bruta dos corais superou o faturamento timbu, que disputou a Série B: R$ 20.506.056 x R$ 19.236.142. Resultado direto das rendas milionárias em jogos contra São Paulo, Sport, Treze e Tupi ao longo do ano.

Voltando a falar sobre “dívidas”, resta esperar pelo balanço leonino de 2011 para avaliar de vez o rombo nas finanças das maiores agremiações do estado. Se eram 210 milhões de preocupações há três temporadas, imagine agora…

Levando em conta que o passivo agregado de Náutico e Santa é de R$ 132.217.541, então para que a dívida do trio não esteja maior, o Leão teria que ter reduzido o seu débito em 42 milhões de reais, o que obviamente não aconteceu.

Os rivais já abriram o jogo. Então, qual é o segredo da dívida do Sport? A conferir.

Os seis times pernambucanos no Brasileirão de 2012

Campeonato Brasileiro de futebol

Definidos os seis clubes pernambucanos nas quatro divisões do Campeonato Brasileiro de 2012. O estado terá um representante a mais em relação ao ano passado.

Com uma rodada de antecedência no campeonato estadual, Petrolina e Ypiranga conquistaram as vagas na 4ª divisão nacional.

Ambos já participaram do Brasileiro, mas quando a Série C era o último degrau.

O time de Santa Cruz do Capibaribe jogou em 1995 e 2006. O time do Sertão do São Francisco participou uma vez, em 2008. Nenhum deles passou da primeira fase.

Para que Pernambuco tenha mais uma vaga na próxima temporada é preciso que um dos representantes – Fera Sertaneja ou Máquina de Costura – conquiste o acesso.

Qual é a sua expectativa sobre a participação do futebol pernambucano no Brasileirão?

Série A – Náutico e Sport

Série C – Salgueiro e Santa Cruz

Série D – Petrolina e Ypiranga

Apenas em duas oportunidades Pernambuco teve quatro times na Série A, o recorde do estado. Foi em 1979 e 1986, com Náutico, Santa Cruz, Sport e Central.

A última vez em que o estado teve pelo menos três clubes na elite foi em 1993…

Máquina de Costura com a ajuda dos amigos

Amigos do Ypiranga

Perto de voltar a disputar o Campeonato Brasileiro, o Ypiranga tem, reconhecidamente, uma das torcidas mais presentes no interior do estado. E bem participativa…

Além dos alviazulinos no Limeirão, a Máquina de Costura conta com um grupo de abnegados. Alguns amigos fanáticos pelo clube criaram a confraria Amigos do Ypiranga.

A cooperativa foi fundada em Santa Cruz do Capibaribe em 28 de novembro de 2009. No início, eram dez pessoas. Atualmente, cerca de cem pessoas estão cadastradas.

A primeira meta foi arrecadar fundos para a pintura da arquibancada. Outros atos, como a compra de bolas e reparo no gramado, já foram bancados com verba da confraria.

A última dessas ações foi a doação de duas máquinas para o departamento médico do clube, uma de ultra-som e outra de ondas curtas.

Uma ajuda importante para a preparação do Ypiranga, que visa a Série D (veja aqui).

Até hoje, o clube agrestino esteve em duas edições da Série C, em 1995 e 2006, na época em que o torneio era a última divisão nacional. Nunca passou da primeira fase.

Com esse apoio, não só o Ypiranga como outros clubes do interior podem sonhar mais.

Integrantes da cooperativa Amigos do Ypiranga durante uma doação ao clube. Foto: Ypiranga/divulgação

Tabela detalhada da Série C, com o Santa na TV

A CBF divulgou a tabela completa, com datas e horários, da Terceirona de 2012.

Até o momento, apenas 9 dos 180 jogos da primeira fase foram inseridos na grade da televisão, todos no Sportv. A novidade será o horário nas noites de sexta-feira.

Assim como ocorreu na Série A, as emissoras de TV só divulgaram a grade de transmissão do primeiro turno. Será um jogo por rodada.

Com três partidas, o Tricolor foi o clube mais visado pelo canal esportivo por assinatura. O Salgueiro não foi contemplado. Apresentações corais na TV:

Santa Cruz x Paysandu, 15/06, sexta-feira, 19h.
Fortaleza x Santa Cruz, 07/07, sábado, 16h.
Santa Cruz x Águia de Marabá, 21/07, sábado, 16h.

Confira o regulamento do Campeonato Brasileiro da Série C de 2012 clicando aqui.

Registro da CBF sobre os times mais tradicionais, pela ordem:

Em 2012, a Série C contará com a participação de clubes tradicionais como Santa Cruz, Fortaleza, Paysandu, Vila Nova, Caxias, Brasiliense, Oeste e Santo André.

Cobral Coral e Carcará em busca da Série B

A final do Estadual está marcada para o dia 13 de maio.  O tempo de preparação para a Série C será de duas semanas. Depois, 18 jogos na primeira fase.

Com um calendário mais digno na competição, Santa Cruz e Salgueiro serão os representantes pernambucanos na Terceirona, com quatro vagas à Série B de 2013.

A CBF publicou nesta segunda-feira a tabela básica do torneio, cuja fase inicial vai até 23 de setembro. Serão quatro meses de disputa. Depois, mata-mata (veja aqui).

Algoz na Série D 2010, o Guarany de Sobral visitará o Santa na estreia, no Arruda. Já o Carcará começa voando para longe, até o Acre, para enfrentar o Rio Branco.

Santa e Salgueiro estão no grupo A, ao lado de Guarany/CE, Paysandu/PA, Luverdense/MT, Fortaleza/CE, Águia/PA, Cuiabá/MT e Icasa/CE.

O “S” da questão entre TJD e STJD

Juiz

Dois casos insólitos no tribunal desportivo do estado nesta temporada.

No início do Estadual, o meia Marcelinho Paraíba teria que cumprir uma pena de quatro jogos de suspensão. Ele havia sido julgado e punido pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Pernambuco por causa da agressão ao volante Everton Sena, na decisão de 2011.

Como se sabe, o craque do Sport ficou de fora da equipe apenas na rodada de abertura. Depois, a pena foi convertida na doação de seis fardos de leite em pó.

No Clássico das Multidões seguinte, neste ano, novamente no Arruda, foi a vez do Santa Cruz ser punido, devido às pedras de gelo arremessadas por alguns torcedores na saída do rival rubro-negro, ainda no gramado.

O perda de mando de campo foi evitada no julgamento. A multa de R$ 10 mil acabou sendo considerada uma vitória jurídica dos corais.

Advogados à parte, foram dois péssimos exemplos de conduta, dentro e fora do campo. Ambos sem punições práticas e desportivas, aplicadas na própria competição.

A atuação do TJD teria como objetivo apaziguar arestas no futebol local? Equilibrar ações? Ou, quem sabe, simplesmente evitar rusgas com os grandes clubes?

Que fique bem claro que em julgamentos de escala nacional, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), dificilmente Sport e Santa conseguiriam sucesso em casos assim. Na Copa do Brasil e no Brasileirão não terá leite em pó. Nem cheque.

Em ambos os casos, os réus foram punidos. A diferença com o “S” deverá ser a punição.

E não vai adiantar o velho discurso contra tudo e contra todos