Saiba quais foram os passos refeitos pela perícia no caso do promotor Thiago Faria

Os passos refeitos na reprodução simulada realizada nessa segunda-feira seguiram as informações da ex-noiva do promotor, Mysheva Martins, e de outras testemunhas. Veja o passo a passo:

  • O primeiro ponto da reprodução simulada foi o momento em que o promotor e Mysheva deixaram a casa dela, no centro de Águas Belas, no carro dele
  • Em seguida, o carro se dirigiu à Fazenda Nova, onde o casal fez uma parada para Mysheva pegar convites do casamento, que estava prestes a acontecer
  • Após deixar a fazenda, Thiago e Mysheva voltaram à casa dela, onde Thiago parou o carro, desceu e entregou uma encomenda a algum familiar da noiva
  • Da casa da advogada, o casal foi ao escritório dela, no centro de Águas Belas. Lá, o tio de Mysheva, identificado como Adaltivo Martins, entrou no carro
Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A Press
Momento da abordagem ao carro do promotor. Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A Press
  • Após deixar Águas Belas, o carro seguiu para a PE-300, onde o veículo foi interceptado por um veículo com três homens
  • O homem que estava no banco traseiro apontou uma espingarda e fez o primeiro disparo. Thiago foi atingido no ombro e parou no acostamento
  • Depois de rodar alguns metros, o veículo com os suspeitos retornou e encostou no carro do promotor. O assassino fez mais três disparos e o trio foi embora
  • Quando o carro dos suspeitos retornava, Mysheva abriu a porta, pulou e se protegeu em uma vala. O tio desceu do carro de Thiago e fugiu pelo
  • acostamento
  • Ao ver que Thiago estava morto, Mysheva entrou em desespero e começou a gritar por socorro. Ela chorou bastante e tentou parar um carro para pedir ajuda.
  • Uma Hillux preta, onde estavam quatro pessoas, parou e um casal desceu para ajudar Mysheva. A advogada seguiu para o centro de Águas Belas

Suspeito de matar promotor não participou da reprodução simulada

O agricultor Edmacy Cruz Ubirajara, 47 anos, que chegou a passar 65 dias preso no Centro de Triagem (Cotel), no Grande Recife, como suspeito de matar o promotor, compareceu à Delegacia de Águas Belas na manhã dessa segunda-feira. Edmacy atendeu a uma intimação para se apresentar aos delegados que investigam o caso, no entanto, se negou a participar da reprodução simulada depois de ter sido informado que a encenação seria feita apenas com base no depoimento de Mysheva Martins.

Familiares de Edmacy acompanharam trabalhos junto aos policiais. Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A Press
Familiares de Edmacy acompanharam trabalhos junto aos policiais. Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A Press

“Eu não posso participar da simulação de uma coisa que não presenciei. Sou inocente desse crime e vou provar isso, como já estamos conseguindo fazer”, afirmou o agricultor, que chegou à delegacia com três advogados e mais de dez parentes. Edmacy é cunhado do fazendeiro José Maria Pedro Rozendo, que, segundo a polícia, foi o mentor do assassinato do promotor Thiago Faria. Ele está com a prisão decretada pela Justiça, mas ainda não foi localizado pela polícia.

O Disque-Denúncia oferece recompensa de R$ 10 mil por informações que levem à prisão. Na manhã de ontem, os parentes e advogados de Edmacy e José Maria acompanharam a reconstituição da abordagem ao carro do promotor. Essa cena foi a mais demorada de toda a reprodução simulada. Para que todos os detalhes fossem analisados e fotografados com precisão, o trânsito na PE-300 precisou ser interditado nos dois sentidos por mais de uma hora.

Reconstituição do crime põe em dúvida depoimento da noiva do promotor

A reconstituição do assassinato do promotor de Itaíba, Thiago Faria Soares, realizada na manhã dessa segunda-feira, mostrou que a advogada Mysheva Martins, sua noiva, não teria condições de identificar com clareza a pessoa que atirou nele. A constatação de fontes do IC contradiz o depoimento de Mysheva à polícia no qual ela afirma ter reconhecido o agricultor Edmacy Cruz Ubirajara como o autor dos disparos.

A noiva de Thiago Faria participou ontem da simulação que refez o suposto caminho dela e do promotor, começando na cidade, passando pela fazenda e chegando à estrada, onde o Corsa dos bandidos emparelhou com o Hyundai da vítima e um dos criminosos disparou usando uma espingarda calibre 12. Mysheva se abaixou no momento dos tiros (PAULO PAIVA/DP/D.A.PRESS)

O assassinato ocorreu em 14 de outubro, na rodovia PE-300, em Águas Belas, Agreste do estado. A polícia trabalha com a hipótese de que o crime tenha sido motivado por disputa pelas terras da Fazenda Nova. O depoimento de Mysheva, que foi gravado pela polícia, chegou a motivar a prisão do suspeito, solto na semana passada por falta de provas. O laudo da simulação deve ficar pronto em até 30 dias. Já o inquérito ainda não tem data para ser concluído.

Segundo a perita do Instituto de Criminalística (IC) Vanja Coelho, que coordenou a reconstituição, durante mais de três horas peritos, auxiliares, fotógrafos e policiais civis refizeram os últimos passos de Thiago, Mysheva e do tio dela, Adaltivo Martins, que estaria de carona com o casal no dia do crime. “A reprodução simulada foi bastante frutífera e todos os resultados serão anexados ao inquérito policial num prazo entre 20 e 30 dias. Analisamos os ângulos de visão e refizemos tudo que as testemunhas disseram. Durante todo o tempo, Mysheva esteve bastante emocionada”, comentou Vanja.

 (PAULO PAIVA/DP/D.A.PRESS)

Outro elemento demonstrado na reconstituição é que o casal foi até a Fazenda Nova, onde Mysheva arrendou alguns hectares de terra, antes de seguir para Itaíba. Baseada apenas no depoimento da noiva do promotor e das testemunhas oculares da cena do crime, a reprodução simulada mostrou que havia três homens dentro do Corsa que interceptou o Hyundai do promotor na PE-300. A pessoa que efetuou os disparos estava sentada no banco traseiro do veículo, que não tinha placa dianteira.

 (PAULO PAIVA/DP/D.A.PRESS)

A delegada Josineide Confessor, que preside o inquérito juntamente com o delegado Alfredo Jorge, pouco falou sobre as investigações. “A reconstituição foi para esclarecer algumas dúvidas e confrontar com os depoimentos das testemunhas. Todas as diligências feitas até agora foram bastante proveitosas, no entanto, como o caso está sob segredo de Justiça, não podemos dar maiores detalhes”, ressaltou a delegada.

Reconstituição da morte do promotor de Itaíba acontece nesta segunda-feira

Dois meses e nove dias após a morte do promotor de Justiça de Itaíba Thiago Faria Soares, 36 anos, a Polícia Civil e o Instituto de Criminalística (IC) de Pernambuco irão realizar a reprodução simulada do momento do assassinato que segue em investigação, agora pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A reconstituição que será realizada na rodovia PE-300, na manhã desta segunda-feira, no horário aproximado ao do crime, vai ser fundamental, junto com os resultados dos laudos periciais, para a conclusão do inquérito policial.

Thiago Faria foi executado dentro do próprio carro. Foto: Anônimo
Thiago Faria foi executado dentro do próprio carro. Foto: Anônimo

Quatro delegados da PC e seis profissionais do IC, entre peritos, auxiliares e fotógrafo foram escalados para o trabalho. As investigações, que correm sob segredo de justiça, estão sendo conduzidas agora pelos delegados Josineide Confessor e Alfredo Jorge. No entanto, os delegados Salustiano Albuquerque e Rômulo Holanda, que iniciaram as investigações, deverão estar presentes para auxiliar nos trabalhos. A perita criminal Vanja Coelho estará à frente dos detalhes periciais. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) está acompanhando as investigações. A única pessoa que estava presa como suspeito do crime, Edmacy Cruz Ubirajara, 47, foi solto na semana passada por falta de provas.

Thiago Faria foi morto a caminho do trabalho. Foto: Reprodução/Facebook
Promotor foi morto a caminho do trabalho ao lado da noiva. Foto: Reprodução/Facebook

Edmacy, assim como a advogada Mysheva Martins, 30, noiva do promotor assassinado, e o tio dela que estava no carro na hora do crime foram convocados a participar da reconstituição. Porém, os três têm o direito de se recusarem a fazer parte da reprodução simulada. Caso eles não queiram participar, a polícia já tem pessoas que possam substituí-los. O crime aconteceu numa manhã de segunda-feira, como a de hoje, quando a cidade recebe uma grande quantidade de pessoas por causa da feira livre que acontece em quase todas as ruas do município.

Justiça suspende entregas dos Correios em áreas com risco de assalto em SP

A 10ª Vara do Trabalho de Campinas determinou que os Correios suspendam as entregas de cartas e encomendas em 73 áreas com grande número de assaltos em Campinas, Jundiaí e Sumaré, interior paulista. A liminar concedida pela juíza Camila Ceroni Scarabelli diz que os carteiros retomarão o trabalho nas regiões somente quando for comprovada, em juízo, a adoção de medidas para garantir a segurança dos trabalhadores. A decisão estipula ainda multa de R$ 1 milhão em caso de descumprimento.

Na ação, o Ministério Público do Trabalho (MPT) anexou diversos boletins de ocorrência sobre casos de carteiros que sofreram roubos e sequestros nas áreas citadas. Segundo balanço do Sindicato dos Trabalhadores em Correios de Campinas e Região (Sintecas), que consta no processo, foram registrados 187 roubos a carteiros nas três cidades.

A decisão também obriga os Correios a prestar assistência jurídica e psicológica aos funcionários vítimas de assaltos, além de manter adicional de risco de 30% para os empregados que forem remanejados das áreas de risco.

Por meio de nota, os Correios informaram que vão recorrer da decisão. A empresa argumenta que firmou em São Paulo um acordo de cooperação com a Polícia Federal, que resultou na queda de 36% no número de roubos a carteiros no estado e na prisão de quadrilhas especializadas nesse tipo de crime. De acordo com a estatal, R$ 240 milhões estão sendo investidos em serviços de segurança, como escolta armada e rastreadores de veículos e encomendas.

Da Agência Brasil

Um coisa me deixa intrigado em relação a essa notícia. A Justiça está cobrando dos Correios a responsabilidade pela segurança dos seus funcionários. Ótimo. Mas onde fica o papel do governo em oferecer segurança às pessoas? Será que agora as autoridades de segurança pública não têm mais essa atribuição? Se acontecem roubos e sequestros nas ruas do interior de São Paulo, isso é problema para a polícia resolver e não os Correios. O que vocês acham?

Família de comerciante morto em delegacia vai processar o estado

A família do comerciante Cristiano Araújo Gomes, 40 anos, encontrado morto na manhã da última quarta-feira dentro de uma cela da Delegacia de Boa Viagem pretende entrar com uma ação contra o estado de Pernambuco. Os familiares de Cristiano estão inconformados com a morte dele. Eles acreditam que se houvesse um pouco mais de atenção por parte da polícia, a vítima poderia estar viva.

IML retirou o corpo da delegacia. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press
IML retirou o corpo da delegacia. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press

Em até 20 dias, deverá sair o laudo pericial do Instituto de Criminalística (IC) que poderá comprovar se Cristiano realmente cometeu suicídio por enforcamento, como está afirmando a polícia. A vítima teria rasgado sua própria camisa, enrolado no pescoço, amarrado na grade da cela e se sentado, provocando a própria morte.

“Vamos entrar com um processo contra o estado. É muito estranho tudo o que aconteceu com o meu irmão. Se ele foi detido à noite deveriam ter avisado à família. Outra coisa errada é o fato de terem o deixado sozinho dentro de uma cela embriagado, como estão dizendo. Se meu irmão tivesse sido algemado, ele não teria morrido. Além disso, ele não era um criminoso. Queremos saber se realmente foi um suicídio”, ressaltou o comerciante Wilton Araújo Gomes, 38, irmão de Cristiano. Segundo a polícia, a vítima foi detida após ter se recusado a pagar uma despesa de R$ 4 e ter brigado com um comerciante em Boa Viagem.

Presídio de Palmares tem dez vezes mais presos que sua capacidade

Imagine um espaço onde caberiam apenas 74 pessoas, mas que está abrigando 741. Agora mentalize a imagem de uma cela destinada para um preso, mas ocupada por oito. As duas situações, que desrespeitam os direitos humanos e contrariam as normas da Lei de Execuções Penais, foram encontradas na última quarta-feira numa inspeção de rotina no Presídio Rorenildo da Rocha Leão, no município de Palmares, Mata Sul, segundo o promotor da 2ª Vara das Execuções Penais do estado, Marcellus Ugiette.

Fotografia feita por promotor durante inspeção de rotina mostra cela cheia (PROMOTOR MARCELLUS UGIETTE/DIVULGAÇÃO)

O promotor enviou um ofício à Secretaria de Ressocialização do estado (Seres) requisitando a transferência, em até 72 horas, de 200 detentos para outras unidades prisionais de Pernambuco. “O cenário encontrado em Palmares é algo desumano. Sei que estarei apenas transferindo um problema de lugar, mas a situação é muito crítica”, lamentou.

Ainda segundo Ugiette, além do problema da superlotação, outra situação grave detectada na unidade prisional foi a ausência de um profissional de medicina e de uma enfermaria. “Enviei um ofício à Seres, para os juízes das Execuções Penais e para o Ministério Público de Pernambuco requisitando a transferência imediata de 200 presos para outros lugares. Porém, um outro problema no presídio de Palmares é a falta de médico. Apenas uma enfermeira trabalha na unidade”, contou o promotor.

Durante a visita, ele disse que os presos começaram a gritar dizendo que não aceitavam mais a situação na qual estão vivendo. “É um absurdo. Recomendei ainda que deve ser contratado o médico para trabalhar na unidade pelo menos três vezes por semana”.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Ressocialização do estado confirmou que o número de detentos no Presídio de Palmares é dez vezes maior do que a capacidade da unidade prisional. O secretário-executivo Romero Ribeiro, informou que recebeu o ofício e que está analisando a forma de distribuir os presos que precisam ser transferidos. “Vamos enviar um ofício ao promotor informando que pretendemos transferir os detentos para algumas cadeias públicas.

Quanto à questão da saúde, já temos um convênio com as secretarias do município e do estado para que os médicos atendam os presos em casos de necessidade. Os presos não ficam sem atendimento”, afirmou Ribeiro.

Cabos e Soldados querem reunião com novo titular da SDS

A Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados (ACS – PE) está preparando um documento a ser encaminhado ao novo secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, que acabou de assumir a pasta, constando solicitações antigas da tropa e que vinham sendo discutidas com o ex-secretário Wilson Damázio.

“Para nós que fazemos a Associação, não importa quem está à frente da SDS. Queremos o devido respeito à categoria, ouvindo nossos clamores e atendendo nossas solicitações. Sendo assim, não podemos perder tempo e devemos ter, o mais breve possível, reunião com o Carvalho”, afirmou Renílson Bezerra, presidente da ACS-PE.

Dentre às solicitações que devem ser apresentadas ao novo secretário e que estavam sendo discutidas, podemos citar:

– Mais mil vagas de promoção para cabos;

– Aprovação da nova Lei de Promoção (com promoções proporcionais para todos os postos e graduações, do soldado ao coronel);

– Pagamentos de diárias;

– Mudanças no Código Disciplinar (com o fim da prisão e inclusão de penas alternativas);

– Condições de trabalho (cargas horárias excessivas, viaturas sucateadas, coletes vencidos);

– Reestruturação do Hospital da PMPE (com a convocação de novos médicos);

– Convocação dos Aprovados 2009 (aumento do efetivo);

– Etapa de Alimentação para os Bombeiros;

– Aumento do Valor da Etapa de Alimentação;

– Aumento da Gratificação de Motorista.

Os desafios do novo titular da SDS

O delegado da Polícia Federal Alessandro Carvalho, que era o “número 2” do ex-titular do secretário de Defesa Social Wilson Damázio, deve assumir o comando da pasta que, nos últimos anos, conseguiu ser uma das principais vitrines do governo Eduardo Campos (PSB). Alessandro estava com Damázio desde 2010, conhece os programas implementados pela SDS e é visto “como um quadro ágil e discreto” por trás de muitas operações realizadas nas ruas.

Alessandro Carvalho vai assumir a pasta (HELDER TAVARES/DP/D.A PRESS)

O problema é que, diante dos movimentos sociais, essa mesma ligação com Wilson Damázio pode dificultar a permanência dele como “número 1” à frente do programa Pacto Pela Vida até o final de 2014. Alessandro não atendeu às ligações do Diario para falar sobre os desafios que vai encontrar nos próximos meses, especialmente o de manter a redução do índice de criminalidade no estado e, ao mesmo tempo, dialogar com os movimentos fortalecidos desde junho passado.

Contudo, se ele for mesmo empossado no cargo, o trabalho em execução dificilmente sofrerá descontinuidade. Isso de certa maneira será uma tranquilidade para Eduardo, porque mexer numa área tão delicada às vésperas de eleição e de Pernambuco sediar jogos da Copa do Mundo não é fácil.

O novo titular da SDS, portanto, terá de lidar com os movimentos sociais que estão nas ruas, com a histórica rivalidade entre policiais militares e civis e, ainda por cima, preservar os índices que garantiram ao Pacto Pela Vida um prêmio da Organização das Nações Unidas (ONU) em junho deste ano. Nos últimos seis anos, o número de homicídios em Pernambuco caiu 35% no estado e a queda na capital chegou a 51,8%. A SDS tem cerca de 35 mil policiais, entre militares, civis e bombeiros.

Damázio: “segurança não é mais comigo”

A polêmica entrevista do então secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, sobre o abuso sexual cometido por policiais militares, acompanhada das declarações de que homossexualidade seria um “desvio” de conduta, de que o policial exerce um fascínio sexual entre as mulheres e que todo “PM antigo” tem amante foi o estopim para sua saída do governo Eduardo Campos (PSB). Após a repercussão negativa do caso e da ampla divulgação nas redes sociais, Damázio colocou o cargo à disposição. O pedido foi prontamente aceito pelo governador Eduardo Campos (PSB).

Damázio não tem data para contratações. Foto: wagner Oliveira/DP/D.A Press
Damázio disse que agora só falaria sobre futebol. Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A Press

Damázio estava no cargo desde abril de 2010. Sua saída acabou precipitando a reforma do secretariado, programada para o próximo mês. Para seu lugar foi escolhido o delegado federal Alessandro Carvalho, que era secretário executivo da SDS e assumirá a pasta interinamente. Entre seus subalternos, Damázio era visto como uma pessoa autoritária e intempestiva. “Ele morreu pela boca feito peixe”, afirmou um integrante da cúpula do governo.

Já fora do cargo, o ex-secretário afirmou ao Diario, por telefone, que daqui para a frente só falaria de futebol. Aposentado da Polícia Federal, ele não informou sobre seu futuro profissional. “Segurança não é mais comigo, não. Agora o momento é de despedida. A gente está se despedindo. Tudo tem começo meio e fim”, destacou.

Ciente de que a entrevista que culminou com sua saída do cargo, publicada no Jornal do Commercio, poderia respingar no projeto presidencial do governador e também numa das maiores vitrines do socialista, o programa Pacto Pela Vida, Damázio enfatizou que as declarações não poderiam ser confundidas com as políticas desenvolvidas pelo governo do estado, que, segundo ele, “vem revolucionando a segurança pública no Brasil com transparências, práticas cidadãs e absoluta intolerância com qualquer conduta contrária aos direitos humanos, à liberdade de expressão”.

Por Cláudia Eloi, do Diario de Pernambuco