Parentes e amigos da modelo Danielle Fasanaro, assassinada a tiros pelo ex-companheiro, em 19 de junho do ano passado, estarão nesta sexta-feira, a partir das 9h, em Frente ao Fórum de Olinda, na Avenida Pan Nordestina, para fazer uma corrente de oração e pedir justiça para o caso. Nas redes sociais, a irmã da modelo, Michelle Fasanaro, criou as hashtags #CASODANISOLINO #CASODANI #DELUTONALUTA
Segundo a família, um terço será realizado às 9h30. Os parentes pedem para que as pessoas vistam camisas preta. O ato acontecerá porque está prevista para esta sexta-feira, às 11h30, a audiência de instrução do caso.
Testemunhas das supostas divergências entre o médico Cláudio Amaro Gomes, 57 anos, e o cirurgião torácico Artur Eugênio de Azevedo Pereira, 36, foram ameaçadas de morte. Segundo a polícia, por meio de telefonemas anônimos, um grupo de pessoas foi intimidado para não revelar possíveis provas que ligariam Cláudio Amaro e o filho dele, o bacharel em direito Cláudio Amaro Gomes Júnior, 32, à execução de Artur Eugênio. A polícia ainda investiga quem fez as ligações. Segundo o delegado Guilherme Caraciolo, uma nova tentativa de ouvir os dois suspeitos, presos no Cotel, será feita hoje.
“Essas testemunhas não presenciaram o crime, mas tinham informações do que aconteceu entre a vítima e o médico”, ressaltou Caraciolo, acrescentando que Cláudio e Artur não tinham boa relação. Segundo outro filho do médico, Daniel Gomes, o pai ficou abalado quando soube que estava sendo preso.
“Quando falei com meu pai ainda na delegacia, a primeira coisa que ele pediu foi para eu avisar à secretária para desmarcar as consultas que ele teria hoje (ontem) e informar que atenderia no dia seguinte (hoje). No entanto, quando eu falei que havia um mandado de prisão contra ele e que ele seria levado para o Cotel, meu pai desabou no choro. Ele é inocente”, contou. Ao irmão, Cláudio Júnior também disse não ter participação no assassinato.
O veículo dirigido por Júnior, um Celta preto, usado para levar os outros dois suspeitos do crime, ainda foragidos, à frente do prédio de Artur, em Boa Viagem, não foi localizado. Após o crime, Júnior registrou boletim no qual consta que o veículo foi roubado. Além da imagem dele dirigindo o Celta, a polícia colheu suas impressões digitais no recipiente que transportou o produto usado para queimar o Golf do cirurgião. O carro foi encontrado em 13 de maio, na Guabiraba, Recife. Artur foi morto a tiros em 12 de maio, em Jaboatão.
A viúva de Artur disse que a família está estarrecida e só deve falar sobre o caso na próxima semana. Em diligência ontem no consultório de Cláudio, foram encontrados R$ 21 mil em uma gaveta. Familiares do médico afirmaram à polícia que não tinham conhecimento do dinheiro, mas acreditam que seria usado para pagar funcionários. Uma linha investigada é de que Cláudio e o filho teriam tramado a morte por inveja e revolta, porque o suspeito estaria perdendo clientes para a vítima.
Uma trama que intriga a polícia e causou surpresa e revolta no meio médico de Pernambuco começa a ser esclarecida. Vinte e dois dias após a morte do cirurgião torácico Artur Eugênio de Azevedo Pereira, 36 anos, um médico renomado e seu filho, estudante de direito, foram presos por suspeita de participação no crime. A Polícia Civil segue em diligências para prender os dois últimos suspeitos.
Ontem, agentes da 11ª Delegacia de Homicídios de Jaboatão prenderam o médico Cláudio Amaro Gomes, 57, e o filho dele, Cláudio Amaro Gomes Júnior, 32, suposto mandante e um dos executores do crime, respectivamente. A motivação ainda não foi revelada, mas entre as possibilidades estariam a perda de prestígio de Cláudio no meio.
Pai e filho não confessaram participação no crime. Porém, contra Cláudio Júnior a polícia tem duas provas. A mais forte, e que resultou na sua identificação, são as impressões digitais encontradas na garrafa onde foi transportado o líquido utilizado para queimar o carro do cirurgião.
Peritos do Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB) confrontaram as digitais com uma ficha do suspeito que veio do estado do Rio de Janeiro. Para a polícia, Cláudio Júnior ajudou a atear fogo no veículo encontrado carbonizado na Guabiraba, Recife.
Outra prova contra o universitário são imagens das câmeras do prédio onde a vítima morava, em Boa Viagem. Cláudio dirigiu o Celta onde estavam os outros dois suspeitos que desceram, renderam Artur na portaria do prédio e entraram no veículo dele, seguindo para o local da execução, às margens da BR-101 Sul, em Jaboatão. Artur foi morto no dia 12 de maio.
“Não temos dúvidas de que o filho participou da execução e de que o pai foi o mandante. Resta agora identificar e prender os outros suspeitos”, afirmou o delegado Guilherme Caraciolo. Ambos foram presos por força de um mandado de prisão temporária de 30 dias. O filho, por estar com um revólver calibre 38, ainda foi autuado por porte ilegal de armas.
Formado em medicina pela Universidade Federal de Campina Grande, Artur era paraibano e morava no Recife há três anos. Trabalhava no HCP e ajudava pacientes vitimas do câncer. Era doutor em Cirurgia Torácica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; especialista em cirurgia torácica pela USP; cirurgião torácico do Hospital das Clínicas da UFPE; cirurgião torácico do Instituto de Medicina Integral de Pernambuco (Imip). De acordo com os colegas de trabalho, era uma pessoa alegre, querida, estudiosa e competente. Era casado com uma médica e pai de um menino de pouco mais de um ano.
A Polícia Civil prendeu pai e filho suspeitos de participação no assassinato do médico Artur Eugênio de Azevedo. Eles estão seguindo para a Delegacia de Homicídios de Prazeres, em Jaboatão. De acordo com a polícia os suspeitos estão com a prisão temporária de 30 dias decretada. Os nomes dos suspeitos são Cláudio Amaro Gomes, médico, e Cláudio Amaro Gomes Júnior, advogado.
O efetivo da Polícia Federal em Pernambuco será triplicado nos cinco dias de jogos da Copa do Mundo, com reforço de policiais de outros quatro estados. O esquema de atuação durante o Mundial, que busca dar segurança à população, aos turistas e às autoridades, foi divulgado pelo superintendente regional da PF, Marcello Lins Cordeiro, que não detalhou números do efetivo, por motivos estratégicos.
O superintendente informou, porém, que duas das 36 viaturas blindadas recentemente adquiridas pela corporação para uso durante o Mundial estarão disponíveis em Pernambuco. Os veículos, modelo Mitubishi Pajero Full, serão usados na segurança de autoridades estrangeiras e nacionais. “Consideramos alguns riscos mais elevados, como a possível presença do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no dia do jogo contra a Alemanha”, afirmou Marcello Lins Cordeiro.
Após os cinco jogos na Arena Pernambuco, nos dias 14, 20, 23, 26 e 29 de junho, os agentes que participarão do esquema especial serão transferidos para o Rio de Janeiro e São Paulo. “Os ajustes da operação foram feitos a partir da experiência que tivemos na Copa das Confederações. Estamos prontos para garantir a segurança a todas as delegações e autoridades”, assegurou o superintendente regional da PF.
R$ 400 milhões
O planejamento da PF começou em dezembro de 2009, junto à Comisão Especial de Segurança Pública para Grandes Eventos e à Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos. De acordo com a PF, desde 2011 foram investidos mais de R$ 400 milhões no esquema especial, sendo R$ 90 milhões para equipamentos e capacitação. Além das viaturas blindadas, foram adquiridas armas, coletes à prova de balas e equipamentos eletrônicos.
Saiba mais
Ações da Polícia Federal para a Copa:
Grupo de Pronta Intervenção (GPI)
– Policiais que passaram por
treinamento tático especial
– Ficarão de sobreaviso 24
horas para realizar intervenções
– Resolverão situações de crise
e risco, caso elas existam
– Efetivo da PF em Pernambuco
triplicou para a Copa do Mundo
Viaturas blindadas
36– veículos blindados foram adquiridos para a Copa
2 – desses veículos estão em Pernambuco
– Os carros são do modelo Mitsubishi Pajero Full
– As viaturas serão usadas na segurança de autoridades nacionais e internacionais
– Blindagem suporta tiros calibres 22, 38 e 9 mm; de fuzil e Magnum 357 e 44
Imigração no aeroporto
– Turistas envolvidos em denúncias de pedofilia, exploração sexual estão impedidos de entrar no Brasil
– Policiais federais do aeroporto Internacional do Recife- Guararapes/Gilberto Freyre checarão informações sobre os estrangeiros
– Dados do Interpol e do Disque 100 serão usados na investigação
Campanha educativa e segurança de autoridades
– Cartazes bilíngues com mensagens de combate do tráfico de mulheres foram elaborados pela PF em parceria com os Correios
– As peças foram afixadas no aeroporto
– Policiais foram treinados sobre o intinerário de autoridades durante a Copa
Acontece nesta segunda-feira, na Fundaj, no bairro do Derby, o lançamento do livro “Crime, Polícia e Justiça no Brasil”, organizado por Renato Sérgio de Lima, pelo professor e sociólogo José Luiz Ratton e pelo pesquisador do InEAC/UFF Rodrigo Ghiringuelli de Azevedo (PUC-RS). O lançamento acontece às 19h, no Castigliani Café, no 1º andar.
Publicado pela editora Contexto, o livro mapeia e apresenta as principais abordagens e focos temáticos dos estudos sobre a área de segurança pública no país. A obra traz as principais correntes da literatura internacional e incorpora os avanços teóricos e metodológicos produzidos no Brasil.
A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado aprovou proposta que inclui entre as responsabilidades da Polícia Federal (PF) investigar assaltos a banco. A atuação da PF, no entanto, será exigida apenas quando o crime envolver quadrilha ou bando e houver indícios de atuação interestadual.
Essa exigência de que o crime envolva agentes de mais de um estado foi prevista pelo relator, deputado Guilherme Campos (PSD-SP), no substitutivo aprovado. Pela proposta original (PL 6648/13), do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), a PF seria sempre responsável pela investigação desses casos. O texto original também torna assalto a banco crime contra o sistema financeiro nacional.
Para Campos, “as polícias dos estados, de forma isolada, não dispõem das melhores condições de investigar crimes praticados por quadrilhas ou bandos que atuam em diversos estados da federação”.
O relator também modificou a legislação a ser alterada pelo projeto. Para ele, o mais adequado é modificar a Lei 10.446/02, que dispõe sobre infrações penais de repercussão interestadual ou internacional que exigem repressão uniforme. No projeto original, a alteração seria na Lei de Crimes contra o Sistema Financeiro (7.492/86).
Tramitação
Em caráter conclusivo, o projeto segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, inclusive quanto ao mérito.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes da Câmara dos Deputados assinou um pacto com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para combater a exploração, abuso e tráfico de crianças e adolescentes nos clubes esportivos.
A relatora da CPI, deputada Liliam Sá (PROS-RJ), explicou que o pacto foi firmado estrategicamente às vésperas da Copa do Mundo para inibir esses tipos de crimes contra crianças e adolescentes, que devem aumentar no período dos jogos.
“Viajando o Brasil inteiro, vimos muitas denúncias de abuso sexual, exploração, principalmente nas escolinhas de futebol, além do tráfico interno de meninos carentes do interior do país”, comentou. “O pacto prevê campanhas educativas nos clubes esportivos, alertas sobre o risco da exploração sexual e do trabalho infantil, entre outras medidas preventivas”, disse a deputada.
O presidente da CBF, José Maria Marín, informou que a confederação deixou à disposição o contato da ouvidoria que receberá denúncias de exploração de crianças e adolescentes.
“Vamos trabalhar com campanhas de divulgação e de prevenção e participaremos de tudo que for solicitado para defender nossas crianças”, disse Marín ao reafirmar que a entidade recebe muitas denúncias de exploração e tráfico de crianças no futebol, que são encaminhas às autoridades competentes. “Mas agora mais do que nunca a CBF vai participar mais ativamente e concretamente nessa questão”, disse.
A deputada adiantou que a CPI vai apresentar um projeto de lei que obriga autorização da Vara da Infância e do Adolescente e do Conselho Tutelar para que o atleta mirim possa deixar o estado onde vive com a família para poder fazer o registro de atleta em outro estado.
“Precisamos de uma legislação que venha moralizar esses sistema para darmos tranquilidade aos pais e familiares em relação aos meninos que saem de suas casas para outros estados jogar futebol”.
Casos de violência sexual contra crianças e adolescentes podem ser denunciados pelo Disque 100 e pelo o aplicativo “Proteja Brasil”, gratuito para tablets e smartphones. O aplicativo facilita a localização de números e locais mais próximos para fazer denúncia, como delegacias e conselhos tutelares. Na Câmara dos Deputados, a CPI que investiga a exploração de crianças e adolescentes também recebe denúncias, que podem ser feitas pelo telefone 0800 619 619.
A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados aprovou proposta (PL 2400/11) que regulamenta o uso e a comercialização de spray de pimenta. Pelo texto, do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), cidadãos comuns com mais de 18 anos poderão adquirir o produto em embalagens inferiores a 100 mililitros. A partir desse volume, o item passa a ser privativo das forças de segurança pública e empresas de segurança privada.
O relator, deputado Guilherme Campos (PSD-SP), defendeu a aprovação da matéria, com emendas. Ele reinseriu no texto a exigência, que havia sido retirada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, de que a empresa comercializadora ofereça capacitação técnica para o manuseio do gás de pimenta e treinamento aos usuários para enfrentar situações de risco, com emissão de certificados. “Apesar de ser uma arma não letal, o spray pode causar riscos à saúde em caso de má utilização”, justificou Campos.
A proposta mantém a legislação atual, que prevê que a fabricação, venda e comercialização do gás de pimenta sejam controladas pelo Exército. Para manter esse controle, o comprador deverá ser identificado e apresentar documentos de idoneidade criminal. Além disso, emenda aprovada pela Comissão de Segurança Pública determina que as lojas mantenham banco de dados atualizado que assegure o rastreamento das informações pelo Exército.
Guilherme Campos destaca que o spray de pimenta representa uma oportunidade para as pessoas se defenderem. “O bandido há de pensar duas vezes antes de abordar esses cidadãos porque podem estar portando esse tipo de equipamento”, disse.
Alternativa
O diretor de relações institucionais da Condor, empresa que fabrica o spray, Antônio Carlos Magalhães, concorda que o produto pode ser uma alternativa de segurança pessoal. Ele explicou que o item foi desenvolvido nos anos 1970 para afugentar animais. Posteriormente, concluiu-se que o gás, extraído da fruta da pimenta, não prejudicava pessoas e hoje é vendido em lojas de varejo nos Estados Unidos, podendo ser comprado por qualquer pessoa.
Magalhães acha exagerada a classificação brasileira atual, que equipara o gás de pimenta a armamento pesado. “A gente considera incoerente o fato de que uma arma de fogo o cidadão comum pode adquirir, mas um spray de pimenta não”, argumentou.
O executivo da Condor defende, porém, que o produto seja diferente do que é usado pelas forças de segurança. Na avaliação dele, o spray deveria ser em gel ou espuma e não aerosol, para que não se disperse no ambiente, seja não inflamável e tenha sua quantidade restrita, o que já está previsto na proposta em tramitação na Câmara. Ele acrescentou que o equipamento já vem com um chip que permite seu rastreamento no caso de uso inadequado.
As tropas do Exército Brasileiro e da Força Nacional deixarão o solo pernambucano nesta quinta-feira (29/05). Hoje era a data limite para a Operação Pernambuco, deflagrada no último dia 15. Em reunião em Brasília, o governador João Lyra Neto, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, avaliaram que a situação no estado já voltou à normalidade, mas ressaltaram que, caso seja necessária, a presença das tropas federais poderá ser novamente solicitada.
O governador João Lyra Neto frisou ainda que o Exército retornará a Pernambuco, já a partir do dia 1º de junho, em virtude da Copa do Mundo. Assim, um contingente ainda maior de militares estará no estado, garantindo a segurança dos torcedores e também dos pernambucanos durante o período do Mundial. Pernambuco sediará cinco partidas, entre os dias 14 e 29 do mês de junho.