Colônia Penal começa sistema biométrico

 

Objetivo da iniciativa é reduzir as longas filas e o tempo de  espera dos familiares que vão visitar as reenducandas (JÚLIO  JACOBINA/DP/D.A PRESS)

As grandes filas nas entradas das  unidades prisionais do estado nos dias de visitas deverão deixar de existir em breve. Já está em fase de testes o sistema biométrico para identificação de parentes de apenados cadastrados pela Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres). A Colônia Penal Feminina do Recife, no Engenho do Meio, foi escolhida para receber o projeto piloto. A expectativa é poder reduzir o tempo de identificação por pessoa de três minutos para apenas quatro segundos, além de oferecer mais segurança ao sistema.


Desde ontem, os parentes estão conseguindo entrar com mais rapidez para as visitas na Colônia Penal Feminina do Recife (JÚLIO JACOBINA/DP/D.A PRESS)

Quando é feita a leitura das digitais do visitante, aparecem na tela do computador as fotos e os dados pessoais dele e da detenta e ainda o crime cometido por ela. O sistema ainda ganhará o reforço da leitura por código de barras das novas carteirinha dos visitantes que começarão a ser entregues a partir da próxima semana. O cadastramento começou a ser feito há cerca de um mês e deverá continuar durante os domingos por mais 30 dias e nos dias úteis após esse prazo. A fase de testes deverá durar dois meses. As unidades da Barreto Campelo, em Itamaracá, e a de Arcoverde, no Sertão, deverão ser as próximas a receber o sistema.

Além de dar mais agilidade à entrada e à saída dos visitantes das unidades prisionais, a tecnologia evita a falsificação de documentos que dão acesso aos presídios, como a própria carteirinha do visitante, e até previne fugas. “A biometria dá mais segurança ao sistema prisional por evitar a evasão dos presos e se ocorrer alguma tentativa de fraude de documentação, temos como descobrir”, observou o responsável pelo cadastramento na Colônia Penal Feminina do Recife Ricardo Valença.

 

Com informações do Diario de Pernambuco

 

Preso perde olho direito após ser baleado

 

A Secretaria de Ressocialização do Estado (Seres) abriu uma sindicância para apurar de que forma o preso Brian Mignac, 19 anos, foi atingido por uma bala de borracha e perdeu o olho direito. O incidente aconteceu na manhã dessa segunda-feira quando o rapaz, que está preso no pavilhão O do Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros, no Complexo Aníbal Bruno, estava deixando a unidade para ir a uma audiência. Na hora, alguns presos estariam armados com facas e provocando tumulto na prisão. Foi quando um policial militar, ainda não identificado, atirou com balas de borrachas para conter a confusão e acabou acertando Brian. Os detentos do local ficaram revoltados e chegaram a jogar pedras no corpo da guarda. Ferido, o preso foi levado para o Hospital da Restauração, de onde foi transferido para a Fundação Altino Ventura. O jovem passou por uma cirurgia, mas ainda espera na enfermaria do presídio até voltar ao hospital para colocar uma prótese no olho, já que o globo ocular foi retirado. A família ainda não decidiu de que forma vai agir, mas adiantou que quer justiça. “Meu filho é muito jovem. Ele perdeu um órgão e está muito nervoso com tudo isso. Queremos justiça”, desabafou a dona de casa Sandra Mignac, mãe de Brian. Casos de presos que ficam cegos dentro de unidades prisionais do estado têm sido recorrentes. Leia mais sobre o caso na edição impressa do Diario de Pernambuco desta quinta-feira.