Reclamar. Essa é a palavra de ordem dos aposentados. Mostrar a insatisfação que acomete aqueles que dependem do sistema de previdência pública do país. Hoje, os aposentados se unem em todo país para reivindicar e sair da mesmice. A pauta de incontentamento vai desde a perda do poder de compra das aposentadorias e pensões até o fim do fator previdenciário, recomposição dos salários e aumentos reais acima dos índices da inflação. Os alvos dos protestos são as agências do INSS em todo o país.
O movimento talvez não chegue a inviabilizar o atendimento nas agências. É a primeira vez dele. Por isso, não deve ter tantos adeptos. E a própria decisão de mobilizar a classe de aposentados foi tomada com pouca antecedência pelo Sindicato Nacional dos Aposentados. A ideia do protesto surgiu a partir do Congresso do Sindicato Nacional dos Aposentados.
Além de aposentados, também deve engrossar o coro de reclamação em frente às gerências regionais do INSS em todo o país os trabalhadores da ativa, já que eles serão as vítimas a sofrerem no futuro com o achatamento salarial previdenciário. A reclamação mais significativa e comum a todos é o fim do fator previdenciário.
É totalmente válida a onda de protestos que o sindicato dos aposentados preparou para hoje. A acomodação nesse caso só faz perpetuar os prejuízos de quem depende do INSS para sobreviver.
Todavia, não é fácil mudar as regras do INSS. E um protesto como esse, sozinho, não é capaz de sensibilizar o Governo com as queixas dos aposentados. Para mudar a lei da Previdência Social, é necessário a conjugação de dois fatores relevantes e complicados: a iniciativa do vagaroso Congresso em mudar a lei e a boa-vontade do Governo em assumir a conta.
É um bom começo os protestos, principalmente feito em âmbito nacional. Mas ainda precisa muito caminho pela frente para emplacar essas mudanças. As centrais sindicais vão realizar nova greve geral, no dia 30 de agosto, para pressionar o Governo Federal a atender as reivindicações da categoria. Até a próxima