Os genéricos dos grandes clubes do Recife

Clubes "genéricos": Santa Cruz/PB, Náutico/RR e Sport/AL

O futebol pernambucano tem mais de um século de história. Náutico e Sport disputam clássicos desde 1909. O Santa Cruz chegará ao seu centenário em 2014. Os três times contam com torcidas numerosas, não apenas no estado.

A paixão de pernambucanos se estendeu a outros estados. As cores foram mantidas ao longo dos anos. A tal ponto que surgiram genéricos profissionais.

Isso mesmo, homônimos, e com as mesmas cores e mascotes. Confira alguns dos principais exemplos de tricolores, alvirrubros e rubro-negros país afora.

As páginas no facebook dos times genéricos: Santa Cruz, Náutico e Sport.

Santa Cruz Recreativo Esporte Clube de Santa Rita, na Paraíba.

Fundado em 15 de abril de 1939. A Cobra Coral já conquistou o campeonato estadual em duas oportunidades, em 1995 e 1996 e também duas vezes a segunda divisão. Atua no estádio Virgínio Veloso Borges, com 5 mil lugares.

Santa Cruz de Santa Rita/PB em 2011. Foto: Aventuras do Futebol/Flickr

Náutico Futebol Clube de Caracaraí, em Roraima.

Fundado em 22 de dezembro de 1962. Inicialmente em Boa Vista, mudou de sede há dois anos. O Timbu do Norte deu sorte e conquistou seu primeiro título estadual, nesta temporada. Joga no estádio Vital Rodrigues, com 3 mil lugares.

Náutico de Roraima em 2013. Foto: Facebook/Náutico F.C.

Sport Club Santo Antônio de Atalaia, em Alagoas.

É o mais novo dos três, de 13 de junho de 2007. Foi promovido à elite alagoana em 2010, com o vice da segundona. O Leão da Mata disputou três edições e acabou rebaixado em 2013. Atua no Luiz de Albuquerque, com 4 mil lugares.

Sport Atalaia em 2009. Foto: http://blogtoquedeprimeira.wordpress.com

As versões mais modestas contam com a torcida dos clubes mais tradicionais?

A segunda classificação da elite nacional em 2013

Classificação da Série A 2013, na 2ª rodada. Crédito: Superesportes

A segunda rodada do Campeonato Brasileiro foi parcialmente finalizada. Com a concorrência da Taça Libertadores, Atlético Mineiro e Fluminense tiveram os seus jogos reagendados pela Série A, contra Grêmio e Portuguesa, respectivamente. As duas partidas vão ser disputadas em 12 de junho.

Enquanto isso, com duas derrotas e nenhum gol marcado, o Náutico aparece na última colocação. Por enquanto, a apenas um ponto de deixar o Z4.

A 3ª rodada do representante pernambucano
02/06 – Náutico x Portuguesa (18h30)

Confrontos no Recife pela Série A: 5 vitórias alvirrubras, 5 empates e 2 derrotas.

Pernambuco x Portugal, com seis décadas de história

Bandeiras de Portugal e Pernambuco

Pernambucanos e portugueses têm seis décadas de história em amistosos internacionais no futebol. Intercâmbio, busca por reforços e os voos regulares entre os aeroportos de Recife e Lisboa colaboram para a realização das partidas. Em 2013 foram dois amistosos, ou “amigáveis”, como se diz nas terras lusitanas. As partidas aconteceram num intervalo de oito dias. Primeiro, o empate entre Náutico e Sporting, na abertura da Arena Pernambuco. Nesta quinta o Santa Cruz venceu o Nacional da Ilha da Madeira, em Maceió.

Ao todo ocorreram 25 jogos, sendo 17 no Brasil e 8 em Portugal. Além dos três grandes clubes do estado também disputaram amistosos quatro times do interior. O desempenho geral dos pernambucanos contabiliza nove vitórias, nove empates e sete derrotas. Houve até um torneio amistoso, a Taça Internacional da Amizde, em 1995, quando Porto conquistou o título, vencendo o Sport de virada na Ilha do Retiro e batendo o Santa Cruz nos pênaltis no Arruda.

O intercâmbio foi ampliado por três excursões. A primeira com o Sporting, que veio ao Recife em 1952. Já o Santa foi a Portugal em 1988, onde realizou sete partidas, perdendo apenas uma vez. Em 2000, a Estrela da Amadora circulou no interior pernambucano. No geral, o Sporting foi o adversário mais comum, enfrentando duas vezes alvirrubros, rurbro-negros e tricolores.

1952 – Sport 2 x 1 Sporting
1952 – Náutico 2 x 2 Sporting
1952 – Santa Cruz 1 x 4 Sporting
1957 – Sporting 2 x 1 Sport
1957 – Santa Cruz 1 x 1 Benfica
1966 – Santa Cruz 2 x 1 Belenenses
1975 – Sport 1 x 2 Porto
1976 – Santa Cruz 2 x 0 Benfica
1988 – Famalicão 1 x 1 Santa Cruz
1988 – Freamunde 1 x 4 Santa Cruz
1988 – Penafiel 0 x 1 Santa Cruz
1988 – Gil Vicente 2 x 2 Santa Cruz
1988 – Bragança 1 x 1 Santa Cruz
1988 – Sporting 6 x 0 Santa Cruz
1988 – Lusitano 0 x 3 Santa Cruz
1995 – Sport 1 x 2 Porto
1995 – Santa Cruz 1 x 1 Porto
1998 – Porto de Caruaru 3 x 1 Rio Ave
2000 – Sete de Setembro 1 x 1 Estrela da Amadora
2000 – Central 1 x 1 Estrela da Amadora
2000 – Vitória 0 x 1 Estrela da Amadora
2001 – Central 3 x 1 Rio Ave
2001 – Santa Cruz 2 x 3 Acadêmica de Coimbra
2013 – Náutico 1 x 1 Sporting
2013 – Santa Cruz 2 x 0 Nacional da Madeira

Preocupante a fragilidade alvirrubra, como visitante e mandante

Série A 2013, 2ª rodada: Náutico x Vitória. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press

A primeira apresentação alvirrubra no campeonato nacional já havia sido nula.

Em noventa minutos de bola rolando em Caxias do Sul o Náutico não produziu nada. O Grêmio atuou sem temor algum na defesa e cheio de espaços no ataque, criando bastante. Venceu sem dificuldades.

Esperava-se um contexto diferente nos Aflitos, que abrigará dois jogos pela Série A antes da mudança para a arena. Em 2012, quando obteve a vaga na Sul-americana, o Timbu teve o quarto melhor rendimento como mandante.

Foi implacável nos Aflitos, tudo o que não conseguiu nesta noite, contra o Vitória. A fragilidade vista na primeira rodada se estendeu ao seu campo.

Em vez de quatro volantes, três. No entanto, novamente sem um meia de criação. Não surpreendeu a inoperância dos atacantes alvirrubros. A bola pouco chegou, mascada. Não houve pressão dos comandados de Silas.

Na verdade, o dono da partida foi o leão baiano, que goleou por 3 x 0, com dois gols do argentino Max Biancucchi e um de Magal. Deixou o Timbu na lanterna.

O colegiado, formado por dezessete diretores, terá bastante trabalho para reformular a equipe de Rosa e Silva, longe de qualquer competitividade.

A reação da torcida, deixando o estádio ainda no intervalo, só aumenta a necessidade de celeridade nas contratações. De novos titulares.

Que o estádio dos Aflitos tenha uma depedida digna no domingo, contra a Lusa.

Série A 2013, 2ª rodada: Náutico x Vitória. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press

A tranformação dos Aflitos, dos primeiros degraus ao caldeirão

Estádio dos Aflitos em 1968. Foto: Arquivo/DP/D.A Press

O campo de futebol dos Aflitos foi aberto em 1917, sob a posse da liga pernambucana. No ano seguinte o Náutico arrendou o local por quatro anos ao custo de 250 mil réis. Gostou do bairro e acabou comprando o terreno.

Os primeiros degraus, apenas três, surgiram apenas em 25 de julho de 1939, na inauguração do estádio. O ocasião, goleada por 5 x 2 sobre o Sport.

O palco em Rosa e Silva foi sendo ampliado até a década de 1950. Ganhou a sua cara tradicional, como na imagem acima, do arquivo do Diario de Pernambuco, em 1968, ano do hexacampeonato estadual.

Só voltaria a ser ampliado em 1996, numa profunda transformação que durou até 2002, quando o Eládio de Barros Carvalho ganhou a sua versão final.

Em 2013, o ato final da casa alvirrubra, após 74 anos de história…

Estádio dos Aflitos em 2012. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A  Press

Clássico dos estádios recifenses em miniatura

Miniatura da Ilha do Retiro licenciada pelo Sport. Crédito: Sport

Sport e Náutico licenciaram os seus estádios. Em miniaturas.

O Alvirrubro apresentou o modelo durante o lançamento da programação para a despedida oficial do estádio dos Aflitos.

O Leão está na reta final de aprovação do modelo da Ilha do Retiro.

Os dois produtos foram desenvolvidos pela B2X Arte, com dimensões 14cm x 10,5cm. No Nordeste, a única peça até então havia sido o Barradão, do Vitória.

Em seu catálogo, a empresa já criou miniaturas – todas na faixa de R$ 75 – dos estádios dos principais clubes do Paraná e de Santa Catarina.

Foram três modelos em cada estado.

Analisando este contexto, não será surpreendente se esse clássico pernambucano das miniaturas se estender ao Arruda…

 

Miniatura dos Aflitos. Foto: Simone Vilar/Náutico

Pedras rolaram no Arruda, nos Aflitos e na Ilha do Retiro

Anderson Pedra na festa do Troféu Lance Final. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz

Poucas vezes uma negociação envolveu os três grandes clubes do estado de forma tão direta como na transação do volante Anderson Pedra.

O contrato do jogador com o Santa Cruz irá expirar em 31 de maio. No início do mês a direção coral acertou a sua permanência até o fim de 2014.

O pré-contrato só seria encaminhado à CBF após o fim do documento vigente.

Nesse tempo, o Sport demonstrou interesse no cabeça de área e fez uma proposta, triplicando o salário. Com tanto dinheiro na mesa, Anderson acertou.

E aí começou o verdadeiro imbróglio, pois o Rubro-negro queria firmar o acerto sem nenhuma compensação financeira ao Tricolor.

O Santa, por sua vez, alegou que o pré-contrato previa uma multa de R$ 4 milhões. O Leão não se importou e garantiu a apresentação do reforço em 1º de junho. O atleta, vale frisar, não dizia uma palavra sobre o assunto.

Eis que o Náutico entrou na jogada e aceitou pagar uma rescisão ao Santa.

O Tricolor, entendendo que poderia perder seu volante titular, articulou rapidamente a transferência para o Alvirrubro.

Bases salariais acertadas, agora com um terceiro uniforme na jogada. O acordo das diretorias rivais, a portas fechadas, travou no valor da multa, numa diferença de R$ 40 mil entre as partes. Todo o episódio já caminhava para 72 horas…

E veio o fato novo. Dirigentes de Santa Cruz e Sport enfim sentaram na mesma mesa. O time da Ilha do Retiro cobriu a proposta vermelha e branca.

Martelo batido sobre o maior craque de todos os tempos da última semana.

Anderson Pedra circulou bastante. Arruda, Ilha, Aflitos, Arruda e Ilha.

O volante mobilizou as diretorias dos três grandes clubes do Recife, com telefonemas nas madrugadas sobre valores, tempo de contrato, moedas de troca etc. No desfecho do StoneGate, ele acabou sendo o maior vencedor.

Não veremos outra história assim tão cedo. E por mais que alguns entendimentos tenham acontecido, não se engane. A rivalidade só fez crescer…

Copa do Nordeste amplamente renovada, mas insistindo na ausência do campeão

Copa do Nordeste

A Copa do Nordeste passará por uma grande renovação em 2014. Em relação ao torneio deste ano serão nove novos clubes na disputa. Entre as novidades, o Náutico, principal ausência desta temporada, marcada pelo sucesso de público. A média foi de 8.350, superior a qualquer campeonato estadual país.

Por outro lado, a ausência do atual campeão, o Campinense, expõe a maior falha do regulamento. O torneio não prevê vaga para o vencedor no ano seguinte. Todas as vagas são conquistadas nos estaduais. No Paraibano a Raposa foi eliminada na semifinal e ficou de fora do próximo regional.

Numa enquete realizada pelo blog em janeiro, com 834 votos, o públicou se mostrou 90% favorável à vaga automática para o campeão nordestino.

Isso já ocorreu no regional entre 1998 e 2000. Para reativar a ideia, a CBF teria que “mexer” nas vagas dos estados. São três lugares para pernambucanos e baianos e dois para cearenses, potiguares, alagoanos, paraibanos e sergipanos.

Sugestões, mantendo a estrutura atual com 16 participantes.

1) O campeão entraria na última vaga do seu estado. Em Pernambuco ou na Bahia, ficaria no lugar do 3º colocado. Nos demais, no do vice-campeão.

2) Levar em consideração o ranking de federações da CBF e tirar uma vaga da federação com a pior colocação. Atualmente o posto é de Sergipe.

Clubes classificados ao Nordestão 2014: Santa Cruz, Sport e Náutico (Pernambuco); Vitória, Bahia e Vitória da Conquista (Bahia); Ceará e Guarany (Ceará), Potiguar e América (Rio Grande Norte); CRB e CSA (Alagoas), Treze e Botafogo (Paraíba) e Sergipe e River Plate (Sergipe).

Jogos internacionais na rota dos clubes pernambucanos

Sporting no amistoso internacional contra o Náutico em 22 de maio de 2013, na Arena Pernambuco. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Amistosos internacionais na rota dos pernambucanos.

Em 22 de maio, Náutico e Sporting se enfrentaram na Arena Pernambuco. O alviverde de Lisboa, um dos três maiores clubes de Portugal, participou da festa de abertura do estádio idealizado para a Copa do Mundo.

Em 30 de maio é a vez do Santa Cruz, contra o Nacional da Madeira, em Maceió. O tricampeão estadual enfrentará o alvinegro da Ilha da Madeira, 8º colocado na última edição da liga portuguesa.

No primeiro caso, um amistoso com o pagamento de uma cota ao Sporting. No segundo, a agenda foi articulada a partir da excursão do clube ao Brasil.

Os amistosos envolvendo os times do Recife levantaram discussões sobre a a viabilização de partidas internacionais de forma regular na cidade.

Calendário apertado e a própria falta de interesse dos dirigentes locais deixaram os times pernambucanos por mais de uma década sem partidas do tipo.

Considerando a dupla portuguesa, não é difícil traçar uma agenda, entre maio e junho com datas livres. Nas últimas três décadas o estado só recebeu três competições amistosas com times internacionais, em 1980, 1995 e 1997.

Formato num tiro curto, com semifinal e final, organizando a tabela com rodadas duplas. Além do intercâmbio com equipes estrangeiras, ainda que de porte mediano, haveria a possibilidade de negociar os direitos de transmissão na TV.

A Arena Pernambuco seria a força motriz na articulação de um novo torneio com times do exterior? E olhe que a ideia vem do próprio exterior (veja aqui).

Sair da mesmice pode ser uma forma de capitalizar e abrir novos mercados…

Nacional da Ilha da Madeira em amistosos no Brasil em 2013. Foto: ITAWI ALBUQUERQUE/TNH1

Miniatura para eternizar os Aflitos

Maquete dos Aflitos. Foto: Yuri de Lira/DP/D.A Press

Uma miniatura de estádio de futebol do clube do coração. Quantos torcedores já não imaginaram contar com uma lembrança dessa em casa?

A maquete entra na gama de produtos oficiais atrelados à agremiação, como camisas, bandeiras e outras dezenas de quinquilharias.

O tema já havia sido abordado pelo blog justamente pela falta de miniatura dos estádios dos grandes clubes do Recife (veja aqui).

No apagar das luzes nos Aflitos, o Náutico enfim iniciou o processo no estado, lançando uma miniatura do velho estádio Eládio de Barros Carvalho.

Que Santa Cruz e Sport (que já licenciou o estádio em miniatura) sigam o caminho. A receptividade da ideia no Alvirrubro não seria difeferente no Arruda e na Ilha do Retiro…

A nova peça do Náutico atende os padrões vistos em outros clubes do país e foi produzida em São Paulo.