Cansada, a trupe do Timbus para na Máquina

Pernambucano 2012: Ypiranga 0x0 Náutico. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Além dos jogadores, quem mais teve trabalho no Náutico nesta semana foi o motorista do Timbus. Após a viagem a Santa Cruz, no interior potiguar, na quinta, foi a vez de pegar a estrada para outra Santa Cruz, essa no agreste pernambucano, neste domingo.

O desgaste do elenco alvirrubro acabou refletindo diretamente na escalação para o duelo contra a Máquina de Costura, no Limeirão.

De última hora, o técnico Waldemar Lemos, que já não contaria com o suspenso Derley, acabou poupando três titulares, a espinha dorsal do time.

Saíram o zagueiro Marlon, o meia Eduardo Ramos e o artilheiro Siloé. Todos eles pendurados com dois cartões amarelos. É bom lembrar que na próxima rodada o time terá o clássico contra o Sport, nos Aflitos. Portanto, estava no planejamento…

Contra o Ypiranga, o Timbu começou com três zagueiros e três volantes. Não esteve bem. O jogo, aliás, foi bem fraquinho, com um justo empate em 0 x 0.

O volante Souza foi o único na criação. Porém, pouco efetivo.

No segundo tempo, Waldemar ainda arriscou, colocando Rodrigo Tiuí, que cabeceou com muito perigo aos 33 minutos. O goleiro André Pereira segurou o resultado e mostrou porque o Ypiranga chegou ao sexto jogo seguido sem sofrer gols…

No Clássico dos Clássicos, desgaste não será deculpa. Para nenhum dos rivais.

Pernambucano 2012: Ypiranga 0 x 0 Náutico. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Pernambucano pode ceder datas ao Nordestão, com apoio

Nordestão. Crédito: Liga do Nordeste

Só a Federação Pernambucana de Futebol segue sem confirmar presença no Campeonato do Nordeste de 2013. Por mais que não haja dúvida sobre a participação…

A cúpula pernambucana luta por mais datas no calendário do certame local junto à CBF, que anexou o regional à temporada oficial do país (veja aqui).

Enquando a diretoria da FPF segue quebrando a cuca para encontrar uma fórmula para a próxima edição do Estadual, as três maiores torcidas pernambucanas mostram que um torneio mais enxuto, favorecendo o Nordestão, é o caminho…

Pelo menos esta foi a opinião registrada na enquete do blog, com a participação de 1.238 internautas. Rubro-negros e alvirrubros ficaram na casa dos 74%. Os tricolores ficaram com um índice mais baixo, mas não menos considerável, de 63%.

Você é a favor da redução do número de jogos no Estadual para a implantação do Nordestão no primeiro semestre de 2013?

SportSport – 722 votos
Sim – 74,24%, 536 votos
Não – 25,76%, 186 votos

Santa CruzSanta Cruz – 289 votos
Sim – 63,32%, 183 votos
Não – 36,68%, 106 votos

NáuticoNáutico – 227 votos
Sim – 74,45%, 169 votos
Não – 25,55%, 58 votos

Classificação alvirrubra na madrugada potiguar

Copa do Brasil 2012: Santa Cruz-RN 1x2 Náutico. Foto: Eduardo Maia/DN/D.A Press

Interior do Rio Grande do Norte, a 115 quilômetros de Natal.

Município de Santa Cruz, de apenas 36 mil habitantes.

Na primeira participação do time local na Copa do Brasil, um horário ingrato, fora da rotina da pacata cidade. Jogo às 22h desta quinta-feira.

Numa clássica falta de organização do futebol brasileiro, a partida foi agendada tão tarde para atender ao pleito da emissora de televisão com os direitos de transmissão.

Por problemas técnicos, a exibição foi abortada previamente.

Só não lembraram do relógio…

De alguma forma, isso acabou sendo melhor para o Náutico, jogando sem pressão alguma no estádio Ibezerão, com 1.249 torcedores. Alvirrubros, inclusive (veja aqui).

Em campo, uma disparidade técnica visível. Ao Timbu, era fazer como outros clubes da Série A nesta temporada e garantir a vaga logo de cara, sem vacilo.

Assim como o rival rubro-negro, a classificação saiu. Suada, nos descontos.

A vitória timbu por 3 x 1 começou a ser desenhada aos 14 minutos, quando o ala esquerdo Jefferson cruzou e o zagueiro César Marques, estreante da noite, cabeceou.

Na etapa final, Binho, atacante do Santa Cruz genérico, até deu trabalho. Primeiro, mandou no travessão de Gideão. Depois, empatou de cabeça.

Os comandados do técnico Waldemar Lemos, sem deixar o tom dominante em campo, partiram pra cima e voltaram a ficar em vantagem com Auremir.

Aos 46 minutos, na pressão pernambucana, Derley recebeu de Siloé e confirmou a vaga. Marcou o gol, festejou e logo depois se mandou para o Timbus, já na madrugada.

Se a classificação foi rápida, nada melhor que aproveitar o tempo extra. A volta ao Recife foi logo em seguida. Vaga, lanche, banho e pé na estrada.

Agora, o Alvirubro espera o vencedor da chave entre Fortaleza e Comercial-PI.

Vai ter tempo suficiente para estudar o adversário…

Copa do Brasil 2012: Santa Cruz-RN 1x2 Náutico. Foto: Eduardo Maia/DN/D.A Press

#BoraTimbu

O departamento de relacionamento e marketing do Náutico lançou uma campanha voltada para as redes sociais do clube, fortalecendo a hashtag #BoraTimbu.

A expressão, já nas graças da torcida no Twitter, deve virar uma marca alvirrubra na internet. Abaixo, o vídeo institucional para participar da campanha promocional.

Para isso, basta tirar uma foto com a mensagem #BoraTimbu e enviá-la para o e-mail oficial do clube, relacionamento@nautico-pe.com.br. Prêmios na lista.

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Árbitro Fifa na FPF, de Wilson Souza a Sandro Meira Ricci

Fifa

Com o emblema da Fifa na braçadeira, o árbitro Sandro Meira Ricci foi incorporado ao quadro pernambucano. Foi contratado pela FPF após se desligar do Distrito Federal.

Ricci, um dos dez brasileiros com status Fifa, chega para suprir uma lacuna local desde outubro de 2007, quando Wilson Souza perdeu o distintivo da entidade.

Quatro anos e cinco meses sem um juiz de peso na Comissão Estadual de Arbitragem.

De cara, ele deve se tornar o árbitro da final do Estadual. Como há um sorteio pela frente, é preciso trazer outro árbitro gabaritado para garantir a tranquilidade na final.

Indicar um juiz de outra federação para jogos esporádicos faz parte da estrutura do futebol brasileiro, mas a “importação” definitiva é bem incomum…

Ricci é o terceiro árbitro importado pela FPF nos últimos dez anos. Antes dele, apenas Antônio Hora Filho, de Sergipe, e Emerson Batista, da Paraíba. Razoáveis, e olhe lá.

Ou seja, Sandro Meira Ricci é o principal juiz já contratado em Pernambuco. Estava mesmo na hora de ocorrer alguma mudança efetiva, com o nível máximo.

A fórmula de um campeão estadual em 14 partidas

Quadro de matemática

Na teoria, o número de clubes está com um papel secundário no novo Estadual. O campeonato poderá ter 12, 14, 16 ou até 20 clubes. Sendo economicamente viável…

O motivo principal da mudança, sem mistério algum, é o retorno do Nordestão. No entanto, o torneio chega com a necessidade de 12 datas no calendário oficial da CBF.

Seriam seis jogos na fase de grupos e mais dois a cada estágio do mata-mata, com quartas de final, semifinal e a grande decisão regional.

Como encaixar esse produto em uma agenda apertada, com 26 datas no Pernambucano, três a mais que o máximo permitido pela Confederação Brasileira de Futebol?

Ao blog, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, afirmou que precisa de pelo menos 14 datas após o Campeonato do Nordeste. Impossível conciliar com um número menor.

Essa quantidade seria apenas para a fase final do Estadual, pois o dirigente não abre mão de uma fase preliminar com os times à parte do regional, visando a arrecadação.

Considerando uma etapa inicial sem os grandes clubes, presentes de forma paralela no Nordestão, o certame local precisaria de 20 datas ao todo.

Há vários dias, o mandatário da FPF e sua diretoria vêm realizando reuniões com a apresentação de modelos para futuras tabelas, em busca de uma solução.

O dirigente já foi ao Rio de Janeiro duas vezes para conversar com a cúpula da CBF sobre o mesmo assunto. Espera uma ajuda na formação do calendário oficial de 2013.

Então, poderemos ter um campeão estadual com apenas 14 jogos?

A última vez em que uma equipe jogou tão pouco para erguer a taça foi em 1946, com o Santa Cruz, 13 vezes. O recorde “negativo” pertence ao Sport, com 6 jogos em 1917.

Curiosidade: o campeão que mais jogou foi o Leão, em 1982, com 48 jogos.

Química

A força não está mais com o torcedor Jedi

Jedi

Lançado através de pequenas canetas direto das arquibancadas, o laser se transformou num péssimo exemplo de comportamento do torcedor nos jogos de futebol do país.

O laser, com a mira apontada quase sempre nos olhos dos jogadores, sobretudo nos goleiros, é prejudicial à saúde. É o ponto fundamental para descaracterizar a ação.

O feixe de luz atravessa a córnea, passando pelo cristalino até atingir à retina. Ou seja, não tem nada de catimba, provocação, rivalidade etc.

O veto, que vinha sendo controlado pela segurança nos estádios, quando um torcedor era identificado praticando a ação, agora deverá aumentar.

O projeto de Lei nº 393/2011 visa proibir o uso de caneta laser (laser point), ou qualquer outro objeto similar, em todos os estádios pernambucanos.

O projeto já foi parcialmente aprovado na Assembleia Legislativa do estado.

A punição ocorreria em dois tempos. Ao ser flagrado na primeira vez, o torcedor receberia uma advertência. Na segunda, multa de até R$ 10 mil… Fim do Jedi.

Laser point

Trocando as bolas, S11 e T90 Strike

Bolas da Nike (azul) e Penaly (rosa) para a Copa do Brasil e Pernambucano de 2012, respectivamente. Foto: Alexandre Barbosa/Diario de Pernambuco

Para evitar surpresas com as bolas oficiais, como a Jabulani, só treinando bastante…

Desde o início da temporada, os clubes pernambucanos vêm jogando com a bola S11, da Penalty, o modelo oficial do Estadual. Tem a cor rosa.

Agora, com o início da Copa do Brasil, a bola oficial será a T90 Strike, da Nike. Azul.

Portanto, treinamentos específicos nos Aflitos, no Arruda e na Ilha do Retiro com os dois tipos. Na dianteira da fila, atacantes, cobradores de falta e, sobretudo, goleiros…

A bola do mata-mata nacional custa R$ 59. Descrição: “A bola da Copa do Brasil foi utilizada na última Série A. O produto, costurado à máquina, é confeccionado em laminado, com 32 gols. Tem câmara em butil, que garante maior retenção do ar.”

A bola do Pernambucano custa R$ 49,90. “É construída em oito gomos, pesa entre 420 e 445 gramas e mede de 68,5 a 69,5 centímetros. A bola possui o sistema Termotec, que a torna impermeável, mais rápida, macia e com maior durabilidade, além de ter menor deformação e mais precisão”.

Uma terceira bola deverá fazer parte da rotina dos clubes durante o Brasileirão, uma vez que a Nike costuma lançar novos modelos no segundo semestre.

Share das torcidas pernambucanas na TV

As 10 maiores audiências da Globo na transmissão do Pernambucano de 2011

Pesquisas quantitativas, média de público e, agora, audiência na televisão.

Assunto suficiente para fomentar debates sobre a participação das torcidas do estado.

Os dados oficiais do Ibope em relação à audiência local na TV costumam ser divulgados publicamente em doses homeopáticas.

No entanto, as emissoras contam com estudos completos para “consumo interno”.

Neste post, gráficos do plano comercial elaborado pela Rede Globo Nordeste para o Estadual de 2012, com os dados da transmissão da última edição (veja aqui).

O Sport aparece sete vezes no top ten, nos sete primeiros lugares. O Santa Cruz vem em seguida, com cinco partidas. Em terceiro, o Náutico, com quatro.

Na última decisão, 28% dos 3,7 milhões de habitantes do Grande Recife ficaram diante do televisor na partida que deu o título aos corais. Fora os 62 mil presentes no Arruda.

Na média, os jogos do Pernambucano são acompanhados por 526 mil pessoas…

Dos 22 jogos do Estadual já exibidos ao vivo na telinha neste ano, entre sinal aberto e ppv, duas partidas tiveram os números de audiência revelados na web.

1) Ypiranga 1 x 0 Santa Cruz, com 26 pontos (50% de share), em 29 de fevereiro.

2) Sport 4 x 3 Náutico, com 18 pontos (48% de share), em 5 de fevereiro.

Abaixo, o perfil do torcedor/telespectador do Campeonato Pernambucano.

Audiência da Globo no Pernambucano de 2011

As arquibancadas recifenses sem o TCN

Todos com a Nota

Náutico, Santa Cruz e Sport já jogaram oito vezes com o mando de campo no Estadual.

O blog vem acompanhando rodada a rodada a média de público da competição, considerando os dados absolutos (veja aqui).

Esse post, contudo, vai focar apenas o público pagante. A alta média do Campeonato Pernambucano de 2012 foi tema de um debate no programa Redação SporTV.

“Acho que (o TCN) distorce um pouco. Eu não sou contra, não, mas a gente fica sem saber realmente o quanto o torcedor tiraria do bolso se tivesse que assistir ao jogo”

Esse foi o questionamento de um dos jornalistas presentes na mesa, André Fontenelle, chefe de redação do SporTV em São Paulo (veja aqui).

Eis os dados dos grandes clubes considerando somente a arquibancada “paga”.

Santa Cruz
Santa CruzPúblico pagante: 89.656 pessoas
Média: 11.207 (44,5% do público total)
Renda: R$ 1.465.265
Média do bilhete: R$ 16,34

Sport
SportPúblico pagante: 65.570 pessoas
Média: 8.196 (46,9% do público total)
Renda: R$ 1.055.240
Média do bilhete: R$ 16,09

Náutico
NáuticoPúblico pagante: 24.384 pessoas
Média: 3.048 (27,1% do público total)
Renda: R$ 451.470
Média do bilhete: R$ 18,51

Vamos a algumas observações sobre os números, disponíveis no site oficial da FPF.

1) A média coral seria alta de todo jeito, em qualquer torneio regional do país.
2) O Rubro-negro teve a maior participação de público pagante no número total.
3) O ingresso praticado nos Aflitos é o mais caro da capital. Dois reais a mais.

4) O mais importante. Os números acima devem ser analisados com a ponderação de que ainda há uma gama enorme de torcedores que vão através do Todos com a Nota.

Nada indica que todos esses torcedores deixariam de ir aos jogos. Em 2007, na única edição sem subsídio desde 1998, devido à transição do Futebol Solidário para o Todos com a Nota (TCN), o torneio acabou sendo realizado apenas com ingressos pagos.

A média do Sport foi de 18.824, seguido por Santa (8.812) e Náutico (7.176). Portanto, a promoção não pode ser apontada como desculpa para o fiasco de outros Estaduais…