O marketing instantâneo do esporte

Homenagem da Adidas ao recorde de Messi, superando a marca de Gerd Müller, de 1972. Crédito: Adidas

Com a velocidade das redes sociais e o crescente volume de pssoas conectadas, há cada vez menos espaço para ideias publicitárias de longa gestação.

No esporte, imagens publicitárias são reveladas pelas empresas instantes depois ao feito alcançado, ao título conquistado ou até mesmo a uma derrota histórica.

Publicidade acompanhada de produtos, uma vez que o objetivo é fazer dinheiro.

Neste domingo, bastou Messi marcar 2 gols com o Barcelona e chegar a 86 em 2012, tornando-se o maior goleador em um ano, para a Adidas homenageá-lo. Marketing puro.

O argentino superou os 85 gols anotados pelo alemão Gerd Müller em 1972 (veja aqui).

Curiosamente, Müller também calçava uma chuteira produzida pela fabricante de material esportivo. Era o modelo “Adidas 2000”, que apesar do nome tinha uma tecnologia jurássica se comparada às levíssimas chuteiras da atualidade.

Com o recorde de Messi, nada melhor que promover a AdiZero f50, utilizada por Messi.

Parabéns a Messi sim, mas faturando, e muito, ao mesmo tempo. Não se surpreenda se logo depois algum vídeo viral cair na rede. Faz parte da trama da campanha all in.

Esse é  mercado atual, cada vez mais integrado à internet, às redes sociais, ao olhar instantâneo do público. Um minuto de atraso tornou-se uma eternidade nos negócios…

A maior artilharia de uma temporada

Lionel Messi 2012 x Gerd Muller 1972. Crédito: twitter.com/messistats

Messi não cansa de fazer história.

O argentino vem quebrando recordes e mais recordes. Mais gols pelo Barcelona, liderança em uma temporada na Espanha, no primeiro tempo, no segundo…

Neste mar de estatísticas, uma indiscutível, no forno.

Nada menos que o maior número de gols em um ano.

A marca pertencia ao alemão Gerd Müller, que anotou incríveis 85 gols em 1972, somando jogos oficiais pelo Bayern de Munique e pela seleção da Alemanha Ocidental.

Entre os tentos pelo Barça e pela Argentina, La Pulga chegou a 86 neste domingo.

Bastaram 24 minutos de bola rolando contra o Bétis, fora de casa, para o craque balançar as redes duas vezes. O feito foi repercutido de forma imediata mundo afora.

Esse recorde, nem Pelé. Em 1958, aos dezessete anos, o Rei fez 75.

Messi vinha de uma lesão. Se curou rapidamente, entrou em campo e fez o de sempre. De lambuja, se tornou o maior goleador do Barcelona na liga espanhola, com 192 gols.

Sempre do seu jeito, pra lá de objetivo. Veloz, habilidoso e finalizador.

A conta, claro, não conta as inúmeras assistências aos companheiros de equipe. E olhe que esse não foi o último jogo de Lionel Messi em 2012…

Aos 25 anos, ele chegou aos 86 gols em 66 partidas, com média de 1,3. Assista abaixo.

Como base de comparação, eis os dados dos times pernambucanos neste ano, com todos os jogadores: Sport, 91 gols, 67 partidas; Náutico 84/65; Santa, 81/46.

O hermano vem em uma curva profissional ascendente e sem data para acabar.

Rivalidade à parte, assistir ao futebol desse gênio é gratificante. E 2014 e logo ali…

Voo turco nas abas de Kobe Bryant e Lionel Messi

Kobe Bryant e Lionel Messi estrelam comercial da Turkish Airlines. Foto: Turkish Airlines/divulgação

Dois dos mais populares atletas do mundo, Lionel Messi, craque do Barcelona, e Kobe Bryant, astro dos Lakers, tiveram trabalho para disputar a atenção de uma criança…

A mistura de futebol e basquete está no comercial da companhia aérea Turkish Airlines, em um divertido vídeo que alcançou a marca de 15 milhões de acessos em 3 dias.

Nos últimos dois anos, a empresa ganhou o prêmio “Europe’s Best Airline”, oferecido pela consultoria britânica Skytrax.

No Brasil, por enquanto, a Turkish Airlines só aterrissa em Guarulhos, em São Paulo.

Nota-se que o objetivo da propaganda é universalizar a marca turca. Gol e cesta.

Futebol como inspiração, matéria-prima e arte

Arte o futebol. Crédito: www.fantasista.co.uk/

Matéria-prima: jornais e revistas sobre esportes.

Objetivo: transformar as imagens das publicações em colagens e, em seguida, animações.

Tema: futebol.

O artista inglês Richard Swarbrick vem desenvolvendo uma ideia bem distinta para reproduzir momentos históricos em vídeos cada vez mais populares na internet.

No post, dois exemplos da exposição Fantasista – The Art of The Number 10.

Golaço do argentino Maradona contra a Inglaterra na Copa do Mundo de 1986.

Show de Lionel Messi no clássico Barcelona x Real Madrid.

Fair Play Financeiro para moderar as gestões nos clubes

Financial Fair Play

No futebol, alguns clubes apresentam um poder de compra ilimitado. Ou pelo menos apresentavam, uma vez que uma nova era se aproxima na administração das equipes.

A gastança promovida por Chelsea e Paris Saint-Germain, turbinados por bilionários sem perspectiva de retorno num prazo aceitável, acendeu a luz amarela na Uefa sobre a competitividade imposta pela soma vultosa de dinheiro no esporte do Velho Mundo.

A partir disso foi elaborado o Fair Play Financeiro. Criado em 2009, o projeto deverá ser implantado de forma oficial a partir da temporada 2013/2014 (veja aqui).

1) Introduzir mais disciplina e racionalidade nas finanças dos clubes;
2) Diminuir a pressão sobre salários e verbas de transferências e limitar a inflação;
3) Encorajar os clubes a competir apenas com valores das suas receitas;
4) Encorajar investimentos a longo prazo no futebol juvenil e em infraestruturas;
5) Proteger a viabilidade a longo prazo do futebol europeu;
6) Assegurar que os clubes resolvem os seus problemas financeiros a tempo e horas.

Os seis pontos visam evitar a bolha econômica que vem se formando nas últimas temporadas com uma elevação das despesas acima da média.

Por fim, a regra será fundamentada na “punição”, que pode ir da perda de pontos à exclusão de campeonatos, dependendo do modelo de gestão.

Abaixo, o debate promovido pela Universidade do Futebol, com comentaristas, representantes do Ministério do Esporte e profissionais de gestão e marketing.

No Brasil, o primeiro passo deste tipo surgiu no Campeonato Paulista. O clube que chegar a três meses de atraso de salário perderá pontos no torneio.

Você aprovaria essa ideia no futebol pernambucano?

Mais sócios, mais receita, mais responsabilidade

Cartão de sócio do Barcelona

Reforçar o quadro de sócios tornou-se primordial para equilibrar as finanças dos clubes de futebol. A explicação é a fidelização da torcida, mesmo sem frequentar os jogos. Fato que proporciona números gigantescos nos associados em dia.

A empresa argentina de marketing Gerardo Molina & Asociados divulgou um ranking com os clubes com mais sócios no planeta em 2012. Entre os dez primeiros, dois brasileiros.

1º) Barcelona (Espanha) – 222.987
2º) Manchester United (Inglaterra) – 202.445
3º) Benfica (Portugal) – 187 mil
4º) Bayern de Munique (Alemanha) – 156 mil
5º) Porto (Portugal) – 145 mil
6º) River Plate (Argentina) – 121 mil
7º) Internacional (Brasil) – 112 mil
8º) Boca Juniors (Argentina) – 102 mil
9º) Real Madrid (Espanha) – 98 mil
10º) Corinthians (Brasil) – 82 mil

Cartão de sócios do Manchester United

Empate técnico entre Messi e Cristiano Ronaldo, em 2012

Bola de Ouro da Fifa. Crédito: Fifa/divulgação

Um prêmio cobiçado, quase sempre entregue a quem de fato trata a bola com maestria.

Seja na finalização certeira ou na qualidade do passe, da visão de jogo.

Desde 1991, quando o prêmio de melhor jogador foi criado pela Fifa, apenas um defensor saiu vencedor. O italiano Cannavaro, campeão mundial com a Azzurra em 2006.

Nos demais anos, a Bola de Ouro ficou doze vezes com atacantes e oito com meias.

Em 2012, o prêmio está encaminhado mais uma vez para o ataque, corroborando a tese de que a plasticidade é essencial para tornar um jogador como o melhor do mundo.

No futebol, destruir é mais fácil que construir. Quem constrói, fica à frente. O valor das negociações para os atletas da linha ofensiva mostra essa diferença.

Pois bem. Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, duas “unanimidades” sobre o futebol atual, devem voltar à disputa particular pelo status de melhor do planeta (veja aqui).

Atual tricampeão, o argentino poderá ser o primeiro jogador eleito quatro vezes como o melhor. Já o português quer reconquistar a bola dourada após quatro edições.

Abaixo, a opinião das torcidas pernambucanas, mostrando o equilíbrio sobre a eleição. A resposta será divulgada apenas em 7 de janeiro de 2013, em Zurique, na Suíça.

Quem é o favorito para vencer o prêmio de melhor do mundo em 2012?

Sport – 459 votos
SportLionel Messi – 50,54%, 232 votos
Cristiano Ronaldo – 47,05%, 216 votos
Outro jogador – 2,39%, 11 votos

Náutico – 292 votos
NáuticoLionel Messi – 47,94%, 140 votos
Cristiano Ronaldo – 48,63%, 142 votos
Outro jogador – 3,42%, 10 votos

Santa Cruz – 254 votos
Santa CruzLionel Messi – 50,78%, 129 votos
Cristiano Ronaldo – 43,70%, 111 votos
Outro jogador – 5,51%, 14 votos

O melhor jogador de futebol do mundo em 2012

Lionel Messi x Cristiano Ronaldo. Crédito: http://messivsronaldo.net/

Os números dos dois craques impressionam.

Lionel Messi pelo Barcelona e Cristiano Ronaldo pelo Real Madrid vêm encantando o mundo do futebol há algum tempo. Em todos os campos, diga-se.

O português foi o melhor do mundo em 2008 e o argentino domina o prêmio desde 2009.

Em 2012, a disputa pela eleição da Fifa aparece de forma aberta. A entrega da Bola de Ouro será em 7 de janeiro do ano que vem, em Zurique, na Suíça.

Acompanhe as estatísticas dos “rivais” em um site específico sobre a dupla aqui.

Gols, jogos, assistências, competições etc.

Comparativo das temporadas passadas: 2009/2010, 2010/2011 e 2011/2012.

Os dados de 2012/2013 estão apenas no começo, mas já em ritmo alucinante…

Quem é o favorito para vencer o prêmio de melhor do mundo em 2012?

  • Sport - Lionel Messi (26%, 191 Votes)
  • Sport - Cristiano Ronaldo (24%, 179 Votes)
  • Náutico - Cristiano Ronaldo (13%, 97 Votes)
  • Santa Cruz - Lionel Messi (12%, 91 Votes)
  • Náutico - Lionel Messi (11%, 85 Votes)
  • Santa Cruz - Cristiano Ronaldo (11%, 83 Votes)
  • Santa Cruz - Outro jogador (1%, 7 Votes)
  • Sport - Outro jogador (1%, 6 Votes)
  • Náutico - Outro jogador (0%, 2 Votes)

Total Voters: 741

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Senyera ou mosaico à parte, a torcida do Barça faz história

Mosaico no clássico Barcelona 2x2 Real Madrid, em 2012

No gramado, o superclássico foi um jogaço. Empate em 2 x 2 neste domingo.

Pelo Barcelona, dois gols de Lionel Messi.

Pelo Real Madrid, dois gols de Cristiano Ronaldo.

Nas arquibancadas do Camp Nou, show à parte da torcida do Barça.

Comemorando os vinte anos de mosaicos no estádio, o clube preparou uma ação histórica, com a bandeira da Catalunya.

Até que a concepção do projeto e a sua execução ficaram bem parecidos…

Um mosaico com o apoio de 98 mil pessoas. Ou “senyera” como se diz na língua catalã…

O entrave do lado emocional e o discurso tático no futebol

Série A 2012: Sport 2x1 Cruzeiro. Foto: Sport/divulgação

Faltando dez rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, o técnico Waldemar Lemos foi demitido do Sport. O anúncio ocorreu neste sábado.

Ele encontrou a equipe leonina em uma situação crítica. Na Ilha, foram dez jogos, com três vitórias, quatro empates e três derrotas. Sai consciente de que não é o problema.

O post, contudo, vai focar a guerra fria entre psicólogos e estragistas no futebol.

O índice de Waldemar, 43,3%, foi insuficiente para tirar o time na zona de rebaixamento. Nos Aflitos, onde comandou o Timbu durante 60 jogos, o aproveitamento foi de 56,6%.

Nos dois rivais, o mesmo perfil. Tranquilo, focado, agregador. Sempre trabalhando o lado psicológico dos atletas, dia a dia, de forma individual. Era uma prioridade o bem-estar.

Tecnicamente falando, realizou alguns treinos pouco ortodoxos. Pelo menos externamente. No grupo, parecia ter apoio nos dois elencos em relação às atividades.

Taticamente, tentou extrair características distintas das peças à disposição.

Um atacante de área fora da área, outro atacante limintando-se a fechar os espaços pelas alas, como um marcador etc. A ressalva, plausível, é que no futebol atual “todo mundo marca”, citando nada menos que o Barcelona na explicação.

Guardiola no Barcelona. Foto: www1.skysports.com

De fato, esta é a atitude do Barça. Porém, o brilhante time montado por Pep Guardiola não foi obra do acaso, mas um trabalho desde as categorias de base.

Para impor isso na escala profissional, do marco zero, é preciso haver um plantel técnico, homogêno. Nem sempre será possível converter um atleta desta forma.

Nem mesmo trabalhando o lado emocional, diante da limitação com a bola nos pés.

A passagem de Waldemar Lemos no futebol pernambucano deixou evidente a importância de uma base forte no comportamento do grupo. A necessidade de confiança.

Não se vive apenas de estatísticas e projeções. O lado psicológico é fundamental.

Assim como também é uma preparação tática apurada, antenada à modernidade, sem esquecer das diferenças técnicas encontradas em cada plantel.

A estratégia no esporte jamais pode ser deixada de lado ou subjugada. De opções em contragolpes à compactação da defesa. Sim, com a participação de todos em campo.

Uma organização fundamentada na capacidade da equipe e na formação do adversário.

Isso vale no Camp Nou, Aflitos e Ilha do Retiro…

Waldemar Lemos no Náutico. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco