Marcação implacável em Forlán

Diego Forlán na zona mista da Copa América após Uruguai 1x0 México. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

La Plata – Após brilhar em campo e ser eleito o melhor da partida pela organização da Copa América, Diego Forlán precisou encarar uma muralha de repórteres.

Na desorganizada zona mista na sequência de Uruguai 1 x 0 México, com jornaistas, voluntários, torcedores e curiosos, os jogadores das duas seleções passaram em um corredor de cerca de 50 metros, com painéis dos patrocinadores no fundo.

A cada passo, uma novas entrevistas. Alguns atletas, ainda desconhecidos, saíram rapidamente para os ônibus oficiais, mas falaram pelo menos uma vez.

Forlán não… O blog acompanhou o trajeto do camisa 10 da Celeste do começo ao fim.

Foram quase 20 minutos para percorrer 50 metros. Ele parou em seis focos diferentes com câmeras de TV e radialistas.

Paciente, o uruguaio procurou atender à imprensa, sobretudo a de seu país, com preferência na hora das respostas, pois eram dez perguntas feitas ao mesmo tempo.

Agora, imagine essa zona mista no estádio Cemitério de Elefantes, no sábado.

Diego Forlán e Lionel Messi no mesmo corredor. Coragem…

América 16 – Rumo à Santa Fé. Rumo ao clássico

Copa América 2011: Uruguai 1x0 México. Foto: AFA/divulgação

La Plata – Assim como ocorreu com a Argentina, o Uruguai entrou em campo no desfecho da chave C sabendo o que era preciso fazer para seguir na Copa América.

A vitória do Chile sobre o Peru deixou a Celeste na cômoda situação de poder empatar para fugir do precoce choque contra os argentinos, nas quartas de final, em Santa Fé.

Não houve arrumadinho, catimba ou corpo mole. Com a sua melhor atuação até aqui, o time de Forlán venceu o México por 1 x 0, pela primeira vez em cinco confrontos na Copa América, e avançou.

O Uruguai se preocupou apenas em jogar futebol e agora enfrentará os hermanos do Rio da Prata, no clássico com o maior número de jogos entre seleções. A briga por uma vaga na semifinal, no sábado, será o 178º jogo desde 1902 (veja aqui).

Vale a ressalva: a vitória da Argentina parece ter instigado os favoritos…

Abaixo, o gol da vitória uruguaia, registrado pelo blog.

Craque puxa a fila

Copa América 2011: Uruguai x México. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

La Plata – Melhor jogador da Copa do Mundo de 2010, o meia Diego Forlán tem plena consciência do que representa não só para seleção como para todo o seu país.

Na chegada do ônibus da Celeste no estádio Único, às 20h30, o craque do Atlético de Madri saiu logo puxando a fila. Sequer parou no vestiário…

Ele foi logo com o grupo para o gramado, ainda de terno, para sentir o calor da hinchada uruguaia presente em grande número na cancha de La Plata.

Forlán ainda não apresentou o mesmo futebol visto na África do Sul? Ok, mas ele não fugiu da responsabilidade.

Ao pisar no campo, o grupo celeste foi ovacionado pela torcida…

O futebol charrúa está em em “casa”.

América 9 – A história ainda será feita em Mendoza

Copa América 2011: Argentina 1x1 Uruguai. Foto: AFA/divulgaçao

Buenos Aires – Se a cidade de Jujuy já se despediu da Copa América após dois jogos, agora finalmente ocorreu a estreia de Mendoza, a quarta maior cidade do país.

Com 1 milhão de habitantes e um estádio com 45 mil lugares (Malvinas Argentinas), Mendoza estará presente até a semifinal do torneio.

Lá, a história do futebol já se fez presente. Em 1978, no último Mundial na América do Sul, o holandês Resenbrink anotou o gol nº 1.000 das Copas.

A noite desta sexta-feira, certamente, não foi um dos maiores capítulos esportivos de Mendoza, mas Uruguai e Chile fizeram uma partida de muita luta, com sete cartões.

Na Celeste, ressabiada pelo tropeço diante do time do Peru, duas chances perdidas nos primeiros 45 minutos com Suárez (travessão) e Forlán. E só.

No segundo tempo, aos 8, Pereira, após boa trama dentro da área, finalizou rasteiro. Festa uruguaia, curta. Maior aposta da Roja, Alexis Sanchéz empatou.

O empate em 1 x 1 deixou o caminho aberto para a história,, inclusive em Mendoza.

Copa América 2011: Uruguai 1x1 Chile. Foto: AFA/divulgaçao

América 5 – Celeste também escondeu o jogo

Copa América 2011: Uruguai 1x1 Peru. Foto: AFA/divulgação

Buenos Aires – Em San Juan, no início de uma rodada dupla pelo grupo C, mais um favorito não correspondeu à expectativa…

Antes da abertura da Copa América, os três campeões mundiais do continente eram apontados como “Argentina de Messi”, “Brasil de Neymar” e “Uruguai de Forlán”.

Equipes com uma “cara”, de qualidade. Porém, depois dos empates dos dois primeiros países contra Bolívia e Venezuela, respectivamente, a Celeste seguiu o caminho e também empatou com uma equipe tecnicamente inferior.

O empate em 1 x 1 com o Peru, nesta segunda, manteve o torneio sem brilho nos gramados, devido à economia dos atacantes.

Após os gols na primeira etapa, Diego Forlán, eleito como o melhor jogador do último Mundial, teve uma chance daquelas para virar o jogo.

Na frente da barra, cara a cara com o goleiro… Isolou. Chutou por cima.

Mas, assim como brasileiros e argentinos, os uruguaios ainda têm crédito na Copa América. O bom futebol pode, sem problemas, voltar na próxima rodada. É o limite.

Copa América 2011: Uruguai 1x1 Peru. Foto: Conmebol/divulgação

Que em 2014 seja como 1994

Jogador uruguaio Diego Forlán, eleito como o melhor da Copa do Mundo de 2010. Foto: Comebol/divulgaçãoA Copa do Mundo de 2010 acabou em 11 de julho, na África do Sul, mas só agora, cinco meses depois do desfecho, o uruguaio Diego Forlán recebeu da Fifa o prêmio de melhor jogador da competição (veja AQUI).

Com muita técnica, o meia-atacante, atleta do Atletico de Madri, carregou a Celeste Olímpica nas costas até a semifinal do Mundial.

Ao receber o troféu, ele sucedeu Zinedine Zidane, eleito como o melhor em 2006.

Projetando para a próxima edição, em 2014, quem desponta para o prêmio?

1982 – Paolo Rossi (Itália, campeã)
1986 – Diego Maradona (Argentina, campeã)
1990 – Salvatore Schillaci (Itália, 3º lugar)
1994 – Romário (Brasil, campeão)
1998 – Ronaldo (Brasil, vice)
2002 – Oliver Kahn (Alemanha, vice)
2006 – Zinedine Zidane (França, vice)
2010 – Diego Forlán (Uruguai, 4º lugar)

Que em 2014 o melhor jogador da Copa do Mundo volte a atuar na seleção campeã, de forma incontestável, de preferência como em 1994…

Nos devolva em 2014

Réplica oficial da Taça Jules Rimet de 1950, conquistada pela seleção do Uruguai em pleno Maracanã. Imagem no Museu do Futebol, em Montevidéu. Foto: Maria Carolina Santos/Diario de Pernambuco

Montevidéu – A campanha do Uruguai na Copa do Mundo de 2010, com a suada 4ª colocação, mudou o país. Os craques viraram estrelas. O atacante Luis Suárez – aquele mesmo que evitou com as mãos o gol de Gana no último minuto das quartas de final – está na capa da revista Caras, na versão local (veja AQUI). O meia Forlán, eleito como o melhor jogador do Mundial da África, estampa outdoors pela capital charrúa. A camisa azul celeste (ou moletom, por causa do frio) caminha nas ruas em massa.

Na imprensa local – e são quatro jornais diários em Montevidéu -, a seleção nacional realmente renasceu. Se no Brasil a atualização do ranking da Fifa rende apenas uma nota discreta, no país vizinho é uma matéria ampla, como trouxe o principal periódico do Uruguai, o El Pais. A reportagem de duas páginas (no estilo tablóide) aborda a mudança no ranking mundial – o time caiu do 6º para o 7º lugar -, já levantando a projeção para próximo mês, além de uma análise (veja AQUI).

O título no jornal, no caderno Ovación: A recuperar el sexto lugar del ranking. Virou uma obsessão manter a Celeste no topo do futebol mundial. A semifinal alcançada após 40 anos não quer ser retratada como acaso. É ilustrada como um marco.

No início deste mês, o time goleou duas vezes na Ásia, sendo 7 x 1 na Indonésia e 4 x 0 na China. Os resultados, atrelados à permanência do técnico Oscar Tabárez, condicionam a equipe a um raro favoritismo nas Eliminatórias para a Copa de 2014. A última vez que se classificou de forma direta foi para a edição de 1990. E olhe que o time vem penando. Ficou de fora em 1994, 1998 e 2006.

Esse princípio de “favoritismo”, na visão dos próprios uruguaios, aumenta ainda mais quando eles lembram que a próxima Copa do Mundo será no Brasil. Aí a história ganha corpo. Uma campanha no mesmo Brasil onde o pequeno país (cuja área tem 62,5% do território do Rio Grande do Sul) conquistou a sua maior façanha? É demais.

O Maracanazo está nas veias da população. É algo marcado na cidade. Ao lado do Centenário encontra-se uma praça em homenagem aos heróis de 1950. No museu dentro do estádio, a réplica oficial da Taça Jules Rimet de 1950, em um saguão com uma foto gigantesca do Maracanã com 200 mil pessoas naquele trágico 16 de julho.

Eu tentei “recuperar” a taça durante a passagem por lá… Não deu. Mas que o Uruguai não invente de querer pegar mais uma vez a taça encomendada para o Brasil. Em Montevidéu, esse desejo já é real.

Foto do Maracanã em 1950 no Museu do Futebol, no estádio Centenário, em Montevidéu. Foto: Maria Carolina Santos/Diario de Pernambuco

Corporativismo continental

Revista da Conmebol - Julho/Agosto de 2010Como não poderia deixar de ser, o craque uruguaio Diego Forlán estampa a capa da nova edição da revista da Conmebol, que acaba de ser divulgada.

A revista, editada a cada dois meses, traz o resumo das seleções sul-americanas na Copa de 2010, com destaque para o semifinalista Uruguai e o Bola de Ouro do Mundial, Forlán.

É curioso, porém, o corporativismo da revista ao falar da participação do continente no Mundial.

“A Copa do Mundo da África do Sul colocou novamente a América do Sul no mais alto nível, com os nossos cinco representantes entre os dez primeiros colocados” (veja AQUI).

De fato, foi muito representativa a participação da Conmebol na Copa do Mundo de 2010, mas os três primeiros lugares da competição ficaram com o futebol da Europa. Assim, o Velho Mundo tomou, consequentemente, a hegemonia de títulos, virando o placar (10 x 9).

Mangá celeste

Diego Forlán, a la desenho animado "Supercampeões"

Craque da Copa do Mundo de 2010.

O meia uruguaio Diego Forlán nunca esquecerá a sua passagem pela África do Sul com a camisa da seleção celeste.

O bola de Ouro do Mundial agora virou desenho animado… Inspirado no clássico japonês “Supercampeões” (veja AQUI).

E olhe que o camisa 10 ainda ganhou uma música na animação, feita para os torcedores do Uruguai, que ainda festejam o 4° lugar no Mundial. Confira o vídeo!

A música é do grupo Golden Vuvuzelas, enquanto o vídeo foi produzido pela OptimusPraino. Em tempo: notaram a presença ilustre de Luis Suárez?!

El balón de oro.

Para seguir Diego Forlán no Twitter, clique AQUI.

All-Star Team da África

Seleção da Copa de 2010

Ao todo, 736 jogadores viajaram para a África do Sul para a disputa do Mundial de 2010. Deste total, 533 jogaram pelo menos uma vez nos campos africanos. E após um mês e 64 jogos, onze jogadores realmente mostraram um grande futebol e foram eleitos para a seleção oficial da Copa. A Fifa divulgou nesta quinta-feira a lista oficial. Confira:

Taça da Copa do MundoGoleiro: Iker Casillas (Espanha)
Lateral-direito: Maicon (Brasil)
Zagueiros: Puyol (ESP) e Sérgio Ramos (ESP)
Lateral-esquerdo: Philipp Lahm (Alemanha)
Volantes: Schweinsteiger (Alemanha) e Xavi (ESP)
Meias: Sneijder (Holanda) e Iniesta (Espanha)
Atacantes: Forlán (Uruguai) e David Villa (ESP)

Técnico: Vicente del Bosque (Espanha)

Seis espanhóis na equipe, além do comandante. Foi o ano da Fúria! Merecidamente campeã mundial.

A votação mais alta foi de David Villa, com 61,33%.

Três laterais foram eleitos, todos pelo lado direito! Apesar de Sergio Ramos ter atuado como lateral, ele foi eleito como zagueiro – mas a dupla espanhola foi Puyol/Pique. A ala direita ficou com Maicon. Já o alemão Lahm ficou com a esquerda, pois ele realmente inverteu bastante os lados do campo durante a campanha germânica. Houve uma “carência” de um bom lateral-esquerdo de origem?

Curiosidade: os três apoiadores do time (Xavi, Iniesta e Sneijder) têm 1,70m…

O que você achou da seleção oficial da Copa do Mundo de 2010? Comente!

Veja mais no site da Fifa clicando AQUI.

Apesar de Forlán ter recebido a Bola de Ouro como melhor jogador, o Índice Castrol, que mede atuação do atleta através de um software, apontou Sérgio Ramos como o melhor de todos! Nesse ranking, o meia da Celeste ficou apenas em 46° lugar…