Ainda com sede provisória e numa equipe formada por apenas cinco peritos criminais, o Laboratório de Perícia e Pesquisa em Genética Forense de Pernambuco está conseguindo desvendar, em média, 30 a 40 casos de crimes sexuais por mês. Desses, 10% a 20% dos suspeitos – alguns deles presos – são considerados inocentes, graças aos exames de DNA.
O laboratório, inaugurado em 2012, virou referência no Norte-Nordeste.
“Estamos conseguindo resolver os casos com mais agilidade porque o estado passou a coletar melhor as amostras, como saliva, pêlos e manchas de sangue”, afirmou a gestora do laboratório, Sandra Santos. Segundo ela, em geral, os suspeitos de envolvimento em abusos sexuais não se negam a fornecer material genético para análise, o que facilita o confronto de dados para comprovação da autoria do crime.
Mensalmente, a polícia encaminha ao laboratório 70 amostras para estudo. Aproximadamente metade deles estão relacionados aos abusos sexuais. Os cinco peritos que formam a equipe em Pernambuco possuem especialização e mestrado em genética ou biologia molecular. Uma auxiliar legista, especialista em perícia criminal, completa o grupo.
No último mês, peritos do Instituto de Criminalística do Piauí procurou apoio de Pernambuco para desvendar oito casos, sendo quatro relacionados a identificação de cadáveres e outros quatro sobre crimes de cunho sexual. “Em duas semanas de trabalho, concluimos todas as análises”, contou a gestora do laboratório.
Além do Piauí, estados como Tocantins e Maranhão também encaminham material para estudo no laboratório pernambucano, cuja sede provisória fica em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes. A Secretaria de Defesa Social prometeu para outubro do ano passado a inauguração da sede permanente, mas as obras atrasaram e ainda não há nova previsão para conclusão. O prédio, que será mais amplo, ficará em Santo Amaro, área central do Recife.
Nesta quinta-feira está fazendo um ano que a modelo Danielle Solino Fasanaro, 35 anos, foi assassinada pelo tatuador Emerson Du Vernay Brandão, 27, que se apresentou à polícia com o nome de André Cabral Muniz. Ele tinha um relacionamento com a vítima e resolveu cometer o crime quando a jovem disse que não queria mais continuar a relação.
Hoje, os familiares e amigos de Danielle participarão de uma missa em memória da sua alma. A celebração acontecerá às 19h na igreja do Morro da Conceição. Os familiares contam com a presença de todos. O suspeito pelo crime que aconteceu em Olinda, no Grande Recife, segue preso no Centro de Triagem, em Abreu e Lima. Até agora apenas uma audiência de instrução foi realizada.
Criado em 2001, na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, o programa Cure Violence vem obtendo bons resultados no quesito redução de violência em comunidades carentes. A organização treina membros da localidade para que eles passem a fazer a intermediação nos conflitos existentes na região e evitar que novos ocorram.
Segundo o diretor internacional da Cure Violence, Brent Decker, o homicídio é a 2ª causa principal de morte dos norte-americanos com idades entre 15 e 34 anos. Em passagem pelo Recife, na semana passada, Brent participou do seminário Prevenindo Homicídios e Interrompendo o Ciclo da Violência, na UFPE, a convite do professor e pesquisador José Luiz Ratton.
Durante o evento, o ex-presidiário Frankie Sanchez, que deixou a prisão há cerca de seis anos, falou sobre a sua experiência como interruptor de violência na comunidade onde mora.
Entrevista especial >> Frankie Sanchez
“Passei 25 anos da minha vida preso”
O que você fazia antes de entrar para o Cure Violence?
Eu nasci em Chicago, nos Estados Unidos, nunca conheci meu pai e perdi minha mãe quando tinha apenas cinco anos. Aos 11 de anos de idade passei a fazer parte de uma gangue e, aos 13, fui preso por ter atirado em uma pessoa. Poucos anos depois, fui libertado e voltei para as ruas. Quando completei 18 anos fui detido novamente porque acabei cometendo um homicídio. No total, acabei passando 25 anos da minha vida dentro das unidades prisionais norte-americanas. Hoje estou com 47 anos e consegui retomar a minha vida. Quando eu voltei para casa, foi muito difícil encontrar um emprego. Foi então que um amigo me convidou para fazer parte do Cure Violence. Achei que era uma boa opção. Agora fiz a escolha certa.
Como foi a sua infância sem a presença do seu pai e com a morte da sua mãe quando você tinha apenas cinco anos?
Não foi fácil viver sem os meus pais desde muito novo, mas também não posso dizer que foi a ausência deles que me fez entrar no mundo do crime. Acabei fazendo coisas erradas e ainda muito novo já estava envolvido com a criminalidade. Além disso, mesmo depois que já estava preso, continuei comandando gangues e participando de crimes durante dez anos. Foi uma escolha minha mesmo. Escolhi o caminho errado.
Quais foram os crimes que você cometeu e o que o levou a fazer isso?
Primeiro, ainda quando era adolescente, atirei contra uma pessoa e fui punido por isso. Foi uma retaliação. Depois, numa briga entre dois grupos, acabei matando uma pessoa, que também estava atirando contra o meu carro. Fui condenado a 70 anos de prisão. Em comunidades como a minha era frequente os garotos novos entrarem no mundo do crime devido à falta de oportunidades. Hoje desenvolvo trabalhos com muitos jovens que são filhos de amigos meus.
O que você fez durante todos esses anos na prisão?
Além de aprender a tratar com todo tipo de criminoso, também continuei ordenando a prática de crimes do lado de fora da prisão. No entanto, também aproveitei o tempo encarcerado para estudar. Durante a internação na unidade para adolescentes, terminei o colegial. Na prisão de adultos, continuei os estudos, mas quando estava perto de conseguir minha liberdade acabei sendo transferido para uma unidade de segurança máxima porque eu era apontado como um líder de gangue. Lá eu ficava preso numa cela solitária durante 23 horas. Tinha apenas uma hora para sair do castigo. Com isso, acabei sem terminar meus estudos. Como agora estou livre e trabalhando, vou voltar a estudar e fazer uma faculdade. E agora vai ser mais fácil porque o programa vai pagar meus estudos. Tenho que me dedicar bastante.
Você já recebeu afrontas ou ameaças das pessoas com as quais precisa trabalhar?
Inicialmente, eu compareço no local onde está ocorrendo o fato, às vezes até em tiroteios, mas preciso resolver a situação e sair fora. As pessoas podem fazer o que quiserem comigo. Podem me ameaçar, agredir verbalmente, contanto que não me agridam fisicamente. Se não houver pessoas me agredindo, se não partirem para bater em mim ou tentar alguma coisa do tipo, eu sei me controlar.
O que você sente vendo tantas pessoas jovens sendo assassinadas na sua comunidade?
Meu coração fica quebrado. Eu faço todo o possível para que o pior não aconteça. Fico muito triste quando vejo as pessoas da minha comunidade sendo presas ou assassinadas. Já perdi as contas de quantos funerais eu acompanhei de pessoas conhecidas depois que deixei a prisão. Meu trabalho não é uma profissão fácil. Trabalho com o pior do pior. Em agosto do ano passado, eu levei um tiro e as pessoas da comunidade ficaram muito tristes. É um trabalho penoso, mas precisamos seguir em frente.
Quantas pessoas você acredita que conseguiu tirar do mundo do crime?
Se cada uma das pessoas dessas comunidades tivesse uma profissão decente, seria muito mais fácil tirá-las do mundo do crime. No entanto, fica praticamente impossível dizer quantas vidas eu consegui salvar com o meu trabalho. O nosso objetivo é reduzir ao máximo o número de assassinatos na comunidade. Na semana passada, uma pessoa foi baleada na minha comunidade e eu fui até lá. A primeira providência que a gente deve tomar é tirar as crianças e os adolescentes daquele ambiente negativo. Tenho que fazer com que as pessoas se afastem daquela situação. Nosso trabalho exige que tenhamos ouvidos atentos, para evitar tudo de ruim que possa vir a acontecer. Hoje eu sei exatamente a postura que preciso ter para chegar nas comunidades. Além disso tenho feito palestras em várias escolas.
O que a comunidade acha desse trabalho realizado por profissionais como você?
Logicamente, eles têm uma visão muito positiva, já que envolve a vida dos filhos, dos primos, dos sobrinhos, enfim, dos parentes deles. Todo mundo torce para que o programa tenha bons resultados. Por exemplo, na comunidade onde eu moro, Little Village, muitas crianças e adolescentes acabam se espelhando no exemplo dos interruptores para mudar de vida. Eles precisam acreditar no trabalho que estamos fazendo. Quando vejo grupos de jovens no meio da rua, e identifico que alguma daquelas pessoas não é legal, chego perto e mando os meninos irem para casa. Muitas vezes nós assumimos o papel de irmão, de pai e temos contato com vários líderes de gangue.
Saiba mais
O programa:
Cure Violence ou Curando a Violência
Área de atuação:
Estados Unidos, Honduras e Quênia
Ano de criação:
2001
Objetivo:
Evitar conflitos e mortes nas comunidades carentes
Modelo:
O modelo de trabalho é baseado na experiência pessoal de cada pessoa
Exemplo:
O Núcleo de Estudos e Pesquisas em Criminalidade, Violência e Políticas Públicas de Segurança da UFPE estuda a possibilidade de implantar programas parecidos de empoderamento e mediação comunitária em algumas áreas do Recife
A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, disse hoje (18) que as denúncias de violência contra a mulher recebidas pelo Ligue 180 nas últimas três semanas aumentaram em 60%. As ligações passaram de uma média de 12 mil para 20 mil por dia.
Eleonora Menicucci atribuiu esse aumento à campanha nacional “Violência contra as mulheres – Eu ligo”, que visa a estimular as denúncias por meio da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180. A campanha foi lançada no dia 25 de maio e incluiu um novo aplicativo para celular chamado Clique 180, que pode ser baixado na internet.
O aplicativo permite o acesso direto ao Ligue 180 e contém informações sobre os tipos de violência contra a mulher, dados de localização dos serviços da rede de atendimento e proteção, além de sugestões de rota para chegar até eles.
“A violência contra a mulher é uma chaga que estamos combatendo cotidianamente. É possível combatê-la por meio de políticas públicas de prevenção, proteção e punição aos agressores e por campanhas que mudam a cultura da violência no nosso país, como a campanha ‘Eu ligo’”, disse Eleonora, que participou do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.
A ministra ainda informou que foram relatados dois estupros de turistas estrangeiras desde o início da Copa do Mundo. Os crimes, segundo ela, foram cometidos por um brasileiro e um estrangeiro. “Mas já está resolvido, tudo foi apurado. Elas já foram embora”, relatou.
Eleonora repudiou as vaias e ofensas à presidenta Dilma Rousseff na abertura da Copa, na Arena Corinthias, o Itaquerão. “Foi lamentável, foi execrável. As mulheres brasileiras se sentiram agredidas e humilhadas. O Conselho Nacional dos Direitos da Mulher soltou uma nota lamentando e repudiando. Tem preconceito por ela ser uma mulher também”.
A ministra ainda informou que a primeira Casa da Mulher Brasileira deverá ser inaugurada em Brasília até o fim de setembro. A estimativa é inaugurar dez casas até o fim do ano. Esses centros integrarão serviços públicos de segurança, acesso à Justiça, saúde, assistência social e orientação para o trabalho, emprego e renda em 26 capitais.
A família do empresário Wodisney Rodrigues Martins, 33 anos, morto em maio, conseguiu na Justiça o direito de exumar o corpo que estava enterrado como indigente no Cemitério Parque das Flores, no Sancho. O desembargador José Américo Pereira de Lira autorizou a exumação para que a família leve o empresário ao estado de Goiás, sua terra natal.
Depois de ter passado 12 dias sem identificação no necrotério do Instituto de Medicina Legal (IML), o corpo de Wodisney, que só foi identificado por familiares a partir de fotografias, acabou sendo enterrado como indigente.
A decisão do desembargador foi dada no dia 29 de maio, mas o corpo de Wodisney só foi exumado no dia 6 de junho. “Agora o corpo está no IML novamente. Estamos esperando apenas uma documentação para levá-lo para Goiás”, revelou a viúva do empresário, Roberta Câmara Vieira. Segundo o advogado João Donato, foi preciso fazer um novo pedido à Justiça para alterar a certidão de óbito do empresário.
“Como na certidão dele ainda consta como indigente, terá que ser feita outra, com a real identificação, para que o corpo possa ser finalmente enterrado pelos parentes”, esclareceu Donato.
Wodisney Rodrigues foi encontrado morto no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, no dia 9 de maio. A princípio, o crime pode ter sido latrocínio (assalto seguido de morte), isso porque o carro, o notebook e a carteira da vítima não foram localizados.
Segundo o delegado Ramon Teixeira, que investiga o caso, a polícia já sabe o que motivou o assassinato e descobriu toda a dinâmica do crime. “A investigação está muito bem encaminhada, mas não posso dar muitos detalhes. Estamos trabalhando para prender os suspeitos”, disse o policial.
A juíza Maria Segunda Gomes de Lima, da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Olinda, decidiu que os réus Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Torreão Píres e Bruna Cristina Oliveira da Silva vão a júri popular pelo homicídio quadruplamente qualificado, vilipêndio e ocultação de cadáver de Jéssica Camila da Silva Pereira.
A sentença de pronúncia foi proferida pela magistrada na última sexta-feira e já contém a data do julgamento: dia 20 de outubro deste ano, às 9h. A defesa dos réus ainda pode recorrer da decisão da juíza.
Segundo a denúncia do Ministério Público de Pernambuco, a vítima Jéssica Camila da Silva Pereira, então com 17 anos, foi assassinada pelos acusados no mês de maio de 2008, em Olinda. O corpo da adolescente foi partido em pedaços. O trio guardou a carne para consumo humano e ocultaram os restos mortais. Após o crime, os réus também passaram a criar a filha da vítima. Uma das acusadas, Bruna Cristina, ainda assumiu a identidade de Jéssica Camila.
“Ante o exposto, por tudo o mais que dos autos consta, nos termos do art. 93, inciso IX, da Constituição Federal e do art. 413, do Código de Processo Penal, pronuncio os acusados Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Torreão Píres e Bruna Cristina Oliveira da Silva devidamente qualificados na presente ação”, escreveu a juíza na sentença de pronúncia. Os acusados vão permanecer presos até o dia do júri popular.
Os três réus estão sendo acusados por homicídio quadruplamente qualificado (por motivo fútil, com emprego de meio cruel, sem dar chance de defesa à vítima e para assegurar impunidade, ocultação e outros crimes) e ainda vilipêndio e ocultação de cadáver.
A Academia Integrada de Defesa Social – ACIDES, considerando o previsto na Portaria Conjunta SAD/SDS nº. 101, de 31 de agosto de 2009, prorrogada pela Portaria Conjunta SAD/SDS n° 09 de 18 de fevereiro de 2013 e a deliberação Ad Referendum da Câmara de Política de Pessoal – CPP nº. 045, de 01 de abril de 2014, autorizando a convocação de mais 2.000 (dois mil) candidatos, para prosseguirem no certame público destinado ao preenchimento de cargos de Soldado da Polícia Militar de Pernambuco,
RESOLVE:
1. Divulgar a lista dos candidatos, que serão convocados para serem submetidos aos Exames de Aptidão Física, Exames Médicos e Avaliação Psicológica, todos eliminatórios, conforme o itens b, c e d da Portaria Conjunta SAD/SDS nº. 101, de 31 de agosto de 2009.
2. Na listagem fornecida pela instituição que à época realizou o certame público, os candidatos estão relacionados por ordem de classificação e por critério de desempate de maior idade, respeitando o limite previsto na Lei Complementar nº. 108, de 14 de maio de 2008, alterada pela na Lei Complementar nº. 256, de 17 de dezembro de 2013 (no máximo, 28 anos de idade completos na data de inscrição no concurso público).
Moradores, turistas e frequentadores da praia de Porto de Galinhas, no Ipojuca, litoral sul pernambucano, poderão ficar um pouco mais tranquilos no quesito segurança. Isso porque a Secretaria Municipal de Defesa Social fez a entrega de novos equipamentos para aumentar o patrulhamento nas ruas.
A Guarda Municipal foi contemplada com seis novas bicicletas com kits compostos de acessórios de proteção, além de rádio de comunicação e lanternas. Além disso, a praia de Porto de Galinhas também ganhará dois novos tablados em madeira, que servirão de base para os quadriciclos que circulam pela localidade.
A Prefeitura do Ipojuca também disponibilizou novos equipamentos de isolamento, utilizados principalmente em eventos públicos e que tem o objetivo de conter a multidão, formando um corredor para evitar a invasão.
Com informações da assessoria de comunicação do Ipojuca.
Depois de passar quatro meses engavetado, o inquérito que apura a morte do promotor de Justiça Thiago Faria Soares, 36 anos, morto em 14 de outubro do ano passado, voltará a ser investigado. No entanto, frustrando o pedido dos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPPE, a Polícia Civil seguirá com a apuração e não a Polícia Federal.
Isso porque o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de liminar formulado pela Procuradoria-Geral da República, que após acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS) entendeu que as investigações poderiam passar a ser feita pela Polícia Federal. O pedido de federalização do caso foi feito pelo MPPE, em fevereiro deste ano, por achar que a Polícia Civil não estaria realizando um bom trabalho.
Em sua decisão, o ministro Rogerio Schietti Cruz disse que não encontrou motivos para o deslocamento de competência da investigação. E ressaltou ainda “que o instituto de deslocamento de competência é utilizado em situações excepcionalíssimas, em que efetivamente houver demonstração concreta de risco de não cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Estado brasileiro seja parte, até para não se banalizar esse instrumento e não esvaziar a competência da Justiça Estadual.” O ministro encerra a decisão afirmando que “à vista do exposto, nego provimento ao agravo regimental.”
Neste sábado, o assassinato do promotor completa oito meses. Desde o início da apuração, apenas um homem foi preso, por suspeita de ser o executor do promotor. O agricultor Edmacy Cruz Ubirajara passou 60 dias sob custódia no Cotel e foi solto por falta de provas. O cunhado dele, o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo, apontado pela polícia como o mandante do assassinato, está com a prisão decretada e segue foragido apesar do Disque-Denúncia oferecer recompensa de R$ 10 mil por informações que levem à sua captura.
Thiago foi assassinado na rodovia PE-300, entre as cidades de Águas Belas e Itaíba, quando seguia para o trabalho. Ele estava acompanhado da noiva, a advogada Mysheva Martins, e um tio dela. Ambos escaparam sem ferimentos.
A segunda tentativa da defesa de tirar o médico Cláudio Amaro Gomes, 57 anos, da prisão também não teve resultado posivito. Ontem, a juíza Inês Maria de Albuquerque, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Jaboatão dos Guararapes, negou o pedido de revogação da prisão temporária do suspeito.
Segundo a polícia, o médico é suspeito da morte do cirurgião Artur Eugênio de Azevedo Pereira, morto no último dia 13 de maio. Cláudio Amaro e o seu filho, Cláudio Amaro Gomes Júnior, 32, também suspeito de ter participado do crime, estão presos desde o dia 3 de junho no Centro de Triagem (Cotel), Abreu e Lima.
No início da semana, o pedido de habeas corpus para o médico já havia sido negado pelo desembargador Marco Maggi, da 4ª Câmara Criminal. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a revogação indeferida da juíza foi baseada na decisão de Maggi.