Filhos de policiais mortos em serviço podem receber bolsa de estudo

Os ministérios da Educação e da Justiça estão preparando proposta para apoiar a formação universitária de filhos de policiais mortos em serviço. A ideia inicial é conceder uma bolsa de estudo por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni). A informação é do ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

“É uma perda que não é compensável, que é enterrar o pai por estar fardado em serviço e é assassinado de forma covarde pelo crime organizado. É muito pouco em termos financeiro, mas é o mínimo que o Estado deve fazer para as famílias desses policiais”, disse hoje (7) Mercadante durante cerimônia no Ministério da Educação. O ministro informou que será preciso ajustes na legislação para garantir esse direito aos filhos de policiais mortos em serviço.

O Ministério da Justiça está fazendo um levantamento para identificar o perfil do público a ser beneficiado. “A partir desse cadastro, vamos estabelecer o direito de acesso a programas específicos, como o ProUni”, explicou Mercadante.

Na manhã de hoje, Mercadante e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciaram 90 mil bolsas gratuitas de capacitação profissional, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), para detentos e aqueles que já deixaram a prisão. O total de vagas será ofertado até 2014.

Da Agência Brasil

 

Tratamento psicológico de policiais pode ser custeado pelo fundo de segurança pública

A Câmara analisa o Projeto de Lei 4456/12, do Senado, que permite a utilização de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) para custear programas de assistência psicossocial para policiais e bombeiros militares. Dependentes e cônjuges desses profissionais também poderão ser beneficiados.

De acordo com o autor da proposta, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), os riscos relacionados a essas profissões causam sequelas psicológicas que se refletem no comportamento do profissional, além de interferir no convívio familiar. “Os jornais divulgam a toda hora casos trágicos de suicídios e homicídios causados por policiais, em parte acometidos por situação psicológica instável”, argumenta.

Atividade de policiais oferece riscos à saúde. Foto: Juliana Leitao/DP/D.A Press

 

Instabilidade
O senador afirma ser cada vez mais comum policiais recorrerem à psicoterapia em razão das características de suas atividades. Para Calheiros, esse quadro de instabilidade emocional também atinge os familiares dos policiais, “principalmente quando se sabe que aqueles que convivem com os profissionais da segurança pública são alvos preferidos do crime”.

Criado pela Lei 10.201/01, o FNSP financia projetos de reequipamento, treinamento e qualificação profissional; de criação de sistemas de informações, inteligência, investigação e estatísticas policiais; de estruturação e modernização da polícia técnica e científica; e programas de polícia comunitária e de prevenção ao delito e à violência.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Da Agência Câmara

 

Deputados querem apuração mais rígidas para mortes cometidas por agentes do Estado

Projeto em tramitação na Câmara cria regras para a apuração de mortes e lesões corporais decorrentes das ações de agentes do Estado, como policiais. Pela proposta (PL 4471/12), esses casos deverão ter rito de investigação semelhante ao previsto para os crimes praticados por cidadãos comuns. A proposta foi apresentada pelos deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Fábio Trad (PMDB-MS), Delegado Protógenes (PCdoB-SP) e Miro Teixeira (PDT-RJ).

Atualmente, o Código de Processo Penal (Decreto-Lei 3.689/41) autoriza qualquer agente público e seus auxiliares a utilizarem os meios necessários para atuar contra o suspeito que resista à prisão . Não prevê, no entanto, as regras para a investigação do uso de força nesses casos.

Inquérito imediato
Pela proposta, sempre que a ação resulte em lesão corporal ou morte, a autoridade policial competente deverá instaurar imediatamente o inquérito para apurar o fato, sem prejuízo, inclusive, da prisão em flagrante. Ministério Público, Defensoria Pública, órgão correcional competente e Ouvidoria deverão ser comunicados imediatamente da instauração do processo.

Assim como é previsto para os crimes comuns, na investigação dos incidentes decorrentes da chamada “resistência seguida de morte ou lesão corporal” deverão ser recolhidos todos os objetos envolvidos no evento. Em caso de morte, as autoridades devem requisitar também o exame pericial do local.

Corpo de delito
Ainda conforme o projeto, em todos os casos de morte violenta envolvendo agentes do Estado também deverá ser realizado exame de corpo de delito interno. Hoje, pelo Código de Processo Penal, esse exame é opcional em todos os casos. O laudo da apuração deverá ser entregue à autoridade requisitante e à família da vítima em até dez dias, prossegue o texto.

Fotos instantâneas de cadáveres
O projeto torna ainda obrigatória a documentação fotográfica de cadáveres “na posição em que forem encontrados”, bem como das lesões externas e de vestígios deixados no local. Os peritos deverão também juntar esquemas e desenhos da ocorrência. Atualmente, o código determina que essa documentação é facultativa.

Os deputados afirmam que diversos pressupostos fundamentais de uma investigação eficaz têm deixado de ser adotados nesses casos. Conforme relatam os profissionais que atuam com esta temática, dizem os autores, a análise empírica de inúmeros autos de inquéritos aponta que vários deles apresentam deficiências graves, como a falta de oitiva de todos os envolvidos na ação, a falha na busca por testemunhas desvinculadas de corporações policiais e a ausência de perícias básicas, como a análise da cena do crime.
“A deficiência das investigações desses casos não só representa uma clara violação dos direitos humanos, como também uma violação de tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário”, afirmam.

Tramitação
A proposta será analisada pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votada no Plenário.

Da Agência Câmara

 

ADEPPE faz campanha para valorizar profissionais

 

Os delegados da Polícia Civil do estado já estão recebendo e-mails da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (ADEPPE) informando sobre a realização da Campanha de Valorização do Delegado. Os associados estão sendo orientados a irem buscar adesivos e panfletos que já estão prontos na sede da ADEPPE. Além disso, serão colocados nas ruas outbus e outdoors onde está escrito que a Justiça começa na delegacia com o delegado cidadão. A iniciativa chega em boa hora. Isso porque todo mundo sabe da insatisfacação da categoria com as suas condições de trabalho, falta de profissionais e com a remuneração. Recentemente, um grupo de delegados resolveu entregar os plantões que estavam fazendo em jornadas extras alegando excesso de trabalho.

 

 

Alguns delegados já estão aderindo à campanha e inclusive postando a imagem acima em suas páginas nas redes sociais como forma de ressaltar a importância da sua profissão. Sem falar ainda que muitos policiais estão ansiosos nesses últimos dias devido às mudanças de comando. Além da troca do chefe de polícia, outros novos cargos foram criados e muitos delegados promovidos. Alguns postos ainda estão sem nomes definidos. No entanto, muitos desses delegados estão com a estima lá embaixo e a ADEPPE está tentando ajudar. Entre as principais características da instituição estão a vigília constante na defesa dos direitos e interesses dos delegados e delegadas de polícia e a preocupação com o planejamento, elaboração e implementação de políticas públicas de segurança que atendam aos anseios da sociedade pernambucana.