Mais uma vez o Governo deixou a desejar o aumento dado para quem ganha benefícios acima de um salário mínimo do INSS. Aposentados e pensionistas terão de amargar o aumento de 6,15%. Já quem ganha apenas um salário mínimo teve um aumento mais significativo, na casa dos 9%.

O problema do aumento de 6,15% é que não cobre as despesas do custo de vida que o país possui. Com sucessivos aumentos desse tipo, o aposentado se vê sacrificado ao ver que o salário não dá para nada. O salário vai sendo achatado ao longo dos anos e perde o poder de compra.

Para que o aumento do INSS possa manter o poder aquisitivo do salário e o mesmo vigor de antes, é necessário que o aumento acompanhe a mesma intensidade com que as despesas vêm tendo para comprar o leite, o pão, a conta de luz etc. É o chamado aumento real.

Todavia, o Governo costuma dar aumentos que não repõem as perdas. Nos últimos anos têm sido assim. Poucas foram as vezes que a Previdência proporcionou um reajuste de benefício, para quem ganha acima de um salário mínimo, capaz de superar os índices da economia que medem os gastos de consumo.

 

Mês/ano Aumento para  quem   ganha acima do SM Aumento Real
1998                   4,81 Aumento Real
1999                   4,61
2000                   5,81
2001                   7,66
2002                   9,20
2003                 19,71 Aumento Real
2004                   4,53
2005                   6,36 Aumento Real
2006                   5,00 Aumento Real
2007                   3,30
2008                   5,00
2009                   5,92 Aumento Real
2010                   7,72 Aumento Real
2011                   6,47
2012                   6,08
2013                   6,15

É por causa desses acúmulos de reajustes ridículos que os aposentados e pensionistas vêem, impávidos, seus benefícios encolherem ao longo do tempo. Além de divulgar o novo reajuste, o teto pago pela Previdência será elevado para R$ 4.157,05, quando até 2012 era de R$ 3.916,20. Até a próxima.