Fonte: serprooltrj.wordpress.com

Vida de aposentado no Brasil não é nada fácil. Ainda mais quando se tem do outro lado a Previdência Social, que adora criar novidades para enxugar os cofres públicos. Novidades essas nem sempre benéficas aos aposentados e pensionistas. Hoje, 24 de janeiro, dia do aposentado, a categoria tem mais a reclamar do que comemorar a data. O endurecimento das regras de concessão de aposentadoria e a política de reajustamento dos salários são as principais queixas de quem está na inatividade.

Para quem acaba de se aposentar, a dica é não perder tempo para ver se existe erro no salário. Antigamente, antes de 1997, o aposentado não precisava se agoniar em fazer isso. Sempre era possível reclamar os direitos na Justiça, sem restrição de prazo. Hoje, porém, a legislação fixa 10 anos a partir da concessão para quem quiser reclamar seus direitos. Depois disso, não tem mais conversa.

A porta do Judiciário termina sendo o principal alento dos aposentados brasileiros. Inocentemente ou não, assusta a quantidade de erros que o INSS comete ao fazer as contas dos salários dos segurados. Erros esses que quase sempre geram prejuízo em desfavor do aposentado. Por isso, o processo judicial termina sendo o caminho para se minimizar as perdas salariais e restabelecer o poder de compra da aposentadoria. Advogados e o serviço da defensoria pública da União são os instrumentos para se checar as perdas nos benefícios.

Outra dica é não perder muito tempo com processos administrativos no próprio INSS. Se a discussão já leva mais de 6 meses, ligue o sinal de alerta do bom-senso. Internamente, a Previdência reluta em garantir direitos básicos dos aposentados, mesmo quando existem decisões favoráveis na Justiça sobre o tema. E, além disso, submete o aposentado a uma espera muito grande na solução do problema. Por isso, as vezes é melhor correr logo para a Justiça.

Guardar documentos antigos é outra dica importante. Papel velho e amarelo não deve ir para o lixo, mas para o processo. O lixo vai se reverter em dinheiro. São eles que muitas vezes servem para corrigir e refutar o que está no banco de dados do CNIS (cadastro nacional de informações sociais) da Previdência. E até mesmo garantir uma grana a mais no salário de aposentadoria. Por isso, nunca é demais arquivar, por exemplo, contracheques a partir de 1994, carteiras profissionais, cópia de ações trabalhistas, as guias GPS e os formulários técnicos de registros ambientais (como SB-40 e PPP).

Para quem ainda pensa em virar aposentado, todo cuidado é pouco. O INSS adora mudar as regras do jogo, com a partida em andamento! Ele cria novos critérios de concessão, sem prever regras de transição para os antigos, que já estão no sistema e contribuindo mensalmente. Por isso, é importante não investir todas as fichas no INSS. Contribuir paralelamente com previdência privada, fazer um pé de meia em caderneta de poupança, investir em ações e aluguéis de imóveis são formas de complementar a renda na velhice.

O Blog Espaço da Previdência faz uma singela homenagem para todas aquelas pessoas que trabalharam duro, por anos a fio, para garantir uma aposentadoria mais digna, numa etapa da vida tão importante como na inatividade. Até a próxima.