A Copa do Desprezo

Copa Sul-AmericanaQual é o propósito dos clubes brasileiros na Copa Sul-Americana?

Será que os dirigentes não perceberam o sucesso do Internacional, que conquistou a edição de 2008?

E olhe que Colorado ergueu a primeira taça para o país diante do Estudiantes de La Plata, que neste ano ganhou nada menos que a Libertadores.

Pela Sul-Americana, o Boca Juniors foi eliminado na quarta pelo Vélez Sarsfield, também de Buenos Aires, e a lamentação da torcida xeneize foi geral com a saída da copa.

Já no Brasil… Vimos o Atlético-MG com um time ultra “B” em Goiânia diante do Goiás, que mesmo com a equipe principal não conseguiu levar sequer 10 mil pessoas ao Serra Dourada. Foram apenas 5.527 pagantes. Surreal. 😯

No Rio de Janeiro, o velho mosaico azul da torcida do Botafogo no Engenhão. Contra um Atlético-PR poupando geral para a ‘final’ contra o Sport pela Série A, no sábado…

A televisão paga (caro) e recebe um produto de segunda linha… O torcedor então… Esse parece nem merecer satisfação na visão dos mandatários.

E assim segue a sina brasileira na segunda competição mais importante do continente. Os times brasileiros passam o ano lutando para ficar na zona de classificação do Brasileirão à Copa Sul-Americana, mas no ano seguinte a desprezam sem pena.

São 8 vagas para o país (fora a de atual campeão), mas mesmo assim só assistismo a jogos vazios. Pré-temporada de Estadual é mais animada. É impossível não imaginar como seria a participação de Náutico e Sport na Sul-Americana. Será que os Aflitos e a Ilha do Retiro ficariam da mesma forma? Duvido.

Passo a passo de uma arena

Manual de estádios da Fifa

Que a Copa do Mundo vai dar trabalho, todo mundo já está vendo. Mas de vez em quando é bom esmiuçar o que a Fifa exige de fato para os 12 projetos selecionados para o Mundial de 2014.

O Portal Copa 2014 fez um levantamento interessante sobre o caderno de encargos da Fifa para competição internacionais. Todas as exigências – divididas em 11 tópicos – foram compiladas em um manual de 250 páginas, publicado pela entidade máxima do futebol em 2004.

O caderno, cujo nome é Football stadiums technical recommendations and requirements (recomendações e requisitos técnicos para estádios de futebol), foi utilizado já na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, e também já vem sendo adotado pela África do Sul para a edição do ano que vem.

O imagem do post lista os pontos do manual, cujo “resumo” está abaixo. 😈

1º) Pré-construção – Estudo de viabilidade econômica, demanda, localização, proximidade à infraestrutura da cidade. Decisão sobre a capacidade de público, com mínimo de 30 mil para jogos internacionais, 50 mil para final da Copa das Confederações e 60 mil para a final da Copa do Mundo.

2º) Orientação de campo – O ideal é a norte/sul. Porém, a direção pode mudar de acordo especificidades regionais.

3º) Segurança – Sinalizações, plano de escoamento, sala de controle com visão panorâmica e câmeras de segurança.

4º) Estacionamentos – Com 60 mil lugares, o estádio deve ter 10 mil vagas para carros e 500 para ônibus; existem ainda tópicos sobre público VIP, delegações, mídia, caminhões de transmissão de TV e transmissão via satélite, veículos de emergência e segurança, além de heliporto

5º) Área de jogo – Para a Copa do Mundo, a Fifa exige gramados de 105m x 68m. O ideal é que não tenha barreira alguma entre o campo e arquibancada

6º) Vestiários e acessos – Área de entrada exclusiva para jogadores e árbitros. O vestiário do visitante deve ter pelo menos 150 metros quadrados (maior que muitos apartamentos no Recife 😯 ). Para estádios multiuso, a Fifa exige pelo menos 4 vestiário.O túnel de acesso deve ter um mínimo de 4m de largua e 2,2m de altura.

7º) Conforto do público – Cobertura da arquibancada, assentos com 47cm de largura e 30cm de altura no encosto. Pontos-cegos na arquibancada são inaceitáveis. Para melhorar a visibilidade, as placas de publicidade podem ter, no máxima, 1m de altura. O estádio também deverá ter pelo menos 5 pontos de venda para cada 1.000 torcedores, e equipado com TV, para poder acompanhar ao jogo.

8º) Hospitalidade – Na prática, a área VIP. Durante a Copa, existirá outra categoria, a VVIP, reservada para presidentes de federações nacionais e suas comitivas. Devem ser camarotes para até 20 pessoas, além de uma sala de uso comum.

9º) Mídia – Um dos maiores tópicos do caderno. São os seguintes pontos: cabines de imprensa (com internet de banda larga), rádio, TV, estúdios de televisão (no mínimo 3), centro de mídia, sala de coletiva de imprensa (100 repórteres), zona mista (para até 250 profissionais) e flash interview positions.

10º) Energia e iluminação – Instalação de geradores de energia para evitar qualquer tipo de atraso por falta de energia. Refletores com potência de 3.500 lux na iluminação horizontal e 4.200 lux na iluminação vertical, contra 3.400 lux e 2.500 lux, respectivamente, exigidos em jogos nacionais.

11º) Green Gol (sustentabilidade) – Tópico com o objetivo de reduzir a emissão de gás CO2, focando: Água, resíduos, energia e transporte.

Maioridade europeia

Liga EuropaCopa da UegaComeça a nesta quinta-feira a temporada 2009/2010 da Liga Europa. A ‘primeira’ edição, diga-se.

Uma competição interclubes repaginada, mas que existe desde 1955. Naquele ano, começou um torneio bem diferente, cuja primeira edição acabou somente em 1958. Isso mesmo. Foi a temporada “1955/1958“, provavelmente o torneio mais longo da história.

O Barcelona foi o primeiro campeão, batendo um combinado de Londres na final (explicação algumas linhas abaixo). Na segunda edição, ‘apenas’ 3 anos (1958/1960). Novamente, deu Barça. Bicampeão em 5 anos!

E o nome era diferente: Copa das Feiras, criada em 18 de abril de 1955 por iniciativa do suíço Ernst Thommen, do italiano Ottorino Barrasi e do inglês Stanley Rous (presidente da FIFA anos depois), a copa era destinada a equipes de cidades com feiras de comércio (seleções municipais ou clubes). Durou até 1971.

Nesse meio tempo, também ganhou o apelido de “Copa dos Vice-campeões”, pois os participantes eram, de fato, os vices nacionais. Os vencedores das ligas nacionais jogavam algo bem mais nobre, a Copa dos Campeões.

Em 1971, um novo nome: Copa da Uefa. A denominaçãp mais tradicional. A forma como a competição realment ficou conhecida. Com o tempo, até os 4º lugares de alguns países mais fortes avançavam para a disputa europeia.

Competição que sempre ficou em 3º plano no continente. 😯

Abaixo da Copa dos Campeões (atual Liga dos Campeões) e até mesmo da extinta Recopa, que acabou em 1999. Nessa aí, jogavam apenas os vencedores das copas nacionais. Depois, subiu para o “2º lugar”.

Numa tentativa de valorização nesta década, clubes eliminados na Champions League entravam na Copa da Uefa do mesmo ano. Além disso, foi criado em 2005 a fase de grupos, pois até ali a copa era 100% mata-mata.

Agora, novas cotas de patrocínio, clubes de peso, visibilidade. E um novo nome.

Liga Europa. Ainda em 2º lugar, mas com 48 clubes que não estão nem aí pra isso…

Pergunte aos torcedores de AJax, Roma, Benfica, Werder Bremen se não é prioridade ver o clube na final no HSH Nordbank Arena, em Hamburgo (ALE), em 2010… 😎

Abaixo, o vídeo da final da ‘última’ Copa da Uefa, vencida pelo Shakhtar Donetsk.

Afunilando

Faltam 14 rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro de 2009. Um número bem razoável de jogos, mas mesmo assim, a turma lá embaixo na classificação já está naquela fase tensa de “secação”.

FunilPor isso, o blog atualiza as probabilidades de rebaixamento, considerando o Atlético Paranaense como o último time lutando contra a degola. Pelo menos até agora… 😎

Fontes matemáticas (da esquerda para a direita): Infobola e Chance de Gol.

A atualização saiu após o jogo do Coritiva (1 x 1 com o Corinthians, na quarta), que deixou todos os clubes com o mesmo número de partidas.

14º Atlético-PR (28 pontos): 18% / 26,2%
15º Coritiba (27 pontos): 22% / 19,2%
16º Náutico (25 pontos): 46% / 66,5%
17º Santo André (24 pontos): 57% / 56,5%
18º Botafogo (24 pontos): 63% / 40,0%
19º Sport (20 pontos): 88% / 90,9%
20º Fluminense (18 pontos): 95% / 94,2%