Implacável, o Náutico impõe ao Salgueiro a sua maior derrota no Cornélio de Barros

Pernambucano 2013, 2º turno: Salgueiro x Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A transformação do estádio Cornélio de Barros em um alçapão com dez mil lugares elevou ao quadrado a força do Salgueiro como mandante.

Se o Carcará já era difícil de ser batido no Sertão, ficou “quase” invencível no cenário local na sua nova casa, erguida em um acordo envolvendo poder público estadual e municipal e a inicitiva privada ao custo de R$ 6 milhões.

No palco inaugurado há um ano o Salgueiro tinha um retrospecto de 25 jogos, com 17 vitórias, 7 empates e apenas 1 derrota, para o Vitória/BA. Ou seja, nenhum adversário pernambucano havia somado três pontos ali. Diante de 8.712 pessoas, o Náutico quebrou essa escrita, com autoridade.

O Timbu não derrotava o Salgueiro fora de casa desde 3 de março de 2010, na antiga versão do estádio, pelo magro 1 x 0. Na noite desta quarta, o ataque voltou a funcionar com força, resultando numa goleada por 4 x 0, mantendo o clube de Rosa e Silva na liderança do turno principal da competição.

Aos 33 minutos, Élton, com uma touca de natação, recebeu de Rogério, avançou a la Phelps e bateu rasteiro. No minuto seguinte, numa bobeira da defesa, Rogério se antecipou e encobriu o goleiro. A vantagem abateu o Carcará, já surpreendido com a saída do meia Clébson para o Remo.

Na etapa final, o meia Giovanni ampliou. Coube a Élton fechar o placar, de bicicleta. Repetiu a bike de Rogério há uma semana. Por sinal, a disputa particular aponta Élton como artilheiro do Estadual com 10 gols, e Rogério como vice, com 7. Ganhar no Cornélio de Barros é difícil. Golear então…

Pernambucano 2013, 2º turno: Salgueiro 0x4 Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Segurança através do monitoramento das redes sociais com viés futebolístico

Rede social

Desenvolvido em segredo há um ano, um software programado para combater a violência no futebol através das redes sociais será lançado em Pernambuco neste mês. Orçado em R$ 900 mil e criado por um pool de empresas, entre elas a Microsoft, o software será cedido à Secretaria de Defesa Social do estado.

Trata-se de um megacruzamento de dados e arquivamento de informações colhidas em redes como facebook, twitter, orkut etc. Segundo a Federação Pernambucana de Futebol, que participou do investimento com uma fatia de 10%, a ideia é mapear e monitorar os focos de violência na região metropolitana, uma vez que a mesma interação que as redes sociais fomentam para agregar pessoas serve também para agilizar processos um tanto controversos.

No futebol é comum a agenda negativa criada por supostos integrantes de torcidas organizadas, publicada nos respectivos perfis virtuais. No Recife, membros das três principais facções já brigaram nas ruas e nos estádios após ameaças na internet. Públicas, mas quase sempre descobertas após os fatos.

A nova plataforma, utilizada num modo semelhante por grandes companhias de segurança, deve ser a primeira em uma federação de futebol no país.

Campeonato Pernambucano exibido na TV para 56 países, mas com casa vazia

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 5x3 Chã Grande. Foto: Daniel Leal/DP/D.A Press

O contrato de transmissão na televisão do Campeonato Pernambucano de 2013 prevê a exibição de uma partida às 20h de sábado. É um jogo disponibilizado para todo o Brasil através do canal pago PFC e também para o exterior via Globo Internacional, com 56 países no raio de atuação. Em relação à visibilidade, um bom negócio. No entanto, o horário não agradou o público.

No sábado, o jogo nos Aflitos reuniu apenas 5.718 pessoas. Na semana anterior haviam sido 8 mil tricolores no Arruda. Não por acaso o índice geral do Estadual está bem abaixo das últimas temporadas. No geral, o borderô contabiliza 276.451 torcedores em 54 jogos, com uma média de 5.119.

Na liderança das multidões, o tetracampeão das arquibancadas, o Santa Cruz, assumiu a liderança após os 17 mil presentes no Mundão. Ainda assim, segue com metade da sua média registrada no certame passado. Em relação à renda do torneio, o acumulado é de R$ 1.790.551, com R$ 33.158 por jogo. Pouco.

Confira as cinco maiores médias de público do Pernambucano de 2013.

1º) Santa Cruz (2 jogos como mandante)
Total: 25.757
Média: 12.878
Contra intermediários (2) – T: 25.757 / M: 12.878

2º) Salgueiro (1 jogo como mandante)
Total: 8.998
Média: 8.998

3º) Náutico (6 jogos como mandante)
Total: 42.721
Média: 7.120
Contra intermediários (6) – T: 42.721 / M: 7.120

4º) Sport (1 jogo como mandante)
Total: 7.101
Média: 7.101
Contra intermediários (1) – T: 7.101 / M: 7.101

5º) Central (6 jogos como mandante)
Total: 40.627
Média: 6.771

Dados da FPF. Confira os dados do Campeonato das Mutidões de 2012 aqui.

Ranking dos pênaltis e dos cartões vermelhos (3)

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 5x3 Chã Grande. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A terceira rodada do turno principal do Campeonato Pernambucano de 2013 registrou duas pênalidades. Ambas convertidas pelos mandantes, nos Aflitos e em Petrolina. O primeiro gol da rodada, foi numa cobrança de pênalti, com Elton.

Vale lembrar que os dados são apenas do segundo turno, com os doze clubes.

Pênaltis a favor (8)
2 pênaltis – Sport, Porto e Náutico
1 pênalti – Ypiranga e Petrolina
Nenhum pênalti – Santa Cruz, Central, Chã Grande, Belo Jardim, Pesqueira, Salgueiro e Serra Talhada

Pênaltis cometidos
2 pênaltis – Salgueiro e Ypiranga
1 pênalti – Petrolina, Porto, Serra Talhada e Chã Grande
Nenhum pênalti – Sport, Náutico, Santa Cruz, Pesqueira, Central e Belo Jardim

Observações
Sport desperdiçou 1 penalidade
Porto perdeu 1 pênalti
Serra Talhada defendeu 1 cobrança
Salgueiro defendeu 1 cobrança

Cartões vermelhos (só para os grandes)

1º) Náutico – 1 adversário expulso; nenhum cartão vermelho
2º) Santa Cruz – nenhum adversário expulso, nenhum cartão vermelho
3º) Sport – nenhum adversário expulso, 1 cartão vermelho

Confira as edições anteriores dos rankings: 2009, 2010, 2011 e 2012.

Pernambucano em 2 linhas – 3ª/2013

Dos seis mandantes na terceira rodada do Estadual, apenas um, o Náutico, conseguiu vencer. Curiosamente na única partida no sábado. No domingo os visitantes fizeram a festa, embolando ainda mais a classificação. Basta dizer que os cinco primeiros colocados somam seis pontos. São quatro vagas…

Foram 20 gols na terceira rodada do turno principal do #PE2013, com a boa média de 3,3 por jogo. No geral são 139 tentos em 54 partidas, com índice de 2,57. Na artilharia, Elton fez um hat-trick e se isolou na artilharia, com oito gols.

Náutico 5 x 3 Chã Grande – Mais um jogo com oito gols nos Aflitos. Desta vez o Timbu viu sua meta vazada três vezes. Menos mal que segue forte no ataque.

Santa Cruz 0 x 1 Salgueiro – Invicto, os corais desejavam ampliar a liderança. Mostrando força, o Salgueiro também chegou aos seis pontos.

Central 0 x 1 Sport – Só um gol, mas o jogo foi até movimentado, nas duas metas. No fim, o Sport ampliou o tabu sobre o Central, agora com onze jogos.

Belo Jardim 1 x 1 Porto – Único derrotado nas duas primeiras rodadas, o Calango vencia até os 46 do 2º tempo. Apareceu, de novo, Joelson.

Petrolina 2 x 3 Ypiranga – A Fera vencia por 2 x 0 ensaiava uma recuperação no certame. Até que apareceu Paulo Krauss, que pediu a música.

Pesqueira 1 x 2 Serra Talhada – Num duelo pelo G4, Negretti desempatou para o Cangaceiro aos 44 do 2º tempo, deixando o Serra na vice-liderança.

Confira a tabela da competição clicando aqui.   

Destaque da rodada: Elton e Paulo Krauss. Ambos marcaram três gols. Decisivos.

Carcaça da rodada: Mando de campo. Apenas um time da casa venceu.

Classificação do Pernambucano 2013 na 3ª rodada do 2º turno. Crédito: Superesportes

Produção ofensiva, tensão defensiva. Esse é o Timbu em busca de equilíbrio

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 5x3 Chã Grande. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

No mais ingrato dos horários no futebol pernambucano, com a partida iniciando às 20h de sábado, o Náutico voltou a mostrar uma instabilidade no seu sistema defensivo. Como ocorreu contra o Pesqueira, o Timbu sofreu novamente três gols de um estreante no Estadual. Agora foi diante do Chã Grande, nos Aflitos.

Com o estádio quase às moscas, com menos de seis mil torcedores, o Alvirrubro empatava com a Raposa até os 37 minutos do segundo tempo. Um movimentado 3 x 3, recheado de reviravoltas. Foi quando o volante Marcos Paulo aproveitou um rebote. No embalo, o atacante e agora artilheiro Elton completou o seu hat-trick, definindo o 5 x 3 a favor do Alvirrubro.

Vitória suada, mantendo em alta o rendimento ofensivo. São 15 gols em três partidas neste turno, com uma incrível média de cinco tentos. Ainda assim, o técnico Vágner Mancini admite a dor de cabeça com a estrutura defensiva, mesmo mudando a dupla de zaga, reposicionando os volantes e instruindo os alas. A marcação segue frouxa, longe da contundência na reta final do Brasileiro.

O seis gols sofridos nos últimos 180 minutos de bola rolando, diante de adversários bem inferiores tecnicamente, acenderam a luz amarela, ainda que em uma intensidade baixa. Mas deve servir para deixar o time mais alerta em campo. Ao Náutico, segue a busca pelo equilíbrio para mirar a taça.

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 5x3 Chã Grande. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A imagem deixada pela reedição do Nordestão

Copa do Nordeste. Crédito: CBF

A edição desta temporada do campeonato regional não viu sequer um clube pernambucano entre os quatro primeiros colocados. Na verdade, nem mesmo os três grandes clubes do estado estiveram presentes na disputa. Apenas dois.

Na pauta, alguns campos surrados e jogos de nível técnico duvidoso. Ainda assim, a média de público do torneio ficou acima de 7 mil torcedores, mesmo antes da realização das finais. Ao futuro campeão, um prêmio de R$ 1 milhão. Vaga internacional, na Copa Sul-americana, só no ano que vem.

Por sinal, a Copa do Nordeste está garantida por pelo menos dez anos, no papel. A execução da edição de 2013 deixou uma boa imagem para a sua continuidade, entre mídia, interesse e receitas? Este é o tema da enquete.

Após a realização da Copa do Nordeste 2013, qual é a sua opinião sobre a continuidade do torneio regional no calendário?

  • Sport - A favor (42%, 443 Votes)
  • Náutico - A favor (25%, 265 Votes)
  • Santa Cruz - A favor (25%, 263 Votes)
  • Náutico - Contra (4%, 38 Votes)
  • Sport - Contra (3%, 33 Votes)
  • Santa Cruz - Contra (2%, 18 Votes)

Total Voters: 1.060

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Proibição das organizadas com apoio popular

Torcidas Organizadas de Santa Cruz(Inferno Coral), Sport (Jovem) e Náutico (Fanáutico)

Os primeiros jogos no Arruda, Aflitos e Ilha do Retiro no segundo turno do Estadual foram realizados sem a presença das torcidas organizadas, barradas de forma preventiva por pelo menos sessenta dias. Na semana em que os estádios não viram as camisas e faixas das respectivas uniformizadas, o poder público se mexeu com a Operação Jogo da Paz, cumprindo mandados de busca e apreensão nas sedes das três facções.

Enquanto o cerco se fecha, reforçando a necessidade de executar o cadastramento dos milhares de integrantes da Inferno Coral, Torcida Jovem e Fanáutico, o público segue a favor da proibição. Pelo menos é o que atesta a enquete no blog, com a participação de 1.190. No geral, o apoio de 68,5%.

Você concorda com a proibição das principais torcidas organizadas nos jogos de Náutico, Santa e Sport?

SportSport – 585 votos
Sim – 72,64%, 425 votos
Não – 27,35%, 160 votos

Santa CruzSanta Cruz – 312 votos
Sim – 61,85%, 193 votos
Não – 38,14%, 119 votos

NáuticoNáutico – 293 votos
Sim – 67,57%, 198 votos
Não – 32,42%, 95 votos

 

O novo capítulo da longa tradição de colunistas do Diario de Pernambuco

Máquina de escrever e computador

No início, há mais de cem anos, eram apenas notinhas no rodapé dos jornais. Em seguida evoluiu para pequenos textos sobre remo e turfe. Nas primeiras décadas do século passado surgiu o futebol no jornalismo local. O aumento da popularidade do futebol foi tanto que em 1936 o Diario de Pernambuco lançou um suplemento diário apenas sobre o mundo esportivo.

Nos anos 50, com o caderno esportivo consolidado, o futebol já era a prioridade na cobertura, com fotos e até manchetes. A evolução na cobertura deu um novo passo na década seguinte, com o surgimento das colunas. Inicialmente sem críticas. Era uma coluna de pequenas notas, rápidas, exclusivas.

Por vinte anos a coluna Por dentro e Fora das Quatro Linhas foi assinada por Adonias de Moura, ex-editor de esportes do Diario, falecido em 1996. No início da década 1990 foi a vez de Claudemir Gomes assumir o posto principal, com o Diário Esportivo. A titularidade mudou em 1999, com Stênio José, presente durante catorze anos. Outros nomes também escreveram, interinamente.

Agora, uma nova mudança. Histórica, a coluna Diário Esportivo passa a ser assinada por Fred Figueiroa, de 33 anos, presente há doze no Diario de Pernambuco, com boa parte desse tempo enfurnado em Esportes. Além disso, foi o editor da primeira página do periódico nos últimos anos. Fred assume a base crítica da editoria, dando sequência a cinquenta anos de colunas no Diario.

Leia a primeira coluna do novo titular clicando aqui.

Kieza entra na lista das vendas milionárias do futebol pernambucano

As vendas milionárias do futebol pernambucano. Crédito: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Considerando o Plano Real, instituído em 1994, o atacante Kieza tornou-se o 23º jogador a render pelo menos R$ 1 milhão a um clube pernambucano.

O atacante assinou um contrato de três anos com o Shangai Shenxin, da China. Segundo informações, a rescisão rendeu 1,37 milhão de reais ao Náutico.

Considerando o câmbio atual entre real e dólar, o Timbu abocanhou US$ 693 mil, numa conversão à moeda usada para mensurar as negociações no futebol.

A rescisão contratual, a apenas quatro meses do fim do contrato do artilheiro com o Alvirrubro, ainda rendeu o 16º lugar geral entre as maiores negociações “dolarizadas” do futebol profissional no estado.

O levantamento do blog enumera transações tanto na venda absoluta dos direitos econômicos, quanto em parcelas ou taxas pela formação de atletas.

Entre as transações com pelo menos um milhão de reais na conta dos times local, são 13 do Sport, 5 do Náutico, 4 do Santa Cruz e 1 do Porto.

Vale destacar o imenso tempo do recorde do meia Jackson, com 15 anos, desde que o jogador, então convocado à Seleção Brasileira, foi da Ilha do Retiro para o Palestra Itália. O câmbio atual é de US$ 1 / R$ 1,97. No fim de 1998, quando foi firmada a venda de Jackson, a cotação era de R$ 1,20 por cada dólar.

O futebol mudou bastante nesse tempo todo, mas os clubes locais ainda não conseguiram superar o número, relativamente modesto mesmo em mercados nacionais de porte semelhante…