Há quatro anos, um duro vice-campeonato europeu. O aprendizado, financeiro.
Ali seria o ponto alto do investimento do bilionário russo Roman Abramovich, que comprou o endividado clube em 2003, por 140 milhões de libras esterlinas, disposto a comprovar que um time mediano pode ser tornar em um gigante.
Não mediu esforços. Em nove anos, gastou 900 milhões de euros em contratações.
Naquela ocasião, o capitão John Terry teve a chance de definir o título azul na disputa de pênaltis contra o Manchester United. Mas o zagueiro escorregou no chute e o time desandou, vendo escapar a maior taça do continente entre os dedos.
Em uma campanha surpreendente nesta temporada, com uma já histórica batalha contra o Barcelona, o Chelsea disputou a sua segunda final da Liga dos Campeões da Uefa.
Uma parada duríssima contra o Bayern, na casa dos alemães, no Allianz Arena, em Munique. Mais uma chance para o Chelsea. E também para Roman, de cofre aberto.
No primeiro tempo, uma final sem muitas emoções. Na verdade, o cenário continou assim até o finzinho da etapa complementar. Aos 38, o gol do Bayern. Cara de gol do título. Schweinsteiger cruzou e Thomas Müller cabeceou forte. A bola quicou e entrou.
No instante seguinte, o técnico do Bayern tirou o atacante e colocou um zagueiro. No Chelsea, o treinador sacou um meia e colocou mais um atacante. E aí? Gol do Chelsea…
Na sequência, aos 43, se lançando ao ataque, o time inglês empatou também em uma cabeçada, mais estilosa, do atacante Didier Drogba em uma cobrança de escanteio.
No comecinho da prorrogação, uma ironia daquelas no futebol. O mito Drogba cometeu um pênalti infantil no francês Ribéry. Outra chance de ouro para o Bayern.
Contra o Barcelona, o mesmo Drogba havia cometido um pênalti. Messi perdera. Desta vez, coube a Robben cumprir o script. Petr Cech defendeu e garantiu o 1 x 1.
A tarde da equipe londrina já se mostrava heroica. Na decisão por pênaltis, quase interminável e tensa, enfim o triunfo inglês, 4 x 3.
A cobrança derradeira foi de Drogba, justamente um dos primeiros reforços da Era Abramovich. Assim, o Chelsea exorcizou o seu fantasma. Com muito dinheiro, claro.
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