Mais uma jornada coral na terceira divisão

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A CBF divulgou a tabela da Série C desta temporada, que terá o Santa Cruz como único representante local. Esta será a terceira tentativa coral para retornar à segunda divisão, que daria um calendário mais digno, de janeiro a dezembro.

Porém, o bicampeão estadual precisa mudar o seu retrospecto na Terceirona. A estreia tricolor na Série C foi em 2008, logo na última edição inchada da competição, com 63 times. No ano seguinte seria criada a quarta divisão.

Com apenas duas vitórias em doze jogos, o Santa acabou na 29ª colocação, rebaixado à Série D. O retorno só viria em 2011. No ano passado, nova campanha modesta, com a 14ª posição geral, longe da fase final.

Em 2013 o regulamento repete o do último ano, com dois grupos de dez em jogos de ida e volta. Em seguida, os quatro melhores de cada chave disputam as quartas de final. Este mata-mata já define os classificados à Série B de 2014.

A estreia coral será em 2 de junho, no Mundão, contra o Luverdense. Na última rodada, duelo contra o Treze, em Campina Grande, em 13 de outubro.

Confira também as tabelas completas da Série A e da Série B.

Em busca do tri, Santa estreia com vitória pela 8ª vez seguida, suando bastante

Pernambucano 2013, 2º turno: Santa Cruz 2x1 Pesqueira. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Como acontece desde 2006, o Santa Cruz estreou com vitória no Campeonato Pernambucano. Desta vez, um resultado ainda mais importante, pois o turno classificatório será o mais curto nesse tempo todo, com apenas onze jogos. Três pontos para tentar esquecer a dura eliminação no Nordestão e focar de vez o tri estadual, o que não ocorre nas bandas do Arruda há quatro décadas. Só não há como dizer que o time dirigido por Marcelo Martelotte jogou bem.

A vitória por 2 x 1 sobre o Pesqueira, na noite deste sábado, foi bastante suada e repleta de vaias dos 8.501 torcedores presentes durante boa parte do jogo. Bem armado, o time do Agreste travou quase todas as investidas do Santa Cruz, que não conseguia penetrar na área visitante. Aos poucos o Pesqueira passou a explorar os contragolpes, numa estratégia previsível.

O primeiro aviso foi a bola no travessão de Neto Bala. Depois, um gol mal anulado. Aos 39 minutos, a Águia deu bote. Dadá recebeu de cabeça de Téo e deu um tapa na bola, deslocando Tiago Cardoso. Por pouco a cena não se repetiu três minutos depois, mas o paredão coral salvou. Já num ambiente pesado nas arquibancadas, Dênis Marques foi acionado de novo aos 45.

Ele sempre recebia na meia lua. Ajeitava e finalizava. Na primeira, pegou mal na bola. Na segunda foi travado. Na terceira deu tudo certo, mandando no cantinho. Segundo gol em dois jogos, mostrando que DM9 é mesmo diferenciado.

Com Natan se esforçando bastante na partida, a virada veio aos trinta minutos da etapa complementar. Everton Heleno, o estreante da noite, com a camisa 16, recebeu de Dênis Marques, o melhor em campo, e concluiu com perfeição, escolhendo o canto diante de Geday. A vitória veio. Sobraram as vaias.

Pernambucano 2013, 2º turno: Santa Cruz 2x1 Pesqueira. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Decepção coral do tamanho do Arruda no Nordestão

Copa do Nordeste 2013, quartas de final: Santa Cruz 1x2 Fortaleza. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

A melhor campanha na primeira fase, uma atuação aguerrida no caldeirão do PV e a vantagem no placar no primeiro tempo no Arruda. O Santa Cruz desempenhava um bom papel na Copa do Nordeste, mesmo com o time em formação nas mãos do técnico Marcelo Martelotte. No entanto, voltou a pecar nos detalhes contra o Fortaleza, neste domingo, pelas quartas de final.

Erros que custaram uma classificação que estava nas mãos do bicampeão pernambucano até o último instante. Dênis Marques, de volta após as polêmicas fora do campo, fez a sua parte. Marcou um golaço no primeiro chute, aos quatro minutos. Roubou a bola no meio-campo, avançou e bateu do meio da rua.

O time seguia com pegada, brigando pela posse de bola, apesar de sua limitação técnica. Na etapa final, contudo, não soube se adaptar à reviravolta na atuação do Leão do Pici, que sufocou o Santa Cruz durante 45 minutos. Não houve leitura tática pra travar o time cearense. Tentou jogar no contragolpe, mas sem encaixar um contra-ataque sequer!

Enquanto isso, eEra bola levantada na área coral com cabeçadas perigosas, chutes rasteiros, cruzados. O goleiro Tiago Cardoso ia espalmando o que dava. Quando não conseguiu, torcia para a bola passar raspando. E a pelota raspou várias vezes a trave. Só não dava para contar com isso a tarde inteira.

Aos 25 minutos, Júlio Madureira empatou. Ainda assim, a vaga na semifinal seria do Santa. Aos 36, pênalti para os donos da casa. Chance de ouro, mais uma. Como na capital alencarina, a bola parou nas mãos do goleiro João Carlos.

O drama se estendeu aos quatro minutos de acréscimo. Até que Assisinho, aquele mesmo que havia acabado com a Cobra Coral na Série C do ano passado, voltou a dominar o Arruda, num chute forte, cruzado.

Gol que silenciou os 30.087 presentes, Santa Cruz 1 x 2 Fortaleza. Acabou com a jornada pernambucana nesta Copa do Nordeste. Tirou do Tricolor uma chance incrível que erguer pela primeira vez a taça de campeão regional. Custou a história. Decepção grande no Mundão, colossal.

Copa do Nordeste 2013, quartas de final: Santa Cruz 1x2 Fortaleza. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

Tricolor começa arrasador, sofre virada e busca força para manter vantagem

Copa do Nordeste 2013: Fortaleza x Santa Cruz. Foto: LC MOREIRA/ESTADÃO

Um início arrasador no PV, em um jogo bem animado.

Em vinte minutos, o Santa calava o alçapão cearense com uma vitória por 2 x 0, gols de Renatinho, escorando cruzamento de prima, e Paulo César de cabeça.

Ainda no primeiro tempo, três erros capitais para outro desfecho no jogo de ida das quartas de final da Copa do Nordeste, contra o Fortaleza.

Ato 1. Um chute rasteiro, despretensioso de Esley. Tiago Cardoso falhou feio no lance, reduzindo a vantagem, aumentando a pressão da casa.

Ato 2. Penalidade a favor do bicampeão pernambucano. O lateral-direito Marquinhos bateu à meia altura e João Carlos espalmou.

Ato 3. Abuso de força do lateral-esquerdo Tiago Costa, expulso.

O contexto amplamente favorável ao Santa Cruz agora se mostrava complicado para os 45 minutos finais. Tentando segurar o resultado, o técnico Marcelo Martelotte optou por recuar excessivamente a equipe coral.

Sacou Danilo Lins e colocou Everton Sena. Bunda na parede. Não adiantou, pois Assisinho empatou com apenas três minutos.

Aos 25 minutos, aproveitando o 11 x 10 em campo, Marinho Donizete acertou um chute na gaveta, virando o placar para o Leão do Pici.

Ainda sem Dênis Marques, com a estreia adiada devido ao condicionamento, e com Caça-Rato ciscando na frente, mas ganhando terreno, coube ao imponderável para buscar o suado empate na capital alencarina.

Do meio da rua, Everton Sena mandou uma bomba. A bola bateu na trave e sacramentou o 3 x 3, que deixa a Cobra Coral próxima da semifinal.

A aguerrida atuação do time chamou de vez o povão para o Arruda. De preferência, sem novos atos com falhas individuais.

Copa do Nordeste 2013: Fortaleza x Santa Cruz. Foto: LC MOREIRA/ESTADÃO

Tricolor surpreende e termina com a liderança geral do Nordestão

Copa do Nordeste 2013: CRB 2x3 Santa Cruz. Foto: ITAWI ALBUQUERQUE/FUTURA PRESS

Será que o mais fanático torcedor tricolor apostava na melhor campanha na primeira fase da Copa do Nordeste?

Não a melhor campanha só no grupo D, mas entre os 16 times do regional.

Nas seis rodadas, venceu cinco partidas. De 18 pontos possíveis, conquistou 15, com um rendimento de 83%.

O time treinado por Marcelo Martelotte, que passou longe de apresentar um bom futebol nas primeiras rodadas, tornou-se eficiente.

Ganhou confiança, atendendo ao discuso monotemático do elenco coral.

Na noite desta quarta, em Maceió, o time virou pra cima do CRB em um fim de jogo emocionante, num 3 x 2 para tirar o clássico local da próxima fase.

O triunfo pernambucano, com gols de Danilo Santos, Flávio Caça-Rato e Marquinhos, foi intercalado por uma cena inacreditável no Rei Pelé.

O jogo não recomeçou no segundo tempo por falta de ambulância no estádio.

Copa do Nordeste 2013: CRB 2x3 Santa Cruz. Foto: ITAWI ALBUQUERQUE/FUTURA PRESS

Havia uma ambulância, atendendo à regra do Estatuto do Torcedor. Ficou lá, de prontidão, durante todo o primeiro tempo.

Porém, teve que se deslocar a um hospital próximo ao estádio por causa de uma briga generalizada entre as torcidas uniformizadas de CRB e Santa Cruz.

O saldo da pancadaria, exibida ao vivo na televisão, foi de três feridos.

Eles foram levados ao Hospital Geral de Emergência. Obviamente, o fato levantou pela enésima vez a discussão sobre o comportamento das torcidas organizadas. O estádio sequer estava lotado. Na verdade, estava quase vazio.

Foram mais de dez minutos de atraso para a bola voltar a rolar.

Mas a pelota laranja voltou ao campo e o Santa não desistiu. Pressionou o time alagoano, empatou e virou aos 41 minutos, num chutaço de Marquinhos.

Àquela altura, o Clássico das Multidões já estava desenhado para acontecer após o carnaval. Vitorioso, o Tricolor agora decidirá em casa contra o Fortaleza. 

Se antes era um sonho, o título inédito não sai da cabeça do povão. Duvida? Muitos também duvidaram da liderança geral…

Copa do Nordeste 2013: CRB 2x3 Santa Cruz. Foto: ITAWI ALBUQUERQUE/FUTURA PRESS

Contagem regressiva para o centenário coral

Santa Cruz Futebol Clube, 99 anos. Crédito: Montagem de Cassio Zirpoli sobre imagem de santacruzfc-pe.com.br

Começou a contagem regressiva nas Repúblicas Independentes do Arruda.

O clube das multidões chega neste domingo a 99 anos de história, revivido. Como sempre, respirando carnaval.

As taças estaduais conquistadas nas últimas duas temporadas devolveram ao torcedor do Santa Cruz a confiança em dias melhores.

A situação atual está longe disso, mas há o empenho para recolocar o clube na linha de frente do futebol nacional. É uma necessidade.

Como sempre, há quase um século, a força motriz vem do torcedor coral.

Aquele que passa a semana numa baita ansiedade para ir ao Arruda. Para fazer a sua parte.

A forte presença na arquibancada orgulha ao próprio tricolor.

Esse fiel seguidor passa agora a contar o calendário de trás para frente.

Começando a partir de 365.

Um ano até o 3 de fevereiro de 2014, data do primeiro centenário da história do clube. O mais novo entre os coirmãos do Recife, mas tão gigante quanto.

Neste 99º aniversário, dois presentes oportunos. Um novo site oficial, mais funcional e moderno, e o memorial do clube, uma lacuna sem sentido nos últimos anos.

Preservar o passado, informar bem o presente e torcer pelo futuro.

Ao quase secular Santa Cruz Futebol Clube, parabéns!

Classificação antecipada no presente de aniversário coral

Copa do Nordeste 2013: Santa Cruz 2x0 Campinense. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Um simples empate seria suficiente para sacramentar a classificação às quartas de final da Copa do Nordeste. Mas o Santa poderia ir além.

Mesmo sem convencer o seu torcedor, o bicampeão pernambucano vinha conquistando vitórias até aqui. Caso alcançasse o quarto triunfo em cinco jogos no regional a equipe subiria para a liderança do grupo.

No Arruda, em clima de prévia de carnaval neste sábado, o Santa Cruz fez tudo certo. Não correu riscos, desta vez recebendo os aplausos do povão, e venceu por 2 x 0, garantindo um 99º aniversário em alto astral.

Aos 16 minutos de jogo, Danilo Santos ajeitou para a bola Renatinho, um gigante na área do Campinense. O pequeno ala cortou o zagueiro e encheu o pé, um golaço. Vantagem para tranquilizar o Mundão.

O bem armado adversário, que havia goleado o time de Marcelo Martelotte na Paraíba, até conseguiu travar os atacantes tricolores na partida. Assim, o placar acabou sendo ampliado na bola parada.

No comecinho da etapa final, Luciano Sorriso cobrou uma falta na ponta da área e o zagueiro William Alves, que acabara de entrar, cabeceou diante de uma dupla de zaga estática.

O futebol do Santa Cruz pode até não ser um espetáculo neste Nordestão, mas é inegável que vem sendo eficiente. Afinal, conquistou doze pontos em quinze possíveis. Nesta tarde foram 20.029 pessoas na arquibancada. Em breve, pelo título inédito, o dobro. Mata-mata à vista…

Copa do Nordeste 2013: Santa Cruz 2x0 Campinense. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A nova cara do uniforme tricolor, de volta à raiz

Lançamento dos uniformes do Santa Cruz em 2013. Crédito: Penalty/divulgação

Sem patrocinadores, deixando claro todo o design, o Santa Cruz apresentou os seus novos uniformes, visando a temporada futebolística em 2013.

O primeiro padrão remete ao modelo clássico, listrado na horizontal, com o branco em menor grau. Nas lojas as novas camisas corais terão os patrocinadores do clube, mas o objetivo no lançamento oficial, na terça, foi mostrar o padrão em sua forma integral.

Novamente produzido pela Penalty, parceira do Tricolor desde 2009, a camisa tem como destaque as estrelas do tri-supercampeonato pernambucano, em 1957, 1976, 1983.

No próximo ano o clube comemorará os trinta anos de sua maior conquista.

Na Santa Cruz Store, o padrão titular está à venda por R$ 161. Confira aqui.

Abaixo: comissão técnica, goleiro 1, goleiro 2, goleiro 3, padrão 1, padrão 2, treino e goleiro/treino. No próximo ano está agendado o lançamento do terceiro padrão.

Torcedor tricolor, o que você achou do novo uniforme do clube?

Lançamento dos uniformes do Santa Cruz em 2013. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

Martelotte, a história há 20 anos e o novo capítulo tricolor

Final do Pernambucano de 1993: Santa Cruz 2x1 Náutico. Foto: Viver Editora

Segundos finais da prorrogação no Arruda, já lotado novamente, com o povão retornando das ruas após o gol de Célio no fim do tempo regulamentar da decisão.

Com um jogador a menos, o artilheiro Washington havia sido expulso, o Santa Cruz tentava segurar a pressão do Náutico. Em uma virada emocionante no tempo normal, em um clássico com 71 mil torcedores, o Tricolor tinha o empate a seu favor.

Em mais uma bola levantada na área, o atacante alvirrubro Mário Carlos dominou meio sem jeito e bateu fraco, à direita do goleiro tricolor.

Sem pressa alguma, Marcelo pegou a pelota e se preparou para bater o tiro de meta.

Foi quando o árbitro Wilson Souza pediu a bola ao goleiro, encerrando o 2 x 1. O Santa era campeão pernambucano de 1993 numa conquista inesquecível.

O goleiro ficou marcado, como outros jogadores daquele time e suas reviravoltas.

Ele esticou a carreira até 2002, incluindo ainda outra atuação no Arruda, em 1999. Foi quando pendurou as luvas e emendou de cara a carreira à beira do gramado.

Sem pressa, sem atropelar estágios, mas já assumindo a nova identidade futebolística, “Marcelo Martelotte”. A rápida passagem como técnico do Taubaté foi suplantada por trabalhos nas categorias de base do Palmeiras e a função de auxiliar em outros times.

No Santos, ganhou visibilidade. Nunca foi efetivado no cargo, mas dirigiu o time em 28 partidas entre 2010 e 2011, em duas épocas distintas.

Ao todo, 2.520 minutos à frente de um dos principais times brasileiros.

No próximo ano, a transição definitiva deste carioca de 43 anos. Irá assumir o Santa Cruz vinte anos após a sua primeira passagem, vitoriosa (veja aqui).

Como técnico, missões difíceis, mas totalmente na mira da agremiação.

Começará no Nordestão, uma conquista ainda inédita para os corais. Depois, no Pernambucano, tentará o tricampeonato estadual, o que não acontece desde 1971.

A segunda etapa, contudo, será a principal. Sucessor de Zé Teodoro, Martelotte chega sabendo que acima de tudo isso está o acesso à Série B, vital.

É um técnico que conhece o clube das multidões de longas datas, que já cumpriu a sua carga de testes como auxiliar e visa entrar de vez no mercado, experiência à parte.

Vontade não faltará ao novo treinador, ávido por uma nova história no Mundão.

Técnico Marcelo Martelotte, confirmado no Santa em 2013. Foto: Site oficial do Santa Cruz/divulgação

Antônio Luiz Neto, o popular presidente do centenário coral

Eleição de Antônio Luiz Neto no Santa Cruz em 2012. Foto: Rafael Brasileiro/DP/D.A Press

Centenário em 2014, Santa Cruz viverá um momento especial no próximo biênio.

Como ocorreu com os rivais, ao completarem um século de história, a temporada coral deverá ser marcada por festividades de 1º de janeiro a 31 de dezembro.

Mas sobretudo em 3 de fevereiro de 2014, uma data aguardada desde já.

Reeleito presidente nesta sexta, Antônio Luiz Neto parte para o segundo mandato com o desafio de devolver o Tricolor a uma estrutura mais digna no futebol nacional.

Com o insucesso na Série C deste ano, em 2013 os corais completarão seis anos seguidos fora das duas primeiras divisões. A Série B é a primeira grande meta.

Este acesso foi a única lacuna na gestão de ALN, que surpreendeu com o bicampeonato pernambucano, com a força da base. O feito não era alcançado há 25 anos.

Sobrinho do famoso ex-presidente coral Aristófanes de Andrade e conselheiro desde os 18 anos, Antônio Luiz Neto, que vem conseguindo separar seu trabalho como vereador do comando do clube, alimentava há tempos o sonho presidir o time do povão.

Em 2002 foi convencido pelo então presidente José Mendonça a não disputar com José Neves, nome de consenso. Em 2004, não teve jeito. Foi às urnas. Saiu derrotado contra Romerito Jatobá. Contudo, não abalou o seu desejo de repetir o feito do tio.

Em 2010, com uma votação arrebatadora sobre o candidato Sérigio Murilho, com 79% da preferência dos sócios, o primeiro mandato legitimado pela torcida.

Agora, a afirmação. A má campanha no Brasileiro não apagou o respaldo dos troféus estaduais sobre o maior rival. No pleito tricolor com mais votos neste século, com 1.808, ALN venceu Joaquim Bezerra (1.636 x 151), seu ex-vice. Confira as propostas aqui.

Com o palanque desarmado, Antônio Luiz Neto deve corrigir os erros, sobretudo no segundo ano, quando inflacionou a folha, acima do lastro financeiro do clube.

Gerir de forma responsável o Santa deveria ser uma obrigação sempre, considerando a miscelânea de dívidas milionárias e força comprovada na bilheteria. Aos poucos, que isso se torne uma constante. Tudo para fomentar um clube forte em seu centenário.

O apelo popular, que já impressiona, tende a ser gigante em 2014. Boa sorte, ALN.

Antônio Luiz Neto é reeleito presidente o Santa Cruz para o biênio 2013-2014. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press