Janderson quer falar porque viajou com a filha após deixar a prisão

O engenheiro Janderson Salgado Alencar, 29, que está preso no Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, pretende explicar os motivos que o levaram a fugir com a filha Júlia Alencar, de um ano e dez meses, assim que deixar a prisão. Detido no pavilhão especial da unidade prisional, ele recebeu ontem a visita do advogado Jairo Cavalcanti, com quem conversou sobre o processo.

“Ele está bem e tranquilo. Assim que deixar a prisão vai dar uma entrevista coletiva para explicar as razões dele para o que aconteceu. Como ainda não tive acesso aos autos do processo, não pude entrar com o pedido de habeas corpus”, explicou Cavalcanti. A mãe de Janderson, Maria de Nazaré Salgado de Alencar, disse que o filho não era “bandido”. “Quando ele sair do Cotel vai contar as verdades do fato. Meu filho não é um bandido como estão dizendo”, ressaltou.

Já no bairro de Casa Caiada, em Olinda, em seu primeiro dia de volta à rotina, a menina Júlia Alencar foi cercada de carinhos e cuidados da mãe, Cláudia Cavalcanti, 42, e de toda a família. Na primeira noite em que dormiu na companhia materna, Júlia acordou duas vezes e chorou um pouco. “Ela deve ter acordado ainda com medo, mas fora isso, passou a noite bem. Ainda ontem (anteontem) à noite quando ela chegou em casa ficou um pouco quieta, mas depois que reconheceu o ambiente e reencontrou suas coisas, ficou eufórica. Foi uma alegria só”, contou a mãe que passou 15 dias longe da filha.

A criança que havia sido levada pelo pai foi encontrada na noite do último sábado pela polícia do Amapá e chegou ao Recife no início da tarde de ontem. O engenheiro contou à polícia que não desistiria de tentar morar com a filha.

Até serem encontrados na cidade de Santana, no estado do Amapá, Janderson e a filha percorreram mais 3,5 mil km e passaram por nove cidades de cinco estados. Segundo a delegada Gleide Ângelo, pai e filha deixaram o Recife no final da manhã do dia 10 de julho, depois que o engenheiro pegou a menina na casa da mãe. O acordo judicial determinava que ela deveria ter sido devolvida às 18h, o que não aconteceu.

“As viagens deles foram feitas de ônibus, carros e barcos. Por muito pouco ele não conseguiu sair do Brasil, mas graças a Deus deu tudo certo e a menina agora está com a mãe. Como a prisão aconteceu no sábado, ainda tenho alguns dias para fechar o inquérito e encaminhar para a Justiça”, destacou a delegada Gleide Ângelo, que investigou o caso junto com a delegada Fabiana Leandro e o chefe de investigação Raldney Júnior.

Caso seja condenado, Janderson Alencar poderá pegar de dois a seis anos de reclusão. Ele foi preso em cumprimento a um mandado pelo artigo 237 do Estatuto de Criança e do Adolescente (ECA), que corresponde a subtrair criança ou adolescente com o fim de colocação em lar substituto. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Ressocialização (Seres), Janderson poderá receber visita de familiares a partir deste domingo. Já seu advogado pode visitá-lo todos os dias, no horário das 9h às 20h. Ainda segundo a Seres, no pavilhão especial, onde ficam detentos com formação superior, as celas costumam abrigar de dois a cinco detentos. No entanto, nem a defesa nem a Seres souberam informar com quantas pessoas Janderson está dividindo a cela.

Os bastidores da cobertura do caso da menina Júlia Alencar

Ainda no sábado à noite, pouco antes das 23h, recebi a informação de que a menina levada pelo pai havia sido localizada pela polícia do Amapá e que o homem estava preso. Na mesma hora, corri para escrever um texto e postar aqui no blog. A notícia logo foi para as redes sociais do Diario de Pernambuco. No dia seguinte, por volta das 9h, cheguei em frente ao prédio onde mora a mãe da criança, em Casa Caiada, Olinda. O objetivo era saber como ela havia recebido a notícia e o que pretendia fazer de agora em diante.

Fotos: Wagner Oliveira/DP
Dezenas de pessoas aguardavam a chegada dos policiais com a criança e o pai dela. Fotos: Wagner Oliveira/DP

No entanto, no início da tarde de hoje, foi o ponto principal de toda essa cobertura. Era o momento de acompanhar o reencontro de mãe e filha depois de 15 dias afastadas. Além da cena de carinho da mãe com a filha e a expressão de alívio em seu rosto, me chamaram atenção também a satisfação dos policiais pernambucanos envolvidos na investigação e a multidão que esperava para ver não só mãe e filha, mas também a delegada Gleide Ângelo, que comandou os trabalhos.

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Um forte esquema policial foi montado na área de desembarque

Dezenas de curiosos e pessoas que se comoveram com a história da menina Júlia Alencar, que havia sido levada pelo pai, fizeram uma festa quando viram a menina com a mãe, Cláudia Cavalcanti, ao lado da delegada Gleide Ângelo no aeroporto do Recife. Aplausos, gritos, fotos e muitas filmagens foi o que se viu na área de desembarque. “Delegada, a senhora é rocheda. Eu sabia que iria dar tudo certo”, gritou uma mulher enquanto registrava as cenas.

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Depois de entregar a criança à mãe, Gleide Ângelo saiu acompanhada delas

O blog Segurança Pública e o Diario de Pernambuco acompanharam a chegada dos policiais, do pai e da criança e selecionou essas imagens do que aconteceu no aeroporto. O caso do desaparecimento da menina Júlia Alencar, de um ano e dez meses, que havia sido levada pelo pai no último dia 10 de julho ganhou a atenção de muita gente pelo drama vivido pela mãe da garota. Depois de ter sido encontrada pela polícia do Amapá e o pai, Janderson Alencar, preso, a garota voltou ontem para os braços da mãe, a servidora pública Cláudia Cavalcanti.

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Jornalistas, fãs e curiosos registravam o reencontro entre mãe e filha

Designados para investigar o desaparecimento de Júlia no último dia 19, as delegadas Gleide Ângelo e Fabiana Leandro e o chefe de investigação Raldney Júnior chegaram ontem ao Recife trazendo a menina que estava aparentemente assustada. O avião que trazia os policiais, a criança e o pai pousou em solo recifense por volta das 12h30. Na área do desembarque do aeroporto, vários jornalistas esperavam para registrar o reencontro de mãe e filha.

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Foi difícil de andar até a Delegacia do Turista, onde a menina Júlia reencontrou os outros familiares

A caminhada de Gleide e Cláudia, com a filha nos braços, até a Delegacia do Turista, que fica dentro do aereporto, foi bastante tumultuada. Várias pessoas quase foram derrubadas no chão, inclusive idosas e crianças. Mesmo assim, muita gente fez questão de chegar perto da delegada para dar parabéns por ela ter voltado para o Recife com a criança. Janderson foi levado dentro de uma viatura direto para o IML, onde fez exames e depois seguiu para o Cotel, em Abreu e Lima. Antes da sua saída do aeroporto, o colega fotógrafo Peu Ricardo conseguiu esse registro dele dentro da viatura. Valeu, Peu.

Foto: Peu Ricardo/Esp. DP
O engenheiro Janderson Alencar saiu do aeroporto numa viatura descaracterizada. Foto: Peu Ricardo/Esp. DP

Engenheiro foi preso onde estava escondido com a filha havia três dias

Após passar três dias praticamente trancado junto sua filha Júlia Alencar no kitnet que havia alugado na cidade de Santana, no Amapá, o engenheiro Janderson Barbosa Alencar, 29 anos, foi preso depois que um policial entrou no imóvel como se fosse um eletricista.

Janderson e Júlia chegam nesta segunda-feira
Janderson e Júlia chegam nesta segunda-feira

Segundo informações do blog amapaense Selesnafes.com, Janderson e a menina chegaram ao local por meio de uma embarcação vinda da cidade de Altamira, no Pará, um dos locais onde pai e filha chegaram a se hospedar.

O delegado Uberlândio Gomes, do Amapá, estava monitorando os passos do pernambucano.  “Ele estava esperando uma parente dele chegar de Santarém para ajudá-lo na fuga. Provavelmente ia atravessar para a Guiana Francesa”, comentou o delegado Uberlândio ao Selesnafes.com.

Para tentar forçar a saída de pai e filha do imóvel, a polícia cortou o fornecimento de energia elétrica do local. A iniciativa não deu certo. Foi então que a polícia resolveu criar um plano para entrar no imóvel.

A proprietária do kitnet disse ao engenheiro que havia chamado um eletricista para checar a instalação do kitnet. No entanto, o eletricista era um agente da Polícia Civil do Amapá.

Ele entrou no local com autorização do engenheiro, que ao perceber um descuido de Janderson deu sinal para os outros policiais entrarem no imóvel e imobilizaram o engenheiro.

De acordo com a polícia, ele não teve tempo de reagir. Os policiais encontraram com o engenheiro mais de R$ 25 mil em dinheiro. Janderson, Júlia e os três policiais pernambucanos que estavam investigando o caso chegam ao Recife no início da tarde desta segunda-feira. A mãe da menina, Cláudia Cavalcanti, vai receber a filha no aeroporto.

Mãe da criança levada pelo pai conta os minutos para ter a filha nos braços

A notícia recebida na noite desse sábado de que sua filha Júlia Alencar, de apenas um ano e dez meses, foi encontrada no estado do Amapá, a servidora pública Cláudia Cavalcanti, 42 anos, só quer uma coisa: pegar a filha em seus braços. Na manhã deste domingo, Cláudia recebeu a imprensa em seu apartamento, na cidade de Olinda, e falou sobre o alívio de saber que a filha está bem.

Cláudia espera a chegada da filha. Foto: Wagner Oliveira/DP
Cláudia espera a chegada da filha. Foto: Wagner Oliveira/DP

“Quando recebi a ligação da delegada Gleide Ângelo dizendo que minha filha havia sido encontrada, minha vontade foi de pegar o primeiro avião e ir embora me encontrar com ela. Chorei muito e também fiquei com o corpo todo trêmulo. A delegada disse que só voltaria com Júlia e graças a Deus isso vai acontecer. Não vejo a hora de ter minha filha nos meus braços”, declarou Cláudia.

Gleide Ângelo, Fabiana Leandro e Raldney Júnior chegarão ao Recife com Júlia nesta segunda-feira
Os policiais Gleide Ângelo, Fabiana Leandro e Raldney Júnior chegarão ao Recife com Júlia nesta segunda-feira

Janderson Alencar, pai da garota, estava sendo procurado pela polícia pernambucana desde o dia 10 deste mês. Ele tinha autorização da Justiça para ficar com a filha das 9h às 18h. Como não devolveu a menina no horário determinado, o caso foi denunciado à polícia e os dois passram a ser procurados. Antes de fugir com a filha, segundo a Polícia Civil de Pernamnbuco, Janderson realizou um saque bancário no valor de R$ 400 mil, o que o ajudou em seu deslocamento pelo Brasil.

Polícia Civil localiza criança que havia sido levada pelo pai

Foi localizada na noite deste sábado, pela Polícia Civil de Pernambuco, a menina Júlia Cavalcanti de Alencar, de 1 ano e 9 meses, que havia sido levada pelo pai. Ela está em segurança. A garota e o pai, Janderson Rodrigo Salgado Alencar, 29, estavam na cidade de Santana, no Amapá. Ele está preso.

A operação pela prisão contou com o apoio da Polícia Civil daquele estado que realizou a abordagem em uma residência localizada na área central da referida cidade. A operação que resultou na localização da criança e prisão do genitor da mesma foi fruto de trabalho em conjunto entre as Polícias Civis de Pernambuco e do Amapá, onde esta última também contou com informações da Inteligência da PCPE.

As delegadas da 9ª DPH da cidade de Olinda/PE, Gleide Angelo e Fabiana Leandro, que presidem as investigações, estão em vôo do Pará para o Amapá com o objetivo de proceder ao recambiamento do preso e trazer a criança para o Estado de Pernambuco.

Júlia e Janderson estavam sendo procurados desde o dia 10 de julho depois que ele não devolveu a menina para a mãe como estava previsto em decisão judicial. Ainda não há previsão para o horário de chegada de pai e filha a Pernambuco, pois as delegadas irão precisar de autorizacão judicial para viajar com a criança.

Polícia do Pará ajuda delegada nas buscas por pai e filha

Policiais civis da equipe de inteligência do estado do Pará estão auxiliando a delegada Gleide Ângelo e mais dois investigadores pernambucanos nas buscas pelo engenheiro Janderson Rodrigo de Alencar, 29 anos, e sua filha Júlia Cavalcanti Alencar, de um ano e dez meses. Os policiais da 9ª Delegacia de Homicídios de Olinda chegaram à cidade de Belém na noite da última quarta-feira depois de realizarem diligências no estado do Maranhão, por onde pai e filho passaram antes de seguirem para o Norte do país. Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Civil do Pará, os policiais do setor de inteligência ficarão à disposição da equipe comandada por Gleide Ângelo tempo que for necessário.

Ainda segundo a Polícia Civil do Pará, diligências estão sendo realizadas nas cidades de Belém e Ananindeua. “Os policiais do Pará ficarão com a equipe de Pernambuco o tempo necessário para realizar as buscas e, se for preciso, farão viagens até para o interior do estado”, ressalou o assessor da Polícia Civil, Walrimar Santos. Informações extra-oficiais apontam que Janderson teria familiares na cidade de Belém. Antes de chegar no Pará, a polícia já sabe que o engenheiro esteve hospedado em um hotel na cidade de São Luís, no Maranhão, onde foram encontrados pertences do pai e da filha.

Janderson Alencar está sendo procurado pela polícia pernambucana desde o dia 10 deste mês. Ele tinha autorização da Justiça para ficar com a menina das 9h às 18h. Como não devolveu a menina no horário determinado, o caso foi denunciado à polícia e desde então os dois estão sendo procurados. Antes de fugir com filha, segundo a Polícia Civil de Pernamnbuco, Janderson realizou um saque bancário no valor de R$ 400 mil, o que tem ajudado seu deslocamento pelo Brasil.

Os nomes e as fotografias de Janderson e Júlia foram repassados para as polícias Federal e Rodoviária Federal. O engenheiro não tem autorização da mãe para fazer viagens com a criança, o que impede a saída dele do país por aeroportos. Depois do sumiço de Janderson, Cláudia obteve na Justiça um mandado de busca e apreensão itinerante para a criança. Com isso, qualquer pessoa que encontrar o engenheiro com a filha pode acionar a polícia, que poderá resgatar a menina a entregá-la à mãe. A servidora pública Cláudia Cavalcanti, 42, mãe de Júlia, segue com esperanças de reencontrar a filha. “Tenho certeza de que minha filha vai voltar para casa”, disse Cláudia na última quarta-feira.

Pai e filha desaparecidos podem estar na cidade de Belém, no Pará

A Polícia Civil de Pernambuco pode estar muito perto de encontrar o engenheiro Janderson Rodrigo de Alencar, 29 anos, e sua filha Júlia Cavalcanti Alencar, de um ano e dez meses. A cidade de Belém, no estado do Pará, no Norte do país, seria o paradeiro atual de pai e filha. Eles estão desaparecidos desde o último dia 10, depois que Janderson não devolveu a menina à mãe na casa dela, em Olinda.
Janderson e Júlia ainda estão desaparecidos. Foto: Divulgação
Janderson e Júlia ainda estão sendo procurados. Foto: Divulgação

Ontem, a delegada Gleide Ângelo e policiais do estado do Maranhão chegaram a realizar diligências para tentar encontrar os dois em São Luís, mas não tiveram sucesso. Eles foram vistos em um hotel da cidade no sábado. No entanto, quando os policiais chegaram ao local, Janderson e Júlia já haviam saído. Apenas alguns pertences deles foram encontrados pela polícia.

Informações sobre o paradeiro de Janderson e da menina também foram publicadas no blog SJNotíciasMA, de São Luís. De acordo com as notícias veiculadas pelo jornalista Stenio Johnny, Janderson chegou a fretar vários táxis para se deslocar na capital do Maranhão e teria parentes em Belém. “Ele chegou a pagar três diárias adiantadas no hotel onde estava hospedado, mas foi embora antes. De lá ele foi para o Centro Histórico e pernoitou na cidade de Açailândia. Em seguida, fretou outro táxi e foi para a cidade de Marabá (PA) e depois para Belém. Pelo que soube, ele anda com uma grande quantia em dinheiro”, contou o jornalista.

Cláudia espera reencontrar a filha logo. Foto: Peu Ricardo/Esp.DP
Cláudia espera reencontrar a filha logo. Foto: Peu Ricardo/Esp.DP

A primeira informação sobre o possível paradeiro da filha reacendeu as esperanças da servidora pública Cláudia Cavalcanti, 42, de reencontrar a menina. “Eu soube que eles passaram pelo estado do Maranhão através da imprensa. Estou com mais expectativas de que minha filha seja encontrada logo. Desejo muito estar com ela em meus braços o mais rápido possível”, desabafou Cláudia. A delegada Gleide Ângelo segue em diligências fora do estado desde a última terça-feira.

Janderson tinha uma autorização judicial para ficar com a menina em 10 de julho, no horário das 9h às 18h, quando deveria devolvê-la à mãe. Desde então os dois estão sendo procurados pela polícia. O caso foi denunciado pela família da criança ao Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), onde a mãe de Júlia prestou depoimento e contou detalhes da sua relação com o engenheiro, de quem estava separada. A Polícia Civil descobriu que no início deste mês Janderson realizou um saque bancário no valor de R$ 400 mil, o que, para a polícia, foi um sinal de que ele teria premeditado fugir com a filha.

Os nomes e as fotografias de Janderson e Júlia foram encaminhados para as polícias Federal e Rodoviária Federal. Além disso, ele não tem autorização da mãe para realizar viagens com a criança, o que dificultaria a saída dele do país através de aeroportos. Após o sumiço de Janderson, Cláudia conseguiu na Justiça um mandado de busca e apreensão itinerante para a criança. Com isso, qualquer pessoa que encontrar o engenheiro com a filha pode acionar a polícia, que poderá resgatar a menina a entregá-la à mãe.

A família de Júlia criou uma conta no Instagram e uma página no Facebook para ajudar a localizar a criança. Também foi criada a hastag #VamosEncontrarJulia. Quem tiver informações pode telefonar para os números (81) 99752-9191 ou (81) 99977-2143. A advogada da mãe da criança, Suelene Sá Almeida, lembrou que como o pai não tem carteira de habilitação nem carro, ele pode ter contado com a ajuda de outras pessoas na fuga.

Audiência de instrução do caso Betinho remarcada para outubro

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) remarcou para o dia 24 de outubro, às 13h, a terceira audiência de instrução sobre o assassinato do professor José Bernardino da Silva Filho, mais conhecido como Betinho. A sessão estava prevista para acontecer na tarde desta quarta-feira, na 2ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Rodolfo Aureliano.

Sandra e Márcia esperam que culpados sejam punidos. Foto: Wagner Oliveira/DP
Sandra e Márcia esperam que culpados sejam punidos. Foto: Wagner Oliveira/DP

O adiamento foi motivado pela ausência do delegado Alfredo Jorge, que está de férias. O delegado foi responsável pelas investigações do caso e pela conclusão do inquérito policial que indiciou dois estudantes do Colégio Agnes. Além de Alfredo Jorge, será ouvido na próxima audiência o estudante Ademário Gomes da Silva Dantas, 20 anos, e um perito particular contratado pela defesa.

As irmãs do professor assassinado, Sandra e Márcia Pereira, deixaram o fórum afirmando que não irão deixar de lutar por justiça. “Mais uma vez estamos voltando para casa sem respostas, mas esperamos que justiça seja feita”, disse Sandra. Betinho foi  encontrado morto dentro do seu apartamento, em maio do ano passado, na Avenida Conde da Boa Vista.

A investigação da Polícia Civil apontou que Ademário Dantas e outro estudante que à época tinha 17 anos foram os responsáveis pelo crime. Os dois eram alunos do Colégio Agnes, no Recife, onde Betinho trabalhava. O mais velho é filho do diretor do colégio. Os dois estudantes negam participação no assassinato.

Assembleia dos policiais civis adiada para dia 2 de agosto

O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) adiou a assembleia que decidiria ontem sobre a paralisação da categoria. Uma nova assembleia foi marcada para o dia 2 de agosto, começando às 9h, em frente à sede do Sinpol, no bairro de Santo Amaro, com previsão também de uma passeata até o Palácio do Campo das Princesas. Na assembleia será decidido se a paralisação será de 24, 48 ou 72 horas.

Segundo o Sinpol, os policiais deveriam decidir sobre uma possível paralisação. A medida seria votada, segundo a entidade, por conta do tratamento que o governo de Pernambuco tem dado à categoria e à segurança pública do estado. “Não é novidade para a sociedade pernambucana que a segurança pública de Pernambuco passa por uma profunda crise, faltando comando e sobrando trapalhadas. Os policiais civis de Pernambuco têm o pior salário do Brasil e trabalham diariamente em condições desumanas, sendo obrigados a fazer cotas para material de escritório, água, copos e até mesmo a limpeza das Delegacias e Institutos da Polícia Civil. A situação é caótica”, informou a nota oficial divulgada pelo sindicato.

Ainda de acordo com Sinpol, mais de 350 profissionais compareceram ao local ontem à noite e decidiram pelo adiamento. “O Sindicato continua firme na luta e a categoria já mostra mobilização”, disse o presidente Áureo Cisneiros. E acrescentou que a categoria fez sua parte no acordo celebrado antes do carnaval, para elaborar de um novo plano de cargos e carreira para a categoria, que encerrou uma paralisação, mas o Governo de Pernambuco não cumpriu sua parte.

Caso Betinho terá terceira audiência de instrução nesta quarta-feira

Está prevista para acontecer nesta quarta-feira, às 13h, na 2ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Rodolfo Aureliano, a terceira audiência de instrução sobre o assassinato do professor José Bernardino da Silva Filho, mais conhecido como Betinho. A vítima foi encontrada morta dentro do seu apartamento, em maio do ano passado, na Avenida Conde da Boa Vista. A previsão é de que sejam ouvidos nesta quarta-feira o delegado Alfredo Jorge, responsável pela investigação, e um dos estudantes acusados do crime.

A investigação da Polícia Civil apontou que o estudante Ademário Gomes da Silva Dantas, 20 anos, e outro estudante que à época tinha 17 anos foram os responsáveis pelo crime. Os dois eram alunos do Colégio Agnes, no Recife, onde Betinho trabalhava. O mais velho é filho do diretor do colégio.

Professor trabalhava no Agnes e na rede municipal de ensino. Foto: Arquivo Pessoal
Professor trabalhava no Agnes e na rede municipal de ensino. Foto: Arquivo Pessoal

No final de setembro do ano passado, depois de pouco mais de quatro meses de investigação, o delegado Alfredo Jorge, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), pediu a prisão preventiva de Ademário à Justiça. Ele foi indiciado por homicídio qualificado. Além disso, o delegado pediu a internação para cumprimento de medida socioeducativa do adolescente, por ato infracional correspondente ao crime de homicídio.

Para concluir o inquérito, o delegado ouviu cerca de 40 pessoas e interregou os suspeitos duas vezes. Os estudantes negam envolvimento no assassinato. O caso seguiu para a Justiça sem a motivação esclarecida.

Segundo a polícia, Betinho foi torturado antes de morrer. “Ele teve o fio de ferro enrolado ao pescoço quando ainda estava vivo. Depois sofreu os golpes que causaram sua morte. As digitais do adolescente de 17 anos foram encontradas exatamente no ferro elétrico e no ventilador, cujo fio estava amarrando as pernas da vítima. Já a digital de Ademário estava na porta de um móvel do apartamento”, declarou o delegado Alfredo Jorge no dia da apresentação do inquérito.

Betinho morava no Edifício Módulo, na Avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife. Além do Agnes, ele também trabalhava na Escola Municipal Moacir de Albuquerque, em Nova Descoberta, de onde havia pedido transferência uma semana antes de ser assassinado após ser flagrado saindo do banheiro com um adolescente que é aluno da escola.

Crime aconteceu neste prédio, na Boa Vista. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press
Crime aconteceu neste prédio, na Boa Vista. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press

Além dos dois estudantes, o inquérito do DHPP foi enviado à Justiça com o indiciamento da supervisora de uma creche de Olinda. De acordo com o delegado Alfredo Jorge, Wenderly Gomes de Castro, tentou atrapalhar as investigações indicando falsas testemunhas para prestaram depoimentos.