O blog vai sortear no final deste mês dois exemplares do livro Segurança tem saída, de autoria de Luiz Eduardo Soares. Especialista em segurança pública e autor de vários livros conhecidos, o antropólogo e cientista político já foi secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, no governo de Anthony Garotinho, e ocupou a Secretaria Nacional de Segurança Pública, no governo Lula. Na carreira de escritor, Soares foi co-autor dos best-sellersElite da Tropa e Elite da Tropa 2.
Em Segurança tem Saída, é lançado ao leitor o desafio de questionar o natural descrédito pelo qual passa a Segurança Pública. Luiz Eduardo mostra que a questão da segurança no país tem solução e começa a discutir questões variadas, que vão desde a legalização das drogas até as medidas necessárias para acabar com a corrupção policial. E você? Acredita que a segurança pública ainda tem saída?
Para participar da promoção e ganhar um dos dois livros é muito simples. Basta você deixar um comentário abaixo desta postagem com uma sugestão/ideia a ser aplicada no estado de Pernambuco para que haja redução da criminalidade. Os autores das duas sugestões mais criativas e práticas serão os contemplados com os livros. O resultado será divulgado aqui no blog no dia 29 de novembro, a partir das 14h. Participe.
A Justiça negou o pedido de revogação de prisão feito pelos advogados do agricultor Edmacy Cruz Ubirajara, 47 anos, suspeito de ter assassinado o promotor Thiago Faria Soares, morto no dia 14 de outubro. Apesar da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) ainda não ter emitido nenhuma nota sobre o assunto, o filho e o sobrinho de Edmacy confirmaram que o pedido foi indeferido.
De acordo com o advogado Leandro Ubirajara, sobrinho de Edmacy e filho de Zé Maria (apontado como mandante do crime), a família ainda não sabe o motivo pelo qual a revogação da prisão temporária do agricultor foi negada. “Por enquanto, não iremos recorrer da decisão. Vamos esperar o término do prazo da prisão temporária, que será no dia próximo dia 15, para decidir o que iremos fazer”, destacou Leandro.
Leandro confirmou negativa da Justiça. Paulo Paiva/DP/D.A Press
Nessa quarta-feira, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) emitiu uma recomendação para que a Justiça não concedesse o relaxamento da prisão do suspeito de assassinar o promotor. O agricultor Edmacy Cruz Ubirajara está preso no Centro de Triagem Professor Everado Luna (Cotel), em Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife desde o dia 15 de outubro. O processo corre em segredo de Justiça, a pedido do MPPE. O pedido de revogação da prisão do agricultor foi solicitado no último dia 29 pelo advogado Anderson Flexa.
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nessa quarta-feira proposta que obriga os cartórios de registro civil a comunicar as ocorrências de óbito a secretaria de Segurança Pública do estado emissor da respectiva carteira de identidade. O texto aprovado acolhe as emendas do Senado ao Projeto de Lei 6785/06, do ex-deputado Celso Russomano. A proposta segue para análise do Plenário.
Relatora na CCJ, a deputada Sandra Rosado (PSB-RN) apresentou parecer pela constitucionalidade, juridicidade, boa técnica legislativa e, no mérito, decidiu adotar as emendas do Senado. Segundo ela, a Casa revisora tem razão ao excluir do texto a parte que obriga o oficial de registro civil a comunicar sobre o óbito também à Receita Federal.
“Os ajustes são necessários porque, após a unificação das receitas previdenciárias e Federal sob a forma da Receita Federal do Brasil, já existe norma disciplinando a questão”, disse a deputada.
O texto aprovado altera a Lei dos Registros Públicos (Lei 6.015/73). Atualmente, a comunicação dos óbitos é obrigatória apenas entre os diversos cartórios e para a Justiça Eleitoral.
Foi lançando nessa quarta-feira o Plano Municipal de Atenção Integrada ao Crack e outras Drogas, que reúne 14 secretarias e toda a sociedade civil em um grande esforço conjunto, cuja meta é promover a qualificação e a ampliação do atendimento da rede de assistência social. O plano faz parte do Pacto Pela Vida do Recife e prevê 63 ações. Entre elas, está a implantação de dois núcleos do Programa Atitude Municipal, com previsão de atendimento de 2,7 mil pessoas por mês e acolhimento a 130 usuários.
Serão feitas ainda ampliações dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e Centros de Referência Especializada da Assistência Social (CREAS). Também serão erguidos mais dois Centros POP, que cuidam de pessoas em situação de risco e vulneráveis – atualmente dois já estão em funcionamento.
O prefeito do Recife, Geraldo Julio, destacou que o plano só funcionará se governo e sociedade atuarem de forma conjunta. “Essa é uma ação integrada para fora da gestão municipal, em parceria com diversas instituições públicas e privadas, e para dentro do nosso governo, com a atuação de várias secretarias envolvidas diretamente”, afirmou. Ao término do lançamento, o gestor entregou duas vans que auxiliarão no trabalho dos agentes de abordagem social.
Dentro das ações do Plano, também estão previstas parcerias com a rede complementar não governamental para acolhimento, tratamento e reinserção social de 120 usuários de crack, álcool e outras drogas; bem como a ampliação do número de Casas de Acolhida. Funcionam atualmente dez unidades no Recife. Até 2016, o Município passará a contar com 23, o que significa um aumento de 289 para 490 acolhimentos.
O pedido de desculpas para o indesculpável. O comandante das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), coronel Frederico Caldas, pediu desculpas à família do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, que foi torturado e morto por policiais militares na Rocinha, zona sul do Rio. “Nós devemos desculpas à família. De uma maneira humilde e humanitária. O que nós temos aqui é apresentar desculpas à família por este sofrimento, porque é inaceitável que um agente público tenha este comportamento”, disse o policial durante discurso no lançamento da cartilha Cidadão com Segurança – Respeito Mútuo entre Cidadão e Polícia, na quadra da escola de samba Acadêmicos da Rocinha, na Zona Sul do Rio.
O coronel disse que é inaceitável que haja na polícia um instrumento de abuso e de excesso, ainda mais porque o cidadão espera que o policial seja o principal defensor das leis e da cidadania e não aquele que vai, de alguma maneira, desrespeitar o cidadão que ele deve servir. “Nós também não compactuamos com desvio de conduta, nós também não compactuamos com os excessos. Nós entendemos que a Justiça deve ser feita pelas mãos daqueles que têm o dever de fazer cumprir a lei”, disse.
Para o comandante das UPPs, o que aconteceu na Rocinha foi um absurdo. “É inaceitável que o policial tenha um comportamento que não seja em consonância e em observância com o que está previsto na lei, nem na Rocinha, e nem em lugar algum. O que aconteceu aqui foi um absurdo. O que aconteceu aqui na Rocinha foi um absurdo. Se ninguém disse isso até agora, eu digo. Isso foi um absurdo e é inaceitável que este tipo de comportamento de alguma maneira seja feito por um Policial Militar, por um agente público, um agente da lei. Não estou fazendo aqui um julgamento. O julgamento cabe à Justiça e nós acreditamos na Justiça. Acreditamos no trabalho isento que foi feito pela Polícia Civil”, analisou.
Falando como comandante das UPPs, Caldas acrescentou que a cartilha lançada hoje, de alguma forma, joga luz sobre os diretos do cidadão. “Observando o que está aqui, nós não teremos mais um novo caso Amarildo”, disse.
A cartilha foi produzida em parceria pelos ministérios públicos do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), Federal (MPF) e Militar (MPM) e pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e trata dos direitos e deveres do cidadão em contato com um policial e o que ele deve fazer em caso de abuso da polícia.
O subprocurador-geral de Direitos Humanos do MP-RJ, Ertulei Matos, disse que o caso Amarildo é emblemático para a coletividade e aproximou o Ministério Público das polícias Civil e Militar. “Não devolvemos a vida de Amarildo, mas responsabilizamos 25 pessoas que denegriram a imagem da Polícia Militar do Rio de Janeiro”, disse.
A cartilha mostra que todo cidadão tem o direito de ser tratado com respeito, sem ser xingado, agredido, ameaçado ou humilhado. Também não pode ser forçado a confessar um crime e deve ser levado à delegacia apenas se houver alguma suspeita fundamentada. O policial só pode usar a força física quando a pessoa resiste à prisão e, mesmo assim, com moderação.
Quanto aos deveres, o cidadão tem que respeitar os policiais, identificar-se sempre que seus dados forem solicitados e atender às intimações feitas pela polícia. Também deve permitir, sem resistir, ser revistado, mesmo que considere a revista desnecessária, podendo depois apresentar uma reclamação aos órgãos competentes (à Corregedoria da Polícia ou ao Ministério Público).
No fim das investigações e das denúncias do Ministério Público do Rio no caso Amarildo, 25 policiais da UPP da Rocinha são acusados de participar da tortura do ajudante de pedreiro no dia 14 de julho.
De que a Justiça é lenta, ninguém tem dúvidas. A lentidão é tanta que faz com que pessoas apodreçam atrás das grades de presídios brasileiros sem ainda terem sido julgadas. Ou ainda pior. Deixa mofando nas unidades prisionais outras que já cumpriram suas condenações e deveriam ser reinseridas na sociedade.
Levantamento feito pelo 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), revela que, em média, o Brasil tem 1,7 detento por vaga. Boa parte desses presos (38%) são provisórios, ou seja, com casos ainda não julgados.
Em sete estados, mais de 50% da população carcerária ainda aguarda julgamento: Mato Grosso (53,6%), Maranhão (55,1%), Minas Gerais (58,1%), Sergipe (62,5%), Pernambuco (62,6%), Amazonas (62,7%) e Piauí (65,7%). Segundo dados da Secretaria de Ressocialização do estado (Seres), em Pernambuco, o total de detentos nas unidades prisionais e cadeias públicas chega a aproximadamente 29 mil pessoas, entre homens e mulheres. No entanto, quase 18 mil desse total ainda não foi levado ao banco dos réus.
A Prefeitura do Recife lança, na tarde desta quarta-feira (6), às 15h30, o Plano Municipal de Atenção Integrada ao Crack e outras Drogas, que visa orientar o cidadão sobre todos os serviços da rede de enfrentamento às drogas do Recife, desde a prevenção até o tratamento dos usuários. O evento será realizado no auditório do Banco Central, na Rua da Aurora.
Na ocasião, será entregue uma cartilha informativa sobre todas as diretrizes da política, a partir de uma integração entre as secretarias municipais, para que o usuário tenha acesso a todos os dispositivos que o acolham de forma a oferecer subsídios que tratem do problema e disponibilizem caminhos, a começar pela garantia de direitos.
Serviço
Pauta: Lançamento do Plano Municipal de Atenção Integrada ao Crack e outras Drogas Data: Quarta-feira, 6 de novembro Hora: 15h30 Local: Auditório do Banco Central. na Rua da Aurora, 1.259, Santo Amaro
Uma parceria que será firmada nesta quarta-feira entre os governos estadual e federal vai permitir uma maior articulação para realização de ações de enfrentamento da violência contra a mulher na zona rural de Pernambuco. A cerimônia de assinatura do termo de compromisso acontecerá às 16h, no salão de eventos da sede provisória do governo, no Centro de Convenções, em Olinda.Na ocasião serão entregues duas unidades móveis, que vão ser utilizadas pela Secretaria Estadual da Mulher para atender as vitimas de violência no campo e também para disseminar campanhas e informações de enfrentamento da violência contra a mulher.
O convênio será assinado entre a SecMulher e a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR). Dos 184 municípios pernambucanos, apenas três não possuem área rural (Recife, Paulista e Camaragibe).
A primeira campanha a ser veiculada após a cessão das unidades moveis será a “Violência Contra a Mulher não dá Frutos”, que objetiva sensibilizar e conscientizar a população rural de Pernambuco, no sentido de criminalizar o machismo divulgando os mecanismos garantidos na Lei Maria da Penha (de nº 11.340) para a punição dos agressores.
Até o final deste mês, as três unidades prisionais do Complexo do Curado, antigo Presídio Aníbal Bruno, estarão equipadas com um novo bloqueador de telefones celulares. A promessa da Secretaria de Ressocialização do estado (Seres) é a de que os cerca de seis mil detentos não consigam mais fazer ou receber ligações telefônicas depois da instalação dos equipamentos.
De acordo com o secretário executivo da Seres, coronel Romero Ribeiro, o custo mensal dos bloqueadores será de R$ 140 mil. Ao ano, o investimento vai custar R$ 1.684,200 aos cofres públicos. Encontrar aparelhos de telefone celular dentro dos presídios de Pernambuco já faz parte das rotineiras vistorias realizadas nas unidades. Ainda segundo a Seres, o objetivo do governo é implantar a novidade em todas as 20 unidades até o final do ano de 2014.
“Estamos adotando essa medida para garantir a segurança dos funcionários do sistema e, principalmente, para evitar que aconteça comunicação dos detentos com o mundo externo. Ainda não podemos dizer onde os bloqueadores irão ficar dentro das unidades prisionais, nem de que forma eles irão funcionar”, explicou o secretário Romero Ribeiro. O equipamento possui tecnologia importada da índia e trabalha com ajuda de um software de gestão de monitoramento.
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O delegado da Boa Vista, Adelson Barbosa, pretende concluir, até o fim deste mês, o inquérito que apura as denúncias de venda ilegal de túmulos das irmandades. Ele já tem em mãos alguns dos nomes dos suspeitos que serão indiciados por estelionato, formação de quadrilha e crime contra a economia popular. A quantidade de pessoas e os nomes, porém, estão sendo mantidos em sigilo. O caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público de Pernambuco.
“Estamos bem adiantados, mas a cada dia aparecem novas provas e mais testemunhas que precisam prestar esclarecimentos. Já foram ouvidas mais de 40”, pontuou o delegado. Ao longo de mais de três meses de investigações, ficou comprovado que o grupo agia há pelo menos seis anos e envolvia nomes de padres. Notas fiscais com CNPJ das irmandades católicas (algumas inclusive com valores alterados) foram apreendidas e estão anexadas ao inquérito.
Entre as vítimas, que pagaram valores superfaturados, estão um médico e um professor universitário. O delegado informou ontem que ainda não sabe se será mesmo necessário o depoimento do arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido. “Caso seja, não será feito na delegacia”, disse. O objetivo é evitar o assédio da imprensa, visto que a ouvida visa, basicamente, entender a relação das irmandades com a Igreja Católica.