O impacto político e econômico da arena do Sport na Prefeitura do Recife

Projeto para o complexo da arena do Sport. Crédito: Sport/divulgação

Inegavelmente, é um projeto de grande impacto para a cidade. O Conselho de Desenvolvimento Urbano do Recife (CDU) avalia projetos de grande relevância tendo como ponto de partida terrenos de 10 mil metros quadrados. Uma reavaliação na Ilha do Retiro expôs uma área de 110 mil metros quadrados, distribuídos entre estádio, campo auxiliar, sede, parque aquático e estacionamento. Onze vezes maior.

Na mesa da Prefeitura do Recife encontra-se uma pilha de páginas com o projeto de remodelagem do complexo, transformando a estrutura atual em arena, centro comercial e empresariais. Neste ponto, o impasse entre Sport e poder público, encabeçado por Geraldo Júlio. O documento segue estagnado.

O secretário de mobilidade e controle urbano da capital, João Braga, alega precisar de mais tempo para avaliar o projeto, hoje orçado em R$ 750 milhões. Sem dúvida alguma, é preciso uma minuciosa análise técnica. A pressa em tirar a nova Ilha do papel acabou gerando uma ansiedade entre os rubro-negros.

A ponto de aumentar a discussão sobre possíveis articulações políticas contrárias ao projeto. Há quem enxergue a demora no fato de a arena leonina ser um entrave para a plena operação da Arena Pernambuco, a parceria público-privada entre governo do estado e Odebrecht. Por enquanto, só o Náutico tem contrato assinado com o estádio em São Lourenço, por trinta anos.

Projeto para o complexo da arena do Sport. Crédito: Jorge Peixoto/Instagram

Contudo, o Sport já tem uma negociação pronta para também mandar os seus jogos no estádio da Copa 2014, mas por cinco temporadas, justamente o prazo máximo de construção de seu novo estádio. Seria do interesse do governo estado, da mesma base partidária da PCR, inviabilizar um novo palco na cidade, particular, para priorizar o “seu” projeto?

Economicamente, o estádio seria (será) um concorrente. Mas focar apenas nisso, na opinião do blog, resulta em uma leitura, a princípio, rasa, até porque deveria ser de interesse ainda maior a revitalização completa de um bairro em uma área central do Recife, com capital privado, sem mexer em nada no não menos milionário empreendimento em andamento visando o Mundial.

Portanto, teoria da conspiração à parte, o projeto do Sport, devidamente elaborado, revisado e com as medidas mitigadoras para espaços públicos, segue tramitando no CDU em um curso normal. Até segunda ordem.

Sobretudo porque uma suposta inviabilização desta arena não levaria o Sport, necessariamente, a assinar um contrato de trinta anos. Poderia ser até um tiro no pé dos gestores públicos, com o clube negando inclusive o contrato de cinco anos com o Consórcio Arena Pernambuco. Até porque, francamente, a Ilha do Retiro ainda está de pé. E o clube poderia recorrrer da decisão na justiça.

Tempo ao tempo. Um projeto dessa magnitude não seria aprovado do dia para a noite. E nem o estado seria tão ingênuo de bater de frente com uma massa humana passando por cima de todas as licenças. Poderia ser irreversível.

Projeto para o complexo da arena do Sport. Crédito: Virtualize/divulgação

Maracanã como fonte de inspiração para projetos da bola da Copa 2014

Projeto para a bola da Copa do Mundo de 2014. Crédito: http://denisedelcarmen.carbonmade.com/

Um dos maiores símbolos de uma Copa do Mundo é a bola oficial. Desde 1970 a pelota passou a ter um exemplar único a cada edição. Relembre aqui.

No Brasil, em 2014, a bola será chamada de Brazuca, após a enquete popular da Fifa definida na temporada passada.

O projeto desenvolvido pela Adidas segue guardado a sete chaves. O modelo divulgado no anúncio oficial do nome foi apenas conceitual.

Com a indefinição sobre a bola do próximo Mundial de futebol, designers vêm divulgando as suas ideias pela internet. Até mesmo com o desejo de ver a criação incorporada, quem sabe, pela Adidas, a fabricante nos últimos 40 anos.

Neste post, a bola idealizada por Denise del Carmen, formada em design na Elisava School of Design and Engineering (veja aqui).

A inspiração, claríssima, é no estádio do Maracanã, considerando a cobertura de concreto original de 1950, época da primeira Copa no país. Remodelado, o estádio carioca terá uma cobertura semelhante, mas metálica.

Nunca um estádio teve seus traços reproduzidos em uma bola da Copa.

Brazuca será lançada em dezembro deste ano. Na sua opinião, quais detalhes não poderiam faltar no futuro produto?

Projeto para a bola da Copa do Mundo de 2014. Crédito: http://denisedelcarmen.carbonmade.com/

Start nos produtos oficiais da Copa 2014, com reflexo no Recife

Camisa oficial da Copa do Mundo 2014. Crédito: Adidas/divulgaçãoDe quatro em quatro anos o faturamento da Fifa é turbinado.

Apesar de bilionária, a entidade conta os dias para uma nova Copa do Mundo. É o período no qual o seu lucro sobe à estratosfera.

Em 2010, na África do Sul, o saldo líquido foi de US$ 202 milhões, entre ingressos, direitos de transmissão, patrocinadores e produtos oficiais. Um ano depois, sem eliminatórias, produtos oficiais do novo torneio ou algo do tipo, o lucro foi de “apenas ” 36 milhões de dólares (veja aqui).

Com o Mundial do Brasil batendo na porta, a Fifa irá reacelerar a sua engenharia financeira. A partir de março chegam ao mercado brasileiro as primeiras peças oficiais da Copa do Mundo.

Ao todo, serão aproximadamente 1.500 produtos, fabricados por 34 empresas licenciadas. Veja a lista de produtos confirmados aqui.

Na gama de produtos relacionados ao torneio estão mascotes, peças de vestuário, bolas, cadernos, bonés, mochilas, canecas, brinquedos etc.

A ação já deve refletir em Pernambuco de forma imediata.

O planejamento na distribuição de lojas oficiais em 2014 é contar no mínimo com dois quiosques, no aeroporto e no estádio, além de uma megaloja em algum ponto na cidade, numa operação da rede Dufry Sports, que fez o mesmo nos Jogos Pan-americanos de 2007.

No Recife, portanto, Aeroporto Internacional dos Guararapes, Arena Pernambuco e mais algum centro de compras a definir.

Será possível encontrar nas lojas até uma miniatura do estádio…

Entre ingressos e produtos, o torcedor deverá ser bastante guiado pelo mundo publicitário coordenado pela Fifa à gastança.

A nova capacidade de público dos estádios pernambucanos

Arruda, Lacerdão, Carneirão, Ilha do Retiro, Aflitos e Cornélio de Barros

Os principais estádios de futebol de Pernambuco passaram por uma aferição completa sobre a capacidade público.

O estudo foi encomendado pela Federação Pernambucana de Futebol. A maioria dos dados, com laudos de engenharia publicados no site oficial da entidade, foram diferentes em relação ao último cadastro nacional de estádios de futebol, desenvolvido pela CBF em 2012.

Antes da medição, os dez estádios selecionados tinham uma capacidade absoluta de 170.344 pessoas. Agora subiu para 177.395. Enquanto a Ilha do Retiro diminuiu, o estádio dos Aflitos cresceu.

No estudo, o espaço mínimo para cada torcedor teria necessariamente uma largura de 45 centímetros. Confira os documentos aqui.

Abaixo, a nova capacidade de público. Entre parênteses, a diferença em relação ao número oficial anterior.

Arruda – 60.044 (igual)
Ilha do Retiro – 32.983 (-1.217)
Aflitos – 22.856 (+3.056)
Lacerdão – 19.478 (+1.478)
Carneirão – 10.911 (+2.911)
Cornélio de Barros – 9.916 (-384)
Sesc-Mendonção – 7.050 (+2.050)
Otávio Limeira – 6.039 (+1.039)
Nildo Pereira – 5.000 (igual)
Paulo de Souza Coelho – 3.118 (-1.882)

A média de público fantasma do Estadual

Pernambucano 2013: Pesqueira 2 x 1 Chã Grande. Crédito: Rede Globo/reprodução

Com o seu estádio vetado por falta por falta de capacidade mínima para o público e gramado sofrível, o Pesqueira vem jogando na cidade de Belo Jardim, a 46 quilômetros de distância. Em sua estreia no Estadual, a Águia vem atraindo um bom público, em tese. Nos três primeiros jogos com o seu mando, foram 6.060, 6.004 e  6.014 torcedores, respectivamente.

Se for comparado com outros centros, trata-se de um dado excelente. Mas com uma ressalva que vem colocando a credibilidade do Pernambucano em xeque.

Em todos as partidas, o time tinha direito a seis mil bilhetes promocionais da campanha Todos com a Nota. Todos eles trocados. Porém, o estádio estava longe de sua lotação. Quase vazio, na verdade. Acima, a imagem do jogo de domingo, na vitória por 2 x 1 sobre o Chã Grande. Abaixo, o empate em 1 x 1 com o Petrolina.

O Sesc-Mendonção, em Belo Jardim, foi inaugurado com capacidade para 5.000 pessoas. Uma nova avaliação neste ano, encomendada pela FPF, aumentou para até 7.050 pessoas, mesmo sem qualquer ampliação. Confira o laudo aqui.

A nova regra do Todos com a Nota destina 6 mil entradas promocionais a estádios com menos de 10 mil lugares desde que essa carga corresponda a no máximo 80% do total. Ainda assim, o Sesc teria que ter 7.500 lugares, insuficiente para o dado atual. Com a capacidade original, o clube teria recebido apenas 4 mil ingressos do TCN.

Em contato com a coordenação do programa governamental, o blog recebeu a informação de que o estado cobra apenas os vales-cidadão recebido pelos clubes, não fazendo diferença alguma o borderô da FPF. A troca, um dia antes do jogo, é suficiente para o repasse da verba. O governo alega não ser lesado se o público não comparecer nos jogos, desde que as notas fiscais sejam entregues à secretaria da fazenda.

Ou seja, sem esta obrigação, qual seria o sentido dos públicos altíssimos no borderô, visto em outros jogos no interior e desconexos com as imagens? Dos 18 jogos no interior, 13 tiveram 100% da presença do TCN. A exceção é o Petrolina. De certa forma, esses dados vêm funcionando como uma espécie de maquiagem na média de público no estadual, amplamente divulgada como a maior do país.

Atitude rechaçada pela presidente da FPF, Evandro Carvalho. “Nós zeramos a catraca a cada jogo. Não há razão lógica ou técnica para que achem esse público errado. Acho que não estamos conseguindo absorver o choque de realidade”, argumenta.

Neste momento, com jogos sem tantos atrativos no primeiro turno, o índice do Pernambucano está em 5.316 pessoas a cada partida.

Quantas delas no estádio? Difícil saber…

Antes fosse um caso isolado. O blog já havia alertado isso em 2012 (veja aqui).

Pernambucano 2013: Pesqueira 1 x 1 Petrolina. Crédito: Rede Globo/reprodução

Aos microfones, declarações para a história do futebol

Souza, do Bahia, e Gil, do Cruzeiro, em declarações curiosas. Crédito: Youtube/reprodução

“Vamos buscas os três pontos”, “Estou chegando para somar”, “Demos o máximo em campo”, “O time está unido”, “Vamos fazer tudo o que o professor falou” e por aí vai…

As entrevistas no mundo do futebol não variam muito, com um padrão nas respostas, e nas perguntas também, é verdade.

Mas ainda há espaço para as declarações bombásticas, sobre esquemas táticos, transferências, atitudes de adversários ou coisas do tipo.

E ainda há uma categoria além, com frase surreais… Vamos a duas delas.

Após a goleada aplicada pelo ABC em Salvador, o atacante Souza, do Bahia, proferiu uma das frases mais contundentes dos últimos tempos. Ao vivo.

Vale relembrar também outro atacante, Gil, campeão mineiro pelo Cruzeiro.

Após o título estadual de 2006, no Mineirão, um repórter de uma rádio católica foi surpreendido.

Linha retrô da NBA viva na memória dos brasileiros

Camisas clássicas da NBA na década de 1990. Crédito: Adidas/divulgação

As primeiras transmissões na televisão, os cards para colecionar, as notícias mais generosas nos jornais…

A NBA se consolidou no público brasileiro na década de 1990.

Ajudou para isso o estrelato de Michael Jordan, no então imbatível Chicago Bulls, e a chegada dos canais esportivos por assinatura, com vários jogos da liga de basquete mais famosa do mundo.

Talvez por essa soma de fatores seja fácil relembrar os uniformes de grandes equipes daquela década, agora relançados pela Adidas numa linha retrô chamada Hardwood Classics (veja aqui).

Entre os primeiros times com a linha, Sacramento Kings, Miami Heat, Phoenix Suns, Atlanta Hawks, Indiana Pacers, Chicago Bulls e Indiana Pacers.

109 jardas para história do enérgico Ravens no Super Bowl

Super Bowl 47: Baltimore Ravens x San Francisco 49ers. Foto: Steve Sanders/NFL

Beyoncé sacudiu a plateia no show do intervalo no Superdome. Em menos de dez minutos foi montado um gigantesco palco no centro do estádio em Nova Orleans. Àquela altura, o tradicionalíssimo San Francisco 49ers, então pentacampeão em cinco finais, vinha sendo trucidado no Super Bowl 47 pelo Baltimore Ravens.

Como nos playoffs anteriores dessa campanha, os corvos conseguiram neste domingo a façanha de passar o trator em um adversário com a pecha de favorito, em uma partidaça para ganhar ainda mais aficionados no mundo, inclusive no Recife, com direito a bar fechado para a decisão

Com o quarterback Joe Flacco conectando lançamentos improváveis, os campeões de 2001 já estabeleciam 21 x 6. Vantagem confortável, uma vez que em quase meio século de disputa do esporte mais popular dos Estados Unidos a final nunca registrara uma virada assim.

Somente um apagão tiraria a glória. Ou nem isso…

Super Bowl 47: Baltimore Ravens x San Francisco 49ers. Foto: Steve Sanders/NFL

No Super Bowl 47 o recorde não seria mesmo do 49ers. Bastou recomeçar o jogo para o golpe final. Com os mineiros de São Francisco devolvendo a posse para o Ravens, Jacoby Jones pegou a bola em sua área e onze segundos depois fez história. Ligado em 220 volts, atravessou todo o campo e cravou um touchdown de 109 jardas.

Jones, natural de Nova Orleans, foi de uma ponta a outra. Sentiu-se em casa. Foi simplesmente o touchdown mais longo da história de um Super Bowl. Coincidência ou não, com o público em choque, caiu a luz na arena, num episódio insólito e inédito para os padrões americanos.

Quando a corrente elétrico foi restabelecida, o Ravens confirmou a conquista, numa partida que ganhou contorno dramático no fim, 34 x 31. Nada que impedisse a festa do linebacker Ray Lewis, de 38 anos. Agora aposentado, o folclórico defensor, na franquia desde a sua fundação, em 1996, foi o último a sair. Apagou a luz, bicampeão da NFL.

Super Bowl 47: Baltimore Ravens x San Francisco 49ers. Foto: EA Sports/facebook

A quinta classificação nordestina em 2013

Na 5ª rodada da Copa do Nordeste de 2013 foram anotados 14 gols nos oito jogos realizados neste fim de semana, com média de 1,75 tento por partida. Resta uma.

Dos três representantes locais, dois garantiram vaga antecipada. Santa e Sport lideram seus grupos e podem evitar um confronto precoce, ainda nas quartas de final. Ao Salgueiro, a necessidade de vencer na última rodada para avançar às quartas.

Toda a sexta rodada será na noite de quarta-feira, às 21h15, com Sport x Sousa, CRB x Santa Cruz e ASA x Salgueiro.

Classificação da Copa do Nordeste 2013 após a quinta rodada. Crédito: Superesportes

Pernambucano em 2 linhas – Turno 5ª / 2013

Com dois anos de história, o Serra Talhada vai batalhando forte para garantir, em 2014, a sua primeira participação na Copa do Brasil. Na quinta rodada do primeiro turno do #PE2013, o time voltou a fazer seu papel em casa . Folgou o Central, despencando de vez na classificação.

Foram 8 gols nos 4 jogos na rodada, com média de 2 por jogo. No geral da competição são 44 gols em 20 partidas, com índice de 2,2.

Jonatha Fumaça, da Patativa, e João Paulo, do Timbu, agora tem a companhia de Kássio, do Serra, na artilharia do torneio com três gols.

Porto 0 x 3 Náutico – O Alvirrubro, agora com a suas principais peças, passeou no Lacerdão. Agora, é a vez do time ter a cara de Mancini.

Pesqueira 2 x 1 Chã Grande – Repeteco da final da A2, mas dessa vez com vitória do Pesqueira, subindo para o 5º lugar. Surpreende.

Serra Talhada 1 x 0 Ypiranga – O Cangaceiro viu o Náutico passar na liderança, mas o meia Kássio deu mais uma vitória ao Serra, novamente na ponta.

Petrolina 0 x 1 Belo Jardim – A Fera segue na draga. Bom para o Belo Jardim que aproveitou a chance, através do volante Eduardo Eré anotando o gol.

Confira a tabela da competição clicando aqui.

Destaque da rodada: Kieza. Estreou apenas na 5ª rodada. De cara, dois gols. Vai brigar pela artilharia do Estadual. É favorito, diga-se.

Carcaça da rodada: Público no Sesc de Belo Jardim. Com o estádio praticamente vazio, o público oficial foi de 6.016 torcedores.

Classificação do Pernambucano 2013 na 5ª rodada do 1º turno. Crédito: Superesportes