A audiência do Super Bowl passa de 100 milhões de telespectadores nos EUA pelo 9º ano seguido. Mas com queda em 2018

Super Bowl de 2018: Philadelphia Eagles 41 x 33 New England Patriots. Foto: Shawn Hubbard/NFL

O Super Bowl de 2018, em Minneapolis, foi incrível, sendo a partida com mais jardas avançadas na história da NFL, considerando qualquer fase. Somando as jogadas de Philadelphia Eagles e New England Patriots, foram 1.151 jardas! Avanço e eficiência. Não por acaso, foram anotados 74 pontos – um a menos que a edição de 1995 entre 49ers e Chargers. E no fim, contra os prognósticos, deu Eagles, pela primeira vez em sua história. O quarterback reserva Nick Foles fez a partida de sua vida, mesmo diante de um Tom Brady que também jogou muito, embora tenha ‘dropado’ a bola no lance capital.

E diante da televisão, nos Estados Unidos, quase 1/3 da população. Com isso, o evento máximo do esporte no país ultrapassou a barreira de 100 milhões de telespectadores pelo 9º ano seguido. Porém, segundo os dados do instituto Nielsen, que mensura a audiência de 56 regiões metropolitanas por lá, esta foi a edição com a menor audiência absoluta entre as marcas centenária. Considerado o evento com o comercial mais caro do mundo (US$ 5 milhões por 30 segundos, valor aplicado em 2017 e 2018), este Super Bowl teve 7,9 milhões de telespectadores a menos. Teria sido consequência do pleno favoritismo do Patriots? Pois o Troféu Vince Lombardi foi para a ‘zebra’…

Audiência média do Super Bowl nos EUA, em milhões de telespectadores
2010 – 106,4 mi (46,4 pts), New Orleans Saints 31 x 17 Indianapolis Colts
2011 – 111,0 mi (47.9 pts), Green Bay Packers 31 x 25 Pittsburgh Steelers
2012 – 111,3 mi (47.8 pts), New York Giants 21 x 17 New England Patriots
2013 – 108,4 mi (48.1 pts), Baltimore Ravens 34 x 31 San Francisco 49ers
2014 – 111,5 mi (47.6 pts), Seattle Seahawks 43 x 9 Denver Broncos
2015 – 114,4 mi (49.7 pts), New England Patriots 28 x 24 Seattle Seahawks
2016 – 111,9 mi (49.0 pts), Denver Broncos 24 x 10 Carolina Panthers
2017 – 111,3 mi (48.8 pts), New England Patriots 34 x 28 Atlanta Falcons
2018 – 103,4 mi (47.4 pts), Philadelphia Eagles 41 x 33 New England Patriots

% da população dos EUA que assistiu ao Super Bowl (população estimada)
2010: 34,4% (308.745.538)
2011: 35,7% (310.792.611)

2012: 35,5% (313.100.430)
2013: 34,3% (315.368.796)
2014: 35,1% (317.655.775)
2015: 35,7% (320.004.267)
2016: 34,7% (322.260.431)
2017: 34,3% (324.485.597)
2017: 31,7% (325.853.538)

No Brasil, o ‘SB LII’ foi exibido na ESPN e nos cinemas. O país, que teria 15,2 milhões de aficionados, segundo pesquisa do Ibope, foi o 5º com mais ingressos comprados para o jogo, atrás de EUA, Canadá, México e Austrália.

Super Bowl de 2018: Philadelphia Eagles 41 x 33 New England Patriots. Foto: Ben Liebenberg/NFL

A audiência do Super Bowl na TV dos EUA, há 8 anos com mais de 100 milhões de telespectadores. Segue atrás da Copa

Super Bowl 51, Patriots 34 x 28 Falcons. Foto: Todd Rosenberg/NFL

O Super Bowl de 2017, em Houston, foi um dos mais emocionantes da história, com o Patriots, do quarterback Tom Brady, revertendo um placar improvável. De 3 x 28 para 34 x 28, na maior virada em uma decisão, que pela primeira vez só foi definida no overtime. O suficiente para atrair a atenção de 1/3 da população norte-americana, no maior evento esportivo do país. De acordo com o instituto Nielsen, que há tempos mede a audiência do evento, foram 111,3 milhões de telespectadores, em média, no canal Fox. Outros 2,4 milhões assistiram no aplicativo Fox Go e no canal para o público hispânico.

Embora gigantesco, não foi o recorde, com 600 mil a menos em relação à edição 50, em 2016. Por outro lado, manteve a escrita desde 2010, com todas as decisões do futebol americano ultrapassando a marca de 100 milhões de telespectadores, num raio de interesse que vai bem além. Em escala global, o dado sobe para 172 milhões. Basta medir o interesse no Brasil. Antes do Super Bowl 51, o Ibope Repucom divulgou uma pesquisa no país, com 15,2 milhões de aficionados na modalidade, ou 20% da população. Gente que viu a final nos cinemas e, sobretudo, na ESPN e no Esporte Interativo..

Audiência televisiva do Super Bowl nos EUA
2010 – 106,4 milhões (New Orleans Saints 31 x 17 Indianapolis Colts)
2011 – 111,0 milhões (Green Bay Packers 31 x 25 Pittsburgh Steelers)
2012 – 111,3 milhões (New York Giants 21 x 17 New England Patriots)
2013 – 108,4 milhões (Baltimore Ravens 34 x 31 San Francisco 49ers)
2014 – 111,5 milhões (Seattle Seahawks 43 x 9 Denver Broncos)
2015 – 114,4 milhões (New England Patriots 28 x 24 Seattle Seahawks)

2016 – 111,9 milhões (Denver Broncos 24 x 10 Carolina Panthers)
2017 – 111,3 milhões (New England Patriots 34 x 28 Atlanta Falcons)

% da população dos EUA que assistiu ao Super Bowl (população estimada)
2010: 34,4% (308.745.538)
2011: 35,7% (310.792.611)

2012: 35,5% (313.100.430)
2013: 34,3% (315.368.796)
2014: 35,1% (317.655.775)
2015: 35,7% (320.004.267)
2016: 34,7% (322.260.431)
2017: 34,3% (324.485.597) 

Apesar da franca exibição internacional – somente no Brasil são cinco jogos por semana na temporada regular -, a NFL segue bem atrás do futebol.

Copa do Mundo (final)*
2010 – 909 milhões (Espanha 1 x 0 Holanda)
2014 – 1,013 bilhão (Alemanha 1 x 0 Argentina)
* Pessoas que assistiram pelo menos 1 minuto da partida

Eurocopa (final)**
2012 – 300 milhões (Espanha 4 x 0 Itália)
2016 – 300 milhões (Portugal 1 x 0 França)
** Audiência média

Com uma influência muito maior no planeta, o soccer ocupa os três primeiros lugares no ranking mundial de audiência na tevê. Em 3º lugar, a Champions League já passa de 200 milhões, com a Euro e a Copa do Mundo em escalas bem maiores. Por sinal, 1/7 da população da Terra sintonizou a televisão na decisão mundial no Maracanã em algum momento. Mesmo analisando só a média, aquela partida segue imbatível, com 700 milhões de pessoas assistindo à vitória da Alemanha sobre a Argentina. Também no overtime.

Super Bowl 51, Patriots 34 x 28 Falcons. Foto: Todd Rosenberg/NFL

Os museus dos recordistas do Mundial, Champions, Libertadores, NFL e NBA

Ao golear o River Plate por 3 x 0, com show de Messi, Suárez e Neymar, o Barcelona tornou-se o primeiro clube a ganhar três vezes o Mundial de Clubes da Fifa. Por mais que a Copa Intercontinental, disputada entre 1960 e 2004, tenha um peso histórico idêntico, na visão do blog, o tri do Barça tem um contexto inegável. Não por acaso, o museu no Campo Nou já ostenta com destaque as conquistas nos Emirados Árabes (2009) e no Japão (2011 e 2015).

Daí, a curiosidade sobre os museus mais badalados do esporte, a partir da ainda icônica Seleção Brasileira, naturalmente. Somando as Taças Jules Rimet e Fifa, o recorde. Além das salas de troféus do Real Madrid (La Décima) e do Independiente (recordista há três décadas), os maiores campeões da Europa e da América, respectivamente, uma passagem por outras duas competições com audiência no país, a NFL e a NBA.

Barcelona, tricampeão do Mundial da Fifa: 2009, 2011 e 2015

Barcelona, tricampeão do Mundial da Fifa. Crédito: Barcelona/site oficial

Brasil, pentacampeão da Copa do Mundo: 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002

Brasil, pentacampeão da Copa do Mundo. Foto: CBF/site oficial

Real Madrid, decacampeão da Liga dos Campeões da Uefa: 1956, 1957, 1958, 1959, 1960, 1966, 1998, 2000, 2002 e 2014

Real Madrid, decacampeão da Liga dos Campeões da Uefa. Foto: Real Madrid/site oficial

Independiente, heptacampeão da Taça Libertadores da América: 1964, 1965, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1984

Independiente, heptacampeão da Taça Libertadores da América. Crédito: Taringa.net

Pittsburgh Steelers, hexacampeão do Super Bowl (Vince Lombardi Trophy): 1974, 1975, 1978, 1979, 2005 e 2008

Pittsburgh Steelers, hexacampeão do Super Bowl. Crédito: divulgaçã

Los Angeles Lakers, eneacampeão da NBA (Larry O’Brien Trophy*): 1982, 1985, 1987, 1988, 2000, 2001, 2002, 2009 e 2010

Los Angeles Lakers, eneacampeão da NBA. Crédito: divulgação

* O troféu foi implantado na década de 1980, substituindo o modelo anterior, o Walter Brown Trophy, que tem como maior vencedor o Boston Celtics.

A mistura entre NFL e Série D, com Central, Serra Talhada, Cardinals e Texans

Central/Arizona Cardinals. Arte: grafipedia.com.br/

Você consegue imaginar alguma relação entre NFL e a Série D? Esporte, estrutura, visibilidade, marketing? Absolutamente nada. Pois o site Grafitepédia criou um curioso “crossover” entre as duas competições, unindo os universos paralelos dos 32 times de futebol americano aos participantes da quarta divisão nacional de 2015. Ou seja, dois clubes pernambucanos entraram na brincadeira.

O Central se juntou ao Arizona Cardinals, mantendo o escudo do clube e as cores da franquia. A escolha foi motivada por causa dos pássaros (patativa e cardeal) que marcam as duas equipes. Assim como o representante de Caruaru, o Cardinals segue em busca da primeira conquista. Foi vice do Super Bowl em 2009, enquanto  o Central foi vice estadual em 2007.

Estreante em competições nacionais em 2015, o Serra Talhada, fundado em 2011, foi misturado ao Houston Texas, o caçula da NFL. A franquia está em ação desde 2002. Outro cruzamento semelhante entre os dois é o mascote, com o Cangaceiro no Serra e o cowboy em Houston.

Confira os demais crossovers NFL/Série D clicando aqui.

Serra Talhada/Houston Texans. Arte: grafipedia.com.br/

Skunk, Coral Snakes e Island Lions, as versões NFL do futebol pernambucano

Os escudos de Náutico, Santa Cruz e Sport no estilo "futebol americano". Arte: Samir Taiar/instagram

Em abril de 2015, o ilustrador Samir Taiar resolveu redesenhar os distintivos de doze grandes clubes com os traços característicos do futebol americano. Inicialmente, fez versões de quatro paulistas, quatro cariocas, dois mineiros e dois gaúchos. As imagens fizeram sucesso na web e o designer recebeu pedidos em suas redes sociais para criar marcas de outros equipes do Brasil.

Samir acabou repaginando mais sete grandes times, os dois de Salvador, dois de Curitiba e o trio do Recife. Em todos os casos, o design ocorreu a partir dos mascotes e com a inclusão dos nomes das sedes, em inglês.

Em Pernambuco, pela ordem, surgiram versões de Sport, Náutico e Santa. O rubro-negro foi o único sem o nome da capital, chamado de Island Lions (Leão da Ilha) para se diferenciar dos Lions do Vitória. No Náutico, o timbu virou Skunk. Numa tradução literal, seria gambá. O marsupial alvirrubro seria “Opossum”. Em relação ao Tricolor, a curiosidade foi o fato de a descrição do projeto apontar o nome Coral Snakes. No distintivo, contudo, ficou Snakes Recife.

A ideia do mineiro cresceu e todas as marcas no estilo NFL viraram estampas em camisas masculinas e femininas (R$ 59). Confira aqui.

Confira os detalhes das camisas: Náutico, Santa Cruz e Sport.

Escudos de clubes brasileiros com design inspirado na NFL

Escudos dos clubes brasileiros no estilo "NFL". Arte: Samir Taiar/Instagram

Os distintivos dos times de futebol americano seguem um design bem específico, com traços modernos a partir dos mascotes e a inclusão dos nomes das sedes, algo bem característico no esporte dos Estados Unidos de uma forma geral, incluindo basquete e hóquei sobre o gelo. A popularização da NFL no Brasil, com 94 jogos exibidos na televisão por assinatura na temporada 2014/2015, só consolidou o estilo.

Utilizando esse padrão, o ilustrador mineiro Samir Taiar resolveu recriar os escudos dos principais times brasileiros. Inicialmente, fez modelos dos quatro grandes do futebol paulista, assim como os quatro cariocas, os dois mineiros e os dois gaúchos. Em seguida, focou o Nordeste, com Sport e Bahia.

Confira os 14 escudos numa resolução maior: Sport, Bahia, Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, São Paulo, Corinthians, Santos, Palmeiras, Grêmio, Inter, Cruzeiro e Atlético-MG.

Qual foi o distintivo brasileiro mais legal no estilo “NFL”?

Escudos dos clubes brasileiros no estilo "NFL". Arte: Samir Taiar/Instagram

Os recordes de audiência global na TV, do Super Bowl à imbatível Copa do Mundo

Audiência esportiva no mundo, em milhões de telespectadores

O Super Bowl de 2015, no Arizona, chamou como nunca a atenção dos brasileiros. A vitória do New England Patriots sobre o Seattle Seahawks foi vista em bares e até cinemas no Recife. Sem dúvida alguma, é um megaevento anual, com o máximo em organização no esporte. Uma aula do que o futebol também poderia ser, associando audiência e entretenimento.

A partida foi assistida no canal NBC por 114,4 milhões de norte-americanos, registrando a maior audiência da história dos EUA (quadro abaixo). Na escala global, segundo o Sporting Intelligence, o dado sobe para 163 milhões. Apesar do bom momento, com exibição em dois canais pagos no Brasil, com pelo menos cinco jogos a cada semana, a NFL ainda está muito atrás do futebol.

Com uma influência muito maior no planeta, o soccer ocupa os três primeiros lugares no ranking global de audiência na tevê. A final da Liga dos Campeões da Uefa chega a quase 200 milhões de telespectadores, enquanto a decisão da Eurocopa alcançou aproximadamente 300 milhões. Pesa, claro, o interesse do Velho Mundo. Já a final da Copa do Mundo… Esse evento parece imbatível.

O jogão entre Argentina e Alemanha, decidindo o título em 2014, no Maracanã, foi visto por mais de 700 milhões de pessoas, ou 1/10 da população da Terra.

Recordes de audiência na TV dos Estados Unidos. Crédito: Nielsen Media Research/Wall Street Journal

Podcast 45 minutos (98º) – Início do hexagonal, UFC e Super Bowl

O fim de semana foi agitado no esporte. No cenário local, o início do hexagonal, com goleada do Sport sobre o Santa, empta entre Náutico e Salgueiro e confusão na mobilidade (metrô). Tudo isso está na 98ª edição do podcast 45 minutos, que também debateu a volta de Anderson Silva ao UFC e o emocionante Super Bowl vencido pelo New England Patriots.

Estou nesta edição (1h27min) ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!

O primeiro jogo de futebol americano no interior do estado, Wolves x Mariners

Futebol americano em Caruaru, 2015: Caruaru Wolves x Recife Mariners. Crédito: Caruaru Wolves/facebook

O estádio Lacerdão, do Central, será o palco do primeiro jogo de futebol americano no interior pernambucano. O recém-federado Caruaru Wolves, vestido de laranja, enfrentará num amistoso o Recife Mariners, vice-campeão nordestino em 2014. A partida em Caruaru está agendada para o dia 31 de janeiro.

Com o aumento do interesse local no esporte – vida a evolução da audiência da NFL na teevê por assinatura no Brasil -, a expectativa é repetir a estrutura usada pelo Mariners, mais rodado, em atividade desde 2006. A organização do time azul teve seu ponto alto na decisão regional contra o João Pessoa Espectros, na Arena Pernambuco, com 7.056 pagantes, ainda recorde no país.

Em 11 de janeiro, o time do Wolves foi apresentado aos caruaruenses durante o jogo Central x Vera Cruz. Na próxima vez em campo, será a atação principal.

Times pernambucanos de futebol americano: Recife Mariners, Recife Pirates, Olinda Sharks, Caruaru Wolves e Arcoverde Templários.

Futebol americano em Caruaru, 2015: Caruaru Wolves x Recife Mariners. Crédito: Caruaru Wolves e Recife Mariners/facebook

Podcast 45 minutos (92º) – Preparação local para 2015 e a tecnologia no futebol

Os grandes clubes pernambucanos já iniciaram a pré-temporada de 2015, com reforços chegando e muita especulação. Com o time completo, o 45 minutos debateu esse momento, comentando, entre outros pontos, a contratação de Leandro Euzébio, no Náutico, e a renovação de Diego Souza, no Sport.

Além disso, no embalo da NFL, foi discutido se o sistema tecnológico utilizado pela arbitragem no futebol americano poderia servir no “nosso” futebol.

Estou neste podcast (1h15min) ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!