A primeira passagem da tocha olímpica em Pernambuco, pelo Rio São Francisco

A tocha olímpica passou em Pernambuco pela primeira vez. Petrolina foi o primeiro município do estado a receber o revezamento da tocha de 2016, num evento que vem percorrendo todo o país, com expectativa de 12 mil condutores e 329 cidades. No estado são 15 localidades, além de Fernando de Noronha, no dia mundial do meio ambiente. No Sertão de São Francisco, em 26 de maio, a chegada foi de balsa, atravessando o Velho Chico.

Às 16h39 o fogo olímpico, que iluminará o Maracanã, começou a ser celebrado na cidade, com 110 pessoas petrolinenses convidados, num trajeto de 21 km até o palco da celebração, às 19h26, acendendo uma pira. No programa do revezamento, a última cidade do dia sempre recebe uma festa para o fogo olímpico. Assim também deve ser em Caruaru (30/05) e no Recife (31/05), com 176 condutores na capital e um evento de encerramento no Marco Zero.

Após a passagem em quatro cidades baianas, o fogo foi levado de Juazeiro a Petrolina. Nade de ponto. O traslado foi pelo rio que simboliza a região.

Revezamento da Tocha Olímpica de 2016, em Petrolina. Foto: Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio/twitter (@Rio2016)

O professor Manoel dos Santos caminhou com a tocha logo no início do revezamento. “Foi uma vida no esporte como atleta e como professor”.

Revezamento da Tocha Olímpica de 2016, em Petrolina. Foto: Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio/twitter (@Rio2016)

Sem esconder a alegria, o palhaçoterapeuta Daniel Dias foi um dos últimos a conduzir a tocha, já no centro da cidade.

Revezamento da Tocha Olímpica de 2016, em Petrolina. Foto: Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio/twitter (@Rio2016)

O rito de passagem da chama olímpica, de Vitor Souza para Evelyn Calvacanti.

Revezamento da Tocha Olímpica de 2016, em Petrolina. Foto: Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio/twitter (@Rio2016)

A última pessoa a conduzir a tocha em Petrolina foi Denise Cavalcanti. Escolhida pelo trabalho para o tratamento da doença de Alzheimer, ela criou um game para pessoas com a doença. O software, que auxilia no desempenho, foi o resultado do mestrado na Universidade Federal do Vale do São Francisco. “Estou emocionada por acender a pira aqui em Petrolina”.

Revezamento da Tocha Olímpica de 2016, em Petrolina. Foto: Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio/twitter (@Rio2016)

Com gol contra de Renê e sem ataque, Sport perde do Inter e segue no Z4

Série A 2016, 3ª rodada: Inter x Sport. Foto: Inter/twitter (@SCInternacional)

Em um cruzamento colorado da esquerda, por baixo, Renê desviou para as próprias redes. Em péssima fase, o lateral-esquerdo não tem sombra no elenco, numa lacuna que não condiz com a competição. Em Porto Alegre, a infelicidade deixou a situação quase irreversível para o Sport. O jogo ainda corria aos 12 minutos do segundo tempo, à tarde, mas o poder de reação dos rubro-negros é baixíssimo. Em toda a partida, o time finalizou apenas uma vez contra a meta do ex-leonino Danilo Fernandes, com Serginho, ainda na primeira etapa.

As outras sete tentativas foram sem direção, inclusive do próprio Renê, que no fim da partida teve a chance de se redimir, mas bateu de canela. Um retrato de um problema crônico no elenco. A falta de ataque do Sport, hoje, é sinal de irresponsabilidade. Do baixo nível técnico de que vem entrando em campo, de Falcão, que indicou parte dessa trupe, e da direção, que deu aval a isso tudo, incluindo a liberação cada vez mais inexplicável de Hernane Brocador. Hoje dependendo de Edmílson, está aguardando a abertura da janela internacional, em 20 de junho. Até lá, o time parece sem perspectiva ofensiva.

A derrota para o Inter, por 1 x 0, manteve o time pernambucano na zona de rebaixamento. A primeira metade do jogo no Beira-Rio foi aceitável. Pela primeira vez, neste Brasileirão, se viu uma organização tática, com atuação firme na defesa e uma busca por espaços no ataque. Mas, a não ser que a barra fique aberta, ninguém chuta. Substituído na segunda etapa – numa mudança tripla de Oswaldo de Oliveira -, Vinícius Araújo completou 213 minutos sem finalizar. Trata-se do centroavante do time. Não existe. Aliás, existe. Infelizmente.

Série A 2016, 3ª rodada: Inter x Sport. Foto: Inter/twitter (@SCInternacional)

Concorrência à vista pela transmissão do Campeonato Pernambucano em 2019

Possível duelo pela transmissão do Pernambucano a partir de 2019: Rede Globo x Esporte Interativo. Arte: Cassio Zirpoli/DP

atual contrato de transmissão do Campeonato Pernambucano tem duração de quatro temporadas, até 2018. O acordo, junto à Rede Globo, prevê um repasse anual aos clubes de R$ 3,84 milhões. Em 2019, seguindo o caminho lógico, com dezenove temporadas consecutivas, a emissora deve renovar o contrato. No entanto, há outro ator em cena. O mesmo de outras disputas nacionais, como o Brasileirão, Paulista, Carioca etc. A onipresente concorrência do Esporte Interativo vem alavancando as cifras, independentemente da escolha dos clubes. E aí está a chance de um incremento na cota do Estadual.

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, cujos contratos acabaram em 2016, a proposta do EI fez com que a Globo se mexesse, tendo que aumentar entre 60% e 66% para se manter como emissora oficial em 2017, como mostra o jornalista Rodrigo Mattos, do Uol. Ou seja, com esses índices, o torneio local ficaria entre 6,144 mi e 6.374 milhões de reais (projeções abaixo). No estado, claro, o aumento poderia ser menor proporcionalmente, mas ainda assim além da média do futebol local. Sobretudo pelo interesse da concorrente, ouvida pelo blog.

Em reserva, o discurso é de “respeitar os contratos”, com alguma manifestação em meados de 2018. Pelo histórico dos clubes, uma mudança efetiva é difícil. Basta ver no Brasileiro, com o Trio de Ferro sondado, mas renovando com a Globo até 2024. Mas a contraproposta deve chegar, nem que seja apenas para a tevê paga. A última vez foi em 2000, quando a própria Globo adquiriu os direitos junto ao locutor Luciano do Valle, que exibira o torneio, com sucesso, na TV Pernambuco. A negociação, por quatro edições, saiu por R$ 1,92 milhão…

Campeonato Pernambucano
2015-2018

Cotas anuais
Grandes (3 times): R$ 950 mil (cada)
Pequenos (9 times): R$ 110 mil (cada)

2019*
Grandes (3): R$ 1,52 milhão a R$ 1,577 milhão (cada)
Pequenos (9): R$  176 mil a R$ 182 mil (cada)
*Estimativa de 60% a 66% de acréscimo, no Paulista e no Carioca

Campeonato Paulista (total)
2016 – R$ 100 milhões
2017 – R$ 160 milhões (60%)

Campeonato Carioca (total)
2016 – R$ 60 milhões
2017 – R$ 100 milhões (66%)**
** Em negociação

Ataque do Santa funciona plenamente no Arruda, com goleada sobre o Cruzeiro

Série A 2016, 3ª rodada: Santa Cruz 3x1 Cruzeiro. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Dois gols de Grafite. O primeiro de pênalti, após uma arrancada sensacional, no alto de seus 37 anos. O segundo com extrema categoria, tocando por cima de Fábio. Um de cabeça de Arthur, com cruzamento de Keno. E outro do próprio Keno, correndo nos descontos para decretar a goleada do Santa Cruz sobre o Cruzeiro no Arruda, 4 x 1. O mesmo placar do último confronto, há dez anos. O momento atual, porém, é muito melhor, com o time mantendo a liderança do Brasileirão. São dez gols em três apresentações, nove deles anotados pelo trio de atacantes, decisivos desde as conquistas do Nordestão e do Pernambucano.

O jogo contra o time mineiro prometia ser dos mais difíceis. Apesar da fase inconstante, tem qualidade. E dinheiro para bancar valores. No último ano, faturou R$ 363 milhões, contra R$ 15 milhões dos corais. Em campo, diferença inexistente. Nos primeiros minutos, a impressão era a de sempre, com o adversário com posse e atacando mais. Depois de dois meses, já com a cara de Milton Mendes, dá pra saber que trata-se do cenário aguardado pelo próprio tricolor, armado para contragolpear. A ponto de o próprio rival achar que está dominando. A bola vinha rondando a meta de Tiago Cardoso até os 19, no primeiro lance de perigo do mandante. Grafite correu para ser derrubado pelo goleiro na área. Certeiro, abriu a conta, num cenário ainda mais propício.

É verdade que Arrascaeta empatou no segundo tempo, numa bela cobrança de falta, mas o time, já com João Paulo, não perde a coletividade. Sobretudo por ter lá na frente um jogador de técnica refinada na conclusão. Achou um espaço, guarda. Ao marcar novamente, Grafa chegou a 6 gols, artilheiro. Em apenas três jogos passou de 1/3 da meta de 15 gols. Pelo visto, a meta será ampliada já já. Com o Cruzeiro se expondo, conforme esperado, o Santa matou, com Arthur e Keno definindo uma daquelas vitórias que faz valer o tempo de espera, dando a sensação de que outras atuações do tipo estão à caminho. Ataque, tem. 

Série A 2016, 3ª rodada: Santa Cruz 3x1 Cruzeiro. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Os 20 clubes da Copa do Nordeste de 2017

Os 20 clubes classificados à Copa do Nordeste de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Os vinte participantes da Copa do Nordeste de 2017 estão definidos, pela terceira vez com a presença dos nove estados da região, sendo três times de Pernambuco e Bahia e dois dos demais estados. O formato é o mesmo, com cinco grupos de quatro clubes, avançando os líderes e os três melhores vice-líderes. O sorteio das chaves, dirigido, será em setembro, em João Pessoa. São quatro potes, com cada um indicando um participante de cada grupo.

A divisão dos potes seguiu o Ranking da CBF em vigor, ou seja, a lista de dezembro de 2015. Isso acaba gerando um cenário controverso, com o atual campeão, o Santa Cruz, no segundo pote. Por este motivo, há 40% de chance de ter um grupo com dois grandes clubes do Recife (Sport/Santa ou Náutico/Santa). Quanto às cotas de premiação, que em 2016 totalizaram R$ 14,8 milhões, o montante só deve ser definido no conselho da liga, na Paraíba.

Pote 1: Bahia (18º), Sport (19º), Vitória (20º), Náutico (25º) e ABC (26º)
Pote 2: América (29º), Santa (35º), Sampaio (39º), CRB (40º) e Fortaleza (42º)
Pote 3: Botafogo (56º), Campinense (72º), River (79º), Moto (97º) e CSA (103º)
Pote 4: Sergipe (137º), Itabaiana (164º) Juazeirense (174º), Uniclinic/Altos (s/r) 

Entre os times tradicionais, a ausência fica por conta do o ex-campeão Ceará.

Classificações via estadual e histórico no regional (1994-2016)

Alagoas
CRB (campeão alagoano): 12 participações, com 1 vice
CSA (vice): 10 participações, com 2 semifinais

Bahia
Vitória (campeão baiano): 12 participações, com 4 títulos, 3 vices e 1 semifinal
Bahia (vice): 12 participações, com 2 títulos, 3 vices e 3 semifinais
Juazeirense (3º lugar): 1 participação, com 1 fase de grupos

Ceará
Fortaleza (campeão cearense): 9 participações, com 2 semifinais
Uniclinic (vice): estreante

Maranhão
Moto Club (campeão maranhense): 1 participação, com 1 fase de grupos
Sampaio Corrêa (vice): 2 participações, com 2 fases de grupos

Paraíba
Botafogo (finalista do estadual): 12 participações, com 1 semifinal
Campinense (finalista do estadual): 4 participações, com 1 título e 1 vice

Pernambuco
Santa (campeão pernambucano): 10 participações, com 1 título e 2 semis
Sport (vice): 11 participações, com 3 títulos, 1 vice e 4 semifinais
Náutico (3º lugar): 8 participações, com 2 semifinais

Piauí
River (finalista do estadual): 2 participações, com 2 fases de grupos
Altos (finalista do estadual): estreante

Rio Grande do Norte
ABC (campeão potiguar): 11 participações, com 1 vice e 1 semifinal
América (vice): 13 participações, com 1 título e 2 semifinais

Sergipe
Sergipe (campeão sergipano): 9 participações, com 1 semifinal
Itabaiana (vice): 1 participação, com 1 fase de grupos

Copa do Nordeste. Foto: Cassio Zirpoli/DP

A 3ª classificação da Segundona 2016

A classificação da Série B 2016 após 3 rodadas. Crédito: Superesportes

Vasco e Atlético-GO se mantêm 100% após três rodadas da Série B. Já abriram quatro pontos de vantagem no G4, sendo os únicos times que ainda não sofreram gols na competição. Enquanto isso, o Náutico foi vazado nas três partidas que disputou. Perdeu as duas com visitante porque o ataque não colaborou – perdeu inúmeras boas chances no Sul, passando em branco. A derrota alvirrubra em Londrina derrubou o time do 11º para o 15º lugar. Hoje, o time já precisa de duas rodadas para alcançar a zona de classificação.

No G4, um carioca, um goiano, um catarinense e um baiano.

A 4ª rodada do representante pernambucano
27/05 (21h30) – Náutico x Sampaio Corrêa (Arena Pernambuco)

Os motivos para o afastamento da torcida, segundo estudo encomendado pelo Sport

Ilha do Retiro vazia na Copa do Brasil de 2014. Foto: http://checkinpelomundo.blogspot.com.br/

O Sport encomendou uma pesquisa para saber a opinião de sua torcida sobre os principais empecilhos para assistir aos jogos do clube na Ilha do Retiro. Produzida pela Prime Brasil, que ouviu 2.095 pessoas, entre sócios e torcedores em geral, a violência apareceu como o maior problema, disparado (66%). O estudo foi realizado em março de 2016, na Região Metropolitana do Recife e em Vitória de Santo Antão. Com os dados detalhados em mãos, desbancando outros motivos especulados, como preço do ingresso, nível técnico do time e concorrência da televisão, o clube rubro-negro vem se articulando com a Polícia Militar para discutir a segurança no entorno do estádio.

Já que o foco da direção leonina foi a redução de público, vale citar os dados dos doze jogos do Sport como mandante na Ilha no Nordestão e no Estadual desta temporada. Foram contabilizados 148.645 torcedores, proporcionando uma média de 12.387. Um índice apenas razoável. Entretanto, o número,c om 45% de ocupação, foi turbinado com quatro jogos de mata-mata, que costumam puxar pra cima. A arrecadação bruta neste recorte foi de R$ 2.721.098.

Eis os percentuais da pesquisa divulgada pelo Sport…

Presença nos jogos do Sport nos últimos cinco anos:
47,7% – Frequência reduzida
36,0% – Frequência ampliada
16,3% – Frequência mantida

Entre os que responderam sobre a redução na frequência, eis os motivos:
66,7% – Medo da violência em geral
18,9% – Falta de tempo
5,2% – Falta de dinheiro
3,3% – Torcidas organizadas
1,7% – Preço/valor do ingresso
0,8% – Horário dos jogos
0,7% – Fim do Todos com a Nota
0,5% – Assinatura do PFC
0,2% – Falta de companhia
2,0% – Outros motivos

Segurança interna na Ilha do Retiro
1,5% – Muito satisfeito
46,2% – Satisfeito
19,3% – Indiferente
28,6% – Insatisfeito
4,4% – Muito Insatisfeito

Copa do Brasil 2016 (Sub 17), final: Sport 2 x 2 Corinthians, diante de 22.104 pessoas. Foto: Ricardo Fernandes/DP

São Paulo, Boca, Atlético Nacional e Del Valle na semifinal da Libertadores 2016

Semifinais da Liebrtadores 2016: São Paulo x Atlético Nacional e Independiente del Valle  x Boca Juniors. Arte: Conmebol/site oficial

Três ex-campeões na semifinal da Libertadores de 2016, com o Independiente del Valle se mantendo como a maior surpresa. O clube jamais havia chegado tão longe, ficando a um passo de colocar o Equador pela quarta vez na decisão (LDU em 2008 e Barcelona em 1990 e 1998). Terá pela frente um mamute, o hexacampeão Boca Juniors. O time xeneize pode chegar à 11ª final, tornando-se recordista isolado – hoje, divide o status com o Peñarol. Em caso de título, enfim alcançaria o conterrâneo Independiente de Avellaneda, hepta desde 1984! Com Carlitos Tévez e pelo copeirismo histórico, o time argentino é o favorito absoluto.

No outro lado, o time com o melhor futebol do torneio. São Paulo? Não. O time, que pode se tornar no primeiro brasileiro tetracampeão, é um retrato das equipes comandadas por Bauza. Faz o resultado em casa, jogando fechadinho como visitante, no limite. Plasticamente não agrada, mas não dá pra negar a eficiência. Já o adversário, o Atlético Nacional, empolga. Toque de bola, sempre vertical. Venceu 7 dos 10 jogos disputados. No mata-mata, aniquilou os argentinos Huracán e Rosario por 4 x 2 e 3 x 1. Nas quartas, passou no último lance. Estaria no limite? Camisa, tem. Ostenta o título de 1989, com Higuita.

Qual será a final da Libertadores 2016?

  • São Paulo x Boca Juniors (60%, 488 Votes)
  • Atlético Nacional x Boca Juniors (26%, 212 Votes)
  • São Paulo x Independiente del Valle (9%, 70 Votes)
  • Atlético Nacional x Independiente del Valle (5%, 43 Votes)

Total Voters: 812

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A identidade visual do Santa via Cordel

Tempo real do Santa Cruz nas redes sociais. Crédito: Santa Cruz/reprodução (@SantaCruzFC)

A cobertura das partidas em “tempo real” na internet ocorre em diversas plataformas. Nos sites tradicionais e nas redes sociais, com informações e imagens, sempre à parte dos vídeos, cuja exibição tem a lógica restrição devido aos direitos de transmissão já comercializados. Por isso, na disputa paralela na web, com o público sempre crescente, vale a agilidade, a informação precisa, o entretenimento. Ponto importante para prender a atenção do torcedor.

No Campeonato Brasileiro de 2016, o Santa Cruz iniciou um novo formato, com lances ilustrados em “cordel”, o popular gênero literário em folhetos, tradicional em feiras nordestinas. Produção sem esquecer as origens, em preto, branco e vermelho: Início do jogo, cartão amarelo, intervalo, falta perigosa, gol, fim de jogo.

Santa Cruz nas redes sociais. Crédito: Santa Cruz/reprodução (@SantaCruzFC)

As imagens foram criadas por Kelen Linck, que deve produzir outros lances, como expulsão e substituição. A identidade visual se estende aos perfis oficiais no twitter (SantaCruzFC) e no facebook (OficialSantaCruzFC), com promoções de ingressos, timemania e até concurso de musa. A linguagem segue direta, com expressões pernambucanas como “bora”, “oxe” e “visse”.

A cada engajamento com o cordel coral, a multiplicação do clube na web, que no último ano teve 100% de aumento, chegando a 75 mil usuários no microblog e 523 mil na rede de Mark Zuckerberg. Claro, nesta onda não poderia faltar o ponto alto do futebol, simbolizado na conquista. No caso, duas. Campeão do Nordeste, o “Cobra da Peste”, e campeão pernambucano. Visual aprovado?

Santa Cruz nas redes sociais. Crédito: Santa Cruz/reprodução (@SantaCruzFC)

Keirrison ressurge e faz o gol da vitória do Londrina sobre o apagado Náutico

Série B 2016, 3ª rodada: Londrina 1x0 Náutico. Foto: Wellington Ferrugem/Londrina (londrinaesporteclube.com.br)

Em 2008, então com 19 anos, Keirrison teve um desempenho excelente no Brasileirão. Defendendo o Coritiba, marcou 21 gols e foi um dos artilheiros da competição, ao lado dos experientes Kléber Pereira, do Santos, e Washington, do Fluminense. Se transferiu imediatamente para o Palmeiras, que pagou R$ 2 milhões referentes aos 20% dos direitos econômicos pertencentes ao alviverde paranaense. Jogador fatiado desde sempre. Do verdão paulista, um negócio de 15 milhões de euros para o Barcelona. Auge aos 20? Não se firmou, nem perto.

Transformou-se em em moeda de troca, sendo sempre emprestado. Benfica, Fiorentina, Santos, Cruzeiro. Até voltar ao Coxa, quatro anos depois. Lá, sofreu um trauma incurável, a perda do filho. Sem jamais repetir a forma de 2008, acabou indo parar no Londrina, no interior. Na Série B, aos 27 anos, é mais um entre tantos atletas em busca de uma evolução na carreira. Para Keirrison, especificamente, uma recuperação. Com direito à cláusula de produtividade, até o fim de 2017, o atacante surpreendeu a todos ao marcar o gol da vitória sobre o Náutico. Cabeceando quase no chão, no segundo tempo de um jogo de baixo nível técnico, o “K-9” fez o solitário gol no Estádio do Café, 1 x 0.

Acompanhando um time sem criatividade e sem poder de finalização (não marcou nas duas derrotas como visitante), os alvirrubros se perguntavam na hora do gol sofrido: “É aquele?!” Sim, era. Pela lembrança, foi difícil não imaginar Keirrison como a solução do ataque pernambucano. Pela fama precoce, pelo potencial. Pela carreira, não teria como. Se bem que ele voltou a marcar…

Série B 2016, 3ª rodada: Londrina 1x0 Náutico. Foto: Robson Vilela/AGB/Estadão conteúdo