Faz tanto tempo assim, torcedor alvirrubro?
Em 3 de janeiro de 2001, um baixinho realizava o seu primeiro treino nos Aflitos.
Contratado já com idade avançada, o atacante nunca havia brilhado nos principais centros de futebol do país. No máximo, em divisões inferiores da região Sul.
O nome tinha apenas quatro letras, mantendo uma tradição nas denominações dos goleadores em Rosa e Silva, tendo Bita como o maior exemplo, é claro.
Do nada, explodiu.
Passou a fazer muitos gols, colecionar marcas quase insuperáveis no clube.
Passou a reescrever a história do Clube Náutico Capibaribe. Ele mesmo, Silvio Luiz Borba da Silva, ou simplesmente Kuki.
A “revelação” de 29 anos marcou uma década nos Aflitos. Se tornou o atleta que mais vestiu o uniforme timbu em 110 anos.
Foram 389 partidas, com direito a três títulos estaduais e três artilharias do Estadual. Kuki virou sinônimo de raça, perseverança e festa nas arquibancadas.
Kukê! Kukê! Kukê!
Ao todo, marcou 179 tentos. É o 4º maior goleador do clube. Na frente dele, só Bita, Fernando Carvalheira e Baiano.
É claro que ocorreram atritos durante o longo relacionamento. Chegou a mudar de camisa. Mas voltou para “casa”. Virou auxiliar técnico.
Não tinha como deixar de viver o Timbu, a sua paixão tardia, mas incondicional.
Futebol, agora, só como brincadeira… Como rachões e futevôlei em Boa Viagem. Os gols, as arrancadas, a alegria e até a raiva em campo, ficaram no passado.
O tempo parece cada vez mais rápido…
Aquele Kuki completa 40 anos neste sábado, 30 de abril de 2011.
A história sempre dá uma chance para ser reescrita. Às novas gerações.