Walking Dead

Campeonato do NordesteCampeonato do Nordeste em 2011.

A Liga do Nordeste confirmou nesta sexta-feira a reedição da competição, dando sequência ao acordo com a CBF, que trocou uma ação na justiça por três competições.

Então, teremos a volta de um moribundo?

Tomara que não. Ajustes, desde já.

Porém, é inegável que o torneio regional do ano passado foi um fiasco, em nível técnico e em presença de público.

Na decisão, o Vitória sagrou-se campeão com o seu time B. E foi rebaixado para a Série B do Brasileiro quatro dias depois…

A nova competição será disputada de 24 de agosto a 7 de dezembro.

Foram 15 clubes em 2010. Neste ano, 16 equipes, com Náutico, Santa e Sport.

O Nordestão terá a volta do Leão, que negou-se a participar da última edição, apontada como deficitária pelos leoninos. Fato confirmado depois, é bom ressaltar.

Para completar, o óbvio: o torneio será mais enxuto… Desta vez, o presidente da Liga do Nordeste, Eduardo Rocha, escutou as propostas dos clubes e o Nordestão terá 11 datas, contra 16 da última temporada.

Tiro curto, mais atrativo, além de dar mais fôlego para o Campeonato Brasileiro.

Leia sobre a série de TV Walking Dead clicando AQUI.

Pernambucano em 2 linhas – 1ª/2011

Pernambucano 2011, 1a rodada. Fotos: Diario de Pernambuco e Diário da Sulanca/divulgação

A volta do “resuminho” da rodada no Pernambucano 2011. A largada foi marcada por erros de arbitragem, expulsões, preparo físico irregular e muita gente nas arquibancadas. Em 5 partidas (sem contar o jogo no Cornélio de Barros) foram 52.112 pessoas. Média de 10.422. O recorde histórico foi na edição de 1998, com 10.895.

Sport 1 x 0 América -Um público gigante, com mais de 25 mil pessoas. Porém, pouquíssimo futebol em campo. O árbitro Cláudio Mercante merece a “geladeira”.

Vitória 0 x 3 Santa Cruz – A preparação do time de Zé Teodoro deu resultado logo na estreia, com uma vitória convincente. Uma goleada, aliás. Torcida presente.

Ypiranga 0 x 1 Central – No Clássico do Agreste, 5.000 ingressos vendidos. Quantos estavam à venda? Exatos 5.000. Patativa começou voando no Estadual.

Porto 1 x 0 Araripina – Em jogo equilibrado, o Gavião do Agreste superou o Bode no fim. Público pagante de apenas 87 pessoas. Restante (3.900) na promoção.

Salgueiro x Cabense – Queda de energia aos 29 minutos e a primeira confusão no Pernambucano de 2011. Jogo na sexta ou remarcado? Cabense já voltou.

Náutico 3 x 0 Petrolina – Torcida alvirrubra marcou boa presença no último jogo da rodada. Timbu, ainda em formação, venceu com tranquilidade. Vai brigar.

Veja a classificação atualizada do Estadual AQUI.

Destaque da rodada: Conjunto tricolor. Ótima estreia com vitória fora de casa.

Carcaça da rodada: Como já foi dito, Cláudio Mercante. Sem direito a 2º lugar.

Acaba como largou?

Pernambucano 2011: Náutico 3x0 Petrolina. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

A defesa do hexa começou.

Quase dez mil alvirrubros nos Aflitos, sonhando com o sucesso pela terceira vez seguida nesta luta para manter o “luxo” da maior conquista do clube.

Ainda em desenvolvimento, o Náutico soube se impor sobre o Petrolina, nesta quinta-feira, no último jogo da noite nesta primeira rodada do Pernambucano.

Venceu sem dificuldade alguma, por 3 x 0.

O zagueiro Walter abriu o placar, mas o atacante Geilson, outrora contestado pela timbuzada, marcou duas vezes.

O Alvirrubro larga na frente no Pernambucano de 2011.

Nas defesas anteriores do hexa, também deu tudo certo desde o início.

Em 1974, vitória por 3 x 0 sobre o Íbis. Em 2001, triunfo por 2 x 1 sobre o Vitória. Para os supersticiosos: todos os jogos foram nos Aflitos.

Agora, a meta claríssima é terminar na frente também…

Faça um bom trabalho, PM

Futebol e Cidadania

Ao todo, serão 132 jogos na fase classificatória do Estadual desta temporada.

A Polícia Militar, como já foi dito, será homenageada pela FPF, dando nome ao troféu de campeão pernambucano de 2011 (veja AQUI).

Agora, resta esperar uma redução nos dados da violência nos jogos no Pernambucano.

Abaixo, os dados do Juizado do Torcedor, ligado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), durante as duas últimas edições da competição.

2009 – 169 ocorrências em 43 jogos com o MPPE. Foram 162 pessoas detidas por atos violentos e 7 cambistas. Média de 3,9 casos registrados por jogo.

2010 –  180 ocorrências em 34 jogos com o MPPE. Foram 101 pessoas detidas por atos violentos e 79 cambistas. Média de 5,2 casos registrados por jogo.

O recorde foi em 3 de fevereiro do ano passado, com 122 detidos no clássico Santa 1 x 3 Sport, o que mostra o grau de periculosidade.

O órgão vem com mais poder de atuação no #PE2011. A Lei Complementar número 163, de 17 de dezembro de 2010, será colocada em prática já na abertura.  Com ela, o Jetep passa a ter plena competência cível e criminal.

Assista ao vídeo institucional “Futebol e Cidadania”, do Jetep, clicando AQUI.

Bordão histórico

Lima marca o gol do título do Náutico sobre o Santa Cruz, no Pernambucano de 1974. Foto: Arquivo/Diario de Pernambuco

“Hexa é luxo”.

Pouca gente sabe, mas o famoso bordão do Náutico não surgiu após o título pernambucano em 1968, quando o time conquistou o sexto título estadual seguido.

A expressão histórica, esfregada na cara dos rivais há 42 anos, foi dita pela primeia vez na noite de 11 de dezembro de 1974, nos Aflitos.

No calor de mais um título pernambucano.

Lima marcara o gol daquela conquista, a última do Timbu em seu estádio, acabando com a sequência tricolor, então pentacampeão.

A frase tem crédito conhecido. Mérito de Sebastião Orlando, diretor de futebol e apontando como um dos responsáveis pela montagem do time com Jorge Mendonça, Vasconcelos, Neneca e Juca Show. Ele assistiu ao Clássico das Emoções nas cadeiras.

Embreagado de felicidade, ele desceu das tribunas até o vestiário, já em plena comemoração com a taça de prata.

Logo na entrada ele foi abordado por um alvirrubro. Mandou na lata:

“Hexa é luxo. Tem quem pode!”

Ele não tinha dimensão do que havia criado… A frase “pegou” na hora.

Com o tempo, a segunda frase caiu em desuso. Já a primeira ganhou até uma iluminação especial na tombada sede em Rosa e Silva.

Em 2001, a frase foi renovada. Em 2011, a conferir.

#PE2011

Internet

Há alguns anos, o Estadual virou uma espécie de “rito de passagem”.

Uma competição tradicional, quase centenária.

É bem disputada, tendo como molho a acirrada rivalidade local, mas o campeonato sempre foca a preparação dos clubes para o que há de mais importante na temporada, o Brasileirão. Para 2011, tudo convergiu ao contrário. Com o apoio da tecnologia.

Só se fala na briga pelo título pernambucano. Nas redes sociais a ansiedade é grande entre as torcidas, em total interação num campo vasto como é o da internet.

Blogs, sites, Facebook, Orkut etc. Uma profussão de posts/scraps monotemáticos.

No fenômeno Twitter, a hastag #PE2011 ganha a força a cada minuto. São pessoas debatendo o tema sempre com o #PE2011 deixando claro sobre o que se trata.

E se trata de muita coisa… Virou questão de honra. Manter ou ganhar o hexa, renascer.

Objetivos distintos entre os grandes clubes, todos eles numa esquina do destino, prontos para um passo definitivo na história. E ainda com os guerreiros do interior. Certames regionais com esse grau de expectativa não acontecem todos os dias. É preciso valorizar esse aspecto numa era descendente dos campeonatos estaduais.

PernambucoO governador Eduardo Campos foi feliz na sua colocação. Para a torcida pernambucana, isso “mexe com a autoestima” (veja AQUI).

Quinta-feira, 13 de janeiro. Começa a edição do Pernambucano mais aguardada dos últimos tempos. Nenhum clube local está na Série A do Brasileiro? Infelizmente, não. Desta vez isso fica pra depois…

Novidades no #PE2011? Na web, claro.

Confira os estádios da competição numa imersão em 360º, clicando AQUI.

Mais um na trincheira

Eduardo Campos e Carlos Alberto Oliveira no lançamento do TCN 2011. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

O anúncio da continuidade da campanha Todos com a Nota no Campeonato Pernambucano de 2011 foi uma mera formalidade na tarde desta quarta-feira.

Faltavam apenas os detalhes, como o investimento de R$ 5,5 milhões para este ano. Porém, o blog havia antecipado o acordo há dez dias (veja AQUI).

O que chamou a atenção mesmo no discurso no Palácio foi a palavra do governador Eduardo Campos sobre a resistência das torcidas dos clubes pernambucanos.

O socialista foi duro ao apontar a fraqueza dos times locais no interior.

“A campanha do Todos com a Nota traz o torcedor mais pobre para o estádio. Sabemos que o futebol é um lazer importante. No interior, isso significa a presença de todas as nossas torcidas. Precisamos massificar isso, pois é algo que mexe com a nossa autoestima. Em todo o Nordeste, só Pernambuco continua forte nessa resistência. Estamos em uma trincheira e precisamos ser o exemplo, com o crescimento e valorização das torcidas locais”.

A queixa do governador é algo visto há anos no estado, mas nunca disseminada de forma tão visceral. Trata-se de um fenômeno explicado de várias formas.

Desde a Rádio Nacional, sediada no Rio de Janeiro, ainda na década de 1940, às transmissões nacionais de jogos do Sudeste pelas grandes emissoras de TV a partir da década de 1980, entre outros pontos. A antena parabólica virou o símbolo maior.

Analisando os dados das duas últimas pesquisas (Ibope/2010 e Opine/2008), nota-se que o número de pessoas que não torcem por clube algum em Pernambuco chega a 30% – nem cá nem lá. Somando com os torcedores de times de outros estados, porém, o número alcança a metade da população.

O trio composto por Sport, Santa Cruz e Náutico se esforça nesta “luta”, chegando a 54,8% segundo o Ibope (4,82 milhões de torcedores). De acordo com os dados da Opine, a situação é pior, com 46,1% (4,05 milhões de pessoas).

São Paulo e Corinthians aparecem como as maiores torcidas “forasteiras”. Agregadas, elas chegam a 12,7% (1,11 milhão, Ibope) e 10,5% (923 mil, Opine).

Grande parte dessas torcidas estão a partir do Agreste, seguindo pela BR-232.

Ou seja… A trincheira é longe, governador. Passa, sim, pela fidelização das torcidas, fato que ganhou força a partir de 1998, com o crescimento da média de público.

A massificação, cujo caminho inverso demorou décadas, só será possível a longo prazo, indo além das arquibancadas subsidiadas do Estadual, que dura apenas 4 meses. Será, sobretudo, com bons resultados além das nossas trincheiras. Digo, fronteiras…

Seja bem-vindo a esta luta, governador. Você já está no front.

O nome da taça

Polícia Militar. Foto: Jaqueline Maia/Diario de Pernambuco

Definido o nome do troféu do Campeonato Pernambucano de 2011.

A Federação Pernambucana de Futebol manteve a tradição de homenagear instituições do estado na taça de campeão. Portanto, eis o nome desta temporada:

Troféu Polícia Militar de Pernambuco.

Será uma homenagem aos 185 anos da PM, cujo aniversário foi em 11 de junho do ano passado. O escultor será o mesmo dos dois últimos Estaduais, Sérgio Vasconcelos.

Abaixo, os nomes dos troféus do pentacampeonato rubro-negro.

2006 – Troféu Diario de Pernambuco
2007 – Troféu 100 Anos do Frevo
2008 – Troféu Radialista Luiz Cavalcante
2009 – Troféu Governador Eduardo Campos
2010 – Troféu Tribunal de Justiça de Pernambuco

Que a Polícia Militar seja de fato um dos destaques do torneio, mas apenas pela segurança ostensiva nos 11 estádios…

Recordes para 2011. Ou não

Campeões pernambucanos de 1915 a 2010. Crédito: Campeoesdofutebol.com.br

O aguardado Campeonato Pernambucano de 2011 começa na noite desta quinta-feira. Será a 97ª edição do Estadual, disputado pela primeira vez em 1915.

Nesse tempo todo, muitos recordes, como o hexa. Confira abaixo 10 marcas a serem quebradas ou igualadas. Em itálico, a opinião do blog sobre a chance para 2011…

Melhor campanha
Em 1932, ainda na era amadora, o Santa Cruz venceu todos os 12 jogos que disputou, com 100% de aproveitamento.

Quase impossível… Para ser campeão este ano, o clube o jogará 26 vezes, contra 11 adversários diferentes. Em 1932, o Santa jogou contra 6, todos do Recife.

Maior público
Na primeira versão da campanha Todos com a Nota, 80.203 pessoas assistiram ao clássico Náutico 0 x 2 Sport, no Arruda, em 1998.

Oficialmente, é impossível. O recorde só poderia ser superado no Arruda, claro. Porém, a carga máxima de ingressos para o Mundão hoje em dia é de 60.044 pessoas.

Maior artilheiro absoluto
Com 203 gols, o meia-atacante Baiano brilhou na década de 1980, pelo Náutico (137 gols), Santa Cruz (53) e Central (13).

Essa marca vai durar um bom tempo ainda. O maior artilheiro do Estadual em atividade é Leonardo (ex-Sport, Santa e Salgueiro), com 86 gols e hoje com 37 anos.

Maior artilheiro em uma edição
Empate triplo. Baiano marcou 40 gols tanto em 1982 quanto em 1983, ambos pelo Náutico. No ano seguinte, Luís Carlos, do Sport, igualou a marca.

Para pelo menos empatar com os recordistas, o jogador teria que registrar uma média altíssima de gols (1,53), além de deixar a sua marca em todos os jogos.

Melhor ataque
Santa Cruz, em 1979, com 134 gols em 39 partidas. Poder de fogo com média de 3,4.

Para ser campeão no ano passado, o Sport fez 54 gols. Boa média de 2,07 por partida. Para superar o Santinha (135 gols), esse índice teria que subir para 5,19!

Maior série invicta
O Leão ficou 49 jogos sem perder entre 1997 e 1999, com 38 vitórias e 11 empates.

A marca esteve perto de ser superada em 2010. O Leão chegou a 48 jogos, mas perdeu do Timbu na última rodada da fase classificatória. Estaca zero.

Maior goleada
Acredite, mas o resultado foi esse mesmo: 21 x 3! Jogo realizado em 1º de julho de 1945, nos Aflitos. Massacre do Náutico sobre o Flamengo do Recife.

A última goleada com pelo menos 10 gols foi em 11/05/1995: Sport 10 x 0 América. Se há 15 anos ninguém faz nem 10, imagine 22…

Maior goleador em um jogo
O folclórico Dadá Maravilha balançou as redes 10 vezes na vitória do Sport sobre o Santo Amaro por 14 x 0, em 6 de abril de 1976, na Ilha.

Para ser o artilheiro de 2010 o atacante Ciro fez 13 gols. Só isso já mostra a distância. Mais: o recorde de Dadá não é só pernambucano, mas nacional.

Invencibilidade de um goleiro
Foram incríveis 1.636 minutos sem tomar gol, ou 18 jogos. Marca do camisa 1 do Naútico em 1974, Neneca.

Com novos goleiros no Estadual, apenas Magrão começa com um bônus. Como não levou gol na final do ano passado, ele larga com 90 minutos. Faltam 1.547.

Supercampeão invicto
No estado, 5 edições foram decididas em um triangular, o  “Supercampeonato”. O Tricolor é tri. Porém, apenas o Flamengo conseguiu isso invicto, já na estreia, em 1915.

Neste ano, com o formato de semifinal e final, o feito não será repetido, logicamente. O último supercampeonato foi realizado em 1983.

Obsessão prateada

Troféu do hexacampeonato pernambucano do Náutico, em 1968. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de PernambucoUma taça de prata emblemática.

Encomendada a um ourives no fim da década de 1960.

Conquistada em 1968, nos Aflitos. Com muito suor, no gol de Ramos. A posse veio após o apito final de Armindo Tavares, em 21 de julho.

A peça ao lado é uma relíquia. Trata-se do troféu de hexacampeão pernambucano. Do Náutico.

Uma exclusividade de 42 anos.

A tal taça de prata, no entanto, passou 15 anos longe dos Aflitos.

Guardada em alguma caixa de sapato, empoeirada em algum depósito, perdida em um armário. Seja qual for a explicação, ela não tem nada de ficção.

O símbolo da maior glória timbu foi roubado de Rosa e Silva em 1991. O ato segue mal explicado até hoje.

Eis que no dia 7 de abril de 2006, no aniversário de 105 anos do Alvirrubro, um pacote chegou na portaria do clube. Eram três taças. Além da joia de 1968, lá estavam os troféus dos títulos de 1963, no início do hexa, e 1974, na primeira defesa do hexa.

Recuperado, o troféu do hexa ganhou o seu merecido espaço de destaque no museu do clube. Isolado, intocável, sob uma vidraça de proteção. Para o alívio da torcida.

Acima, uma foto rara do troféu sem cerimônia alguma… Luxuoso.