Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul concentram 42 dos 46 títulos brasileiros e todas as 17 Libertadores e os 10 Mundiais conquistadas pelo país. Também têm, sem contestação, as dez maiores torcidas. Porém, há resistência fora desse eixo, sobretudo em três estados. Bahia, Paraná e Pernambuco, com times populares e feitos nacionais (e internacionais). Saindo da redoma das mesas redondas nacionais, qual seria o “5º estado” em termos de representatividade no futebol?
O 45 minutos debateu os pontos altos e baixo dos centros, também passando por Santa Catarina, uma força recente. História, estrutura, atualidade etc. No fim, o veredito, ordenando todos. Obviamente, a discussão segue…
Nesta gravação, estou com Celso Ishigami e Fred Figueiroa. Assista!
Pelo segundo ano seguido a bola da final do Campeonato Pernambucano será dourada. A versão exclusiva para a fase final surgiu no Mundial de 2006, quando a Adidas confeccionou uma bola para a decisão entre Itália e França, a Teamgeist Berlin, também dourada. Desde então, inúmeras competições copiaram a ideia. No futebol local, com a Penalty, vigora desde 2013.
Começou com a Duelo Final, marrom. No ano seguinte, a Gorduchinha, com as cores brasileiras. Após dois anos sem nome definido (apenas a cor distinta), voltou a Duelo Final, espalhada em dez estaduais. Fornecedora do campeonato local há uma década, a empresa ajustou a S11 Campo Pró, trocando os gomos nas cores laranja, roxa e preta por detalhes dourados.
O Sportv divulgou um interessante levantamento sobre as dívidas dos clubes brasileiros junto à Previdência, colhendo dados diretamente na Procuradora Geral da Fazenda Nacional, a PGFN. Somando todos os times, chega-se a R$ 800 milhões – o rombo previdenciário do país é de R$ 450 bi. A lista traz os quatro grandes do futebol carioca entre os cinco primeiros colocados, deixando claro como a gestão no Rio foi mal tratada durante muito tempo.
Entretanto, o ranking é extenso, com o Trio de Ferro do Recife presente, com Náutico 9º, Santa 13º e Sport 19º. Essas dívidas serão parceladas no acordo com o Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro, o Profut. O programa, sancionado pelo governo federal em 5 de agosto de 2015, tem como objetivo refinanciar as dívidas fiscais dos clubes em até vinte anos, com a primeira parcela sendo paga em 2018.
As dívidas dos principais clubes do NE com a Previdência (abril/2017) 1º) R$ 22.572.074 – Náutico 2º) R$ 16.878.668 – Vitória 3º) R$ 14.907.200 – Santa Cruz 4º) R$ 13.741.000 – Bahia 5º) R$ 9.633.404 – Sport
Subtotal – 77,7 milhões de reais
A reportagem assinada por Fred Justo focou nas dívidas previdenciárias. Porém, a dívida com o poder público é bem maior. No futebol pernambucano, por exemplo, existem pendências de tributos federais, FGTS, INSS e demandas com a Justiça do Trabalho e com a Prefeitura do Recife.
Nesta escala ampla, o banco Itaú BBA esmiuçou os últimos balanços oficiais dos clubes, resultando no relatório Análise Econômico-Financeira dos Clubes de Futebol Brasileiros de 2016. Para fins de avaliação, o banco utilizou “todas as dívidas fiscais registradas no passivo exigível a longo prazo”, que em tese abarcam todos os tributos renegociados. Assim, a dívida fiscal absoluta dos 27 clubes analisados chegou a 3,2 bilhões de reais (lista abaixo). O Botafogo, por exemplo, teria R$ 490 milhões a mais em relação ao ranking acima.
As maiores dívidas fiscais do futebol brasileiro (julho/2016) 1º) R$ 535 milhões – Botafogo 2º) R$ 347 milhões – Flamengo 3º) R$ 268 milhões – Vasco 4º) R$ 258 milhões – Atlético-MG 5º) R$ 237 milhões – Fluminense 6º) R$ 190 milhões – Corinthians 7º) R$ 167 milhões – Cruzeiro 8º) R$ 166 milhões – Santos 9º) R$ 146 milhões – Bahia 10º) R$ 124 milhões – Coritiba
As dívidas fiscais dos principais clubes do NE (julho/2016) 1º) R$ 146 milhões – Bahia 2º) R$ 115 milhões – Náutico 3º) R$ 47 milhões – Sport 4º) R$ 26 milhões – Santa Cruz 5º) R$ 25 milhões – Vitória
Subtotal – 359 milhões de reais
Neste emaranhado, ainda há outro ranking. Há dois anos, a ESPN apresentou um relatório sobre as dívidas dos clubes na União (abaixo), também apurado junto à PGFN, mas sem detalhar a área. Vale destacar que a partir de 2018 o clube que disputar a Série A “não poderá ter dívidas perante a administração pública”, segundo a recém-criada Licença de Clubes da CBF. A regularização de todos os pagamentos – obtendo as certidões negativas – já seria suficiente para o cumprimento do item 30, que também será aplicado nas demais séries de forma escalonada: B (2019), C (2020) e D (2021). Haja Profut…
As maiores dívidas com a União (fevereiro/2015) 1º) R$ 284,2 milhões – Atlético-MG 2º) R$ 235,0 milhões – Flamengo 3º) R$ 215,4 milhões – Botafogo 4º) R$ 186,5 milhões – Corinthians 5º) R$ 173,9 milhões – Fluminense 6º) R$ 148,8 milhões – Vasco 7º) R$ 129,6 milhões – Internacional 8º) R$ 101,9 milhões – Guarani 9º) R$ 73,8 milhões – Palmeiras 10º) R$ 68,6 milhões – Portuguesa
As dívidas dos principais clubes do NE com a União (fevereiro/2015) 1º) R$ 59,1 milhões – Sport
2º) R$ 50,3 milhões – Vitória 2º) R$ 45,6 milhões – Náutico 3º) R$ 42,4 milhões – Santa Cruz
4º) R$ 21,7 milhões – Bahia
Subtotal – 219,1 milhões de reais
Obs. Com a diferença de um ano em cada lista, obviamente é possível a mutação da dívida, para mais ou para menos.
Após 91% da tabela programada, ou 87 de 95 jogos, o Campeonato Pernambucano de 2017 registra uma média de 1,4 mil pessoas. Baixíssima, com apenas duas partidas acima de dez mil espectadores. Após mais um clássico esvaziado, desta vez com 5.055 espectadores, para Santa 1 x 2 Náutico, a competição finalmente chega à hora da verdade. Serão oito jogos decisivos, com quatro nas semifinais, dois na disputa de terceiro lugar e dois na final. É a chance concreta para evitar a pior média de público da história, desde que a federação passou a contabilizar o dado oficial, há 27 anos.
Para não ficar atrás da edição de 1997, que encerrou com 2.080 testemunhas, é preciso somar ao menos 68.081 pessoas nos jogos restantes – com isso, alcançaria 2.081. Com o torneio à vera, é até provável que se estabeleça o necessário índice de 8.510 no período. Entretanto, o quadro mostra que a maior parte da competição segue pouco atrativa. Em relação à arrecadação, também aquém, a FPF tem direito a 8% da renda bruta de todos os jogos. Logo, do apurado de R$ 1,1 milhão, a federação já arrecadou R$ 91.704.
Os 5 maiores públicos no Pernambucano 2017 12.408 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Arruda, 18/02) 10.221 – Sport 1 x 1 Santa Cruz (Ilha, 26/03) 6.419 – Náutico 2 x 1 Sport (Arena, 05/03) 5.055 – Santa Cruz 1 x 2 Náutico (Arruda, 10/04) 5.015 – Santa Cruz 1 x 2 Salgueiro (Arruda, 02/03)
Dados até a 10ª rodada do hexagonal do título e a 10ª rodada da permanência:
1º) Santa Cruz (5 jogos como mandante, no Arruda)
Público: 27.856 torcedores
Média de 5.571
Renda: R$ 248.840
Média de R$ 49.768
2º) Sport (5 jogos como mandante, na Ilha do Retiro) Público: 24.589 torcedores Média de 4.917 Renda: R$ 311.325
Média de R$ 62.265
3º) Náutico (5 jogos como mandante, na Arena Pernambuco) Público: 15.287 torcedores Média de 3.057 Renda: R$ 226.010
Média de R$ 45.202
4º) Salgueiro (8 jogos como mandante, no Cornélio de Barros) Público: 19.019 torcedores Média de 2.377 Renda: R$ 76.974 Média de R$ 9.621
5º) Central (8 jogos como mandante; 3 no Antônio Inácio, 2 no Lacerdão, 1 na Arena, 1 no Carneirão e 1 no Arruda) Público: 8.573 torcedores Média de 1.071 Renda: R$ 116.750 Média de R$ 14.593
6º) Belo Jardim (8 jogos como mandante; 5 no Antônio Inácio, 2 no Arruda e 1 na Arena) Público: 3.572 torcedores Média de 446 Renda: R$ 26.522 Média de R$ 3.315
Geral – 79* jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência) Público total: 112.966 Média: 1.429 pessoas Arrecadação: R$ 1.146.311 Média: R$ 14.510 * Mais 8 jogos ocorreram de portões fechados
Fase principal – 30 jogos (hexagonal do título e mata-mata) Público total: 86.631 Média: 2.887 pessoas Arrecadação total: R$ 917.155 Média: R$ 30.571
O Clássico das Emoções no Arruda, com vitória timbu, encerrou o hexagonal do Pernambucano de 2017. Definiu o emparelhamento da semifinal, cujo G4 já estava definido há tempos. Com o Salgueiro x Santa e Náutico x Sport, o torneio ‘começa’ de verdade. São quatro jogos até o título, sem espaço para times alternativos e foco minimizado. O 45 minutos analisou o chaveamento, com os destaques e problemas de cada um, até porque a disputa já começa neste fim de semana. Como Bahia e Vitória estão envolvidos no Nordestão com os rivais do Recife, também passamos pelo campeonato baiano.
Neste podcast, de 1h34, estou com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
Pressionado por títulos, num jejum de quase 13 anos, o Náutico apostou bastante no primeiro semestre, tanto no Estadual quanto no Nordestão. Após um bom início, caiu bastante de rendimento, resultando numa eliminação precoce na Copa do Brasil, que custou R$ 375 mil ao clube. A consequência direta foi troca de técnico, saindo Dado Cavalcanti e chegando Milton Cruz. Com pouco tempo, o novo profissional reorganizou a equipe. Não deu tempo de evitar outra queda, no regional, mas trouxe fôlego à fase decisiva local.
Na semifinal, cujo formato chega à oitava edição, o time alvirrubro só avançou em duas oportunidades, em 2010 e 2014. Ao vencer Sport e Santa em sequência nesta temporada, o Náutico trouxe um fato novo à torcida – afinal, não ganhava há quase três anos do leão e havia perdido de forma categórica do tricolor na última semi. Parte disso deve-se a Erick, prata da casa. Aliás, outros jogadores oriundos do CT Wilson Campos compõe o time, saindo do padrão de temporadas anteriores, sem sucesso. Para a fase decisiva, a velocidade deve ser uma boa arma. Até mesmo pelo desgaste dos principais rivais, que estarão envolvidos em outras competições. Tempo, terá.
Desempenho na semifinal (2010/2016): 6 participações e 2 classificações Vs Sport na semifinal: 2 confrontos (2011 e 2012) e 2 eliminações
O esquema tático timbu tem uma espécie de losango no meio-campo. Rodrigo Souza voltou a ser o primeiro volante, onde sempre rendeu mais.
Destaque
Marco Antônio. O meia é o único do elenco que já foi campeão pelo alvirrubro, em 2004. No ano passado, a sua chegada quase resultou no acesso. Neste ano, cumpre o papel de comandar o time, mais recuado, mais cadenciado.
Aposta
Erick. O atacante de 19 anos veio da Copa SP, ganhou uma chance e não largou. Hoje, é o principal nome no ataque, rendendo inclusive nos clássicos (3 gols). Essa personalidade já o transforma em revelação do Estadual.
Ponto fraco
Defesa. A dupla de zagueiros ainda não encaixou, sobretudo por causa de Ewerton Páscoa, que não traz segurança. No gol, Tiago Cardoso vem oscilando, mas espera-se dele o desempenho em mata-matas visto no rival.
Campanha no hexagonal (10 jogos)
18 pontos (2º lugar)
5 vitórias (2º que mais venceu)
3 empates (3º que mais empatou)
2 derrotas (3º que menos perdeu)
15 gols marcados (3º melhor ataque)
9 gols sofridos (3ª melhor defesa)
Na última atualização das listas levantadas pelo blog, com pênaltis e expulsões no Estadual 2017, o Sport tomou a dianteira no ranking de pênaltis a favor. Na 10ª rodada, o rubro-negro teve uma penalidade marcada (e convertida por Lenis) no último lance do jogo contra o Central, no Arruda. Terminou o ranking com quatro marcações, embora tenha desperdiçado duas.
A situação mais curiosa foi a do Salgueiro, que não viu um pênalti sequer em seus jogos. Nem a favor nem contra. Apesar da “participação insossa” do Carcará neste contexto, este hexagonal foi o recordista em penalidades assinaladas, com cinco a mais que o recorde anterior. Lembrando que o blog só enumera as marcações na fase principal (turno ou hexagonal).
Hexagonal 2014 – 6 pênaltis e 6 vermelhos 2015 – 7 pênaltis e 11 vermelhos 2016 – 9 pênaltis e 11 vermelhos 2017 – 14 pênaltis e 7 vermelhos
Vamos à atualização das duas listas levantadas pelo blog após 30 jogos.
Pênaltis a favor (14) 4 pênaltis – Sport (desperdiçou 2)
3 pênaltis – Santa Cruz (desperdiçou 1) e Náutico (desperdiçou 1) 2 pênaltis – Belo Jardim e Central Sem penalidade – Salgueiro
Pênaltis cometidos (14) 5 pênaltis – Belo Jardim (defendeu 1) e Central (defendeu 1) 2 pênaltis – Santa Cruz 1 pênalti – Náutico (defendeu 1) e Sport Sem penalidade – Salgueiro
Cartões vermelhos (7) 1º) Salgueiro – 2 adversários expulsos; 1 vermelho
2º) Sport e Náutico – 2 adversários expulsos; 1 vermelho
4º) Santa Cruz – 1 adversário expulso, 2 vermelhos
5º) Central e Belo Jardim – nenhum adversário expulso; 1 vermelho
Confira os rankings anteriores, de 2009 a 2016, clicando aqui.
As semifinais do Campeonato Pernambucano de 2017 reúnem, sem surpresa, os clubes que mais disputaram essa fase do torneio, cujo formato foi implantado em 2010. Até hoje, apenas Santa e Sport participaram de todos os mata-matas. Por sinal, dividem também os títulos no período, com larga vantagem coral, 5 x 2. Além disso foram quatro finais, vencidas pelo tricolor.
Curiosamente, em seis anos sequer precisaram da melhor campanha na fase classificatória para ficar com a taça. O tricolor, aliás, nunca encerrou a primeira etapa na liderança, mostrando força na hora da verdade. A exceção foi justamente no primeiro ano. Em 2010, o Sport foi o melhor de ponta a ponta, quando sagrou-se pentacampeão. Desde então, o copeirismo reina.
Seguindo no retrospecto estadual, o Náutico já liderou três vezes a primeira fase, mas ainda não conquistou o título neste formato – por sinal, é o clube, entre o G4, há mais tempo sem disputar a decisão, três anos (quadro abaixo). Quanto ao Salgueiro, fica o ‘peso’ da liderança. Disputando a semi pela 4ª vez seguida, o Carcará pode quebrar dois tabus. Seria o campeão troféu do interior e o primeiro campeão de ponta a ponta em sete anos. Acredita?
As semis de 2017 repetem os confrontos de 2012. Na ocasião, o Santa tirou o Salgueiro (no saldo) e o Sport eliminou o Náutico (fez quatro pontos). Em jogo agora, além do título, estão três vagas na Copa do Brasil e outras três no Nordestão de 2018. Não há premiação extra além da cota de tevê já paga, com R$ 950 mil aos grandes e R$ 110 mil aos intermediários, cada.
O G4 do hexagonal do Campeonato Pernambucano foi o mesmo da 1ª até a 10ª rodada. Desde a 8ª a composição já estava confirmada para a semifinal, restando o emparelhamento do mata-mata. Numa rodada final desmembrada, em mais uma ação questionável da FPF, a fase classificatória só acabou na noite de segunda-feira, num jogo isolado. Diante de apenas 5.055 pessoas no Arruda, o Timbu venceu mais um clássico, o terceiro no ano. Surpreendeu a escolha? Quanto ao derrotado Santa, vai mais uma vez ao interior, como em 2011 (Porto), 2012 (Salgueiro) e 2015 (Central). Sempre passou.
Nos 30 jogos realizados esta fase do #PE2017 saíram 79 gols, com média de 2,63. Em relação à artilharia, com a FPF considerando os dados do hexagonal e do mata-mata, Éverton Santos (Santa) lidera com 5 gols.
As semifinais do Pernambucano: Salgueiro x Santa Cruz e Náutico x Sport .
Central 1 x 3 Sport – O time reserva do leão não fez uma boa apresentação. Ainda assim, venceu, com três gols de atacantes (Juninho, Leandro e Lenis).
Salgueiro 3 x 1 Belo Jardim – De virada, o misto do Carcará chegou a sete vitórias no hexagonal, em sua melhor campanha no formato. Líder disparado
Santa Cruz 1 x 2 Náutico – Na segunda, o clássico definiu o emparelhamento do Estadual. O tricolor teve volume de jogo, mas o timbu foi mais organizado.
Destaque: Erick. O atacante timbu marcou o 3º gol em clássicos no Estadual. E ainda sofreu o pênalti. Aos 19 anos, já é a revelação do torneio.
Carcaça: Pitbull. Desta vez, o centroavante coral decepcionou. Se no Nordestão esteve isolado, no clássico se apresentou pouco na partida.
Tabela das semifinais: Ida 15/04 (18h30) – Santa Cruz x Salgueiro, Arruda (Premiere) 16/04 (16h00) – Sport x Náutico, Ilha do Retiro (Globo)
Volta 22/04 (19h00) – Salgueiro x Santa Cruz, Cornélio de Barros (Premiere) 23/04 (16h00) – Náutico x Sport, Arena Pernambuco (Globo)
Obs. No mata-mata não há vantagem para a melhor campanha (a não ser o segundo jogo em casa). Logo, nada de resultados iguais ou gol qualificado.
A classificação final do hexagonal do título do Estadual de 2017
Demorou, mas enfim acabou o hexagonal do Estadual de 2017. Foi mais um clássico esvaziado, desta vez entre Santa e Náutico, no Arruda, mas até valia algo. O resultado definiria o chaveamento da semifinal. Enfrentar o o calor de Salgueiro na volta ou um clássico contra o Sport? A dúvida permaneceu nas duas torcidas do primeiro ao último minuto nesta segunda. A escalação do Náutico, porém, indicava um time à parte de qualquer dúvida. Embora desfalcado de Maro Antônio, suspenso, jogou com tranquilidade, com o meio-campo de campo bem reativo. Seguiu buscando a velocidade de seus jovens valores. Abriu o placar aos 18 minutos, numa jogada trabalhada. Trocando passes, Dudu avançou pela esquerda e tocou voltando, com Erick batendo no contra-pé do goleiro Jacksson.
Em desvantagem, o desfalcado Santa – que “limpou” os amarelados na rodada anterior – passou a ter mais posse, mas sem encontrar espaço. Quando acelerou um pouco, criou boas chances, sobretudo com Wiliam Barbio, em sua melhor atuação pelo tricolor. Só lamentou a atuação de Tiago Cardoso, também em uma de suas melhores atuações pelo alvirrubro. Só no início do segundo tempo o Santa justificou de forma prática a melhora em campo, empatando com Everton Santos, após cruzamento de Barbio. O atacante, talvez a peça mais contestada no ataque titular, chegou a 5 gols no Estadual. Tornou-se artilheiro isolado.
Entretanto, o que poderia sinalizar um protagonismo coral ficou naquilo. O lance acordou o Náutico, com Milton Mendes exigindo bastante a compactação da equipe. Acompanhando o jogo pela tevê era possível ver o meio-campo preenchido a todo momento, contendo o mandante. A quinze minutos do fim, o lance capital, bem discutível. O árbitro Péricles Bassols enxergou pênalti de Wellington Cézar em Erick. Dudu chamou a responsabilidade na cobrança. Bateu, mas Jacksson defendeu. Porém, o atacante deu sorte no rebote, marcando um gol chorado. O gol da segunda vitória seguida do alvirrubro sobre o rival tricolor nesta temporada, 2 x 1.
Com isso, o Náutico alcançou a vice-liderança da competição e terá pela frente o Sport. Em dois jogos pelo hexagonal, uma vitória timbu e um empate. Quanto ao Santa, em 4º lugar, enfrentará o líder Salgueiro. Neste formato do estadual, o tricolor conquistou cinco títulos. Em nenhum deles liderou a fase classificatória. Será que esse retrospecto faz diferença na leitura deste jogo?
Troféu Gena* 7 pontos – Náutico (2v, 1e, 1d) 4 pontos – Santa (1v, 1e, 2d) * Em homenagem ao centenário do clássico, somando os duelos em 2017