Abdicando da vontade de jogar futebol, Sport queima gordura no Paraná

Série B 2013, 17ª rodada: Paraná Clube x Sport. Foto: HEULER ANDREY/ESTADÃO CONTEÚDO

O Leão entrou em campo na lotada Vila Capanema com a terceira colocação consolidada nesta 17ª rodada da Série B. Vencendo, empatando ou perdendo o duelo contra o Paraná, a posição seria a mesma. Restava saber, claro, se o time iria gastar a gordura na classificação ou aumentá-la.

Gastou. Apático e abdicando de jogar de futebol neste sábado, bem diferente do clássico pela Copa Sul-americana, acabou derrotado por 1 x 0.

Nas escalações, nada do atacante Marcos Aurélio no Sport ou do meia Lúcio Flávio no Paraná Clube, os dois destaques. Mas a superação foi maior no Tricolor. Nos primeiros onze minutos foram três boas chances para o time treinado por Dado Cavalcanti. Em todas, Magrão foi muito bem, com destaque para o primeiro lance, logo aos três minutos, num chute de Paulo Sérgio.

O Rubro-negro tentou controlar o jogo, mas sem atacar. No primeiro tempo, pressionado, teve 56% de posse de bola. Porém, haja passe para os lados.

Na segunda etapa, o zagueiro Vinícius Simon entrou no lugar de Pereira, com lesão muscular. Naquele momento, aos dez minutos, o número de finalizações certas explicava bem a partida, com 8 para o mandante e 0 para o visitante.

Magrão, o único leonino verdadeiramente ligado, bem que se esforçou, mas o gol saiu, num chute forte de Wellington, aos 24 minutos. A partir daí, obrigado a jogar um pouquinho mais, o Sport tentou articular algo. Só teve uma chance no gol, através de Roger, mas a má fase nas conclusões do centroavante permaneceu. No fim, entre chutes certos e errados, Paraná 20 x 8. Disparidade.

Série B 2013, 17ª rodada: Paraná Clube 1x0 Sport. Foto: Giuliano Gomes/ESTADÃO CONTEÚDO

Em tarde de gols improváveis, difícil foi a costura da paz entre time e torcida na Ilha

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport 2x0 Porto. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Um jogo morno na Ilha. Com o estádio quase às moscas, com a torcida ainda chocada pelas declarações de Luciano Bivar sobre o pagamento de comissão a lobistas para “empurrar” Leomar na Seleção, o Sport precisava se recuperar.

Sem treinador, sem padrão de jogo, sem confiança, sem vontade. Está dura a vida rubro-negra nesta temporada. Mas os 8.902 corajosos que trocaram o domingo de sol pela paixão na arquibancada viram a recuperação leonina.

Pelo menos a recuperação estatística, com uma vitória e a volta à zona de classificação do Estadual. O resultado positivo, por 2 x 0, contudo, passou longe de agradar, até mesmo pela fragilidade do Porto, inerte em campo.

A equipe dirigida interinamente por Gustavo Bueno e armada no esquema 3-5-2 apresentou os velhos erros ofensivos, alguns deles primários, como o gol impedido (corretamente anulado) de Roger, por pura falta de atenção.

Já o golaço de Rithelly, num chutaço de prima de fora da área, foi o raro ponto positivo. Saiu aos 39 do primeiro tempo. No mesmo minuto, mas na etapa final, Cicinho, que acabara de entrar, marcou o seu primeiro gol pelo Sport. Se libertou da promessa de beber refrigerante só no dia em que esse tento saísse.

Golaço de Rithelly e gol de Cicinho. Difícil mesmo está sendo fazer as pazes com a torcida. Desta vez, o time ao menos deu um passo à frente.

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport x Porto. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

 

Torcedor vs clube, clube vs torcedor e o limite dos protestos

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport x Pesqueira. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

Até que ponto o torcedor tem o direito de protestar contra o time? Pagando ingresso e diante de um futebol mandrake, é impossível ficar em silêncio.

Contudo, mesmo sem qualquer tipo de regra, o xingamento a Roger, usando a deficência visual da filha do atacante para comparar com os seus gols perdidos, ultrapassou bastante essa linha invisível.

Ato de um torcedor estúpido, condenado pelos demais companheiros de arquibancada e elegantemente perdoado pelo jogador.

Na Ilha do Retiro, a temperatura já estava mesmo alta, nada diferente do que já viveram num passado bem recente Náutico e Santa Cruz.

Curiosa foi a resposta do Leão, há pelo menos três jogos limitando com grades um setor do estádio destinado aos sócios, em uma área próxima ao banco de reservas do clube, como mostra o registro do fotógrafo Hélder Tavares, do Diario. Com direito a dois seguranças para manter a “ordem”.

A medida tentar evitar qualquer tipo de protesto. Pode até dar certo, mas acaba passando uma imagem de autoritasimo da direção.

Ou seja, acaba se criando uma nova pergunta…

Até que ponto o clube tem o direito de impedir os protestos de seus torcedores?

Sport sonda zagueiro Roger, do Flu

Roger, zagueiro do FluO zagueiro Roger, do Fluminense, poderá ser um dos reforços do Sport para a temporada 2009. O jogador de 33 anos, que também atua como lateral-esquerdo, já teria sido procurado pela diretoria rubro-negra, segundo a imprensa gaúcha (veja AQUI e AQUI).

O jogador está chateado com a diretoria do Flu, que não o procurou sequer para falar sobre a intenção ou não de renovar o seu contrato (que acabará em 31/12). O defensor tem uma larga experiência na Libertadores. Foram 6 participações com o Grêmio (campeão em 1995) e 1 com o Flu (vice em 2008).

Apesar dos 14 anos de carreira como profissional, Roger só vestiu a camisa de 3 clubes. Primeiro, foram 10 temporadas seguidas no Grêmio, onde saiu em 2004 para o Vissel Kobe, do Japão.

Após dois anos na Terra do Sol Nascente, ele foi repatriado pelo Fluminense. No Rio, acabou fazendo o gol do título tricolor na Copa do Brasil de 2007 (veja o gol AQUI). Foi a maior conquista do Tricolor Carioca desde o Brasileirão de 1984.

Roger Machado Marques

Naturalidade: Porto Alegre/RS
Nascimento: 25/04/1975
1,77m e 78 quilos

Post com a colaboração do gremista Vinnicius Silveira

Scout de Enilton

EniltonMuito contestado pela torcida, o atacante Enilton voltou a jogar pelo Sport ontem à noite, contra o Vitória, no Barradão. Após uma breve discussão na redação do Diario de Pernambuco após o anúncio de sua entrada (por causa da sua condição técnica, é claro), eu resolvi fazer um scout sobre a atuação do jogador. Ele entrou aos 22 minutos do 2° tempo, no lugar do não menos contestado Roger. Como o jogo ainda teve três minutos de acréscimo, Enilton ficou 27 minutos em campo.

Apesar de não ter sequer chutado a gol, Enilton entrou bem na partida e dominou seis das sete bolas – um índice bem superior ao que os leoninos estão acostumados a ver aqui no Recife. Apesar do 0 x 0 em Salvador, o Sport atuou de forma bem melhor do que na derrota de domingo, em casa, diante do Botafogo. Scout abaixo:

7 vezes acionado
6 domínios de bola
1 bola perdida

4 toques certos
2 toques errados

1 impedimento

NENHUMA finalização

Obs. Em 2008, o atacante jogou 39 vezes pelo Rubro-negro, e marcou apenas 8 gols (média de 0,20). Na Série A foram 12 jogos, e NENHUM gol.

Foto: Júlio Jacobina/DP. Curiosamente, aquele lance foi num gol marcado por Enilton, em 6 de abril, na vitória por 3 x 0 sobre o Serrano, na Ilha. Que sirva de inspiração para as próximas rodadas.

Roger dispensado

Sérgio Malandro, e o velho "glu-glu"
Sérgio Malandro, e o velho "glu-glu"

Pegadinha do Malandro! Calma, torcida rubro-negra… Não foi o centroavante Roger, mas sim o meia homônimo que estava no Náutico. Ele assinou a rescisão de contrato na tarde desta segunda juntamente com o lateral-esquerdo Berg (que conseguiu perder a posição para o zagueiro Everaldo), o ala direito João Paulo e o zagueiro Adriano. Vassourada necessária nos Aflitos.

O Roger leonino, por sua vez, segue firme na Ilha (com a torcida completamente dividida entre os que aprovam e reprovam o atacante). Apesar da segunda-feira difícil que o atacante está passando por causa das cobranças, o jogador ainda tem crédito com a comissão técnica (apesar de Nelsinho ter ficado chateado com as finalizações do time no final da partida contra o Galo). Roger marcou um gol – finalmente – e foi importante lá na frente, trabalhando a bola.

Tem alguém sorrindo hoje no Recife?

Se até torcedor do Barcelona chora...
Se até torcedor do Barcelona chora...

Rodada pífia para o trio de ferro do Recife. No sábado, o Náutico deu seqüência à sua péssima fase ao perder para o Figueirense por 2 x 1, em um daqueles jogos que na época do técnico Roberto Fernandes eram chamados de “confronto direto”. E era mesmo. Mas não deu. Paciência… Pelo menos é o que pede diretoria, jogadores e comissão técnica. E é também o que a torcida alvirrubra não tem mais. O Náutico precisa reagir logo, até porque faltam apenas duas rodadas para o final do primeiro turno.

Jajá aquela desculpa que ‘ainda restam muitos jogos’ não adiantará de nada, pois o temor poderá virar realidade. No momento em que o goleiro Eduardo diz que “financeiramente o Náutico vive o seu melhor momento nos últimos dois anos” (e acredito na sinceridade do goleiro), é porque ainda há luz no fim do túnel alvirrubro. Mas é visível que a questão é puramente técnica. Assim, o Náutico chega a um jejum de 7 partidas sem vencer. Seis derrotas e um empate. Precisa dizer mais?

No Mineirão, já no domingo, o Sport deixou escapar uma vitória que parecia certa. E nem estou falando isso por causa da crise do Atlético-MG (que somente no ano do seu centenário já foi goleado por 6 x 1, 5 x 0, 5 x 1 e 4 x 0 – por Vasco, Cruzeiro, São Paulo e Botafogo, respectivamente). Mas sim por causa do volume de jogo do Leão, que voltou a fazer uma boa partida fora de casa. Não se acovardou nem ficou lá atrás, esperando a hora certa de atacar (hora certa que, para o time da Ilha, de vez em quando sequer chega). No final, os dois gols perdidos por Roger fizeram uma enorme diferença, e o Sport acabou ressuscitando mais um defunto na Série A, ao tomar a virada por 2 x 1. É cabalístico.

E com a derrota, o Sport não conseguiu chegar à 4ª vitória seguida, que igualaria a marca de 2000, quando o Sport conseguiu o feito duas vezes. Muito se falou sobre essa série de vitórias, mas a maior do Rubro-negro na 1ª divisão do Brasileiro foi em 1985, quando conseguiu cinco. As vítimas: ABC (3 x 0), Sergipe (4 x 0), Ceará (1 x 0), CSA ( 2 x 0) e Nacional (1 x 0).

Já no Arruda, o Santa Cruz parecia que largaria com tudo na segunda fase da Série C. Mas o que os mais de 20 mil torcedores corais viram mesmo foi a virada do bravo Salgueiro. No finalzinho, o atacante Edmundo – sempre ele – empatou (2 x 2), salvando o Santa de um resultado ainda mais complicado do que já foi essa primeira rodada. Foi o 3º empate seguido do Tricolor sob o comando do gaúcho Bagé. Preocupa o fato de dois desses empates terem sido no Arruda, que é o maior trunfo coral nesta Terceirona.

A semana começa com as três torcidas cabisbaixas. Mas a chance de mudar o humor pode vir já nesta quarta-feira, quando os três jogarão às 20h30.

Série A
Atlético-PR x Náutico
Sport x Portuguesa

Série C
Campinense x Santa Cruz