Rio de Janeiro, metrópole em movimento

 

 

Por

Tânia Passos

Na terceira reportagem da série metrópole em movimento, trouxemos o exemplo do Rio de Janeiro. A capital carioca também optou pelo sistema BRT (Transporte Rápido por Ônibus) para melhorar a mobilidade. A cidade, no entanto, enfrenta graves problemas em relação ao tamanho da frota de 2,5 milhões de veículos, 6,3 milhões de habitantes e a própria geografia do município.

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Metrópole em movimento

 

O Diario inicia hoje uma série, onde mostra as soluções que as metrópoles estão escolhendo para projetar os deslocamentos no futuro. Das 15 cidades, que vão receber a Copa do Mundo, todas estão apostando no modelo do BRT (sigla em inglês para Transporte Rápido por Ônibus). Raras exceções para o transporte ferroviário. A primeira cidade que visitamos foi Belo Horizonte, que tem a sexta maior população do país. Além do material de texto para o impresso, foi produzido também um vídeo  para mostrar o olhar da cidade para o transporte público. Acompanhe o resultado do material.

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Salvador receberá R$ 3 bilhões para metrô e BRT

 

 

As obras do metrô de Salvador e o Sistema de Transporte da Região Metropolitanavai receberão R$ 3 bilhões em investimentos do PAC Mobilidade. O valor foi anunciado na manhã desta terça-feira (23) durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, que contou com a presença da presidente Dilma e do governador Jaques Wagner.

O projeto do PAC Mobilidade Urbana tem o objetivo de investir R$ 22 bilhões para projetos de metrô, veículo leve sobre trilho (VLT) e corredores de ônibus em cidades com mais de 700 mil habitantes.

Em todo o país estão previstas a construção de mais de 600 km de corredores exclusivos para ônibus, mais de 380 estações e terminais, 200 quilômetros de linhas de metrô, além da aquisição de mais de mil veículos sobre trilhos.

Em Pernambuco serão investidos de R$ 2.4 bilhões do PAC da Mobilidade, dos quais R$ 1,6 bilhão será repassado ao Governo do Estado e R$ 800 milhões ao município do Recife.

Os recursos serão empregados para a construção de empreendimentos como os corredores exclusivos de ônibus na II Perimetral/Via Metropolitana Norte e IV Perimetral (BR-101), o programa de Navegabilidade do Rio Capibaribe – projeto pioneiro da Secretaria das Cidades onde o barco se transformará em um novo modal de transporte público da RMR, além da construção das obras de arte e estações dos corredores Norte Sul e Leste Oeste, que já estão em andamento pelo Governo do Estado.

De acordo com o secretário das Cidades, Danilo Cabral presente no anuncio oficial dos projetos contemplados no PAC da Mobilidade, os investimentos destinados ao Estado eram aguardados desde fevereiro do ano passado, após o anuncio da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, a decisão vai beneficiar mais de 2 milhões de pessoas que utilizam, diariamente, o transporte público, uma vez que os Corredores Exclusivos de Ônibus vão atender às cidades de Abreu e Lima, São Lourenço da Mata, Camaragibe, Igarassu, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista e Recife.

Fonte: Blog Meu Transporte

Navegabilidade e corredores exclusivos para a Região Metropolitana

Por
Juliana Colares

Era para a presidenta Dilma Roussef contar a novidade. Mas João da Costa se
antecipou e a liberação de cerca de R$ 2 bilhões do PAC da Mobilidade para
intervenções no Recife e na região metropolitana entraram no discurso do
ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, e do governador Eduardo Campos.
Todas as intervenções fazem parte de um programa pensado para o transporte coletivo.
E já há quem diga que quando tudo estiver pronto, o recifense poderá deixar o
carro em casa e usufruir de um sistema público de qualidade. As ações incluem
corredores exclusivos para ônibus, implantação de BRTs (Bus Rapid Transit ou,
em tradução livre, Transporte Rápido por Ônibus), elevados, túneis, terminais
de integração, viadutos e o tão esperado projeto de navegabilidade do Rio
Capibaribe.

O recurso liberado foi menor que o pedido, mas nenhum projeto apresentado
deixará de ser posto em prática. A Prefeitura do Recife e o Governo do Estado
pediram R$ 777 milhões do Orçamento Geral da União (OGU) e R$ 1,268 bilhão de
financiamentos, totalizando R$ 2,045 bilhões, com a contrapartida de R$ 148
milhões da prefeitura e R$ 350 milhões do governo estadual. Foram liberados R$
656 milhões do OGU e R$ 1,046 bilhão de financiamentos, totalizando R$ 1,702
bilhão. A conta passa um pouco dos R$ 2 bilhões anunciados quando acrecenta-se
os R$ 203 milhões de contrapartida municipal e R$ 270 milhões estaduais.

Segundo o secretário das Cidades de Pernambuco, Danilo Cabral, o PAC da
Mobilidade destinou R$ 18 bilhões para projetos de nove regiões metropolitanas
do Brasil, com teto de R$ 2,4 bilhões para cada uma. A Região Metropolitana do
Recife foi a única que apresentou projetos conjuntos e complementares para
serem executados pela prefeitura e pelo governo.

O sonhado projeto de navegabilidade, chamado de “jóia de ouro da coroa” por
Danilo Cabral e exaltado pela presidenta Dilma como um atrativo turístico,
teve que sofrer um corte para caber no pacote. O projeto inicial tinha três
braços. Permanecem os que vão do centro do Recife (altura da Avenida
Guararapes) até o início de Olinda (próximo ao Tacaruna), com 2,9 Km. E o de
11 Km que integrará a Estação Central de Metrô do Recife com o sistema de BRT
que será implementado, também dentro do PAC da Mobilidade, na BR-101, com 30,5
Km de extensão.

A execução do plano fluvial custará R$ 389 milhões. Foi excluído o tronco que
saía do Recife Antigo até as proximidades do Shopping Center Recife, em Boa
Viagem. A justificativa são as outras obras previstas ou em andamento para
melhorar a mobilidade na zona sul, como a Via Mangue e a ideia de, num futuro
mais distante, implementar um sistema BRT na Avenida Domingos Ferreira.

Segundo Danilo Cabral, ainda são necessários um estudo de impacto ambiental e
uma audiência pública. Ele garantiu, no entanto, começar a executar as obras
fluviais ainda neste ano (veja os detalhes no quadro acima). Na parte de
corredores exclusivos de ônibus que cabem à prefeitura, as licitações das
obras serão lançadas até o fim de 2012 e algumas podem ser iniciadas ainda
neste ano.

A nova era da Caxangá

 

A Avenida Caxangá é a espinha dorsal do corredor Leste/Oeste e se prepara para passar por uma grande transformação. As mudanças vão ocorrer principalmente nas paradas que serão substituídas por estações em nível com pagamento antecipado, o que dará mais velocidade ao transporte. A expectativa com a implantação do BRT no Leste/Oeste é reduzir o tempo de viagem em até 30 minutos. E a demanda para o corredor é de 55 mil passageiros por dia. Além da troca das paradas, a via receberá dois elevados, um túnel e um viaduto. O corredor, que já teve a sua obra iniciada, compreende o trecho do terminal de Timbi, em Camaragibe, até a Praça do Derby, mas houve mudança no seu trajeto que irá se estender também para as avenidas Conde da Boa Vista e Guararapes.

Nesses dois últimos trechos algumas paradas serão adaptadas para receber o BRT. Na Avenida Conde da Boa Vista serão construídas três estações e uma na Avenida Guararapes. As paradas da Praça do Derby também serão modificadas para o BRT. “Ainda está em estudo, mas estamos procurando uma alternativa de centralizar a estação do Derby”, revelou o presidente do Grande Recife, Nelson Menezes.

Embora tenha menos da metade da extensão do Norte/Sul, o Leste/Oeste aponta também para um crescimento natural do setor Oeste, que ganha novos contornos a partir dos investimentos para a Copa de 2014. As intervenções estão orçadas em R$ 145 milhões, R$ 10 milhões a mais do que o Norte/Sul.

Apesar do tamanho das intervenções o conhecimento sobre o projeto para grande parte da população é praticamente zero. “Não sei como é esse projeto. Nunca ouvi falar, mas espero que melhore a qualidade do transporte”, revelou a professora Edna Lima, 35 anos. A estudante Lindinalva Silva, 23 anos, também desconhece a proposta do corredor. “Não sei como vai ficar. Hoje eu gasto quase uma hora de Camaragibe até o Recife e outra para voltar. Se reduzir o tempo de viagem já será lucro”, revelou.
O Leste/Oeste terá três terminais integrados ao metrô. Um deles, da terceira perimetral, será construído no cruzamento da Avenida Caxangá com a General San Martin, o outro da quarta perimetral que será construído na BR-101e o de Camaragibe que já existe. Também serão construídos três elevados: um próximo ao Bompreço, da Benfica; outro na Terceira Perimetral, próximo ao Hospital Getúlio Vargas; e mais um no Engenho do Meio. Na Praça João Alfredo, ao lado do Museu da Abolição, na Segunda Perimetral, vai ser construído um túnel e um viaduto será erguido próximo à UPA da Caxangá.

O BRT terá inicialmente o ônibus articulado (com uma sanfona) e duas composições com capacidade para 160 passageiros, mas pode no futuro dispor de um biarticulado (com até 240 passageiros. Segundo a especialista em transporte público, Regilma Souza, os corredores têm estrutura para crescer muito mais. “No futuro podem ser ônibus maiores ou até mesmo trocar o modal”

A mobilidade que transforma as cidades

Diario de Pernambuco

Por Tânia Passos

Dois corredores de faixas exclusivas para o transporte público interligando o Norte e o Sul, Leste e Oeste da Região Metropolitana do Recife com o sistema BRT( sigla em inglês para Transporte Rápido por Ônibus). As duas obras são fundamentais na estrutura da mobilidade urbana desenhada para o estado e vão transformar o sistema viário para o transporte público de massa. Na última reportagem da série Mobilidade Urbana, 2012, o Diario mostra de que forma as intervenções irão alterar o cenário da cidade e a vida das pessoas. A principal missão dos corredores é reduzir o tempo de viagem e oferecer mais conforto aos usuários. Outro desafio é adequar a estrutura existente com as necessidades do sistema.

Da concepção original dos projetos à execução dos serviços algumas mudanças tiveram que ser feitas a começar pelo trajeto. O Norte/Sul deveria interligar Igarassu, no litoral Norte, ao Cabo de Santo Agostinho, no Litoral Sul, mas as duas etapas que serão executadas terminam no Recife. A ligação, nesse caso, será feita pelo metrô que se integrará ao BRT nas estações do Centro e Joana Bezerra possibilitando o acesso à Linha Sul do metrô.

Há ainda a opção, no futuro, da Via Mangue. É dela que depende o estado para executar a última etapa do corredor exclusivo até a Estação de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes, de onde se interligará com o Veículo Leve sobre Trilho (VLT) até o Cabo de Santo Agostinho. Parte da obra da Via Mangue, no entanto, só deverá ser entregue em 2013. Sem ela, não há como usar a Avenida Domingos Ferreira como corredor exclusivo devido ao fluxo da via.

Para o primeiro trecho do Norte/Sul que está em obras, o percurso será feito pela Avenida Cruz Cabugá em direção à estação central do Metrô/Recife, mas não terá pista exclusiva em todo o seu percurso. Isso significa que os ônibus articulados do BRT terão que se integrar ao tráfego misto e ficarão vulneráveis aos engarrafamentos. Na opinião do consultor em mobilidade urbana, o engenheiro Germano Travassos, a integração ao tráfego misto não irá prejudicar o funcionamento do sistema. “Em 30 quilômetros de corredor haverá cerca de dois quilômetros de tráfego misto. Não é nenhuma tragédia. Aliás é uma característica do ônibus poder ter essa flexibilidade. Em Bogotá isso também ocorre”, ressaltou.

De acordo com o presidente do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano, Nelson Menezes, para fazer a integração do BRT ao tráfego misto terão que ser construídas estações nas vias por onde os ônibus do BRT irão passar. “Os ônibus do BRT são de um modelo diferente dos ônibus convencionais. A entrada é pela esquerda e não há cobrador. Por isso, serão construídas estações nesses trechos no lado esquerdo”, explicou Nelson Menezes. Pelo Norte/Sul serão construídas fora do corredor exclusivo as seguintes estações: Rua Riachuelo (01), Rua do Sol (01), Avenida Cais do Apolo (03) e Praça da República (01).

Essa parte do projeto ainda está em execução e os técnicos estudam uma forma de adaptar as estações, do mesmo modelo que serão construídas nos corredores, para vias que não estão preparadas para esse tipo de intervenção. “Normalmente a estação do BRT fica no canteiro central, mas nesses trechos de tráfego misto, o ônibus irá parar do lado esquerdo para possibilitar essa integração”, explicou Nelson Menezes.

Apesar de ser favorável ao tráfego misto, o consultor em mobilidade urbana Germano Travassos estranhou a opção das estações no lado esquerdo da via. “Não vi o projeto e não conheço a solução que está sendo dada, mas em muitos lugares onde há tráfego misto, o ônibus do BRT tem entrada também do lado direito para se integrar às paradas existentes. Imagine os ônibus normais do lado direito e o BRT do lado esquerdo?”, questionou.

Transporte de massa em foco

Bartolomeu Carvalho, João Braga, Ivânia Wanderleu e Laédson Bezerra

Diario de Pernambuco
Rebeca Kramer
rebeceakramer.pe@dabr.com.br

Qual sugestão você, leitor, daria para tentar solucionar o problema do trânsito na Região Metropolitana do Recife? E mais: como você pensa que as autoridades deveriam agir para melhorar a qualidade do transporte público de passageiros?

Essas questões foram debatidas na 8ª edição do Fórum Desafios para o Trânsito do Amanhã, promovido pelos Diários Associados em Pernambuco, na manhã de ontem. Presidido pelo superintendente comercial e de empreendimentos da ATP Engenharia, Laedson Bezerra, o Fórum contou com a participação do gerente regional de manutenção do Metrô do Recife, Bartolomeu Carvalho; do consultor da Urbana-PE, João Braga; e da coordenadora de planejamento do Grande Recife, Ivana Vanderlei.

Laedson Bezerra ressaltou que a Copa do Mundo de 2014 não deveria ser o único impulso para tentar encontrar alternativas viáveis para o tráfego e o transporte na RMR, mas também não negou a oportunidade que o momento propõe. Na sequência, a coordenadora de planejamento do Grande Recife, Ivana Vanderlei, explicou a situação atual do Sistema de Transporte Público de Passageiros (STPP) e do Sistema Estrutural Integrado (SEI), além do esquema de licitações dos serviços.

Atualmente, o STPP constitui-se por dois sistemas, chamados Complementar e Sistema Estrutural Integrado (SEI), este segundo caracterizando-se como um multimodal que disponibiliza alternativas de deslocamento com o pagamento apenas de uma tarifa, por meio de integrações em terminais fechados. Hoje são 13 terminais em funcionamento e, até o final de 2011, outros sete deverão ser implantados.

Inserindo-se nos projetos de expansão dos SEI, estão os corredores de transporte. A implantação de Bus Rapid Transports (BRT) destina-se para a operação nos corredores Norte-Sul, na Avenida Norte, Leste Oeste e IV Perimetral. Os BRTs caracterizam-se por se localizarem em vias exclusivas e segregadas, estações confortáveis e adaptadas aos locais onde estão inseridos e veículos com tecnologia avançada, além de apresentarem embarque e desembarque em nível, propiciando maior acessibilidade e conforto para os usuários. “Um grande diferencial é que os pagamentos ocorreriam nas estações proporcionando maior velocidade comercial e menor tempo de deslocamento”.

Ivana ainda mencionou a possibilidade da implantação do projeto de navegabilidade que deverá melhorar o trânsito na RMR, criando três corredores fluviais, o Oeste, o Norte e o Sul. “Os corredores fluviais caracterizam-se pela hidrovia exclusiva para circulação dos barcos, venda antecipada de passagens, embarque e desembarque em nível, regularidade e pontualidade, segurança, conforto e acessibilidade garantida para todos”, expôs.

Mobilidade

O consultor da Urbana-PE, João Braga, foi categórico ao frisar que o transporte coletivo e a mobilidade na RMR vivem situações dramáticas. Segundo previsão da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o número de veículos por habitante no Brasil vai crescer 62% até 2020. Além disso, 80% dos brasileiros vivem nas cidades e mais de 30 milhões não utilizam o transporte público. “A demora, os longos congestionamentos e a falta de acesso ao transporte são problemas diretamente decorrentes do modelo de investimento na infraestrutura do país, que se voltou para a estruturação dos veículos particulares”.

Ainda de acordo com Braga, mais da metade do preço da tarifa corresponde a impostos, gratuidades e taxas. Em Pernambuco, esse valor chega a 53%. “Acredito que o sistema de cobrança de impostos, mesmo dos carros, deveria acontecer de forma diferente”, disse.

Para Bartolomeu Carvalho, representante do Metrorec, a infraestrutura da cidade não comporta crescimento, sem comprometer outros espaços físicos, como as casas, calçadas e praças.A solução permeia a transferência dos usuários de automóveis para o sistema de transportes coletivo. “É a única solução que nos resta para o trânsito de amanhã”, disse.

Governador Eduardo Campos fala da polêmica entre VLT e BRT

 

Governardor Eduardo Campos fala pela primeira vez sobre a polêmica VLT e BRT. Imagens: Tânia Passos/DP/D.A Press

Saiba mais

BRT (Bus Rapid Transit)

O valor para implantação é de R$ 480 milhões

Terá capacidade para transportar 110 mil passageiros/dia

O projeto foi pensado para atender a demanda futura de 15 a 20 anos

Se a demanda subir, terá que passar por novas obras para implantar outro modal que suporte a quantidade e passageiros

VLT (Veículo Leve sobre Trilhos)

O valor para implantação seria de R$ 890 milhões

Teria capacidade para transportar 150 mil passageiros/dia

O projeto foi pensado para atender a demanda futura de 30 a 40 anos

Aumentando a demanda, não será preciso construir outra ferrovia, apenas aumentar o número de composições

Semelhanças

Tanto o BRT quanto o VLT usariam um corredor exclusivo a ser construído no canteiro central
da BR-101 e teriam estações, assarelas, viadutos e elevados Nos dois sistemas, a passagem
é paga antes do embarque e os ois tipos de veículos têm ar-condicionado

Dilma libera R$ 30 bilhões para o transporte urbano

A presidente Dilma Rousseff anunciou hoje (17) investimento de R$ 30 bilhões, pelo governo federal, em obras de mobilidade urbana. Segundo ela, o pacote vai incluir a construção de metrôs, corredores exclusivos para ônibus e veículos leves sobre trilhos (VLT).

“A população passa boa parte de seu tempo se deslocando entre a casa, o trabalho, a escola e outras atividades. Por isso, garantir um transporte público de qualidade, rápido, moderno, seguro e com preços acessíveis significa melhorar a vida de todas as pessoas”, disse.

 

Projeto da CBTU-Metrorec do VLT para a BR-101

No programa semanal Café com a Presidente, Dilma lembrou que nas cidades brasileiras onde já há serviços de metrô, o transporte é reconhecido como rápido, moderno, com qualidade e conforto por diversas classes sociais. Apenas em Curitiba (PR), segundo ela, o metrô será responsável pelo transporte de cerca de 300 mil pessoas todos os dias.

Já em Belo Horizonte (MG), de acordo com a presidente, a ideia é construir 11 terminais de integração de ônibus. A obra deve incluir sete municípios da região metropolitana. Em Porto Alegre (RS), serão oito corredores. Outra opção de transporte público são os trens urbanos, com previsão de construção em São Leopoldo e Novo Hamburgo, ambos no Rio Grande do Sul, e em outras 21 cidades.

“Cada vez mais brasileiros estão tendo oportunidade de comprar o seu próprio carro. É sinal que a renda da população está melhorando e o país continua crescendo. Comprar seu próprio carro significa também ter um transporte para os dias de lazer, para que você possa passear com a sua família. Mas a solução do transporte nas grandes cidades está no investimento no transporte público de qualidade. Sem isso, as cidades se transformam em um caos”, concluiu Dilma.

Fonte: Correio do Estado