Túnel da Abolição do Recife encolheu meio metro na execução da obra

Túnel da Abolição por onde irá passar a 2ª Perimetral deveria ter três faixas. Foto : Guilherme Veríssimo DP/D.A.Press
Túnel da Abolição por onde irá passar a 2ª Perimetral deveria ter três faixas. Foto : Guilherme Veríssimo DP/D.A.Press

O Túnel da Abolição encolheu meio metro entre o desenho e a execução. O equipamento previa três faixas de rolamento, sendo uma delas para o transporte público. E, para isso, deveria ter no mínimo 8,90 de largura, mas ficou com apenas 8,40, inviabilizando a terceira via. A redução trará impacto direto em outro projeto: a implantação do corredor de tráfego da 2ª Perimetral que passará pelo túnel, conforme  recomendação do Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU) de 2008.  Com uma faixa a menos o corredor sofrerá um gargalo dentro do túnel. Os estudos apontam uma estimativa de 8 mil veículos por hora nas duas faixas de tráfego misto.

A mudança no projeto, ainda não vista como erro pela  Secretaria das Cidades, ocorreu a partir de uma orientação do órgão de trânsito municipal. De acordo com o secretário executivo de Mobilidade Urbana, Marcelo Bruto antes de decidir colocar duas faixas a secretaria recebeu o aval da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU). “A definição de duas faixas foi feita a partir das orientações do órgão de trânsito que é a autoridade municipal nas decisões do trânsito da cidade”, justificou.

A baia (recuo) para a parada do ônibus ainda não foi ativada. Quinze linhas passam pelo túnel. Foto: Guilherme Veríssimo DP/D.A.Press
A baia (recuo) para a parada do ônibus ainda não foi ativada. Quinze linhas passam pelo túnel. Foto: Guilherme Veríssimo DP/D.A.Press

A CTTU foi convidada a visitar a obra três meses antes dela ser aberta ao tráfego. Em nota, a CTTU explicou que de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) a faixa do ônibus deve ter uma largura mínima de 3,5 metros e de 2,7 metros para os veículos de passeio.  Pelas dimensões do túnel, a implantação de três faixas seria tecnicamente inviável e poderia, inclusive, gerar o atrito dos veículos com a parede do equipamento, colocando em risco a segurança viária. Ou seja, a largura mínima teria que ser de 8,9 metros de largura, isso sem contar a possibilidade futura de uma ciclofaixa.

Para o professor do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Maurício Andrade, os projetos da 2ª e 3ª perimetrais da cidade, que nunca saíram do papel, têm mais de 30 anos e vem sendo reeditados em todos planos diretores de transporte e confirmados no último de 2008. “O traçado não é pensado de forma aleatória. Muita gente trabalhou em estudos e simulações. O PDTU fez a previsão de três faixas e fez o carregamento da necessidade de três faixas. Com duas não resolve. Mesmo que o tráfego hoje não seja muito intenso, mas o planejamento foi feito”, ressaltou.

Desenho do projeto do túnel continha três faixas, sendo uma para o corredor de ônibus
Desenho do projeto do túnel continha três faixas, sendo uma para o corredor de ônibus

No projeto original das três faixas, o corredor de transporte fica no lado direito da pista com uma baia para a parada de ônibus. A baia (recuo) para o ônibus foi feito, mas como só há duas faixas, o ônibus terá dificuldades em retornar à faixa em razão do tráfego intenso. De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano 15 linhas de ônibus passam pelo túnel desde a sua inauguração, mas nenhuma está utilizando a parada de ônibus do túnel. E não há previsão de quando a parada será ativada.

2ª Perimetral têm início em Olinda e passará pelo túnel. O projeto contempla um corredor exclusivo de ônibus. Foto Paulo Paiva DP/D.A.Press
2ª Perimetral tem início em Olinda e passará pelo túnel. O projeto contempla um corredor exclusivo de ônibus. Foto Paulo Paiva DP/D.A.Press

Perimetrais na gaveta há 30 anos

As obras da 2ª e 3ª perimetrais serão executadas pela Prefeitura do Recife. No caso da 2ª perimetral, o projeto contempla a requalificação viária  para implantação de um corredor exclusivo de ônibus para todo o trajeto. Com a redução de uma das faixas no Túnel da Abolição, o corredor não será mais todo exclusivo. A perimetral terá 9,4 quilômetros de extensão e irá atravessar 12 bairros do Recife de Norte a Sul.

No sentido Norte/Sul ela começa em Olinda, depois passa pelas avenidas Cidade Monteiro,  Beberibe, Estrada Velha de Água Fria, Rua Cônego Barata, Rua Pe. Roma, Rua Sebastião Malta Arcoverde, Rua João Tude de Melo, Ponte Viaduto da Torre – Parnamirim, Rua José Bonifácio, Rua Professor Trajano de Mendonça, Rua Real da Torre (onde está o túnel), Rua João Ivo da Silva, Rua Cosme Viana, Rua Santos Araújo, Rua Quitério Inácio de Melo, Rua Augusto Calheiros e Ponte Gilberto Freyre.

A ideia é que a 2ª perimetral faça ligação no futuro com a Via Metropolitana Norte, que nascerá em Paulista, passará por Olinda e irá se encontrar a perimetral por meio de um viaduto desenhado sobre o Terminal da PE-15. A obra da Via Metropolitana Norte já foi iniciada, mas ainda não há previsão de quando a 2ª Perimetral sairá do papel. Ela está entre as obras contempladas com os recursos do PAC de Mobilidade. No final do ano passado, a Caixa Econômica Federal liberou recursos para elaboração dos projetos executivos da 2ª e 3ª perimetrais, além da Radial Sul.

Saiba Mais

O que estava previsto e o que foi feito
R$ 17 milhões é o custo da obra do túnel
287 metros de extensão
8 mil veículos por hora é a previsão do tráfego
8,4 metros é a largura do túnel construído
8,9 metros era a largura mínima para três faixas

Túnel projetado
3 faixas de tráfego
1 transporte público
2 para o tráfego misto
1 parada de ônibus (baia) dentro do túnel

Túnel construído
2 faixas para o tráfego misto
1 parada de ônibus (baia) dentro do túnel

Linha do tempo
2008 – Túnel já era previsto pelo Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU)
2013 – Início das obras do Túnel
2014 – Março era a previsão de entrega da obra
2015 – Fevereiro de 2015 a CTTU foi chamada para dar um parecer técnico do túnel
2015 – Abril houve a abertura do túnel para o tráfego

Fonte: CTTU e Secretaria das Cidades

Bicicletas poderão ter vendas atreladas a itens de segurança

 

os risco de se pedalar no trânsito do Recife - Foto Alcione Ferreira DP/D.A.Press
Ciclista no trânsito do Recife – Foto Alcione Ferreira DP/D.A.Press

A Comissão de Viação e Transportes aprovou o Projeto de Lei 1043/11, do deputado Dr. Ubiali (PSB-SP), que estabelece multa para fabricantes, importadores, montadores e revendedores que comercializem bicicletas sem equipamentos obrigatórios de segurança. Pela proposta, a multa será de 20% do preço de cada veículo comercializado ou o dobro em caso de reincidência.

O parecer do relator, deputado Washington Reis (PMDB-RJ), foi favorável à proposta. “O projeto traz um mecanismo objetivo para impedir que as bicicletas sejam comercializadas sem os equipamentos obrigatórios”, ressaltou.

O projeto altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97), que já prevê os seguintes equipamentos de segurança obrigatórios nas bicicletas: campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do lado esquerdo. A intenção do autor é estabelecer pena para garantir a efetividade da lei.

“Quatorze anos se passaram e essas normas não foram cumpridas, apenas algumas fábricas produzem bicicletas com tais equipamentos e a maioria das revendedoras também não cumpre a lei”, disse Dr. Ubiali.

O código hoje já penaliza o condutor que trafegar em veículo sem equipamentos de segurança. O relator destaca, porém, que esse dispositivo da lei dificilmente é alvo da fiscalização, no caso dos condutores de bicicletas.

Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

Projeto pretende obrigar o óbvio da sinalização de obras viárias

 

Obra viária sem sinalização - Foto Roberto Ramos DP/D.A.Press
Obra viária sem sinalização – Foto Roberto Ramos DP/D.A.Press

A Câmara analisa um projeto (PL 7538/14) do deputado Major Fábio (Pros-PB) que obriga o Poder Público a exigir, nos editais de licitação de obras viárias, a apresentação do plano de sinalização a ser implantada no local dos trabalhos.

O plano deve seguir os critérios definidos pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Ainda assim, a proposta prevê alguns parâmetros mínimos a serem observados:

– a sinalização vertical e horizontal deve ser colocada à distância mínima de 1 quilômetro do local da obra;
– deve ter boa visibilidade diurna e noturna; e
– informar a eventual interdição de vias à distância mínima que permita ao condutor optar por trajeto alternativo.

Regras
Major Fábio lembra que o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97) já prevê que nenhuma via pavimentada poderá ser entregue após a construção, ou reaberta ao trânsito após a realização de obras, enquanto não estiver devidamente sinalizada. Além disso, em vias ou trechos em obras deverá ser afixada sinalização específica e adequada.

Mesmo assim, segundo o deputado, é comum as vias públicas ficarem em péssimas situações durante o período de obras. “Não é incomum que das obras resultem longos congestionamentos, além de áreas com grande risco de acidentes, devido à sinalização insuficiente”, reclama.

Tramitação
O projeto será analisado pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ser votado pelo Plenário.

Fonte; Agência Câmara

Linguagem universal para o transporte público passa na Câmara

 

ônibus e paradas deverão ser numerados para facilitar acesso de deficientes visuais Foto Hélder Tavares DP/D.A.Press
ônibus e paradas deverão ser numerados para facilitar acesso de deficientes visuais Foto Hélder Tavares DP/D.A.Press

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou proposta que obriga o Poder Público a adotar uma linguagem universal no transporte púbico rodoviário para garantir a acessibilidade e a mobilidade de pessoas com deficiência.

O texto aprovado é um substitutivo ao Projeto de Lei 97/11, do deputado Walter Tosta (PSD-MG), que institui o Programa de Acessibilidade e Mobilidade Urbana. Segundo o texto, essa linguagem universal terá como base números e avisos sonoros e luminosos.

A proposta define que será necessário numerar todas as paradas de veículos coletivos. Dentro dos coletivos, devem ser instalados dispositivos capazes de identificar, em áudio e vídeo, cada ponto e o número da próxima parada.

Locomoção facilitada
A relatora do projeto, deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), acatou o substitutivo aprovado pela Comissão de Viação e Transportes, que analisou a proposta anteriormente. Ela acrescentou uma pequena modificação para adequar a proposta ao termo “pessoas com deficiência”, expresso na Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU).

Gabrilli acredita que adaptar as paradas e os ônibus significa facilitar a locomoção de todos os usuários de transporte público, e não apenas das pessoas com necessidades especiais.

“Por exemplo, uma sinalização na parada de ônibus indicando qual o horário do próximo veículo e seu destino. E, mesmo dentro do ônibus, as pessoas poderiam saber onde o ônibus está e que parada é aquela”, explica a parlamentar.

“Isso é imprescindível para uma pessoa que tem deficiência visual, para uma pessoa que não conhece o destino para onde está indo, uma pessoa distraída… Isso é bom para todo mundo”, avalia.

Projeto bem-vindo
Walter da Costa, de 76 anos, é deficiente visual e utiliza o transporte público com frequência. Ele conta que, no dia a dia, precisa ficar perguntando aos motoristas e passageiros quais são os ônibus e para onde cada um vai. O aposentado diz que o projeto é muito bem-vindo, mas que muita coisa ainda precisa melhorar.

“Ainda falta muita coisa pra acessibilidade. Eu acho que vai chegar em boa hora porque já estávamos na época para ter esse projeto em funcionamento, em evidência. O que vier para nós de acessibilidade é muito importante”, afirma.

Dificuldades
Aparecida de Fátima Guimarães é presidente do conselho diretor da Associação dos Deficientes Auditivo-Visuais e Deficientes Auditivos. Ela prevê dificuldades no cumprimento da mudança, caso o projeto vire lei.

“Tudo que gera custo requer um estudo maior, uma dificuldade maior”, observa. “Mas eu acho que hoje, como o respeito às minorias, o respeito às pessoas com deficiência vem crescendo. Eu creio que, com uma boa explicação, com uma boa dose de sensibilidade, eu acho que nós podemos estar encontrando um alinhamento e um ponto em comum.”

Tramitação
A proposta ainda precisa ser analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

O aceno do pedestre para pedir passagem na faixa pode virar lei

 

Pedestre pede passagem na faixa - Foto foto: Artur Moser/Reprodução internet
Pedestre pede passagem na faixa – Foto foto: Artur Moser/Reprodução internet

O gesto com o braço para solicitar a parada dos veículos e permitir ao pedestre atravessar a rua na faixa sinalizada, já praticado em Brasília, pode ser adotado em todo o país. Substitutivo a projeto que inclui essa norma no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) foi aprovado nesta quarta-feira (29) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O aceno seria exigido para travessias em faixas onde não existam semáforos. Nesses casos, na capital federal, normalmente basta o pedestre sinalizar previamente com a mão para que os motoristas concedam a preferência de passagem. Para a autora da proposta (PLC 26/2010), deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), as vantagens  da norma para a segurança justificam sua adoção em todo o país.

Em análise favorável, o relator, senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), disse tratar-se “de medida simples e que não implica em custos adicionais, podendo ser facilmente replicada de norte a sul do Brasil”.

O relator, no entanto, apresentou substitutivo com modificações ao texto. Ele retirou dispositivo que exigia que o pedestre esperasse por outras pessoas para atravessar “vias de grande fluxo”. Valadares argumenta que o texto não determina o que são vias de grande fluxo nem estabelece a quantidade de pessoas que devem atravessar em bloco.

Ele observou que, nas vias onde a paralisação ocasionada pela travessia dos pedestres é mais constante, outras medidas podem ser adotadas, como a instalação de semáforo para pedestres, a alocação de um agente de trânsito nos períodos mais críticos ou mesmo a instalação de túnel ou passarela.

Valadares também suprimiu a indicação para que o “gesto do pedestre” passe a constar do Anexo II do CTB. O relator observou que o anexo é ilustrado por figuras e que o projeto não encaminha o desenho a ser inserido. Por isso, sugeriu que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) seja responsável por ajustar o anexo, “na forma que entender ser a tecnicamente mais apropriada”.

O relator também apresentou ajuste na forma como o gesto com o braço para sinalizar travessia de pedestre será incluído no Código de Trânsito Brasileiro. O substitutivo de Valadares será submetido a nova votação em turno suplementar na CCJ e terá de voltar à Câmara dos Deputados, para exame das alterações.

Educação

A deputada Perpétua Almeida admite na justificação que o respeito ao sinal de pedido de passagem nas faixas dependerá de “boa dose de educação” por parte de pedestres e motoristas. Contudo, ela acredita que, a partir da normatização do gesto, haverá estímulo para a disseminação da nova conduta, com resultados tão bons quanto os que foram obtidos na capital federal.

A adesão ao chamado “sinal de vida” é motivo de orgulho para os habitantes do Distrito Federal. Mesmo assim, campanhas para estimular a preservação do respeito ao pedido de passagem continuam sendo feitas com regularidade. De acordo com pesquisa do órgão de trânsito, ao redor de 12% dos condutores ainda desrespeitam o direito dos pedestres.

Com informações da Agência Senado

Fonte: Portal do Trânsito

Projeto libera bicicletas elétricas de registro, tributação e habilitação

Pelo projeto, são igualadas às bicicletas comuns aquelas que tenham velocidade de até 25km/h Foto - Reprodução/internet
Pelo projeto, são igualadas às bicicletas comuns aquelas que tenham velocidade de até 25km/h Foto – Reprodução/internet

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 7342/14, que regulamenta as bicicletas elétricas. O projeto pretende igualar as bicicletas elétricas às comuns, para que elas também sejam autorizadas a andar nas ciclovias e sejam dispensadas de registro, tributação, habilitação e seguro obrigatório.

A proposta foi apresentada pelos deputados Ricardo Izar (PSD-SP) e Danrlei de Deus Hinterholz (PSD-RS). Segundo eles, a regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) igualou as bicicletas elétricas aos ciclomotores, que são motos de até 50 cilindradas, sendo obrigatório o registro, a habilitação e outros requisitos.

Pelo projeto, são igualadas às bicicletas comuns aquelas que tenham pedalagem assistida, potência de até 0,25 kW e alimentação reduzida progressivamente e interrompida quando a velocidade do veículo atingir 25 km/h, ou antes, se o ciclista deixar de pedalar.

Já as demais bicicletas elétricas, quando dotadas de acelerador manual ou de motores com potência de até 4 kW, continuarão a ser equiparadas a ciclomotores e, se o motor exceder a 4 kW, serão equiparadas a motocicletas.

Os autores explicam que usaram como base a legislação europeia para classificar quais bicicletas elétricas receberiam o mesmo tratamento das comuns e quais precisam de maior controle. A intenção também é incentivar o uso da bicicleta como veículo de transporte. “Uma vez que o mundo passa por uma conscientização ecológica, este projeto de lei busca incentivar o uso deste veículo não poluente, econômico e saudável”, diz a justificativa da proposta.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Viação e Transportes; Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

Motorista poderá receber maior pena por atropelamento de ciclista

 

Atropelamento ciclista Jequitinhonha/ reprodução vídeo

Em época de conscientização e estímulo ao uso da bicicleta como meio de transporte alternativo e sustentável, aguarda análise da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) projeto que agrava a pena de motoristas que atropelam e matam ciclistas.

O PLS 141/2003, do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), acrescenta cinco circunstâncias agravantes da pena para homicídio culposo praticado na condução de veículo automotor. Uma delas é atropelar e matar ciclista que circula por ciclovia ou ciclofaixa ou atingir bicicleta pela parte traseira ao trafegar por via comum.

Além disso, o projeto passa a considerar agravante o uso de celular ou aparelho similar ao dirigir; a circulação em velocidade de, pelo menos, 30 quilômetros por hora acima da máxima permitida para a via; a condução de veículo com falha mecânica grave; ou na contramão do fluxo permitido.

Nestas hipóteses, a pena deverá ser aumentada de um terço à metade. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece para a prática de homicídio culposo na condução de veículo automotor a detenção de dois a quatro anos e a suspensão ou proibição de se obter a permissão ou habilitação para dirigir.

Originalmente, o PLS 141/2003 prevê sete circunstâncias agravantes para este crime – que já conta com quatro no CTB – e aumenta a pena já estabelecida (um terço à metade) para a metade até o dobro da punição aplicada, o que foi rejeitado pelo relator, senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).

O relator fez outras alterações, como a eliminação de duas circunstâncias agravantes por já serem tratadas como crimes autônomos no CTB, a prática de homicídio culposo na condução de veículo motivada por embriaguez ou uso de entorpecentes e por participação em corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada, como o racha.

Há ainda um requerimento apresentado pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) pedindo a tramitação em conjunto com o PLS 236/2012, que trata da Reforma do Código Penal, mas a proposta ainda precisa ser analisada e aprovada.

Com informações da Agência Senado

Petrolina pode ter VLT nas ruas da cidade antes do Recife

VLT desenhado para BR-101 pelo Metrorec. Projeto foi substituído pelo BRT.
VLT desenhado para BR-101 na área urbana do Recife, cujo projeto era do Metrorec. Ele foi substituído pelo projeto do BRT do governo do estado.

A Caixa Econômica Federal assinou,no último sábado,contratos de financiamento de obras de infraestrutura e mobilidade urbana, de mais de R$ 111 milhões, com o município de Petrolina (PE).

Os contratos com a prefeitura de Petrolina preveem o financiamento de obras de pavimentação em diversos bairros da cidade, além da implantação de Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) em corredor central no município.

As assinaturas das operações possibilitarão o início do processo de licitação para execução das obras.O evento aconteceu no auditório do Serviço Social do Transporte (SEST) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT), em Petrolina (PE).

Participaram da cerimônia, o ministro das Cidades, Gilberto Occhi, o superintendente regional da CAIXA, Denis Matias, além de diversas autoridades municipais.

O Recife tem projeto de VLT para a Avenida Norte, Centro e Boa Viagem. Antes disso teve projeto de VLT para a BR-101, mas o projeto foi substituído pelo BRT. A Prefeitura do Recife aguarda análise da Caixa para liberação dos projetos de VLT na cidade.

* Com informações da Caixa e da Prefeitura do Recife

Via Metropolitana Norte deve resolver gargalo na PE-15 só em 2017

Girador da PE-15 engarrafa e atrapalha o tráfego na PE-15 e saída dos ônibus no terminal - Foto - Paulo Paiva DP/D.A.Press
Girador da PE-15 engarrafa e atrapalha o tráfego na PE-15 e saída dos ônibus no terminal – Foto – Paulo Paiva DP/D.A.Press

Um dos gargalos da rodovia PE-15,principal via de ligação dos municípios metropolitanos da Zona Norte com a capital, se encontra no entorno do Terminal da PE-15. A via recebe uma média de 45 mil veículos por dia entre Recife, Olinda e Paulista.

O terminal de ônibus funciona como um girador nos dois sentidos e para fazer o giro, os veículos chegam a formar fila tripla travando o tráfego. O congestionamento na entrada e saída do terminal, por vezes, atrapalha o tráfego do transporte público no corredor central, inclusive por onde também circula o BRT. Para destravar esse nó, uma das apostas do governo do estado é a implantação da Via Metropolitana Norte.

O projeto que fará a ligação da 2ª Perimetral com a Ponte do Janga, tendo um viaduto passando por cima do terminal integrado (eliminando o girador), foi licitado no início do ano, mas a liberação dos recursos na ordem de R$126 milhões depende de liberação da Caixa Econômica Federal. A expectativa é que a assinatura do contrato com a Caixa ocorra ainda este ano. Também estão previstos mais R$ 50 milhões de recursos próprios que já estão sendo usados na desapropriação de 1,3 mil imóveis no bairro Jardim Fragoso, em Olinda, por onde irá passar duas vias margeando o canal do Fragoso até o Janga.

“Nós estamos adiantando as desapropriações para limpar a área e logo após a assinatura do contrato com a Caixa reiniciarmos as obras, provavelmente no início de 2015”, afirmou o presidente da Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), Flávio Figueiredo. A Cehab assumiu a execução do projeto que era da Secretaria das Cidades. O tempo de execução é de dois anos, a partir da assinatura do contrato com a Caixa.

Para o professor do departamento de engenharia civil da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Maurício Andrade a obra é importante para deixar livre a passagem dos ônibus no corredor central. “Essa rotatória já esgotou a capacidade e não se pode permitir que o transporte público seja prejudicado”, ressaltou.

A futura via terá 6,1 quilômetros de extensão e prevê duas pistas marginais com 10,5 metros de largura, cada uma com três faixas, sendo uma exclusiva para ônibus. Os ciclistas vão contar com uma faixa de 2,5 metros e os pedestres com calçamento de 1,6 metro às margens do Rio Fragoso e mais dois metros do outro lado, onde serão instaladas 18 paradas de ônibus. Previsão de conclusão em 2017, se tudo sair como está previsto.

Qual o futuro da primeira e única perimetral do Recife?

 

Avenida Agamenon Magalhães, primeira perimetral do Recife - Foto - Ricardo Fernandes DP/D.A.Press
Avenida Agamenon Magalhães, primeira perimetral do Recife – Foto – Ricardo Fernandes DP/D.A.Press

A Avenida Agamenon Magalhães talvez tenha sido a via urbana do Recife que mais recebeu projetos para redesenhar o seu sistema viário. O mais polêmico foi o dos quatro viadutos previstos para facilitar a passagem em nível do BRT em 2012. Antes disso, já haviam sido cogitados sete viadutos na década de 1970 e ainda o projeto do urbanista Jaime Lerner, que desenhou um elevado passando do cima do canal para separar o transporte público do trânsito comum. E quando nenhum desses emplacou, houve ainda o projeto do ramal da Agamenon, um dos braços do corredor Norte/Sul. O fato é que 2014 está chegando ao fim sem sinal de obras do BRT na avenida.

O sistema chegou a ser licitado em 2013, mas as intervenções acabaram suspensas. A obra de R$ 96 milhões seria custeada pelo estado, que decidiu aproveitar recursos do PAC e aguarda aprovação da Caixa. A expectativa da Secretaria das Cidades é de retomada em outubro, mas há agora outra questão sobre a via. Urbanistas se perguntam o que é melhor – enquanto cidade inclusiva e sustentável – para a principal avenida da cidade.

A Agamenon é uma perimetral estratégica por ligar o Recife de Norte a Sul e Leste a Oeste. Também é passagem para municípios vizinhos e comporta frota maior do que muitas cidades – 79 mil veículos/dia. Para a arquiteta e urbanista Vitória Andrade, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-PE), a avenida perdeu a sua principal característica de ser interbairros e passou a ser uma via de passagem.

“Acredito que o projeto do Arco Metropolitano (rodovia paralela à BR-101) vai ser importante para reduzir a carga da Agamenon. Grande parte do trânsito é de outros municípios que apenas passam por ela.” Uma das preocupações do presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), Roberto Montezuma, está com a articulação da via com o restante da cidade. “Ela tem uma qualidade paisagística real. Mas precisa de calçadas com padrão internacional, iluminação e articulação com o projeto do Parque Capibaribe”.

O ramal do BRT terá corredor exclusivo ao lado do canal. Estão previstas nove estações próximas a semáforos para facilitar a passagem do pedestre. “Serão substituídas as placas de concreto que deram problemas”, informou o secretário-executivo de mobilidade, Gustavo Gurgel. “Essa solução merece debate profundo, pois cria uma barreira do Centro expandido com o resto da cidade”, ressaltou Montezuma.