As crianças estão andando menos e se tornando cada vez mais obesas

Obesidade infantil Foto - Laís Telles/DP.D.A.Press

Nas últimas quatro décadas, a restrição à mobilidade das crianças vem se tornando cada vez maior. Um hábito antigo de caminhar de casa para a escola está dando lugar aos transportes escolares nas diversas classes sociais, e a questão da segurança é o principal fator.

De acordo com o consultor em educação de trânsito, o sociólogo Eduardo Biavati, o fenômeno também é visto em países desenvolvidos como Estados Unidos, Inglaterra e Austrália. E o Brasil caminha na mesma direção. “O próprio Ministério da Educação dispõe do Programa Caminho da Escola, que oferece ônibus escolar em todo o país para reduzir as distâncias percorridas pelas crianças. Se por um lado isso é positivo, por outro traz problemas em relação à restrição do caminhar”, comparou.

Segundo Biavati, as crianças têm hoje mais acesso a alimentos gordurosos, com açúcar e à base de farinha, e ao mesmo tempo fazem menos exercícios. “Será preciso redobrar o esforço do gasto energético das crianças. Nós tiramos a mais tradicional delas, que era o caminhar para a escola”, reforçou. Na classe média, ele diz que a situação é ainda pior. “As crianças não andam nem até a esquina. Aliás, a ordem é não andar mesmo”, disse.

A segurança também foi destacada pelo pesquisador da OMS, Carlos Dora. Segundo ele, os pais, que optam pelo transporte individual a fim de garantirem um deslocamento seguro aos seus filhos, ajudam a tornar o sistema como um todo inseguro. “Os lugares que têm mais espaço dedicado aos pedestres e bicicletas são aqueles que têm menos acidentes”, explicou.

Crianças na faixa e acompanhadas de adulto

 

Por

Mariana Czerwonka

No dia 12 de outubro, comemora-se o Dia da Criança no Brasil. Deixando um pouco de lado o apelo comercial da data, é importante lembrar a simbologia do dia e também fazer algumas reflexões a respeito do tema. O Dia da Criança foi pensado para trazer à luz da discussão e da atenção da população problemas de violência, situação vulnerável e falta de cuidado com os pequenos. Responsável pela promoção da prevenção de acidentes de todos os tipos com crianças e adolescentes de até 14 anos, a ONG Criança Segura tem um dos trabalhos mais notórios dentro do tema no país.

A coordenadora da organização, Alessandra Françóia pontua alguns números que ajudam o leitor a contextualizar a insegurança no trânsito com crianças brasileiras. ”Em 2010 (dados mais atuais do Ministério da Saúde), 1.895 crianças de até 14 anos morreram vítimas do trânsito. Deste total, 38% corresponderam aos atropelamentos, 36% aos acidentes com a criança na condição de passageira do veículo, 5% na condição de ciclista e os 21% restantes corresponderam a outros tipos de acidentes de trânsito.

Além das mortes, 14.936 crianças foram hospitalizadas vítimas de acidentes de trânsito”, esclarece. Diante dessas informações, a insegurança no trânsito para esse perfil fica mais clara. Maria Amélia Franco, especialista em trânsito da Perkons, acredita que o trabalho de combate aos acidentes com os pequenos passa por formação, educação e conscientização, tanto das crianças, quanto dos pais. ”Primeiro, os país devem reconhecer suas responsabilidades para a melhoria da segurança das crianças e entender os riscos a que estão expostas. É muito importante desenvolvermos projetos de convivência no trânsito, não apenas pensando nelas como futuros motoristas, mas como atuais pedestres e passageiros.

Familiarizar essas crianças com os símbolos do trânsito, respeito às regras de segurança e também adaptar essa teoria à realidade dos mais novos faz parte da estratégia. Além disso, é essencial envolver os pais e parentes no processo de educação. Afinal, ao menos duas vezes ao dia, as crianças são companheiras de viagem nos veículos ou em trajetos a pé”, pondera. Ainda sobre as estatísticas, em 2007, segundo dados do Ministério da Saúde, foram 5.324 mortes e 136.329 hospitalizações de crianças vítimas de acidentes de trânsito, afogamentos, sufocações, queimaduras, quedas, intoxicações, acidentes com armas de fogo e outros.

É estimado que para cada morte, outras quatro crianças ficam com sequelas, gerando consequências emocionais, sociais e financeiras. No mundo, 830 mil crianças morrem todos os anos vítimas de acidentes, segundo o Relatório Mundial sobre Prevenção de Acidentes com Crianças e Adolescentes, lançado em dezembro de 2008 pela Organização Mundial da Saúde e UNICEF.

Maria Amélia coloca a escola como protagonista na educação no trânsito das crianças. ”Ela tem papel fundamental na ação educativa para o trânsito e é o espaço determinante de formação de cidadãos conscientes e críticos. Formar o comportamento do cidadão enquanto usuário das vias públicas na condição de pedestre, condutor ou passageiro significa fazer com que ele reconheça as formas, cores e os significados das placas utilizadas no trânsito, do semáforo, da faixa de pedestres e demais componentes das vias públicas; saiba os direcionamentos sobre os diversos meios de locomoção/transporte, conheça os direitos e deveres como usuário das vias, demonstre atitude solidária frente a situações ocorridas no trânsito, no que tange a habilidades importantes à segurança do pedestre e do próprio passageiro”, explica.

Aproveitando que o 12 de outubro também é feriado, Alessandra Françóia faz um alerta especial no que diz respeito às viagens. ”O número de veículos nas rodovias aumenta muito e o risco de acidentes também. O trânsito é responsável pela maior parte dos acidentes fatais. No caso da criança que pode ficar presa no veículo, o mais importante é evitar que ela tenha acesso ao carro. Portanto, chaves devem ser guardadas fora do alcance da criança e os responsáveis devem evitar deixar portas abertas, pois ela pode entrar e acabar se trancando”, adverte.

E Maria Amélia alerta ainda para os presentes nesta data. ”Bicicletas, patins, skates são considerados brinquedos pelas crianças e, dessa forma, devem ser usados em locais de recreação, não nas ruas”. No que tange a segurança dos menores, o uso do bebê conforto, da cadeirinha e do assento de elevação – equipamentos que passaram a ser obrigatórios desde setembro de 2010 – é a única forma segura de transportar crianças em veículos.

Crianças são vulneráveis

Em linhas gerais, a prevenção é a tônica dos especialistas quando o assunto é acidente de trânsito envolvendo crianças, posto que elas precisam de maior proteção devido à fragilidade do seu corpo. ”Temos que tirar da consciência coletiva a ideia do ‘nunca vai acontecer comigo ou com minha família’. Acontece sim e mais frequentemente do que se pensa”, destaca Maria Amélia.

”Para prevenir acidentes, os responsáveis devem supervisionar sempre até que a criança demonstre habilidades e capacidade de julgamento do trânsito, segurar sempre na mão da criança, firme, pelo pulso, enquanto estiverem caminhando na rua, não permitir a brincadeira em locais que não são adequados como entradas de garagens, quintais sem cerca, ruas ou estacionamentos e acompanhar a criança para identificar o caminho mais seguro e ensinar a completá-lo de forma segura e cuidadosa. Além de dar o bom exemplo”, conclui a coordenadora da ONG Criança Segura.

 

Código de Trânsito Brasileiro

Art. 64. As crianças com idade inferior a dez anos devem ser transportadas nos bancos traseiros, salvo exceções regulamentadas pelo CONTRAN. Art. 168. Transportar crianças em veículo automotor sem observância das normas de segurança especiais estabelecidas neste Código: Infração – gravíssima; (7 pontos na CNH) Penalidade – multa; R$ 191,54
Guia Criança Segura (Via Portal do Trânsito)

Alerta para prevenção de acidentes com crianças

 

O dia  30 de agosto é comemorado o Dia da Prevenção de Acidentes com Crianças. E neste dia a ONG Criança Segura alerta para a principal causa de morte de crianças de um a 14 anos. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 4,7 mil crianças morrem e mais de 125 mil são hospitalizadas anualmente em decorrência de acidentes.

Entre crianças e adolescentes de um a 14 anos no Brasil, os acidentes de trânsito, afogamentos, sufocações, queimaduras, quedas, intoxicações, acidentes com armas de fogo e outros configuram a principal causa de morte e a terceira de hospitalização.

Dados mais atuais sobre o tema (2010), afirmam que das 6.274 crianças até 15 anos que morreram por causas externas (acidentes e violência), os acidentes foram responsáveis pela maior parte das mortes: 76%. No mundo, 830 mil crianças morrem, anualmente, vítimas de acidentes segundo o Relatório Mundial sobre Prevenção de Acidentes com Crianças e Adolescentes, lançado em dezembro de 2008 pela Organização Mundial da Saúde e UNICEF.

Os números de mortes por acidentes de crianças até 14 anos, segundo DATASUS/Ministério da Saúde (2010), apresentaram-se da seguinte forma: acidentes de trânsito (1.895), afogamentos (1.184), sufocações (729), queimaduras (313), quedas (213), intoxicações (77), acidentes com armas de fogo (30) e outros (340). Foram 4.781 mortes no total.

No caso das hospitalizações por acidentes, também de crianças de 0 a 14 anos, foram 127.136 no total, a maior parte delas por quedas (62.766 hospitalizações), posteriormente queimaduras (21.472), acidentes de trânsito (14.936), intoxicações (4.392), sufocações (613), afogamentos (260), acidentes com arma de fogo (166) e outros (22.531).

Tanto em mortes quanto em hospitalizações, o número de meninos acidentados é cerca de duas vezes maior do que o de meninas.

O trânsito é responsável pela maior parte dos acidentes fatais. Das 1.895 mortes de crianças até 14 anos vítimas do trânsito, 38% corresponderam aos atropelamentos, 36% aos acidentes com a criança na condição de passageira do veículo, 5% na condição de ciclista e os 21% restantes corresponderam a outros tipos de acidentes de trânsito.

Fases do Desenvolvimento X Acidentes
Ao longo dos primeiros anos de vida, a criança passa por diversas fases, com características e necessidades diferentes dos adultos. É com o passar do tempo, que os pequenos passam a desenvolver suas habilidades motoras, cognitivas, sensoriais. Mas enquanto esse processo não está completo, a criança fica vulnerável a uma série de perigos exigindo, portanto, cuidados especiais e atenção total. Por este motivo, a ocorrência de acidentes está diretamente ligada ao desenvolvimento infantil.

Uma Questão de Saúde Pública
O acidente, portanto, é uma séria questão de saúde pública que pode ser solucionada em 90% dos casos com ações de prevenção como a disseminação de informações sobre o tema, mudança de comportamento, políticas públicas que assegurem infraestrutura e ambientes seguros para o lazer, legislação e fiscalização adequada. Mas essa mudança de cultura ainda permanece como um desafio a ser encarado pela sociedade.

O comportamento seguro de cada indivíduo e a atenção das autoridades em mobilizar esforços para esta causa são algumas das medidas que podem mudar essa realidade. É importante ressaltar que os acidentes podem estar ligados a diversos fatores como a questões culturais, econômicas e sociais. “Garantir um futuro saudável e a integridade física dessas crianças e adolescentes é um dever de todos, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente”, reforça Alessandra Françoia, Coordenadora Nacional da Criança Segura.

Fonte: Portal do Trânsito

Flagrante: Motociclista passeia com quatro crianças em uma moto

Vídeo mostra flagrante que desrespeita todas as normas de segurança do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), motociclista, sem capacete transporta quatro crianças em uma moto. A menor delas em cima do tanque do combustível. O flagrante foi feito por um cinegrafista amador em uma das ruas do bairro Setúbal, Zona Sul do Recife.

Crianças em moto: cuidado redobrado!

 

Pilotar carregando um passageiro exige muito mais responsabilidade, habilidade e experiência. Transportar crianças requer cuidados em dobro, além disso, o transporte de crianças menores de sete anos em motos é proibido por lei. “Crianças abaixo desta idade não têm os reflexos e a habilidade necessária para se proteger numa eventualidade”, diz Elaine Sizilo, pedagoga especialista e consultora do Portal do Trânsito.

Segundo estatísticas do Ministério da Saúde, no Brasil morrem por dia seis crianças de até 14 anos em acidentes de trânsito. Por ainda estar em fase de desenvolvimento, um menor sofre um acidente com mais severidade do que um adulto porque a sua estrutura óssea e órgãos internos ainda não estão totalmente desenvolvidos.

Apesar dessas informações, muitos pais se arriscam. “Eu não tenho outra maneira de levar a minha filha para a escola, coloco um capacete nela e ando bem devagar”, afirma Michael Matias, de 27 anos. Para Elaine Sizilo, o fato de não transitar em alta velocidade não elimina o risco a que a criança está exposta. “Os pequenos são extremamente frágeis e qualquer queda pode ter consequências sérias”, afirma.

A única maneira de prevenir estes acidentes é não infringir a lei. “O que importa não é se livrar da multa é proteger a criança”, conclui Sizilo.

Transporte correto
Para os maiores, alguns cuidados também podem evitar acidentes. O passageiro, por exemplo, não deve tirar os pés das pedaleiras nas paradas. Além disso, tem que manter as pernas e a roupa longe do escapamento e segurar o piloto em sua cintura ou quadril.

É importante também o piloto alertar o passageiro antes de fazer qualquer manobra súbita.

 

Fonte:  Portal do Trânsito

O perigo das crianças motorizadas

 

Diario de Pernambuco

Por

Juliana Colares

 

De bermuda, camiseta e chinelo, ele chega ao colégio com pressa. Está atrasado. Rapidamente estaciona a cinquentinha na frente da escola e, em poucos minutos, se dirige para a sala de aula. A moto preta de 50 cilindradas é novinha. Foi presente do tio, dono da loja de material de construção onde o estudante trabalha. Custou R$ 3.500, quantia que está sendo paga em prestações mensais de pouco mais de R$ 300.

É símbolo de status para o condutor, um garoto de 17 anos que há dois aprendeu a pilotar com os amigos e hoje faz parte de uma legião de adolescentes motorizados que se beneficiam da falta de fiscalização e criam novos desafios para os hospitais especializados em traumas. Na capital ou no interior de Pernambuco, as cinquentinhas se proliferam. Viraram sonho de consumo dos adolescentes e já disputam espaço com as bicicletas nos estacionamentos das escolas e nas listas de presentes de Dia das Crianças e de Natal.

A lei existe. E ela proíbe que menores de 18 anos pilotem ciclomotores, categoria na qual a cinquentinha está inserida. Também não autoriza que esse tipo de veículo circule sem placa. Mas muita gente sequer sabe disso. E, pelo menos por enquanto, a existência da legislação não significa muito. Por causa de uma briga judicial que parece não ter fim, nem os municípios nem o órgão estadual de trânsito, o Detran, fiscaliza. Ou seja, poder, não pode. Mas e daí? “A polícia nunca me parou. Como não uso capacete ou placa, fica mais fácil”, disse o adolescente do início dessa reportagem, morador da cidade de Goiana, Zona da Mata pernambucana.

As cinquentinhas assumiram nas vidas dos adolescentes de hoje o papel que as lambretas tinham nas dos jovens das décadas de 50 e 60. O lançamento de modelos com frentes mais arredondadas, mais parecidas com a scooter, contribui para chamar a atenção do público jovem. Para eles, as 50 cilindradas são sinônimo de liberdade e amadurecimento. E quando, em uma roda de amigos, alguns têm, os outros também querem.

Que o diga um menino de 14 anos, morador do município de Vitória de Santo Antão, que ganhou uma moto de 50 cilindradas no mês passado, no dia das crianças. “Ando de moto todo dia. Vou pro colégio, vou comprar pão, saio nos fins de semana e vou para a casa da minha namorada”, disse o garoto. “Uns cinco amigos meus têm motos”, contou o estudante, que aprendeu a pilotar em uma moto de 125 cilindradas, aos 11 anos.

Os pais de outro adolescente, José Washington da Silva, deram ao filho uma moto de 50 cilindradas como presente de dia das crianças e de aniversário. O menino completou 14 anos no último dia 19 de outubro. O menino escolheu a cor e o modelo. “Ele começou a pedir uma cinquentinha aos 13 anos. Os amigos dele têm. Aí eu prometi que quando ele completasse 14, eu daria uma”, contou o pai, que disse não saber que a legislação proíbe que pessoas sem carteira de habilitação pilotem esse tipo de veículo.

Washington aprendeu a conduzir uma moto aos 13, com o tio. E já mostra desenvoltura. O pai, José João da Silva, garante que o filho nunca pilota desacompanhado ou sem capacete. Mas diz que tem medo. “É muito perigoso. Corre menos que uma moto, mas, ainda sim, eu tenho medo, claro”, afirmou. José João é pedreiro. A mulher, Maria das Graças da Silva, é dona de casa. O casal e os filhos, Washington e uma menina de 9 anos, vivem em uma casa de alvenaria, na parte alta de uma ladeira sem calçamento e esburacada. A cinquentinha custou R$ 3.390, pagos à vista. Mesmo vendo o irmão pilotando, a caçula da família, Camila, ainda não pensa em ter uma igual. “Ela é medrosa”, disse a mãe. “É perigoso pra todo mundo. Se for pensar, ninguém monta em uma moto nem entra em um carro”, afirmou.

 

 


Quem é prioridade na educação de trânsito?

 

Consultor em educação para o trânsito defende trabalho com jovens e não apenas com crianças

Tânia Passos
Taniapassos.pe@dabr.com.br

Talvez o tema educação no trânsito nunca tenha estado tão em evidência quanto agora. O trânsito interefere diretamente na questão da mobilidade e mais do que isso: mata. A Semana Nacional do Trânsito enfocou mais uma vez a necessidade de tornar o tema um elemento essencial ao desenvolvimento e sustentabilidade das cidades. E é.

Na palestra promovida ontem pelo Detran-PE, no Parque Dona Lindu, o sociólogo e consultor em educação no trânsito, Eduardo Boavita chamou atenção para um grupo específico: o dos jovens.

Uma das preocupações do sociólogo é que não existe hoje nenhum programa direcionado aos jovens. As crianças, em geral, são o principal foco das campanhas, mesmo assim de forma eventual. “Por mais que se eduque a criança, quando ela entrar na adolescência será influenciada pelo seu grupo. Por isso, é importante que as atenções estejam voltadas aos jovens, que a qualquer momento estarão no trânsito”, revelou.

Ainda segundo o sociólogo, há pelo menos duas lacunas nessa questão da educação do trânsito em todas as cidades brasileiras: a ausência de educação do trânsito nas escolas e o descaso com os jovens. “O Brasil está em um momento econômico favorável ao desenvolvimento. Quando esse jovem começar a ganhar dois salários, ele vai comprar uma bicicleta ou uma moto?”, questionou.

O consultor em educação do trânsito defende ainda que o processo educativo seja desenvolvido nas escolas. “Os órgãos de trânsito não têm estrutura para atuar em todas as escolas nos diversos níveis de ensino. Essa função é do educador que precisa ser capacitado. Os órgãos de trânsito podem fazer parceria nesse sentido”, explicou.

Também no Parque Dona Lindu, até amanhã, estará funcionando a 11ª Feira de Educação do Trânsito promovida pelo Detran. A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) levou ao evento o projeto “Cinema nas Escolas”, onde irá apresentar vídeos sobre educação no trânsito. E, a partir do dia 3 de outubro, o projeto irá percorrer as escolas da rede municipal.

O gerente de Educação para o Trânsito da CTTU, Francisco Irineu, explicou que é preciso usar as diversas linguagens de comunicação para se aproximar do mundo imaginário da criança. “Os filmes fazem um link com algumas fábulas da leitura das crianças, como Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, entre outros. No tema, esses personagens vivem situações de trânsito e ajudam a passar a mensagem para os estudantes”, afirmou. Segundo ele é importante educar a pessoa desde pequena. Agora sabemos que não só.