Caminho azul para o ônibus

 

Rio de Janeiro implantou faixa exclusiva no lado direito da via. Mesmo modelo que o Recife adotará. Foto - Fábio Costa DP.D.A.Press
Rio de Janeiro implantou faixa exclusiva no lado direito da via. Mesmo modelo que o Recife adotará. Foto – Fábio Costa DP.D.A.Press

Quando a cidade que tem a maior frota de veículos do país (7,5 milhões) decidiu que estava na hora de destinar pelo menos uma faixa para o ônibus, a ideia, embora estivesse longe de ser absurda, suscitou dúvidas quanto à eficácia e questionamentos de quem parecia ter “perdido” um pedaço que sempre foi seu.

Com 225 km de faixas exclusivas para o ônibus e sem muitos alardes e investimentos, a capital paulista deu um passo importante para o resgate da cidadania do transporte coletivo, que havia sido esquecida. Não só a iniciativa deu certo, como a proposta começa a ganhar corpo em outras cidades.

A capital pernambucana vai inaugurar sua primeira faixa exclusiva nos moldes do BRS, até o fim do ano. No Recife, o modelo ganhou o nome de Faixa Azul. “A nossa expectativa é que até março de 2014, a gente consiga implantar a faixa do ônibus em seis corredores na cidade”, afirmou o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga.

A primeira experiência na cidade é a da Avenida Mascarenhas de Morais, Zona Sul da cidade, onde há expectativa de aumento de até 35% na velocidade dos ônibus. Também estão previstas faixas nos corredores da Avenida Domingos Ferreira e Conselheiro Aguiar. “Nestes dois corredores, nós estamos incluindo também as avenidas Herculano Bandeira e Antônio de Góes, que fazem a interligação natural”, explicou a presidente da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), Taciana Ferreira.

Também estão previstas faixas exclusivas nas avenidas Abdias de Carvalho, Recife e Beberibe. Elas serão implantadas em 56 km de vias. Em 2014, a capital pernambucana também vai contar com 33 km do corredor Norte/Sul e 12 km do Leste/Oeste, ambos do sistema BRT. Hoje, a cidade tem 39,5 km de faixas segregadas, incluindo trechos que estão sendo incorporados aos corredores do BRT.

A faixa da direita, permite que o carro entre no corredor do ônibus apenas para acessar vias locais ou lojas. Automóveis não podem circular na faixa. De acordo com o gerente de operações de tráfego da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET), Tadeu Leite Duarte, técnicos de Curitiba foram conhecer o modelo da faixa exclusiva no lado direito da via. “Eles vieram estudar a possibilidade de implantar uma faixa à direita nos corredores onde já circula o BRT”, revelou.

Não é só Curitiba que quer pegar carona, o Rio de Janeiro também está apostando na mesma proposta de uma faixa para o ônibus no lado direito, que lá é chamada de Bus Rapid Service (BRS) — Serviço Rápido por Ônibus, em tradução livre. “Está fazendo muito sucesso aqui. Nós estamos tendo um aumento de 20% na velocidade operacional dos ônibus, apenas por priorizá-lo na faixa. Não é nem uma via segregada”, explicou Alexandre Sansão, subsecretário de Transportes.

Acompanhe aqui o 3º vídeo da série Livre Acesso

8 Replies to “Caminho azul para o ônibus”

  1. Vias expressa para Coletivos são necessárias. Vejamos Avenida Mascarenhas de Morais, Eng.Domingos Ferreiras e com demais Avenidas
    do Grande Recife, se faz necessário que os Coletivos teriam que ter Portas nos lados esquerdo e lados direito.Ex.na Imbiribeira tem o canteiro central, em determinada partes do canteiro construísse paradas, assim como em
    outras Avenidas, sem danifica totalmente a vegetação nela existente.
    Haveria menos custos.Atualmente os nosso Coletivos só tem Portas no
    lado direito.Fazia uma parcerias com os Encarroçador como a Comil,
    Mascarello, Caio, e outras, para adaptar atuais Coletivos.
    Os próximos Coletivos adqueridos pela Empresa já vir com as Portas
    adequados para o nosso sistema de Transportes Coletivos.

  2. Precisamos lembrar que a atitude de priorizar o ônibus é excelente porém de curto prazo. a solução para este caos é o metrô.

  3. 225 km de faixas para ônibus. mas com a”imprensa”que temos o importante é quem usa Carro(me refiro no caso de São Paulo). nossa sociedade tambem merece ter a imprensa irresponsavel que tem!

  4. por que falo isso? falo do”não é só pelos R$0,20″.esse foi um dos movimentos mais INFANTIS já vistos no país! como nossa imprensa não quer fazer debate sério,prefere a criancice. essas faixas exclusivas para ônibus é uma excelente idéia. mas pasmem,foi atacada pelo Jornal Estado De São Paulo.que prefere quem usa Carro!

  5. Deveriam colocar uma faixa exclusiva de ônibus no final do corredor Norte/Sul sentido Recife e inverso também,quando ela termina(e começa) depois do quartel,os ônibus vão pra o trafego mixto,perdendo a logica de rapidez!!! Colocando-se faixas exclusivas e câmeras para monitorar até o começo do outro corredor,beirando a Agamenon(e voltando sentido Paulista),com isso,aí sim vai ganhar mais rapidez…. Bem,essa é a logica não é??? Vamos ver.

  6. No Recife, o modelo ganhou o nome de Faixa Azul. “A nossa expectativa é que até março de 2014, a gente consiga implantar a faixa do ônibus em seis corredores na cidade”, afirmou o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga.

  7. O problema que parecer até ter melhorado, mas só melhorado não foi o suficiente nem para Rio e nem SP ainda..temos que entender que o problema está na operação diária e fiscalização que é cega, as informações de usuários é bem diferente apesar de melhorar, temos que melhorar o transporte coletivo como um todo, não apenas com faixas, mas horários cumpridos, conforto, informação, etc..etc..existe muito a melhorar, mesmo com BRS no Rio de Janeiro existem milhares de problemas, mas a operação é cega por falta de fiscalização por isso a insatisfação com transporte público existe e não é pequena nestes estados. Visitem as integrações, andem nos ônibus, esperem eles nas paradas e vão perceber que não melhoramos nem 10% somos uma operação sem monitoria. Não adianta tecnologia sem manutenção, sem fiscalização, sem acompanhamento da operação e este acompanhamento não pode ser apenas de um lado(Governo).