Acidentes com motos são os que mais deixam sequelas

Campanhas por mais segurança no trânsito saem das ruas para internet. Com a meta de diminuir o número de vítimas, principalmente de motociclistas, um portal com informações sobre leis, pesquisas e indicadores foi lançado pela Frente Parlamentar do Trânsito Seguro, da Câmara dos Deputados.

O presidente da frente, o deputado federal Hugo Leal (PSC-RJ), autor da Lei Seca que prevê punições mais rigorosas para quem dirige sob efeito de bebida alcoólica, disse que os acidentes com carros estão diminuindo no país, mas os que envolvem motociclistas estão aumentando, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal.

“O desafio hoje chama-se motocicleta”, disse Leal. “A motocicleta, mais que o álcool e a direção, se tornou um grande fornecedor, no sentido negativo, de sequelados, lesionados e mortos no trânsito. Na mesma progressão das vendas [de motos], cresce o número de vítimas”, ressaltou.

Com o novo portal, o deputado espera receber mais contribuições para projetos de lei a fim de obrigar o uso de equipamentos para motociclistas e aumentar a fiscalização. “Em algumas regiões, dos grandes centros a pequenas cidades, o motociclista usa um chinelo, uma bermuda, uma camiseta regata e, quando muito, um boné”, declarou, ao lembrar da obrigatoriedade do capacete.

Com informações da Agência Brasil

Detran faz leilão de carros e motos

 

A partir desta terça-feira (5), o Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE) abre visitação aos 350 lotes que serão oferecidos no I Leilão de veículos apreendidos de 2012, que acontecerá no dia 16 de junho, às 9h, no Clube Português, nos Aflitos. O edital e as informações podem ser checados através do www.lancecertoleiloes.com.br e (81) 3325.1420.

Os carros e motos que serão leiloados foram apreendidos por irregularidades e não retirados pelos proprietários dentro dos prazos estabelecidos pela lei. Em relação às condições de uso dos veículos recolhidos há os recuperáveis, que poderão voltar a circular e os não-recuperáveis ou sucatas, cuja utilização está destinada ao reaproveitamento de peças e partes metálicas.

Os interessados em realizar a vistoria aos automóveis e motocicletas deverão comparecer no pátio do Leiloeiro Oficial, que fica na Rua Dois de Julho, nº 91, no bairro de Santo Amaro, Recife, das 9h às 12h e das 14h às 16h, ou no Depósito de veículos da CIRETRAN de Caruaru, localizado no Pólo Comercial da cidade, Rodovia BR 104, em Nova Caruaru, das 8h às 13h.

Podem participar pessoas física, ou jurídica que, no ato do arremate, deverão apresentar documentos como CPF ou CNPJ. É vedada a participação de menores de idade, servidores e funcionários a disposição do órgão.  O pagamento é à vista, no ato do arremate, ou, 30% em espécie, que corresponderá à caução, e o complemento no prazo máximo de 72 horas.

O montante arrecadado com o Leilão serve ao pagamento de dívidas dos veículos apreendidos. Quem arrematar os bens, retira os automóveis ou motocicletas sem quaisquer multas, tendo apenas que arcar com o Licenciamento 2012. Após o pagamento dos débitos e as custas processuais, o resíduo restante – caso haja – é creditado em benefício do proprietário anterior do veículo.

Calendário de Retirada – Os bens adquiridos poderão ser retirados a partir do dia 22 de junho de 2012 das 8h às 13h, no pátio da CIRETRAN de Caruaru e das 8h às 12h e das 14h às 16h para veículos que estiverem no pátio do Leiloeiro Oficial. Será necessária a comprovação da quitação do lote arrematado. O prazo máximo para retirada do veículo irá até o dia 26/06. Em caso de vários lotes adquiridos por uma só pessoa, todos poderão ser retirados de uma só vez, valendo a numeração do primeiro lote.

Leilões contribuem para retirada de sucatas das ruas – nos últimos dez anos, o Detran já retirou mais de cinco mil veículos das ruas através dos leilões públicos e pelo menos a metade destes é considerada ‘sucata’. Nos leilões, eles são arrematados para reaproveitamento das peças. O que boa parte da população desconhece é que o veículo não pode ser abandonado por falta de uso, pois o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê que o proprietário de veículo irrecuperável, ou definitivamente desmontado, deverá requerer a baixa do registro. Confira o que diz a lei:

Art. 240 – Deixar o responsável de promover a baixa do veículo irrecuperável ou definitivamente desmontado:

Infração – Grave (5 pontos na CNH)

Penalidade – Multa ( R$ 127,69)

Serviço

Detran promove primeiro leilão de veículos apreendidos de 2012

Visitação

Recife – Pátio do Leiloeiro Oficial

Local – Rua 2 de julho, 91 – Santo Amaro

Horário – 9h às 12h e 14 às 16h

Caruaru – Rodovia BR-104, nº 62.000 – Nova Caruaru (Depósito de veículos apreendidos da CIRETRAN)

Horário: 8h às 13h

Leilão – 16 de junho

Horário – 9h

Local – Clube Português (Avenida Rosa e Silva, 172 – Aflitos)

O edital e as informações podem ser checados através do www.lancecertoleiloes.com.br e (81) 3325.1420.

 

Fonte: Detran -PE

Cantor Leonardo faz campanha de trânsito para o Ministério das Cidades

O cantor Leonardo será o protagonista de duas campanhas publicitárias do Ministério das Cidades para alertar os motoristas sobre os riscos de acidentes nas ruas e estradas, durante os feriados de Corpus Christi e São João. A ideia é levar os motoristas a refletir sobre o comportamento que devem adotar ao volante, a partir do drama vivido pelo cantor com o acidente do seu filho, Pedro Leonardo. “É preciso evitar que outras famílias sofram drama semelhante ao do cantor Leonardo”, disse o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro.

As primeiras peças serão veiculadas a partir desta segunda-feira (04/06) até o dia 11/06, em todo o país, com foco no feriado de Corpus Cristi. Com o slogan “A dor de um acidente pode durar para sempre”, a campanha traz o depoimento de Leonardo sobre o sofrimento de ver um familiar envolvido num acidente de trânsito. “O meu filho sofreu um acidente porque estava dirigindo cansado depois de um show. Todos nós estamos sujeitos a este risco. Não estou aqui dando lição para ninguém, mas a gente só para pra pensar quando acontece com a gente”, disse Leonardo no vídeo.

A segunda campanha será veiculada nas regiões Norte e Nordeste e trará a temática das festas juninas, período em que tradicionalmente há aumento do número de acidentes, devido ao consumo de bebida alcoólica pelos motoristas. Os dados da Polícia Rodoviária Federal mostram que o fluxo de veículos aumenta 80% durante as festas juninas de Caruaru (PE) e Campina Grande (PB).

O período da campanha para o São João será de 12 de junho a 30 de junho. “Nossa intenção é provocar uma reflexão sobre as consequências dos acidentes de trânsito. Fazer com que cada pessoa pare, pense e mude sua atitude ao volante”, disse o ministro Aguinaldo Ribeiro.

As duas campanhas fazem parte do Pacto Nacional pela Redução de Acidentes (Parada), lançado há um ano pelo Ministério das Cidades, por meio do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). O Parada é a resposta do governo brasileiro à resolução das Nações Unidas, que determinou o período de 2011 a 2020, como sendo a Década pela Segurança no Trânsito.

O trânsito é a principal causa da mortalidade de jovens de 15 a 29 anos em todo o mundo. Por conta disso, as duas campanhas tem como foco o drama de Pedro Leonardo, 24 anos, e da sua família. Leonardo não cobrou cachê para fazer as campanhas. As peças podem ser vistas na página do ministério www.cidades.gov.br e serão veiculadas em televisão aberta, fechada, rádios, mobiliários urbanos, táxidoor, busdoor, outdoor e principais portais da internet. Também em postos de gasolina e pedágios.

Números
Os números da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostram que houve uma inversão da curva estatística dos acidentes de trânsito nas rodovias federais do país a partir das campanhas publicitárias lançadas em 2011. Durante o feriado de Corpus Christi de 2011 foram registrados 2.073 acidentes (menos 5%), com 1.232 feridos (menos 9%) e 85 óbitos (menos 35%). Em 2010, a PRF atendeu 2.181 acidentes, com 1.357 feridos e 131 mortes no mesmo período.

Durante o feriado de Corpus Christi de 2011, o Espírito Santo registrou o maior índice de queda de mortes no trânsito, caiu de 11 para duas (82%), seguido da Bahia e de Pernambuco que reduziram de 13 para quatro (69%) e Minas Gerais, de 24 para 14 mortes (49%). No Amazonas, Amapá, Tocantins e Roraima, nenhuma morte foi registrada. Já em Alagoas, Acre, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí, houve somente uma ocorrência com morte registrada no mesmo período.

Com informações da Assessoria de Imprensa (Via Portal do Trânsito)

Caminhões a todo vapor

Coluna Mobilidade Urbana – publicada no dia 04.06.12 no Diario de Pernambuco

Por Tânia Passos

Há uma certa mudança na lógica da mobilidade nas rodovias que cortam o estado.A presença de caminhões de carga é uma constante, mas o que chama a atenção é o lado por onde eles trafegam. Aquela história de que carro lento deve seguir na pista da direita parece que não se aplica mais a eles. Um exemplo é a BR-232.

Depois de trafegarem com excesso de carga e danificarem o pavimento da pista direita, os pesados só querem saber de ficar na pista esquerda, que, em  tese, é para os veículos leves e de maior velocidade. Mas o que vemos são caminhões e carretas disputando a primeira posição pela esquerda. Não é raro, eles ocuparem as duas faixas na corrida para passar na frente. Então é salve-se quem puder.

Não é de se estranhar, que mesmo com a duplicação da BR-232, os acidentes com esses veículos ainda sejam tão freqüentes. Talvez estivesse na hora de se estudar a limitação da velocidade de acordo com a carga. Na BR-232, há pelo menos três modalidades de velocidade: 60 km/h, 80 km/h e 100 km/h. Mas não há diferenciação entre caminhões de carga e veículos leves. Em São Paulo, na marginal Tietê, o limite dos caminhões passou de 90 km/h para 70 km/h. Se não há limite diferenciado para os caminhões de carga, a fiscalização fica de mãos atadas.

Outra medida mais drástica seria limitar a velocidade, já a partir da fabricação. Não sei as implicações legais, mas que resolveria grande parte dos exageros, isso resolveria. Pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), nas vias de trânsito rápido, os caminhões de carga podem trafegar a uma velocidade  máxima de 90 km/h, mas os órgãos responsáveis podem estabelecer limites de acordo com as características de cada via. Independente da sinalização, os caminhões de conseguem imprimir uma velocidade acima dos 90 km/h e alguns  modelos chegam a ultrapassar os 100 km/h. Não é preciso entender muito de física para saber que frear um carro pesado em alta velocidade não é nada fácil, melhor sair da frente. E eles com certeza estão a todo vapor.

Montadoras deixarão de vender carros para vender mobilidade. Essa é boa!

Diretor da PwC afirma que automóvel é solução de transporte para parcela da população, e que trânsito caótico das grandes cidades se deve mais à infraestrutura deficiente do que à quantidade de veículos

Fabricantes de veículos se reuniram na capital paulista na segunda-feira (28) para discutir a sustentabilidade do automóvel. Representantes da Fiat, Volkswagen, Honda e GM, entre outras, demonstraram em números e slides como as montadoras estão se esforçando para aumentar a eficiência dos motores, reduzir emissões de gases estufa, melhorar processos industriais, minimizar resíduos e ampliar a reciclagem dos veículos.

No entanto, o impacto do carro sobre o trânsito das grandes cidades não fez parte do debate. Por isso, a Rede Brasil Atual conversou com Ernesto Cavasin, diretor da empresa de consultoria PwC, que abriu o seminário da indústria automobilística lembrando a importância da sustentabilidade e apontando tendências do mercado. “No futuro, as montadoras deixarão de vender veículos para vender mobilidade”, diz o analista. “Há limites no quanto você pode crescer.” Só que no curto prazo, segundo ele, dificilmente as empresas deixarão de mirar o volume de vendas como objetivo a ser alcançado.

Ernesto Cavasin acredita que combater o trânsito caótico das metrópoles brasileiras dificultando a produção de automóveis é “tampar o sol com a peneira”. Por isso, elogia a recente desoneração fiscal concedida pelo governo federal à compra de veículos. O problema da mobilidade descansa sobre a infraestrutura e o sistema de transportes públicos, que devem ser melhorados independentemente do desempenho da indústria automobilística. “A mobilidade é uma necessidade das pessoas”, lembra. “Elas devem ter o direito e condições de escolher como satisfazê-la, individual ou coletivamente.”

Você propõe que, no futuro, as montadoras deixem de vender veículos para vender mobilidade. Na prática, o que você quer dizer?

A indústria do automóvel passará por mudanças. Uma das soluções de transporte que pode ser um bom negócio é a mobilidade. Há limites no quanto você pode vender e crescer. Esse limite está longe de ser alcançado, mas existe. Não acredito que vamos deixar de vender carros, até porque o carro, em diversas sociedades, é um símbolo de status. Mas soluções diferenciadas e serviços serão agregados ao negócio. Um dos nichos que está surgindo é o que se chama de zipcar: você pega o carro num ponto da cidade, deixa em outro ponto duas horas depois e, ali, outra pessoa vai pegar o carro, levar pra outro canto e assim por diante. O próprio carro tem uma mobilidade e você buscará o mais próximo de você.

Isso supõe uma mudança no modelo de negócios das montadoras? Deixar de pautar-se por vendas cada vez maiores?

Não acredito que no curto prazo migraremos para um modelo diferenciado, mas parte do crescimento das montadoras e da indústria virá de soluções diferenciadas. As montadoras continuarão produzindo e vendendo e tendo seus consumidores fiéis. O que vai agregar valor são novos tipos de serviços que façam crescer o negócio. Isso vai depender da estratégia de cada empresa.

As montadoras têm se dedicado a reduzir o impacto ambiental de seus veículos, mas evitam discutir o impacto da venda cada vez maior de carros no trânsito das cidades.

Você não vai resolver o problema do engarrafamento tentando não vender mais carros. Pode até ajudar, mas não é a melhor maneira. A mobilidade é uma necessidade do ser humano, e o usuário irá buscá-la de uma maneira ou de outra. Daí que o problema esteja na falta de políticas públicas para sanar os problemas de mobilidade, e não na venda de carros. Há dez anos, Londres teve de restringir o acesso de veículos e cobrar taxas altas de pedágio. Em Berlim e Munique, se reduziu a oferta de estacionamentos no centro. Mas, ao mesmo tempo, elaboraram políticas eficientes de transporte público.

A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a venda de carros não acabará piorando o trânsito?

Com mais carros, há mais problemas. Mas a questão principal é a infraestrutura. O que o governo está fazendo ao reduzir o IPI é estimular a economia, e com a economia estimulada você consegue recursos para melhor executar políticas públicas. A mobilidade urbana é resultado de melhores estrutura viária e transporte público. Não adianta achar que a solução é diminuir ou restringir o acesso da população ao carro. Isso é tampar o sol com a pereira. O que se tem de fazer é dar condições para a população ter acesso a bens de consumo e a uma melhor qualidade de vida, ao mesmo tempo criando infraestrutura para que o bem comum seja preservado.

Como a indústria encara o desinteresse dos jovens pelo carro, que já é realidade em alguns países desenvolvidos?

O gosto vai de cada pessoa. Já o transporte e a mobilidade são necessidades básicas da sociedades, em qualquer lugar do mundo. Quando você traz um sistema público eficiente, você resolve parte do problema da mobilidade. Quando o transporte público não é eficiente, a pessoa tem de buscar soluções para sua mobilidade. É o caso do Brasil. Em São Paulo, temos uma malha de transporte público razoável, mas que necessita melhorias. Enquanto elas não vêm, as pessoas buscam alternativas. As motos, por exemplo. É um veículo automotor mais barato, mais acessível e que atende às necessidades de muita gente. Para algumas pessoas, o veículo acaba se tornando uma necessidade. A indústria automobilística acaba exercendo um papel importante ao viabilizar a mobilidade. E o governo facilita reduzindo impostos.

É equivocado o uso diário que se faz do carro em São Paulo?

O dono do carro tem toda a liberdade para escolher se usará seu veículo semanalmente ou diariamente. Em geral, quando a pessoa opta por um veículo próprio, ela leva em conta diversas questões. Primeiro, conforto e facilidade. É mais confortável você ir no seu carro do que, por ventura, num ônibus lotado. Depois, tem a economia de tempo e a praticidade. Mesmo com os problemas de trânsito que temos em São Paulo, ainda é mais rápido e confortável ir de carro na maioria dos casos. Porém, há pessoas que acham mais confortável ir de ônibus ou metrô, tranquilo, lendo um livro. A pessoa tem direito a optar, e deve haver infraestrutura para que ela possa exercer esse direito.

É sustentável todo mundo ter um carro em São Paulo?

Não podemos misturar sustentabilidade com praticidade. Não é prático e aplicável todo mundo ter um carro em São Paulo, porque não temos infraestrutura pra isso. Sustentabilidade é outra coisa. Pra saber se não é sustentável precisaríamos fazer análises maiores. O carro traz problemas hoje por falta de infraestrutura. Mas, o carro é um problema? Não. As decisões, a infraestrutura, o modelo de crescimento e desenvolvimento sem planejamento adequado é o que traz um problema – não o produto.

Fonte: Rede Brasil Atual

 

Para driblar o trânsito, carro na garagem e moto na rua

Diario de Pernambuco

Por Tânia Passos

Não importa se o trânsito está parado. A moto abre espaço e consegue imprimir sua própria velocidade. A autonomia do veículo de duas rodas no trânsito é uma realidade que vem sendo percebida, principalmente, por quem está sendo deixado para trás no carro. Não por acaso, é cada vez maior o número de motoristas que estão optando em migrar para a motocicleta nos deslocamentos diários e deixando o carro para outras ocasiões, como os finais de semana, por exemplo. Essa, na verdade, deveria ser a lógica para o transporte público. Mas é a moto que está ganhando terreno.
Em Pernambuco, cerca de 34,3% dos condutores têm habilitação para carro e moto e se reunirmos todas as outras categorias, incluindo caminhões, ônibus ou mesmo trailler, esse percentual sobe para 54,5% dos condutores, que se habilitaram também para pilotar moto, uma espécie de plano “B” do trânsito. E elas vieram mesmo para ficar. Dos 2 milhões de veículos no estado, quase 800 mil são motos. Na década de 1990, tínhamos pouco mais de 30 mil em todo o estado. Até 2000, o número era de 144 mil.
O técnico em produção Rodrigo Silva, 26 anos, não pensou duas vezes antes de comprar uma moto para fazer os serviços externos e deixou o seu Corsa na garagem. “Além de mais econômica, eu consigo ganhar tempo. O carro eu só uso nos finais de semana”, revelou.
O psicólogo Armando Oliveira, 45 anos, também trocou o carro pela moto. “A diferença de tempo é absurda. Eu uso basicamente a moto nos deslocamentos. O carro apenas para viajar ou fazer feira”, explicou. O professor e membro da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP) César Cavalcanti fala com preocupação dessa migração para as motos. “Na verdade as pessoas optam pela percepção que elas têm de que a moto é mais veloz. E, de fato, ela é. Se não fosse tão suscetível a acidentes, eu também faria essa escolha”, revelou o professor.

Acidentes

E a preocupação com a segurança é um ponto que precisa ser levado em conta pelos motociclistas. Em 2010, o estado computou 644 mortes em acidentes com moto. De acordo com o coordenador do Comitê de Prevenção de Acidentes de Moto em Pernambuco, o médico João Veiga, cerca de 25% dessas mortes poderiam ter sido evitadas com o uso correto do capacete. “Cerca de 25% das lesões eram na cabeça e o motociclista ou não usava o capacete ou usava sem fechar corretamente”, revelou.
No primeiro balanço das ações do comitê, referente aos primeiros seis meses (segundo semestre/2011), houve uma queda na redução dos acidentes. Segundo o médico João Veiga foram analisados dois pontos: Hospital da Restauração (HR) e Instituto de Medicina Legal (IML). “No HR houve uma redução de 21% no número de atendimentos na emergência e uma redução de 12,7% das mortes registradas no IML em decorrência de acidente de moto”, afirmou o médico. De acordo com o João Veiga, os avanços ainda são tímidos. “Com essa migração de quem tem carro e agora está comprando moto, as nossas preocupações só aumentam”, revelou.

 

Porto Alegre melhor acessibilidade para cadeirantes

 

 

O entorno dos domicílios particulares de Porto Alegre (RS) é o que possui maior acessibilidade para cadeirantes do País. A informação é de estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) divulgado na última sexta-feira (25). De acordo com o levantamento, as áreas ao redor de 23,3% dessas casas possuem rampas para cadeirantes. Número bem superior a média nacional, que é de 4,7%.

O estudo levou em consideração apenas as cidades com mais de 1 milhão de habitantes. Assim, o segundo município com mais acessibilidade no entorno das casas é Brasília, com 16,5%; seguida por Curitiba, com 12,2% e Goiânia, com 10,2%.

Na contramão, Fortaleza (CE) teve o menor índice, com 1,6%. Em seguida, São Luís (MA) registrou apenas 1,9% das casas com rampas para cadeirantes no entorno.

O estudo do IBGE analisou 47.264.208 dos 48.759.012 domicílios urbanos do Brasil — o que representa 96,9% do total de imóveis particulares em área urbana. Segundo o Instituto, não foi investigado o entorno das casas que ficam em aglomerados irregulares como favelas e outras comunidades de baixa renda.

 

Fonte: Mobilize

Para as montadoras ainda há espaço para motorização no Brasil

 

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) espera vender 3,77 milhões de carros novos em 2012. Isso graças às reduções do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciadas pelo Ministério da Fazenda na última segunda-feira (21), em Brasília.

A medida foi comemorada pelo setor. Em teoria, a desoneração fiscal pretende incentivar o consumo interno e segurar o crescimento econômico do país. Um de seus efeitos práticos e imediatos, porém, será desafogar o estoque das montadoras. Nos pátios, atualmente, há 366 mil automóveis parados, esperando compradores. Mas não foram só os empresários que ficaram felizes com o anúncio do ministro Guido Mantega. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC também festejou a iniciativa. A indústria automobilística brasileira emprega diretamente 145 mil trabalhadores, e o empurrãozinho nas vendas – que iam mal – deverá evitar demissões em massa.

Em entrevista à Rede Brasil Atual, a Anfavea, por meio de sua assessoria de comunicação, defendeu a ideia de que há espaço para uma maior “motorização” do Brasil. Se comparamos a quantidade de carros por habitante circulando no país com outras nações do mundo desenvolvido ou emergente, as vendas poderiam dobrar facilmente. Em 2020, as montadoras estimam que o mercado automobilístico brasileiro – que já é o quarto maior do mundo – deverá atingir a marca de 6 milhões de vendas ao ano. De acordo com levantamento do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), existem 35 milhões de veículos acelerando pelas ruas e estradas brasileiras.

 

Em quantos dias está o estoque das montadoras? Com a redução do IPI e IOF, em quanto tempo a Anfavea acredita que será liquidado?

O estoque de veículos nas fábricas e nas concessionárias em 30 de abril era de 366 mil veículos, equivalente a 43 dias de vendas. As novas medidas de estímulo ao setor automotivo, válidas até 31 de agosto próximo, deverão impactar positivamente no mercado de veículos, com redução direta dos preços dos produtos ao consumidor e disponibilização de maior volume e maior acessibilidade de crédito para o financiamento das compras. Mais do que reduzir estoques, as medidas objetivam a retomada do ritmo de mercado e do crescimento nos próximos meses.

A soma das reduções de IPI e dos descontos sobre os preços de lista oferecidos pelas montadoras como contrapartida representará redução de aproximadamente 10% nos preços dos veículos 1.0; de 7% nos preços dos veículos flex com motor entre 1.0 e 2.0;  e redução de 4% para os veículos comerciais leves. A disponibilização de recursos de depósito compulsório dos bancos para a comercialização de veículos, a redução do IOF nas operações financeiras, bem como a flexibilização dos financiamentos concorrerão para destravar o crédito ao consumidor final.

A expectativa da Anfavea é de que, com as novas medidas, possa ser revertido o atual momento de queda e de indefinição do mercado de veículos, restabelecendo-se a dinâmica do consumo e da produção automotiva no país. As previsões iniciais para este ano são de um mercado interno de 3,8 milhões de veículos e produção de 3,49 milhões de unidades.

 

O presidente Cledorvino Belini fala que ainda há espaço para a “motorização” do Brasil? Por quê? Como isso se daria?

A afirmação de que ainda há espaço para o incremento da taxa de motorização no Brasil tem a ver com a relação habitantes/veículo no país. Enquanto nos países da Europa Ocidental e no Japão essa relação gira em torno de dois (um veículo para cada dois habitantes), e nos Estados Unidos tende a uma relação de um por um, temos no Brasil uma relação da ordem de 6,5.

Podemos comparar tal relação com a de países de status econômico e social equivalente ao nosso, como, por exemplo, com Argentina,4, e México, 3,6.  Dessa forma, e considerando a população brasileira e as perspectivas de desenvolvimento econômico e social do país, projeta-se um potencial do mercado brasileiro em 2020 da ordem de 6 milhões de veículos/ano. Ou seja, o Brasil deve continuar como um dos maiores mercados automotivos do mundo no futuro (hoje somos o quarto). Mas não queremos ser apenas um grande mercado, mas também um destacado produtor automotivo global.

 

A Anfavea previa demissões caso o IPI não fosse reduzido? Com a redução do IPI, as demissões ou férias coletivas estão suspensas?

A Anfavea não faz previsões sobre emprego, assunto restrito a cada empresa. A entidade registra o número de emprego, o que faz em caráter regular, com ritmo mensal. Hoje estão empregados nas montadoras 145 mil pessoas. Considerando-se os empregos nas empresas fornecedoras de autopeças, na rede de concessionárias, centros de serviços etc., mais de 1,5 milhão de pessoas têm seus empregos ligados ao setor automotivo.

 

Como a redução do IPI impactará nas vendas? Quantos veículos mais a Anfavea prevê que serão vendidos?

Certamente, a redução do IPI e demais medidas de destravamento de crédito, considerando ainda os descontos de preços ofertados pelos fabricantes, terão impacto positivo nas vendas. Ainda é cedo para quantificar tal impacto favorável, mas se pode dizer que é certo que venha a ocorrer. As projeções da Anfavea para 2012 são de vendas internas de 3,77 milhões de veículos, crescimento de 4% a 5% sobre 2011.

 

As medidas de incentivo do consumo darão tão certo como em 2008/2009?

Os precedentes de medidas dessa natureza permitem sustentar que a estrutura do incentivo terá impacto favorável nas vendas e, em consequência, na produção.

 

Quais as consequências do aumento de veículos particulares circulando pelas cidades brasileiras?

A questão da mobilidade urbana não deve ser vista a partir de um ou outro aspecto isoladamente, como a quantidade de veículos nas ruas, que são apenas a parte mais visível do problema. A mobilidade urbana deve ser vista a partir de um conjunto de fatores: quantidade de veículos, transporte individualizado, transporte público eficiente, adensamento residencial e populacional, infraestrutura viária, engenharia de trânsito, planejamento urbano e o uso racional do automóvel, além da educação do consumidor.

O veículo dos anos futuros será muito mais avançado na performance, design, dirigibilidade, conectividade, funcionalidade, eficiência energética, emissões baixas ou zeradas, segurança, acessibilidade, manutenção e reciclabilidade no descarte. A equação automóvel – meio ambiente – mobilidade urbana será construída com produtos corretos e avançados por parte da indústria, com legislações, planejamento urbano e políticas públicas, pelo poder de Estado, e com disciplina e respeito às leis por parte do consumidor.

Fonte: Mobilize (www.mobilize.org.br)

 

Um paraciclo simples e prático

 

Para uma cidade ser considerada boa e adaptada aos ciclistas, ela precisa ter boa estrutura para o estacionamento das bicicletas.

Pensando nisso,a empresa britância CycleHoop criou um paraciclo bem simples e fácil de ser instalado em qualquer poste de iluminação, sem a necessidade de grandes obras de infraestrutura para a ampliação das vagas de bicicleta na cidade.

A empresa faz uma série de modelos de paraciclos, desde os mais tradicionais até os  paraciclos em formato de carro, que ocupam uma vaga e mostram o espaço que várias bicicletas economizam nas ruas.

Mas o paraciclo mais legal é o que leva o nome da empresa, CycleHoop. A vantagem deste tipo de paraciclo é sua facilidade de instalação, ele pode ser conectado a qualquer poste e comporta duas bicicletas estacionadas sem problemas.

Fonte: Eu Vou de Bike