Mais rigor na legislação de trânsito

Aos 14 anos, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é considerado uma das legislações de trânsito mais completas do mundo. Mas quando se trata de punir motoristas que causam vítimas ao dirigirem embriagados ou em alta velocidade e que acabam sendo enquadrados, na maioria dos casos, em homicídio culposo (sem intenção de matar), frustra parentes das vítimas, que esperam uma justiça mais rigorosa.

Em São Paulo um grupo de manifestantes fez um protesto silencioso para pedir  mudanças na legislação. Eles defendem que a lei de trânsito seja mais rigorosa na punição desse tipo de motorista.

No último dia 17 de setembro, mãe e filha morreram atropeladas na Zona Oeste de São Paulo. No local do acidente os manifestantes vestidos de camiseta branca levaram flores. Além da homenagem às vítimas, o ato teve objetivo de deflagrar uma campanha contra a impunidade e incentivar uma mudança no comportamento da sociedade.

Os manifestantes pretendem colher l,3 milhão de assinaturas para apresentar um projeto de lei de iniciativa popular para a revisão do Código Nacional de Trânsito.

 

Você liga a seta na mudança de faixa?

Nem sinal de faixas. Ninguém respeita ninguém.

Está no Código de Trânsito Brasileiro :  antes de qualquer manobra o condutor deve verificar as condições do trânsito e saber posicionar-se na faixa e sinalizar suas intenções. Isto é ligar a seta antes de mudar de faixa, por exemplo. Nem todos fazem isso.

Aliás, o simples ato de ligar a seta antes de fazer a manobra iria ajudar muito os motociclistas. Segundo eles, essa é uma das causas mais comuns de acidente com moto. O motorista muda de faixa, sem sinalizar e o motociclista acaba colidindo com o carro.

Mas há também outra questão a ser levantada: nem todas as vias têm sinalização horizontal, o que acaba prejudicando e muito o direcionamento dos motoristas. Um exemplo de desorganização de faixa, ou melhor, da falta dela, ocorre na Avenida Sul, uma importante rota de fuga da Zona Sul para o centro do Recife, mas que ainda funciona precariamente. Para que o motorista cumpra as normas é preciso, no mínimo, que a sinalização esteja correta.

Acidente de trânsito com registro pela internet

Pernambuco bem que poderia copiar essa ideia: Em São Paulo, os motoristas que se envolverem em acidentes de trânsito sem vítimas,  podem registrar a ocorrência pela internet, por meio da Delegacia Eletrônica da Polícia Civil.

Quem não tiver acesso à rede pode continuar registrando as ocorrências nas unidades da Polícia Militar. Somente no Recife são registrados uma média de 30 a 40 acidentes por dia

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o objetivo da medida é proporcionar mais conforto aos motoristas e reduzir as demandas nas unidades da PM que atualmente fazem esse tipo de registro.

No ano passado, o CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito) registrou 143.788 ocorrências de acidentes de trânsito sem vítimas.

Além dessas ocorrências, a Delegacia Eletrônica registra furto de veículos, desaparecimento e encontro de pessoas, furto e perda de documentos, celulares e placas de veículos.
No registro online, o motorista deverá informa local, horário e endereço da ocorrência e indicar o tipo de acidente – choque, colisão, capotamento, engavetamento ou tombamento. Depois, deve cadastrar os dados das pessoas e veículos envolvidos. Por último, o motorista deve narrar como ocorreu a ocorrência.

De acordo com a SSP, a delegacia eletrônica, criada em 2.000, é responsável pelo registro de 23,3% dos boletins de ocorrência. Em 2010 foram mais de 580 mil ocorrências registradas por meio dessa ferramenta.

Fonte: R7

 

Acidente com quadriciclo mata uma pessoa

 

 

Acidente com quadriciclo no Janga, Paulista

A falta de respeito às leis de trânsito faz mais uma vítima. Trafegar com quadriciclos em vias urbanas é proibido pela legislação. O condutor do quadriciclo não só desrespeitou a lei, como também arriscou ultrapassagens. Infelizmente pagou com avida. Veja os detalhes na reportagem de Alice Souza.

 

Diario de Pernambuco

Por Alice Souza

 

Símbolo de diversão automobilística entre jovens de classe média e alta nas praias do litoral pernambucano e em condomínios privados do interior, o quadriciclo, veículo motorizado para uso off-road e agrícola, voltou a fazer uma vítima fatal nas estradas do estado.

Dessa vez, o carrinho considerado inofensivo por muitos pais foi a última aquisição do jovem Vitor Gomes de Lima Duarte, 20 anos. Na manhã de ontem, foi até uma oficina no bairro do Janga, em Paulista, buscar o automóvel.

Quando seguia para casa, na Avenida Carlos Gueiros Leite, ao tentar uma ultrapassagem, a vítima perdeu o controle do veículo, invadiu a faixa da esquerda e colidiu de frente com um ônibus da empresa Rodotur, placa KHN-5923, que fazia a linha Conjunto Praia do Janga.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu próximo à Ponte do Janga, por volta das 13h, e deixou um pedestre que passava pelo local ferido. Vitor seguia sentido Olinda. “Ele havia comprado o veículo de um comerciante da área. O aparelho estava aqui há 10 dias, para manutenção, pois havia sido pouco usado pelo antigo dono”, afirmou um funcionário da oficina.

Segundo o mecânico, que preferiu não se identificar, a vítima chegou ao local por volta das 11h, logo após o término dos serviços. “Recebemos uma ligação do rapaz liberando o quadriciclo. Pouco tempo depois, ele chegou e saiu dirigindo pela avenida”, contou o funcionário.

Testemunhas afirmaram ter visto o jovem tentar diversas ultrapassagens na via minutos antes da colisão. “Ele cortou um carro antes de entrar na ponte. Foi tudo muito rápido. Quando vimos, ele já estava cruzando as faixas e batendo no ônibus”, disse o proprietário de um ferro velho próximo ao local do acidente Luiz Felipe Wanderley, 27.

 

Havia cerca de15 pessoas dentro do coletivo, contou Luiz Felipe, que socorreu o pedestre ferido. “A frente do quadriciclo ficou destruída e o motorista, preso nas ferragens. Um senhor que passava na hora acabou pulando na ribanceira no momento do choque. Ele foi parar na água e estava arranhado no rosto”, contou.
Vitor ainda chegou a ser levado para o Hospital Miguel Arraes (HMA), onde deu entrada às 14h, mas faleceu no fim da tarde. De acordo com a assessoria de imprensa da unidade, o jovem sofreu três paradas cardiorrespiratórias. A outra vítima foi atendida no local do acidente.

Este não é o primeiro jovem que morre ao conduzir um quadriciclo neste ano em Pernambuco. Em junho, Bruno Nogueira, 15, faleceu quando perdeu o controle do veículo ao passar por uma lombada, no município de Gravatá. Ele estava circulando com um tio, próximo à BR-232. Com a queda, o veículo que pesa aproximadamente 400kg e pode chegar a 180 km/h, caiu em cima de Bruno.

 

 

 

Primeiro Plano de Enfrentamento dos Acidentes de Motos

Pela primeira vez, Pernambuco terá um Plano de Enfrentamento dos Acidentes de Moto. O governador Eduardo Campos e o secretário de Saúde, Antônio Carlos Figueira, irão apresentar nesta sexta-feira, as diretrizes e o cronograma do plano.

A meta do governo do estado é reduzir os acidentes pela metade em até 10 anos. E as ações terão como principais estratégias: as blitze e campanhas educativas. A preocupação é em razão do número de acidentes. Somente no ano passado, um total de 571 pessoas morreram e mais 8 mil atendimentos foram realizados nos hospitais públicos. A estimativa de custo, por paciente acidentado é de R$ 12 mil.

O plano foi elaborado pelo Comitê de Prevenção de Acidentes de Moto, que é coordenado pelo médico João Veiga. Na semana passada, o comitê passou a contar também com a representação dos Motociclistas. O estado tem hoje 96 motoclubes. Participa do comitê, o presidente do Motoclube Bodes do Asfalto, Aílton Martins Cezar.

As principais ações do comitê são:
– Aumentar a fiscalização dos motociclistas
– Aumentar o contigente de efetivo
– Treinar os agentes na abordagem com rigor na fiscalização
– Desenvolver campanhas educativas na mídia televisiva e escrita
– Conscientizar a população do cumprimento da legislação

De acordo com Aílton Martins, outra preocupação é identificar as causas dos acidentes. E para isso, haverá mudança nos boletins de ocorrência. “Hoje não se sabe quais os tipos de motos que mais sofreram acidente e também de que forma o evento ocorreu, se houve uma batida ou atropelamento. São informações importantes na definição das políticas públicas”, argumentou Aílton Cezar. O comitê também está fazendo um mapeamento dos locais com maior incidência de acidente.

O que você faria se atropelasse alguém?

Qualquer pessoa está passível de se envolver em um acidente de trânsito, seja como vítima ou causador do fato. E é difícil saber, com antecedência, como reagir em tal situação. É quase aquela lógica do assalto. Ninguém sabe ao certo como irá se comportar.

Mas há questões que estão intrísecas na nossa formação: a primeira delas é a ética. Afinal nós sabemos diferenciar, naturalmente, sobre o que é certo ou errado. Outro ponto é o conhecimento. E, nesse caso, talvez a formação dos motoristas devesse conter dicas de como as pessoas devem se comportar em um caso de acidente. Até mesmo com noções de primeiros socorros.

O que temos assistido, infelizmente, são notícias de motoristas que fogem sem prestar socorro. E o blog levantou essa questão: o que você faria se atropelasse uma pessoa?

71% das pessoas disseram que prestariam socorro

14% disseram que prestariam socorro, se fosse seguro

10% informaram não saber o que fazer. Cada situação é um fato

5% admitiram que fugiriam do local, por não saber qual seria a reação das pessoas

A enquete revela que a grande maioria afirma que se predispõe a fazer o socorro. E quase 30% condiciona a prestação do socorro à segurança pessoal. Nas duas situações fica claro, que não existe um modo padrão de comportamento. E saber como agir pode fazer toda a diferença na hora de salvar vidas.

 

 

 

Moto mata quase 50 pessoas por mês no estado

Em 2010, um total de 571 pessoas morreram vítimas de acidente de moto. O que significa uma média 47, 5 mortes por mês, 0u 11,8, por semana e 1,5 por dia. As que não morreram estão lotando as emergências dos hospitais. Na maior emergencia do estado, o Hospital da Restauração, dos 40 leitos do setor de traumatologia, 32 estão ocupados por vítimas de acidente de moto.

O tempo de internamento desses pacientes, em geral, é longo devido a gravidade dos ferimentos. Na 6ª edição do Fórum Desafios para o Trânsito do Amanhã, nesta terça, 13, na Sede dos Diarios Associados, no bairro de Santo Amaro, o aumento da frota de motos no estado e as suas consequências estão no foco da discussão. Nas duas últimas décadas, o aumento acumulado da frota superou a marca de 600%. O médico João Veiga, que já fez uma pesquisa sobre as vítimas de moto, que deram no HR, é um dos palestrantes do fórum.

Quem quiser participar do fórum pode se inscrever pelo telefone: 3320-2020, no horário comercial.

 

 

 

É crime não prestar socorro à vítima


A semana inicia com uma notícia triste da morte de um pedestre que foi atropelado e arrastado por cerca de 25 metros por um EcoSport . Não satisfeito, o motorista ainda passou por cima do corpo da vítima, o major José Vieira Bezerra, 51 anos, que tinha saído cedo de casa para caminhar.

O motorista fugiu sem prestar socorro. O acidente ocorreu no domingo, na Avenida Bernardo Vieira de Melo, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes. As câmeras dos edifícios conseguiram filmar a atrocidade  e são fundamentais para a polícia identificar o foragido.

O acidente serve de alerta sobre as responsabilidades no trânsito e o blog traz esta semana uma enquete sobre como o motorista deve se comportar em uma situação desse tipo.

Omissão de Socorro é um dos crimes previstos no Código Penal brasileiro, em seu art. 135. É o exemplo clássico do crime omissivo. Deixar de prestar socorro a quem não tenha condições de socorrer a si próprio ou comunicar o evento a autoridade pública que o possa fazê-lo, quando possível, é crime.

As armadilhas das bocas de lobo


Um risco constante para quem dirige nas vias urbanas é se deparar com bueiros no meio da rua. Eles são usados como pontos de inspeção de galeria pluvial ou caixas de visitas para técnicos das companhias telefônicas ou elétricas. A importância deles é indiscutível, mas a localização e a falta de manutenção se tornam verdadeiras armadilhas.

Há dois aspectos a se discutir. O primeiro, no caso do Recife, é que não existe um plano diretor do nosso subterrâneo, então os bueiros são instalados de forma aleatória, seja no meio da rua, ou nas laterais. E, o segundo ponto é a  péssima manutenção.

E aí são dois problemas: a ausência da tampa, na maioria das vezes, se torna um risco para o motorista atolar a roda do carro no buraco ou provocar um acidente.  E também em relação ao pavimento, que não acompanha o mesmo nível da tampa e, com o aumento das camadas de asfalto, acaba ficando abaixo e passa  a ser um buraco em pontencial.

O pior é que não existe uma legislação para regulamentar o uso do espaço subterrâneo. Algum político se habilita?