O CREA-PE volta se posicionar contra o projeto dos quatro viadutos da Agamenon Magalhães. Mesmo com o edital nas ruas. os posicionamentos contrários ao projeto se intensificam. Confira a nota
Nota oficial do Crea-PE:
O Plenário do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), em decisão tomada por aclamação durante a primeira sessão de 2012 – Plenária nº 1.760, em 03 de fevereiro de 2012 –, decidiu contestar o processo de condução do Governo do Estado de Pernambuco no tocante às intervenções propostas para a Avenida Agamenon Magalhães, bem como a solução apresentada. Na deliberação, os conselheiros do Crea-PE aprovaram o envio de ofício ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) manifestando a posição do Conselho, o que colaborou para a realização de audiência pública no último dia 30 de março.
O Plenário do Crea-PE reitera publicamente a necessidade de uma discussão ampla com a sociedade, não somente por ser esta a beneficiária principal de tal intervenção, mas, principalmente, por entender que a solução técnica apresentada não é a mais adequada. Alguns aspectos importantes do projeto ainda não foram devidamente esclarecidos ou apresentados, como a questão da travessia de pedestres ao longo de toda a extensão da Avenida Agamenon Magalhães, a ausência dos estudos de impactos nas vizinhanças e nos corredores de tráfego no entorno daquela via, a ausência de estudos de viabilidade econômica, financeira, social e ambiental e o fato de que investimentos de grande porte (no caso, os viadutos) seriam destinados ao transporte individual e não ao transporte coletivo.
A implantação do Corredor Norte-Sul pode prescindir da construção desses viadutos, os quais, longe de resolver o problema da mobilidade na nossa cidade, ainda constituir-se-ão em pontos de degradação urbanística e ambiental.
A Diretoria do Crea-PE
Tânia,
Bom dia. Sem entrar no mérito da questão, acho incrível ver as pessoas se posicionando contra uma obra de melhoria do caótico trânsito da cidade. Tem gente que é contra apenas por ser. Que a intervenção pode ser melhorada, ok, vamos apontar as melhorias OBJETIVAMENTE e aí sim cobrar do poder público que as adicione ao projeto. Oposição por oposição vamos continuar reclamando pra sempre sem nunca ver melhoria alguma sair do papel… Mesmo que estes viadutos sejam ruins, melhor alguma intervenção que nenhuma…
Quer ver que logo logo vai aparecer protestos contra a implementação de transporte fluvial???
Só o Governador e os “renomados” técnicos da secretaria das cidades e a favor desses viadutos.
Veja o que diz o IAB/PE:
O IAB e a construção de viadutos na Agamenon Magalhães
VitóriaRégia de Andrade *
Mesmo que tardiamente, o Recife começou a debater, enfim, o futuro da cidade no que diz respeito às vias pelas quais transitam os seus cidadãos e cidadãs. Diante do caos que se apresenta de forma inexorável à nossa frente, a sociedade recifense acordou, definitivamente, para o problema: tem apresentado suas queixas de forma incontestável e cobrado soluções dos poderes públicos para osproblemas da mobilidade urbana.
Estas cobranças, entretanto, têm levado os gestores públicos a tomar medidas muitas vezes intempestivas e, na maioria das vezes, prejudiciais à população.
O desmonte das estruturas de planejamento ocorrido nas ultimas três décadas; a fraqueza política dos corpos técnicos remanescentes das agências pioneiras de planejamento sediadas em Pernambuco, como Sudene, Fidem, Fiam e URB Recife, entre outras, levou-nos à carência quase absoluta de planejamentos de médio e longo prazo e de visões do futuro para o Recife, para a Região Metropolitana, para o interior do estado.
Nossos gestores, carentes de planejamentos consistentes e elaborados com o devido compromisso com o bem estar comum, terminam por apresentar caminhos que no lugar de garantir a melhoria, pioram a qualidade de vida dos que residem no Recife. Basta vermos o exemplo das mudanças realizadas na Avenida Conde da BoaVista.
No momento em que o Governo do Estado decide construir quatro viadutos cruzando a avenida Agamenon Magalhães, no trecho compreendido entre o Derby e o Parque Amorim, essa decisão não pode ser encaminhada sem que seja aberta uma profunda discussão com a sociedade. Afinal, o impacto urbanístico, no sistema viário e nas conexões inter-bairros, além dos impactos sociais e estéticos, decorrentes desta intervenção no coração da cidade do Recife, será muito elevado.
O governo Eduardo Campos tem se notabilizado por enfrentar alguns dos principais problemas de Pernambuco, a partir de uma profunda discussão com a sociedade. O maior exemplo dessa prática foi a implantação do Pacto Pela Vida, um ousado programa de segurança pública, que contou e vem contando com a decisiva participação dos diversos atores sociais na sua definição, elaboração e execução.
Os resultados do Pacto Pela Vida são notórios para se comprovar o sucesso desta iniciativa. E o Governo tem buscado repetir essa prática no enfrentamento dos problemas também relacionados à saúde, à educação e à geração de emprego e renda, entre outros. A participação social tem sido, assim, um fator decisivo para o sucesso desses programas.
Mas, infelizmente, em relação à construção dos viadutos da Agamenon, a sociedade ainda não foi ouvida. Nós, que fazemos o Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento de Pernambuco, não fomos chamados a opinar sobre esta grande intervenção urbana. Ainda não houve ampla discussão sobre a questão urbanística da região metropolitana do Recife, nem tampouco da nossa complexa cidade. Os setores sociais envolvidos com esta questão, ou seja, as instituições de planejamento urbano do Recife, ainda não possuem interlocução com o Governo do Estado e a Prefeitura do Recife de maneira mais efetiva, como se deu nas áreas da segurança pública, saúde e educação. Como mencionamos anteriormente.
A problemática urbana da cidade do Recife e região metropolitana extrapolam as questões ligadas à mobilidade e aos empreendimentos estruturadores. Ha muito não se pensa no presente e no futuro do Recife.
Até agora, o Governo do Estado apresentou para a população do Recife apenas o projeto de engenharia dos próprios viadutos. Segundo a Secretaria das Cidades, o projeto está atrelado à estratégia de escolher o sistema de transporte público baseado em ônibus como principal meio de transporte da população. E para resolver o problema deste modal no trecho da Agamenon Magalhães optou-se por elevados, ganhando com isto, a eliminação de três ou quatro pontilhões e seus respectivos semáforos.
Ora, ninguém discorda que a opção pelo transporte público seja a mais correta. Ao mesmo tempo, a sociedade técnica da cidade também não discorda dos estudos elaborados no plano diretor de transportes que aponta para a dinamização e complementação das 1a perimetral, 2a perimetral, 3a perimetral e da implantação da 4a perimetral. Assim como se apóia ainda uma série de propostas de interligação do sistema de transporte metropolitano, composto por vários modais, para se privilegiar o transporte público em detrimento do privado e possibilitando o trafego de pedestres em calcadas decentes, além, claro, da implantação de ciclovias.
Para este pacto em torno do transporte coletivo e de da interligação de vários modais, não precisamos nem conversar. Mas para a implantação de quatro elevados precisamos, sim, debater, e muito. Vejamos algumas questões a seguir.
Já se mediu, por exemplo, o impacto positivo da implantação das três outras perimetrais no fluxo viário que hoje se desenvolve ao longo da Agamenon Magalhães? Já se mediu o impacto positivo do ramal previsto na Av. Cruz Cabugá?
Há uma hipótese de que parte do fluxo dos habitantes da Região Metropolitana Norte (tradicionalmente das cidades de Abreu e Lima, Paulista e Olinda), irá migrar para as três outras perimetrais em fase também de consolidação. Antes de mais nada, precisamosa veriguar esta hipótese.
Já se estudou soluções de sistema viário nos bairros que bordeiam esta importante via estruturante? Afinal, a conclusão da Av.Beira Rio, projetada na época áurea do planejamento, ainda se constitui em seria uma alternativa para diminuir o fluxo da Av. Agamenon.
Já se mensurou se o tempo ganho no percurso do ônibus na Agamenon com a eliminação de apenas três ou quatro semáforos, entre os existentes?
Podemos questionar, inclusive, por que a escolha recaiu exatamente nestes semáforos, se a problemática que originou a proposta seria de privilegiar o transporte público de ônibus em detrimento de problemas de mobilidade de veículos de passeios. Porque não se escolheu outros pontos menos densos e complexos para tal intervenção, já que o objetivo seria o de reduzir o tempo da viagem dos coletivos? Por que não se escolheu semáforos localizados em outros trechos da Agamenon?
Porque não se pensou em novas pontes localizadas entre as atuais existentes para formar binários?
Porque faz-se mister o acesso por parte dos setores técnicos aos planos urbanísticos, aos projetos de sistema viário para a região em escala micro urbana, elaborados que subsidiaram as decisões dos projetos de engenharia? Ou não houve tais estudos?
Por acaso, foram levantados os fluxos de veículos, pontos de estrangulamento e retenções e ainda outros dados essenciais para se definir qual a melhor intervenção no local?
Os setores técnicos também não tiveram acesso ao Estudo de Impacto Ambiental, EIA, nem tampouco ao projeto do sistema viário previsto para a área.
Já foram mensuradas as consequências para a melhoria ou degradação da qualidade devida dos bairros próximos a esta área?
Já se elaborou estudos para o fluxo de pedestres nestas áreas? E o fluxo de bicicletas, pensou-se nele?
Como seriam utilizados os espaços vazios que resultariam desta intervenção?
Porque a escolha dos elevados nas vias de menor calha, no sentido transversal da Agamenon? Uma solução, ao nosso ver, mais danosa à mobilidade urbana naquela região.
Foram elaborados estudos alternativos para a solução dos elevados?
Foram estudadas alternativas de elevados na própria Av. Agamenon, nos moldes da Avenida João de Barros?
As alternativasde implantação de túneis na calha da Avenida Agamenon foram devidamente esgotadas?
Essas são perguntas que temos que responder, porque as respostas a elas serão vitai spara a qualidade de vida dos moradores de nossa cidade.
A experiência histórica nos mostrou que os elevados por sobre malhas viárias trouxeram a degradação da região onde são construídos. Entre tantos exemplos,podemos citar o elevado do Bronx, em Nova Iorque. O processo de degradação que ocorre no elevado da região da Avenida Norte também ilustra sobremaneira fenômenos urbanos de degradação que acompanham estas soluções viárias.
Por isso, mesmo grandes metrópoles espalhadas pelo mundo, a exemplo de Madri, Boston e Nova Iorque, e até grandes cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro e São Paulo, resolveram substituir seus elevados por espaços coletivos, a exemplo de parques e alamedas. Eles estão inaugurando, assim, uma era de recuperação da paisagem urbana com a humanização de seus sítios.
Sabemos que erigir viadutos ou elevados sem a perfeita solução do conjunto viário do seu entorno tem se mostrado claramente ineficaz. A experiência nos mostrou quese um problema com um cruzamento estiver a poucos quilômetros do viaduto, o engarrafamento inevitavelmente chegará ao próprio viaduto. Mas pior ainda que o fato de um viaduto não resolver o problema do trânsito, é a impressionante chaga social que ele traz consigo. A presença deste tipo de construção desencadeia um êxodo de moradores, criando ambientes desérticos que propicia todo tipo deocupação desordenada, atípica, estranha ao local e degradada.
A Avenida Agamenon Magalhães é um dos principais corredores viários da cidade, que abrigaem seu entorno uma infinidade de atividades sociais diversas, como igrejas, supermercado, escola, órgãos públicos e edifícios residenciais, entre outros. A construção de uma obra deste porte, neste espaço, vai provocar uma impressionante desagregação social, transformando de forma completa a vida dos moradores e freqüentadores daquela região. Viadutos são enormes cicatrizes urbanas, que desestruturam o seu entorno e geram espaços residuais desvinculados da malha urbana e responsáveis por abrigar ocupações informais e bastante precárias.
Dessa forma, cabe nos perguntar por que o Recife vai buscar uma saída que já é considerada pelos urbanistas como ultrapassada? A literatura técnica é vasta no estudo deste problema.
Porque não apresentar soluções alternativas, criativas e inovadoras para o grave problema da mobilidade urbana no Recife? Por que não estudar caminhos outros, que não sejam os viadutos, para melhorar o trânsito de nossa cidade?
O Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de Pernambuco reconhece que o problema é de grande complexidade e o seu enfrentamento deve envolver equipes interdisciplinares lideradas por urbanistas.
Deveria se esgotar no nível de estudos urbanísticos, de sistema viário e de soluções de engenharia de tráfego que poderiam, de maneira menos onerosa, resolver a questão da economia dos tais minutos tão almejada pelo Governo para o corredor de transportes na Av. Agamenon (Enfatizamos isso aqui porque este tem sido o argumento conceitual para a construção dos elevados).
Se o objetivo de fato for buscar a melhoria da qualidade de vida, da mobilidade de pedestres, do transporte cicloviário e do transporte público de qualidade, um dos caminhos seria a implantação de túneis subterrâneos no sentido longitudinal da Agamenon Magalhães.
Ou seja, no lugar dos viadutos cortando a avenida, haveria túneis que fariam com que a Agamenon Magalhães permanecesse contínua, ao mesmo tempo em que manteriam no nível do solo, as vias e pontilhões que a cruzam. (assim como o Recife, Berlim e Amsterdã também possuem lençol freático superficial; Aliás, por lá é até mais superficial que o Recife e mesmo assim utilizaram largamente soluções semelhantes).
Estas eria uma solução para o trânsito com um impacto urbanístico muito menor e com a garantia da preservação a qualidade de vida urbana de quem reside e transitano seu entorno. Até porque sabemos que com a conclusão da 3ª e da 4ª perimetrais, o fluxo de veículo da Avenida Agamenon Magalhães vai diminuir substancialmente.
Por isso tudo, é urgente que a sociedade seja chamada a debater a construção destes viadutos. É urgente que se apresente soluções alternativas para se enfrentar o grave problema do trânsito no Recife. Mas é imprescindível que estas soluções além de garantir uma melhor mobilidade urbana, não comprometam estética e socialmente uma importante região da nossa cidade.
No entendimento do IAB/PE, o Governo do Estado de Pernambuco está devendo a construção coletiva e conjunta destas alternativas. O debate envolvendo os urbanistas, infelizmente, não tem sido uma prática deste Governo, apesar da recente criação da Secretaria das Cidades. E o nosso Instituto de Arquitetos está aqui, à disposição do Governo do Estado, para contribuir e encontrar, junto aos gestores públicos, a melhor solução para o Recife, para o recifense e para todos os que vivem e convivem com a nossa cidade. Estamos prontos para ajudar.
Vitória Régia de Andrade é presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil Departamentode Pernambuco (IAB/PE)
O processo licitatório está recheado de irregularidades. A licitação não poderia ter sido iniciada sem que o governo apresenta-se os estudos de impacto ambiental, impacto sobre o trânsito , impacto sobre a vida das pessoas. Como o resultado desses estudos mostra o quanto esses viadutos são danosos a cidade ,até agora não apareceu.O projeto não teve sequer o visto no edital da PGE( procuradoria geral do estado).Apesar de tudo isso o governo ainda quer falar grosso! Dia30 de Março em audiência pública a promotora DR. Belize afirmou por 3 vezes que a obra só poderá ter início após a apresentação desses estudos . O governador pretende desmoralizar o MPPE?Seu poder chega a tanto? Esse acordo foi feito para uma platéia lotada.Composta pelo secretário Flávio Figueiredo ,por pessoas do povo,arquitetos, engenheiros…Parabéns ao CREA pela coragem e iniciativa. O MPPE na ocasião afirmou que iria convocar o CPRH e a secretaria do meio ambiente da prefeitura exigindo esses estudos,pois os dois se omitiram de forma vergonhosa.Como o governador pode afirmar que vai construir 4 viadutos indo de encontro até ao que manda a lei? A China implodiu viadutos para melhorar o trânsito,mas o eficiente governo pretende fazer o contrário.Porque?
O governo já bateu o martelo e pronto!!!! Não adianta CREA se manifestar,vai ser construído os 04 e viadutos e ponto final!!! Tudo isso tem interesse; Bompreço,Igreja,McDonald,e os próprios moradores(minoria)no tempo certo o Governo do Estado vai sim apresentar os Estudo citados,não tem esse negócio de MPPE não,o que vale é vontade politica e só!!!!
O que eu acho interessante é que esse auê todo tem bom peso daqueles que moram ou tem comércio nos pontos onde serão construídos não tirando a forma atropelada que o Governo tem tratado isso. Retomo o que eu disse aqui em outra oportunidade: como não estão tendo grandes benefícios os afetados, questionam que as obras irão prejudicar toda a cidade. Agora, você olha mais adiante para a Via Mangue e o que vemos? Várias pessoas de baixa renda foram retiradas dos seus casebres para irem para residencias construídos pelo Governo sendo um grande avanço para quem não tinha casa segura, saneamento básico, etc. Como ela em grande parte não afeta a privacidade de ninguém, tampouco o comércio, as queixas são outras mais de cunho da mobilidade que é a sua finalidade. Contudo, recordo que estão construindo um grande residencial que ficará ao lado dos viadutos da Via Mangue após o final da Av. Antônio Falcão. Como não tem ninguém que reclame ainda, vão tocando a obra, apesar que a velocidade exercida dos veículos não deverá prejudicar a futura privacidade.
Bem, o que o Governo argumenta é que os viadutos permitirão eliminar os cruzamentos mais complicados da Agamenon aumentando o fluxo e viabilizando o corredor de ônibus em nível. Pensar que os viadutos são para uso de veículo particular é coisa de ignorante ou de quem nunca andou de ônibus, pois há várias linhas que vão para as regiões oeste e norte da cidade nos trechos afetados ou estão pensando que os ônibus vão passar por outro lugar?
Viaduto pode não ser a melhor solução, mas dentro dos contexto dito, não vejo outra opção, pois a Agamenon sofre com alagamentos, então túneis não seriam interessantes; elevado longitudinal não poderia passar em frente a praça do Derby que será tombada; então aos sábios que condenam, mas também não sugerem alternativas que viabilizem um corredor de ônibus, aumente o fluxo das vias e não interfira na visibilidade da praça do Derby, sem penar em períodos chuvosos, vai ficar sem fazer nada?
Raimundo, se você sabe ler, veja o relatório do IAB/PE, com alternativas e sugestões.
Silva, se você realmente leu o meu comentário, deve ter percebido que citei túnel como opção inviável pelos problemas que a Agamenon apresenta no sistema de escoamento pluvial. É muito cômodo citar exemplos lá fora como se aqui tivessemos a eficácia na infraestrutura. Os afetados desses viadutos sugeriram um longitudial sobre o canal acima das árvores existentes, mas vi em programa de TV que a sugestão tem vários problemas como rampas de subida e descida bastante longas para não se tornarem muito íngremes e prejudicaria a visão da praça do Derby que será tombada. Esquem que o próprio corredor Norte/Sul teve como sugestão um corredor sobre o canal em forma de viaduto também longitudinal exclusivo para ônibus e o mesmo não foi descartado depois por problemas semelhantes ao dos moradores. Repito, sugerir coisas sem analisar os impactos é seguir no mesmo rumo do Governo estadual impondo um tipo de obra sem consultar terceiros e fazer análise de impactos, que no dito popular chama-se: o sujo falando do mal lavado.
Querem sugerir algo que atendas as míminas condições que foram levantadas e citei anteriormente, então façam também com estudo. Há locais onde túneis são aplicados, mas o sistema de drenagem funciona, as pessoas não jogam lixo nas ruas afetando o sistema de drenagem, as galerias são limpas constantemente, as chuvas não são tão fortes como ocorrem aqui que dificultaria um sistema de bombeamento, etc.
Outra, há uma afirmação no questionamento acima que não se pode ainda ter como certo onde se diz que as Perimetral 3 e 4 diminuirão o fluxo na Agamenon. Não é bem assim, pois há linhas que passam, por exemplo, pelo Leste/Oeste e a partir da praça do Derby seguem um itinerário diferente cortando por outros caminhos a Agamenon. As linhas para a zona norte, tipo Casa Forte, Casa Amarela, etc, continuarão vindo do centro cortando a avenida. Linhas circulares terão que ser criadas para fazer trajetos das Torrôes/Av. do Forte, Cidade Universitária já que estas não poderão no futuro circular pelo Leste/Oeste e aí parte dessas linhas terão que sair do TI Recife ou TI Joana Bezerra, portanto circulando pela Agamenon.
Ficar afirmando coisas sem analisar melhor é melhor ficar calado ou apenas supor que vai ocorrer.