Em busca da mobilidade perdida

 

Não é possível olhar a Avenida Agamenon Magalhães apenas sobre o ponto de vista do transporte individual ou público. Há outros personagens que fazem parte da dinâmica de circulação, mesmo que tenham permanecido quase invisíveis. Leia a terceira reportagem da série sobre a via mais importante da cidade.

 

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One Reply to “Em busca da mobilidade perdida”

  1. A travessia longitudinal dos pedestres irá melhorar, pois boa parte da largura das vias irá diminuir por conta da base de sustentação dos elevados passando a ter pequenos acessos locais, seja as transversais, seja para a pista local da avenida.
    Travessia longitudial poderá ser um risco com a existência de passalelas a exemplo da entre o Hosp. das Clínicas e a Sudene por terem pessoas que insistem em não usar. Isso é um problema cultural de alguns, ou, talvez, de maioria. Antes não previam passarela, agora irão adotar. Cabe ao governo colocar uma forma segura de travessia e uma passalela é melhor que um sinal em nível, pois nestes há quem desrespeite o sinal atropelando que inicia a travessia sem esperar os veículos pararem ainda que o sinal autorize a vez do pedestre.
    Em Brasília há túneis para atravessar algumas avenidas e viraram locais de depredação e assaltos. Vão querer manter sinais para pedestre atravessar em nível causando retenções e podendo até atrapalhar o BRT. Aqui em Recife, por exemplo, o tempo de travessia para pedestres é insuficiente para idosos, mas como é para uma grande maioria, não dá para criar um grande congestionamento por conta de uma minoria onde o fluxo é grande.
    Sobre o estudo que irão fazer para implantar uma ciclovia ou ciclofaixa, vejo mais viabilidade desta junto ao canal, entre a calçada e a faixa exclusiva para ônibus. Contudo, como haverá estações sobre o canal, aí teriam que ver se elas seriam desmembradas para que o caminho das bikes a cortassem por dentro permitindo, também, acessar as rampas que irão se comunicar com as passarelas nos viadutos afim de fazer travessia transversal. Essa área das estações que seria cortada por ciclovia/ciclofaixa, acesso a rampa, poderia ter um pequeno bicicletário para aqueles que poderiam vir das vias transversais de bike e deixariam estas na estação para pegar o BRT.
    Outra é que sendo um trecho com árvores, o usuário não ficaria tomando sol o tempo todo.
    Todavia, se forem para economizar, criar uma ciclofaixa ou mesmo ciclovia na pista principal junto a divisória da local seria algo mais acessível. A avenida tem largura para isso e não prejudicaria o espaço para autos que são a maioria, até porque não deverão circular mais ônibus em grande parte da pista principal que vão para o subúrbio com a implantação do BRT. Eles passarão a usar as locais já que nos principais pontos terão que cruzar a avenida pelos elevados e fazer giro de quadra para voltar a avenida pela local.
    Com relação a migração do usuário, a logística dos TIs e veículos usados deve ser muito bem pensado. Hoje, vemos ônibus lotados saindo de TIs com enormes filas de espera, ou seja, não há um fluxo que evite filas longas e demoradas. Empregam articulados que não resolvem o problema, então não seria o caso do Norte-Sul e Leste-Oeste usarem articulados e biarticulados para cada função? Linhas interterminais e radiais expressas que costumam sair cheias e não param em grande parte do corredor (só em TIs no caminho ou no destino) usariam biarticulados, enquanto as paradouras articulados, pois estas irão receber os usuários das de bairro que passarão a ser alimentadoras. As linhas Circulares já poderiam usar veículos de três eixos não-articulado, até porque a demanda só vai aumentando e aumento de frota e tamanho do veículo nada.
    Recife e região metropolitana pode ter um ótimo transporte público, mas cabe total atenção ao funcionamento dos TIs. Algumas vias estão sendo readequadas, para não só facilitar a vida do transporte individual como alguns defendem, mas que também facilita o público nas tranversais, ou não ônibus nas transversais da Agamenon? Ainda começam a dar atenção a circulação de pedestres e ciclistas. Agora é esperar e ver no que vai dar, contudo quando tivermos, tomara que haja manutenção que é um problema sério aqui.