Depender do transporte público no Recife nunca foi tão incerto. Sem nenhum aviso, o usuário pode ser surpreendido por uma paralisação. A eterna disputa entre patrões e empregados sobre o percentual de reajuste salarial da categoria não deveria comprometer o funcionamento do sistema, mas compromete. Dispor de um transporte diário é mais que um direito, mas talvez já tenha passado da hora de avançar nessa discussão e subir alguns degraus para um serviço de melhor qualidade.
Enquanto Amanda Stephanie, 25 anos, aguarda a chegada do ônibus, em uma parada da Marquês de Olinda, no Centro do Recife, sem ter ideia de quanto tempo terá que esperar, em outra esquina encontramos a estudante Helena Gomes, 20, que faz uma busca no celular para localizar a posição exata do seu ônibus. A tecnologia já existente ainda não chegou para todos.
Além da necessidade de se ter um aparelho capaz de baixar o aplicativo do CittaMob, disponibilizado pelas empresas de ônibus, é preciso sorte para o alcance do sinal. “Onde moro, na Guabiraba, não pega, mas aqui no Centro eu acesso. É bem prático”, contou Helena. Além do CittaMob, existem outros aplicativos em operação, mas isso não tira a responsabilidade do órgão gestor de disponibilizar informações nos pontos de parada e terminais.
Os painéis eletrônicos dos terminais da RMR, que deveriam informar as linhas e os horários, permanecem inoperantes. O sistema da central de controle operacional do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano, só deve iniciar os testes do projeto piloto no fim do ano. Enquanto isso, nas paradas de ônibus não há informação das linhas e muito menos conforto nos abrigos ou calçadas que dão acesso às paradas.
“Há medidas que poderiam ser implantadas de imediato para a melhoria do sistema, como a boa pavimentação da faixa do ônibus, acessibilidade das calçadas e a disponibilização da tecnologia GPS, para que o ponto de ônibus seja ponto de chegada e não de espera infinita”, apontou o urbanista Nazareno Affonso, do Movimento pelo Direito ao Transporte (MDT).
No Grande Recife, o Sistema de Transporte Público de Passageiros deixa de fazer cerca de mil viagens por dia por conta do trânsito ruim. “Precisamos ampliar as faixas exclusivas. Não adianta aumentar o número de ônibus com trânsito travado”, destacou o presidente do Grande Recife Consórcio, Nélson Menezes.
As promessas da linha do BRT
Depois de 40 anos de jejum em investimentos na mobilidade na RMR, a construção de dois corredores com o sistema Bus Rapid Transit (BRT) encheu de expectativas os usuários do sistema de transporte público. A operação, no entanto, ainda é limitada em decorrência de atraso nas obras. E dos 300 mil passageiros diários previstos para os dois corredores, somente 10% tiveram o privilégio de usufruir do modal.
O sistema, que começou com três estações no corredor Leste/Oeste, opera com 10 das 27 paradas previstas. Já o Norte/Sul, começou com uma e atualmente está com quatro das 28 estações que permaneceram no projeto.
Os corredores de BRT do Recife, previstos para serem entregues entre dezembro do ano passado e março deste ano, podem ser finalizados até o fim do ano. O ritmo das obras é lento, as faixas, que deveriam ser segregadas, permanecem coletivas e não há sinal da obra de urbanização da rodovia PE-15. “Houve atraso, mas no quadro geral a mobilidade avançou muito em relação há 40 anos. Antes tínhamos nove terminais integrados. Hoje temos 15 e vamos chegar a 27”, avaliou o secretário das Cidades, Evandro Avelar.
Não basta entregar a obra. Para ter o padrão de BRT, o corredor deve atender a requisitos essenciais para tornar o sistema eficiente. “Além da estação nivelada com o piso do ônibus e o pagamento antecipado, quanto menos intervenções no corredor melhor”, afirmou Clarisse Linke, do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP).
Melhor transporte público para a população.
Vai entregar tudo pronto,os corredores Norte/Sul e Leste/Oeste,no final desse ano???? kkkkkkkkkkkkkkkkkkk é ruim viu!!! Apesar,que como tudo é no improviso,pode até ser,vamos aguardar,essa tal entrega dos corredores….
A foto da estação acima não é do Leste-Oeste, mas do Norte-Sul, no caso a estação Tacaruna.
Sobre as queixas do nosso BRT, concordo plenamente. Na Caxangá, corredor que já está em operação, há trechos onde havia placa de concreto remendada com as asfalto e o que fizeram? Colocaram nova camada de asfalto ao invés de quebrar e por uma placa novo. Pior, esse remendo, mais notório no sentido centro, metros antes da estação Getúlio Vargas, criou uma verdadeira lombada na avenida. Uma versão do projeto disponibilizada na internet previa segregação, não sei se total ou parcial, em trechos hoje complicados como o contorno da praça Euclides da Cunha, na R. Benfica, além da desta rua e da ponte para o Derby, mas será que irão fazer isso visto a falta de largura e grande tráfego misto por serem vias de ligação de bairros?
Na praça do Derby, muitos veículos de passeio estão invadindo a faixa do BRT, inclusive ônibus, porque implantaram a estação, mas não alargaram a via. Na Caxangá, vários postes nos dois sentidos foram recuados para alargar a avenida perto das estações, mas só o sentido subúrbio em alguns pontos foram alargados. Lembro muito bem que essa medida faz parte da requalificação da via que irá receber ciclo faixa.
A segregação da via deveria ser levada mais a sério, pois com a facilidade de invasão do atual modelo que repete o antigo, as estações estão sofrendo danos. Derby, Capibaribe e BR 101 estão com cobertura danificada, possivelmente devido a veículos altos transitando muito próximos a elas ou invadindo a faixa BRT.
A falta de fiscalização ou ação insuficiente é outro problema. No sentido subúrbio, a partir do Golf, vários veículos invadem a faixa BRT. Criaram um retorno novo perto da UPA que há meses está sem obras, colocaram a sinalização no cruzamento, mas como mantiveram a conversão a esquerda para a UR/Várzea e Dois Irmãos, os veículos invadem a faixa BRT para fazer essa conversão, enquanto o retorno criado poderia ser usado mas está esburacado. Já vi ônibus da linha Barro/Macaxeira/Várzea usando esse retorno, mas devem ter desistido devido a buraqueira e demora no para cruzar a via por conta do tempo pequeno no sentido Dois Irmãos/UR e centro.
Outra coisa que estou achando curioso no Leste-Oeste são as estações duplas, Guararapes e Derby. São estações que poderiam receber três veículos por sentido e teremos só para o centro quatro linhas BRTs, logo dependendo do intervalo entre elas, haverá é fila de ônibus nas estações. No entanto, inventaram de fazer uma passarela não coberta cuja largura é menor que a estação. Quem já pegou o BRT na estação Derby no horário de pico, sabe que fica ruim se deslocar nessa passarela com várias pessoas, apesar de saber que haverá acesso para a via em cada um desses segmentos, mas não isenta a largura menor. Enquanto a estação Guararapes só está funcionando um segmento da estação, o que é bom para economizar energia,, no Derby estão usando os dois, mas o primeiro não está estocando passageiros para os ônibus servindo apenas de meio de comunicação para o segundo segmento. Por que o BRT não pará no segmento próximo ao cruzamento com a Agamenon e deixam desativado o outro até que demais linhas entrem em funcionamento?
Por fim, temos as estações provisórias na Av. Cde da Boa Vista. Já pararam para pensar que elas poderão criar um grande congestionamento de BRTs e isso poderá atrapalhar mais ainda a circulação dos ônibus no corredor? O acesso convencional pelo lado direito dependente de degraus dificultará bastante a entrada e a saída do veículo, que em nível nas estações a falta de educação cria o mesmo problema visto no metrô. Enquanto pelo lado esquerdo há quatro portas para entrar e sair do veículo, pelo lado direito são três e parece que essas provisórias podem só ter duas portas, ou seja, podem só usar duas portas do ônibus retardando o entra e sai. Soma-se a isso o fato de serem menores e irão concentrar os usuários das atuais dezenas de linhas. Com estações provisórias que só recebem um veículo por vez, acessibilidade mais lenta, espaço menor para acomodar usuários que terão que aguardar o veículo para determinado TI, apostaria nos horários de pico filas de passageiros para entrar nessas estações e também de veículos para acoplar nelas.
A única linha do Leste-Oeste sem parar na Boa Vista no horário de pico sai da Guararapes cheia de passageiros e só com intervalo pequeno, permite evitar super lotação na do Derby, imagino os veículos parando na Boa Vista como irão chegar na estação do Derby. A oferta terá que ser aumentada e, claro, reduzir os intervalos.
Problema ANTIGO no transporte da RMR
Esqueceram de mim or or or 🙁
Leia até o final Garanto que não vai se arrepender. Essa desculpa que o pessoal da Secretaria das Cidades, Movimento pelo Direito ao Transporte, Grande Recife Consórcio e o Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento, já estão ridículas pois só eles é que acham que a gente acredita no que eles dizem. Desde que comecei a tomar conhecimento desse projeto de mobilidade que está atrasado pelo menos uns 40 anos, não tive dúvida de que isso tudo ia dar errado para nós usuários claro, pois para os gestores não, afinal o dinheiro para isso seria uma quantia enorme, impossível de alguém controlar. Só não entendo por que continuam fazendo algo que já mostrou que não vai funcionar. Essas estações espaciais, pequenas e caras são uma piada quando se pensa no valor e tempo de construção de cada uma delas. Toda essa infraestrutura já era para estar pronta sim o que houve foi uma completa falta de planejamento e competência por parte dos órgãos envolvidos. Com relação à mobilidade da zona norte o problema é ainda maior pois não temos outra opção que não seja os ônibus lotados, velhos, que demoram muito e com a tarifa mais cara da região Metropolitana. Estamos mais atrasados ainda uns 50 ou 60 anos. Vi numa reportagem na internet de um meio de transporte que vale a pena implantar na zona norte e até para outras áreas da cidade. Foi a inauguração de um meio de transporte chamado MONOTRILHO, que é um transporte feito por metrô que se deslocam em plataformas de concreto construídas sem precisar desapropriação e sem isolamento da área que faz parte do percurso, e com estações também elevadas ao nível das plataformas, ou seja o custo que sempre foi um empecilho fatal, deixa de existir . Se for possível dê uma verificada e lance essa sugestão para a população cobrar do governo.
Meu caro, desculpe, mas sugiro se informar melhor. Monotrilho não é um transporte barato, pode implicar em desapropriações, e sua capacidade é limitada. Anteriormente, aqui sugeriram para a zona norte, Av. Norte, monotrilho e metrô subterrâneo, isso sem projeto definidos, mas os valores chegaram a bilhões. Devido ao custo e, digamos, falta de dados mais concretos, optaram por VLT que foi aprovado no PAC destinado a recursos para sistema de transporte sobre trilhos.
Em São Paulo, onde já opera monotrilho, muito tem criticado o valor desde modal porque ele atua de forma complementar, mas inventaram de duplicar a capacidade do veículo e assim será utilizado como transporte de massa.
Desapropriações podem ocorrer, pois isso dependerá do local onde for construído e a largura da Av. Norte, por exemplo, seria afetada com colunas largas para sustentar a via deste tipo de veículo, bem como é bom lembrar que estações elevadas precisam de um acesso e se a Av. Norte não tem canteiro central, o acesso será pelo passeio que é densamente preenchido com imóveis.
Quanto aos ônibus que circulam na zona norte estarem defasados, não procede. A renovação da frota já começou e a maioria dos ônibus novos são da zona norte, isso para veículos pesados. As linhas troncais que costumam usar veículos maiores diria que estão atrasadas nesse processo.
Não defendo o modal rodoviário, mas este pode funcionar bem desde que exista bons projetos e boa gestão. Muitos aqui almejam ampliação do metrô, etc, mas se modal sobre trilho fosse solução também, no Rio de Janeiro e em alguns casos, em São Paulo, não havia críticas a este modal, então temos é uma falha de gestão.
BRT = Av. Dantas Barreto do séc. XXI. Se concluíssem esta patifaria urbanística antes da Copa, perderiam a eleição em primeiro turno. Esperem seis meses após a conclusão para ver o tamanho do estrago, da torra de dinheiro público em favor das empresas de ônibus. Sorry, periferia.
Ki-bom
A empresa de transporte 2001 continua utilizando ônibus velhos sem conforto para os passageiros. Enquanto não aparecerem empresas com ônibus climatizados e luxuosos na região, parece que essas mudanças vão demorar a chegar por aqui. Enquanto em Recife e região metropolitana estão circulando os TRBs climatizados e luxuosos, ficamos na esperança de que os prefeitos de Carpina, Nazaré da Mata ou de Timbaúba concedam a permissão para que essas empresas modernas possam utilizar as linhas de ônibus da Mata Norte. Já que os empresários donos das empresas de ônibus locais não querem gastar muito com a renovação de suas frotas, deixem que outros mais dispostos arrisquem nesse ramo milionário. O povo da Mata Norte não pode ficar esperando décadas para a implantação dos TRBs na nossa região. Quem estiver disposto a investir na proeza do serviço de ônibus coletivos chamados de TRBs que os prefeitos da Mata Norte lhes concedam as autorizações. Esse ramo de negócio é bastante lucrativo e assim não vejo porque adiar anos para os donos das empresas com linhas na Mata Norte sabotar os anseios da população pobre de nossa região tão carente de transportes modernos e climatizados. As grandes cidades brasileiras já contam com os serviços dos TRBs, São Paulo finalmente tomou a iniciativa embora tardia. Ninguém está aguentando tanto calor, poluição das pistas com lentidão de tráfego e transportes lentos. O luxo é outra coisa, o conforto todos quer apreciar. Não vamos esperar por decretos inoportunos de governadores oportunistas que só visam votos, os donos de empresas de ônibus precisam decidir urgentemente essa questão crucial à saúde dos brasileiros. Será que eles estão dispostos a gastarem fortunas?
Os TRBs são rápidos, geladinhos, confortáveis, luxuosos e, com clientela cativa saudável, asseadas, bem vestidas, portanto não causam transtornos a qualquer passageiro que utilizem os TRBs.